18 dez, 2020

Por Gilda Palhares

A Sessão Vai Começar – A Promessa

Esta sessão vai ser dedicada ao tema resiliência e o filme escolhido foi “A Promessa”. O tema resiliência foi brevemente analisado no ano passado no filme “Perdido em Marte” quando abordei a questão dos 4 Capitais Psicológicos Positivos (autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência). Conceito introduzido em 2004 por Fred Luthans, pesquisador norte-americano e especialista em comportamentos organizacionais. Resolvi então aprofundar mais o assunto da resiliência.

O filme “A Promessa” se passa às vésperas da primeira Guerra Mundial, situando-se no Império Turco-Otomano, onde ocorreu, naquele período, o terrível genocídio armênio. Na trama Michael Boghosian, um jovem estudante de medicina chega a Istambul para estudar com o propósito de terminar o curso e voltar para a sua aldeia, casar com a noiva prometida e iniciar a sua prática. Em Istambul entretanto ele se apaixona por Ana a jovem tutora das filhas do tio dele, que está com o jornalista americano Chris Myers. Myers encontra-se em Istambul para cobrir os acontecimentos políticos. Os homens se tornam rivais e apesar de um triângulo amoroso conflitante os três diante de situações perigosas e de escolhas dolorosas em situações extremas tiveram a capacidade de lidar com a adversidade e seguir em frente munidos com senso de significado.

O conceito de resiliência ganhou forças no últimos anos pois tem demonstrado que mesmo diante de cenários desfavoráveis, complexos e de mudanças, as pessoas e as empresas conseguem maximizar seu desempenho com o máximo de inteligência gerando um significado ou um sentido para aquela experiência.

O processo de resiliência contempla: avaliação da situação pelo indivíduo ou seja como ele percebe a situação, a sua mobilização de como irá empreender esforços emocionais e comportamentais para enfrentar a situação e o gerenciamento das exigências externas que seriam as ameaças que controlam e dominam a situação.

Podemos identificar alguns comportamentos na construção da resiliência como:

  • Saber se antecipar e adaptar-se às mudanças e situações ambíguas.
  • Não desistir diante de situações difíceis, mantendo a persistência na busca de resultados.
  • Reagir com flexibilidade diante dos desafios.
  • Compartilhar sentimentos e ideias com pessoas as quais mantém vínculos significativos.
  • Encorajar a positividade para transformar a adversidade em algo positivo.

É fácil imaginar mesmo se você não viu o filme pela simples descrição do texto e dos itens acima a capacidade que os personagens tiveram em adotar a resiliência como uma ferramenta transformadora.

Agora duas perguntas para vocês refletirem:

  1. Em que situação recente você adotou um comportamento resiliente?
  2. Como é possível gerar uma resiliência ainda maior?

Vejo vocês mês que vem!