by admin | mar 5, 2020 | Beth, Beth Accurso, Gestão |
Em seu último post no LinkedIn, há cinco dias, Jack Welch mostrou um vídeo em que falava sobre os seus erros na gestão. O maior deles foi ter comprado ativos baseado em números e não em cultura. “Nós comprávamos um negócio por dia, 200 por ano”, disse na entrevista publicada na rede onde tinha mais de 7 milhões de seguidores. Para Welch, o maior aprendizado com seus erros é que o ‘fit cultural’, ou saber se as pessoas trabalharão bem juntas, é o que faz diferença para o negócio prosperar.
Ao falar sobre aprender com os próprios erros, Jack Welch, icônico CEO da GE, que ingressou na empresa em 1981 e se aposentou nela em 2001 e faleceu ontem aos 84 anos, parecia estar com o discurso alinhado aos novos tempos. Há quem diga que seu método de gestão está “fora de moda” ou “desgastado” mas é inegável o papel que ele representou para uma geração de executivos mundo afora. Não à toa, já foi chamado de o CEO dos CEOs. Sob seu modelo de gestão, as receitas da GE aumentaram de US$ 25 bilhões para US$ 125 bilhões e seu lucro passou de US$ 1,6 bilhão para US$ 15 bilhões, segundo o “Financial Times”. No mesmo período, o número de funcionários encolheu de 425 mil para 310 mil.
O presidente do conselho de administração da Embraer, Alexandre Silva, que presidiu a GE no Brasil entre 2001 e 2007, e conheceu Welch como chefe diz que ele nunca aceitava “mais ou menos”. “Era sempre simpático mas super exigente”, disse ao Valor. Ele lembra de uma viagem de trabalho quando passou dois meses na Rússia estudando o mercado local com outros 30 executivos. “Trabalhava das 7 da manhã às 10 da noite, incluindo os fins de semana”.
Quando voltou de lá encontrou Welch pela primeira vez e ficou surpreso ao ver que ele já sabia tudo sobre ele. Acabou levando uma bronca por ter descuidado naquele período do “customer commitment”, o que o deixou chateado depois de tanto esforço. Meses depois, no entanto, ele reencontrou com o CEO. “Ele sabia meu nome, meu histórico e elogiou a espetacular recuperação que eu havia conseguido. Foi um grande elogio”, lembra.
Os livros de Welch, que estão entre os maiores best-sellers de gestão do mundo, como “Paixão por vencer”, fizeram dele a imagem do CEO superstar nos anos 2000. Palestrante requisitado, era admirado por uma legião de executivos fãs. “Ele era o que todo mundo sonhava ser há 25 anos”, diz Sergio Chaia, que se inspirava no líder da GE quando era diretor da Sodexo e sonhava em ser CEO- o que acabou conseguindo em 2003. “Ele ensinou como criar processos para operar empresas complexas em multimercados. Hoje não seria mais o melhor CEO porque o modelo do mercado corporativo mudou”.
José Salibi Neto, que trouxe Welch para palestrar pela primeira vez no Brasil em 2009 na Expo Management, realizada pela HSM, da qual foi cofundador, discorda de quem hoje critica o CEO. “É cruel dizer que ele saiu de moda porque o mundo é muito diferente de 20 anos atrás”, afirma. Salibi organizou palestras para Welch também no exterior e diz que ele era um grande improvisador. “Ele não gostava de palestrar. Era mais um moderador, um professor que gostava de ser desafiado”, conta.
A escola de formação de líderes da GE, Crotonville, sob o comando de Welch se tornou uma referência para o ensino corporativo. O CEO fazia questão que os executivos da companhia ensinassem em sala de aula. Depois que saiu da empresa e formou o Jack Welch Institute, lançou um MBA on-line. “Ele achava que podia fazer um curso mais prático, diferente do que as escolas de negócios ofereciam”, diz Salibi.
