21 dez, 2020

Por Gilda Palhares

A Sessão Vai Começar

Dia 5 de junho foi o dia Mundial do Meio Ambiente. Em novembro de 2017, trouxe o tema com o filme “Uma verdade mais inconveniente”, conduzido por Al Gore. Para conversarmos um pouco mais sobre o tema, resolvi então pesquisar nas plataformas Netflix, NOW e YouTube documentários que tratassem do assunto ou apresentassem alternativas já implementadas para minimizar os danos ambientais. Com uma vasta oferta de filmes, decidi por três, tendo todos a mesma perspectiva, mas em situações diferentes.

O primeiro é “Honeyland” de 2019 (NOW), filme que concorreu ao Oscar deste ano nas categorias de Melhor Documentário e Melhor Filme em Língua Estrangeira. Hatidze Muratova é uma apicultora que vive isolada da civilização com sua mãe idosa nas montanhas da Macedônia. A rotina é interrompida com a chegada de uma de uma família ao local. O patriarca observa o potencial financeiro das abelhas, mas sua ganância em produzir uma maior quantidade de mel em menos tempo acaba trazendo consequências desastrosas. Existe uma regra na apicultura: deve-se pegar só metade do mel e deixar o resto para as abelhas. Caso estas regras sejam quebradas, o equilíbrio do ecossistema desses animais é ameaçado. “Honeyland” fala muito sobre a relação do ser humano com a natureza. A importância de respeitarmos a ordem natural das coisas e entender os seus limites para que possamos cultivar a harmonia.

Já em “Oceano de plástico” de 2017 (Netflix) começa quando o jornalista Craig Leeson parte em busca da grande baleia azul, e acaba por acidentalmente descobrir resíduos plásticos no que deveria ser um oceano límpido e intocável. Neste filme, Craig alia-se à mergulhadora de estilo livre Tanya Streeter e a uma equipe internacional de cientistas e investigadores. Viajando ao redor do mundo ao longo de quatro anos, a produção revela o estado frágil dos oceanos e descobre fatos alarmantes sobre a poluição causada pelo plástico. O documentário nos alerta para a ideia que precisamos repensar nosso estilo de vida descartável. Não se trata simplesmente de banir o plástico, mas de procurar soluções para o desperdício.

Finalizo a sessão com o documentário chamado “Chasing Tomorrow” de 2017 (YouTube). Realizado por dois jovens, Max e Jeremy, que resolvem explorar o mundo começando pelo interior do Reino Unido numa minivan para conhecer pessoas que estão mudando a comunidade que vivem com pequenas atitudes sustentáveis. Nos leva a conhecer desde a utilização de energia solar, moedas locais, plantio de pomares, hortas, ervas medicinais nas praças e espaços livres da cidade para que todos da possam usufruir. Estas foram algumas das questões apresentados no primeiro episódio.

Com foco nas questões ambientais, podemos dizer que o cinema documentário é um cinema com objetivo de preservar o mundo: impactando e alertando as pessoas para a realidade que vivemos. Abrindo um espaço para encorajar o público a tirar conclusões e tentar dedicar-se a soluções mesmo que seja numa escala micro.

Segue mais uma dica com o vídeo “Competição e Cooperação o Jeito da Natureza fazer Negócios” com o Fred Gelli, CEO da Tátil Design.

Até a próxima sessão!

 

Fonte: https://www.instagram.com/tv/CBmGDGeJH8N/?igshid=1w029e3b5s8u0