O método Welch para premiar ou punir o desempenho dos funcionários é conhecido por ser impiedoso. Ele dividia os profissionais entre os 70% com desempenho mediano, os 20% com os melhores resultados e, os 10% com pior performance, eram dispensados. O mesmo acontecia com os negócios incorporados pela GE, avaliados trimestralmente, e se não estivessem na liderança de seu segmento eram eliminados ou vendidos. Foram mais de 1000 negócios incorporados por ele nos vinte anos em que comandou a GE. Por ter esse estilo durão, foi apelidado de “Neutron Jack”. “Era muito pragmático, valorizava as pessoas, mas não fazia concessões”, diz Alexandre Silva.
Nos últimos anos, o CEO que difundiu a ideia de que era preciso, acima de tudo, criar valor para os acionistas, começou a mudar o discurso, dizendo para olhar interesses de outras partes, afinal, o mundo de Jack já não era o mesmo.
Fonte: Jornal Valor 3 de março de 2020
by admin | jan 31, 2020 | Beth, Beth Accurso, Relacionamento com Cliente |
Quando as pessoas faziam compras no século XX, os principais fatores que influenciavam a decisão eram o preço e a qualidade do produto. Agora, em pleno século XXI, embora eles continuem sendo fatores importantes, há mais um elemento que o consumidor leva em consideração para escolher marcas e fornecedores: a experiência, ou seja, customer experience.
O que é, na realidade, customer experience? Você tem alguma ideia de como ele se tornou um assunto tão comentado? Não saber as respostas pode colocar sua empresa em desvantagem no mercado. Por isso, reunimos neste post as principais informações sobre o assunto.
Vem com a gente!
O que é Customer Experience
A definição de customer experience pode ser resumida como o conjunto de interações do consumidor com a empresa, que resulta na imagem que é construída sobre ela. Se as interações entre consumidor e empresa forem positivas, a imagem também será.
Quer definições mais técnicas? Segundo a Hubspot, customer experience é a impressão que você deixa no cliente ao longo de todos os estágios da jornada de compra, impactando a maneira como ele pensa na sua marca. Blake Morgan, autora do livro The customer of the future, conceituou customer experience, em um artigo da Forbes, como a percepção do cliente sobre a marca.
Já Adam Richardson, em um artigo da Harvard Business Review, afirma que customer experience é a totalidade de como os consumidores se engajam com uma empresa ou marca. Mas, não apenas em um momento, e sim em todo o ciclo de ser um cliente.
Porque customer experience se tornou uma tendência
A digital e brand marketing Cynthia McCollough publicou um artigo no LinkedIn afirmando que customer experience se tornou tendência porque é a base para definir como o marketing vai agir para conectar clientes e empresa. Em outras palavras, o marketing trabalha desenvolvendo maneiras de aprimorar a experiência do cliente.
Porém, essa resposta não se limita ao marketing. Outros setores da empresa, como vendas, finanças, logística e atendimento ao cliente, também passaram a usar customer experience como um elemento importante em sua estratégia. Eles identificam os problemas que existem na experiência e constróem soluções, realizam melhorias.
Porque e como investir na experiência do consumidor
O principal motivo para investir em experiência do consumidor é claro: quanto melhor a experiência do cliente com a organização, maior a satisfação e o engajamento. Assim, além de fidelizar os clientes, também é possível transformá-los em promotores e defensores da marca.
No fim das contas, o investimento feito em uma experiência memorável se reverte em vantagem competitiva para a empresa. Ajuda a consolidar o relacionamento com os clientes atuais e até a conquistar novos clientes.
Quer apostar na ideia? Aqui, vão algumas recomendações básicas para a sua empresa investir em customer experience improvement:
- Conveniência e facilidade de uso dos canais de compra e atendimento;
- Disponibilidade da empresa para responder às demandas com eficiência;
- Personalização e flexibilidade da experiência para cada cliente;
- Identificação de maneiras de gerar mais valor para o cliente, ultrapassando o fornecimento do produto ou serviço;
- Uso de tecnologias inovadoras para tornar a experiência mais dinâmica;
- Desenvolvimento de estratégias de encantamento, focadas em fazer mais do que o básico;
- Valores humanos claros e sólidos, presentes na interação com o cliente, como respeito e empatia;
Agora, você entende melhor a tendência do customer experience? Essas informações são apenas uma base. Para aprender ainda mais continue pesquisando sobre o assunto.
Fonte: https://algartech.com/pt/blog/customer-experience-o-que-e-e-por-que-so-se-fala-nisso/
by admin | jan 27, 2020 | Beth, Beth Accurso, Liderança |
A Inteligência Artificial já é realidade na maioria das grandes empresas. A partir dela, mais do que tarefas operacionais rotineiras são resolvidas. As organizações também têm a possibilidade de delegar funções mais estratégicas aos funcionários. A Inteligência Artificial permite que os líderes tomem decisões melhores e com mais agilidade, uma vez que assume tarefas básicas, deixando-os livres para se dedicarem a atividades mais complexas, que não poderiam ser feitas por robôs.
Com as tarefas de rotina – inclusive as de coordenação e controle – sendo assumidas por máquinas inteligentes, muitos cargos inevitavelmente deixarão de existir. No entanto, outros serão abertos e essa é a oportunidade de ouro. Os líderes deixam de estar presos a atividades de rotina e de baixo valor e passam a ter oportunidade de gerenciar ideias, inovações e relacionamentos, além de tomar melhores decisões que contribuam para o crescimento da empresa. A verdade é que as responsabilidades rotineiras muitas vezes impedem os líderes de explorar sua curiosidade intelectual e dar atenção estratégica a assuntos mais importantes. A Inteligência Artificial está preparada para mudar isso.
No entanto, essa mudança de paradigma não é simples nem rápida. As organizações precisam se preparar para, de fato, tomar decisões, já que, até recentemente, os funcionários estavam acostumados a ter grande parte do seu tempo tomado por funções operacionais, como: gerenciar atividades de rotina, planejar o trabalho, além de monitorar e relatar o desempenho. Agora, com a Inteligência Artificial fazendo parte do dia a dia, eles estão livres para pensar de forma criativa e estratégica, o que exige uma preparação para aplicar intuição e raciocínio ético em suas decisões. Ou seja, as organizações precisam adotar medidas para exercitar essa capacidade de decidir, caso contrário, perdem a chance de criar habilidades que as diferenciariam nos próximos anos.
Muitos líderes ainda não estão preparados para essa transição. A inovação e a agilidade são cada vez mais valorizadas pelas organizações. Dessa forma, a qualidade no trabalho de julgar, ou tomar decisões, logo se tornará um diferencial nos negócios. Porém, esse é um caminho arriscado, uma vez que há um déficit de talentos analíticos no mercado. Sendo assim, esperar para ver pode ser prejudicial tanto para o crescimento quanto para a vantagem competitiva das empresas. Portanto, este é o momento para desenvolver programas e práticas com o objetivo de formar novos juízes.
Rumo à tomada de decisões
Uma pesquisa realizada pela Accenture, com líderes de empresas, revelou três grandes categorias de trabalho ligadas à tomada de decisões.
Discernimento
Enquanto a Inteligência Artificial é útil para revelar padrões e correlações, os líderes que se encaixam nessa categoria são incapazes de interpretar o verdadeiro significado dos números, estatísticas ou até mesmo palavras. As organizações de marketing foram as primeiras a reconhecer a distinção. Elas podem usar algoritmos, por exemplo, para calcular o impacto econômico de uma campanha de marketing sobre o crescimento das vendas. Mas é preciso sabedoria e experiência humana para avaliar a importância relativa de promoções que geram vendas no curto prazo e investimentos que constroem o patrimônio da marca no longo prazo.
Pensamento abstrato
Quando humanos fornecem regras e descrições, as máquinas inteligentes são notavelmente boas na identificação de classes de objetos (por exemplo, diferentes tipos de animais no enorme volume de fotografias na internet). Mas, sem orientação humana, os computadores são incapazes de pensar “fora da caixa”, por exemplo, o pensamento que levou os fundadores do Uber ao perceberem o potencial de serviços de transporte on-demand entregues por pessoas comuns, usando seus próprios carros.
Razão contextual
Quando os líderes não têm todas as respostas ou informações de que precisam para tomar uma decisão totalmente informada, eles preenchem as lacunas com contexto histórico, cultural e interpessoal. Investidores ousados e bem-sucedidos, por exemplo, geralmente usam entendimento contextual para apoiar suas estratégias de investimento.
Obstáculos que devem ser superados pelo potencial dos funcionários
A Inteligência Artificial permite que as empresas apostem no verdadeiro potencial de seus funcionários. Para aproveitar os talentos da sua força de trabalho, as organizações devem superar os seguintes obstáculos:
Não considerar a tomada de decisões como um trabalho em equipe
Líderes não consideram a tomada de decisões como um trabalho de equipe. No entanto, a melhor forma de decidir é, sim, apostar no coletivo. Por isso, é preciso estimular a criação de um espírito de equipe. Geralmente, os funcionários são classificados apenas de acordo com habilidades específicas. Segundo a pesquisa “The Impact of Cognitive Computing in Management”, realizada pela Accenture, um em cada três líderes reconhece a necessidade de impulsionar essas habilidades em áreas relacionadas à tomada de decisões, como o pensamento criativo e a experimentação. E apenas um em cada cinco gestores coloca networking, coaching ou colaboração entre as principais habilidades necessárias no futuro. Portanto, é necessário investir em atividades interpessoais e manter a alta colaboração entre os membros do time.
Não valorizar o poder da Inteligência Artificial
Muitos gestores não compreendem que a Inteligência Artificial pode auxiliar no processo de aprendizagem e acelerar a tomada de decisões. É preciso considerar que as máquinas inteligentes ajudam a julgar melhor as situações, a fim de impulsionar o desempenho organizacional, o crescimento, a agilidade e a inovação. Elas podem, por exemplo, melhorar os relacionamentos dos líderes com colegas e outros decisores. Além disso, podem analisar linguagem positiva e negativa durante as interações com clientes e funcionários e fornecer esse feedback aos líderes. Essas habilidades interpessoais serão críticas para permitir uma mentalidade colaborativa em torno das tomadas de decisões.
Sendo assim, é necessário incentivar os funcionários a utilizar as suas habilidades para julgar situações, recompensar as novas fontes de valor e criar uma rede que maximize a capacidade de tomar decisões ao estabelecer equipes multidisciplinares. O sucesso das organizações dependerá da habilidade de inovação e das decisões mais acertadas e rápidas de seus líderes.
Fonte: https://algartech.com/pt/blog/o-sucesso-da-lideranca-na-epoca-da-inteligencia-artificial/
E, então, preparado para aproveitar o potencial dos seus funcionários a partir do uso da Inteligência Artificial em sua empresa? Quais funções você acredita que podem ser assumidas por sistemas baseados em Inteligência Artificial? Deixe sua opinião nos comentários.
by admin | jan 10, 2020 | Beth, Beth Accurso, EaD |
O microlearning saiu dos bastidores para ganhar o protagonismo nos treinamentos. Prova disso é que a metodologia está sendo usada no mundo todo graças aos resultados incomparáveis em T&D.
O tempo escasso e a rotina corrida do trabalho pedem soluções mais ágeis e flexíveis, que treinem em poucos minutos e supram as necessidades dos profissionais.
E é isso que o microlearning oferece: aprendizado rápido e prático com conteúdo de qualidade.
Se você ainda não experimentou os efeitos das microlições, essa é a chance de ficar por dentro e acompanhar as últimas tendências do método até 2020.
Confira o conteúdo exclusivo que preparamos:
- A ascensão do microlearning no mundo;
- Motivos para investir nas microlições;
- Verdades e mitos sobre o método;
- 8 tendências de microlearning para ficar de olho.
Quer embarcar na onda do microlearning e melhorar seus treinamentos? Siga a leitura e aproveite!
A ascensão do microlearning
De um método pouco conhecido, o microlearning passou a figurar entre as principais estratégias de treinamento e desenvolvimento nas organizações.
Segundo a SHIFT, hoje, oito em cada dez profissionais de T&D priorizam o microlearning porque funciona melhor com seus colaboradores. Além disso, o relatório The LMS Features that Drive Employee Engagement, da Software Advice, concluiu que o microlearning dobra o engajamento nos treinamentos.
Para o CEO e pesquisador chefe do Research Studios Austria, Peter A. Bruck, o microlearning é o antídoto perfeito contra a sobrecarga de informação que enfrentamos atualmente.
Em um mundo repleto de distrações e mudanças em alta velocidade, a divisão de grandes conteúdos em pequenas porções é fundamental para facilitar a aprendizagem. E essa fragmentação não significa, nem de longe, perda de qualidade no conteúdo.
Motivos para investir em microlearning
Não faltam motivos para investir no microlearning para capacitar colaboradores e aumentar a eficiência dos treinamentos. Os benefícios mais óbvios são a rapidez, praticidade e foco que as microcapacitações oferecem.
Ao contrário do modelo tradicional que apresenta conteúdos densos e métodos cansativos, o microlearning veio para dinamizar o ensino-aprendizagem.
Em uma pesquisa recente da e-Learning Industry, os profissionais de T&D revelaram que suas microlições têm menos de dez minutos. Esse tempo é mais que suficiente para manter o foco no tema principal e reduzir o esforço cognitivo necessário para fixar o conteúdo.
Várias doses menores e frequentes de informação proporcionam absorção muito melhor do que leituras longas e pesadas. O microlearning encoraja a aprendizagem autodirigida, que nada mais é do que a capacidade de gerir seus estudos e tomar o controle do processo por iniciativa própria.
Além disso, é a melhor forma de lidar com a Curva do Esquecimento de Ebbinghaus, um fenômeno psicológico que expressa nossa perda de informações na memória ao longo do tempo.
Segundo a teoria, desenvolvida pelo filósofo alemão Hermann Ebbinghaus, nós levamos 24 horas para esquecer cerca de 50% do conteúdo aprendido.
Em 30 dias, podemos nos lembrar de apenas 3% a 5% do que vimos, se o conteúdo não for revisado em nenhum momento.
Com o microlearning, os cursos podem ser divididos em dezenas de microlições que reforçam o conteúdo continuamente, mantendo o assunto sempre fresco na mente.
E não podemos deixar de lado o custo-benefício do microlearning para o T&D. No livro 3-Minute E-Learning (Vignettes for Training, 2006), o autor e arquiteto de aprendizagem Ray Jimenez afirma que o microlearning custa até 50% menos e acelera o desenvolvimento em impressionantes 300%.
Verdades e mitos sobre o microlearning
Com a popularidade do microlearning, também surgiram mitos em relação ao método que devem ser esclarecidos.
Para isso, contamos com o conhecimento da PhD Patti Shank, uma das maiores referências em e-learning do mundo. Vamos ao trabalho de desmistificação!
1) O microlearning mudou nossa forma de aprender.
Mito. O ser humano continua com a mesma arquitetura cognitiva de milhares de anos atrás. Ou seja, nossa memória sempre processou melhor as informações em partes menores, embora essa característica seja atribuída à ascensão da internet.
As tecnologias mudaram, sim, nossa forma de pensar, mas a transferência de aprendizagem ainda mantém suas estruturas elementares.
2) O microlearning é melhor que o macrolearning.
Depende. O microlearning funciona muito bem para a educação continuada, especialmente no ambiente de trabalho.
Porém, o macrolearning nunca perderá seu espaço, pois certas ocasiões exigem a transferência de grandes quantidades de conteúdo em um curto período. O ideal, na realidade, é combinar os dois métodos para uma aprendizagem completa.
3) O microlearning só gera microresultados.
Mito. O microlearning pode gerar resultados impactantes no T&D de qualquer empresa, com ganhos expressivos em retenção e aplicação do conhecimento.
Para isso, o curso deve ser estruturado da forma correta, com a sequência de lições adequada e método de engajamento efetivo.
4) O microlearning parece mais fácil.
Verdade. O microlearning faz a aprendizagem parecer mais fácil e descomplicada, tornando o conteúdo menos intimidador para o colaborador. No entanto, concluir um curso nessa modalidade também exige esforço e dedicação.
O segredo do microlearning está justamente na impressão, que faz com que as pessoas aprendam de forma mais leve – mesmo inconscientemente.
8 tendências de microlearning para ficar de olho
O microlearning já está aqui e agora, mas o futuro ainda reserva muitas novidades para essa abordagem inovadora. Fique de olho nas tendências!
1) Novos horizontes na educação corporativa
O microlearning vai ultrapassar os limites dos treinamentos básicos e ampliar seu escopo na educação corporativa. Uma das principais áreas que será afetada é a de gestão de mudanças, dedicada exclusivamente à administração e apoio durante as transformações organizacionais.
Se antes era um desafio treinar os colaboradores para a nova realidade da empresa, o microlearning será decisivo para vencer a resistência e concluir as mudanças com sucesso.
Além disso, o método será crucial no aprendizado “just in time”, ou seja, oferta de conteúdo instantâneo e de fácil acesso durante o expediente.
2) Mais personalização na experiência
Cada pessoa tem seu próprio estilo de aprendizagem e ritmo adequado, e os formatos de treinamento nem sempre dão conta dessa diversidade na hora de transmitir conhecimento.
Prova disso é que 58% dos colaboradores prefere aprender em seu próprio tempo, de acordo com o relatório 2018 Workplace Learning Report do Linkedin.
Quanto mais customizadas as microlições, melhores serão os resultados na retenção e prática dos conteúdos aprendidos. Esse método abre novos caminhos para personalizar essa experiência, principalmente por meio das soluções tecnológicas que utilizam a inteligência de dados.
Imagine se uma plataforma de microlearning pudesse traçar o perfil de cada colaborador e direcionar lições personalizadas! Certamente o método seria muito mais eficiente do que as lições genéricas.
3) Uso de Inteligência Artificial e Analytics
A personalização nos leva ao uso das tecnologias de Inteligência Artificial e Analytics no microlearning.
A Inteligência Artificial (IA) é a aplicação dos modelos de raciocínio humano às máquinas, permitindo que os sistemas “pensem”, solucionem problemas e aprendam com seus erros.
Já o Analytics diz respeito ao conjunto de metodologias e tecnologias que analisam dados e geram insights para embasar a tomada de decisão, também chamado de inteligência analítica.
Com o uso da IA, o microlearning terá à disposição algoritmos poderosos, capazes de coletar e processar grandes quantidades de dados e cruzar informações em tempo real.
Assim, o desempenho de cada colaborador será facilmente analisado e categorizado, bem como suas preferências de aprendizagem, abordagem ideal e ritmo adequado.
Já com o Analytics, será possível interpretar esses dados e gerar relatórios altamente precisos para direcionar a criação de treinamentos certeiros.
4) Fortalecimento dos vídeos
Os vídeos estão no topo das estratégias preferidas para desenvolver treinamentos. Segundo uma pesquisa da Forrester Research, a probabilidade dos colaboradores assistirem a um vídeo até o fim é 75% maior do que a chance de lerem um texto.
O resultado é facilmente comprovado nas empresas, onde os materiais audiovisuais aparecem entre os formatos mais engajantes para o T&D.
O que pode mudar nos próximos anos é o tipo de material que será produzido, uma vez que o microlearning utiliza vídeos interativos, com recursos que vão de links para novos materiais a pequenos games que convidam o usuário a interagir durante sua exibição. Isso é a aprendizagem com a combinação mais atrativa que existe: imagens, sons e ações.
5) Combinação com estratégias imersivas
O microlearning sozinho já é poderoso, mas pode se tornar ainda mais impactante combinado a outras estratégias imersivas. Podemos destacar quatro em alta:
- Realidade Virtual;
- Gamificação;
- Aprendizado baseado no storytelling;
- Simulações complexas para a tomada de decisão.
A Realidade Virtual (VR) é uma tecnologia de alto potencial para a aprendizagem e pode transformar o microlearning em uma experiência épica. Com um Oculus Rift ou Google Cardboard, já é possível adentrar cenários 3D e interagir com o ambiente.
Em breve, os colaboradores poderão ter foco total em suas microlições em um ambiente 100% virtual – praticamente uma realidade paralela.
A gamificação, por sua vez, já está presente em várias soluções de microlearning graças à mecânica irresistível dos jogos e sua aplicação bem-sucedida em treinamentos em realidades de não jogos.
O storytelling também é parte do universo da gamificação e do entretenimento, pois consiste na criação de narrativas e contextos envolventes para cativar os alunos. Todos aprendem melhor quando as lições são ambientadas em um universo específico, que pode ser fantasioso ou não.
Logo, contar histórias por meio do microlearning será outra aposta dos profissionais da área para conquistar os aprendizes.
As simulações tendem a se tornar cada vez mais complexas, no ritmo dos avanços tecnológicos. Em um futuro próximo, o microlearning contará com simuladores sofisticados que poderão reproduzir qualquer desafio.
Assim, a sensação de aprender na prática chegará a um nível sem precedentes.
6) Aprendizagem social e colaborativa
O microlearning será potencializado pela aprendizagem social (social learning) e colaborativa. Essa metodologia se baseia no compartilhamento de ideias e troca de experiências para fortalecer o aprendizado, que se tornou comum na era das redes sociais.
As pessoas têm aprendido mais e melhor com a inteligência coletiva, e o formato ágil do microlearning facilita o compartilhamento dos conteúdos.
As microlições, por exemplo, podem incluir uma área de discussão como um fórum, onde alunos do mesmo curso interagem e ampliam sua visão sobre o assunto.
7) Apoio ao macrolearning
Outra tendência interessante será o uso do microlearning para apoiar os treinamentos em formato macrolearning. Ou seja, as empresas vão disponibilizar microcapacitações antes, durante e depois dos treinamentos presenciais e online.
Isso permitirá que os colaboradores se preparem para um treinamento com algumas amostras do conteúdo, façam exercícios durante as aulas ou mesmo realizem testes após os cursos.
8) Aplicativos para dispositivos móveis
A tendência que já está tomando conta do T&D é o uso dos aplicativos mobile baseados em microlearning. Os dispositivos móveis trazem as microlições para uma nova dimensão, pois permitem que os colaboradores aprendam a qualquer hora e lugar com seus próprios smartphones
Com os treinamentos na palma da mão e as microlições engajantes, aprender algo novo se torna parte do cotidiano – além de ser uma experiência prazerosa.
Se você não sabia como usar o microlearning no T&D, agora tem muitas ideias novas para colocar em prática. Esse método veio para ficar e ainda há muito potencial a ser explorado.
As tendências mostram que as microlições estão sendo usadas do jeito certo: em conjunto com outras estratégias muito bem planejadas e adaptadas ao contexto da aprendizagem.
Nenhuma metodologia é milagrosa por si só, mas o uso inteligente do microlearning pode impulsionar os resultados dos treinamentos e provocar efeitos inéditos na organização.
Quanto mais recursos e tecnologias para melhorar a experiência, melhor será a qualidade da aprendizagem.
Então, que tal juntar tendência mobile, gamificação e Analytics em um único aplicativo de treinamento?
Essa solução completa de microlearning já existe e está bem perto de você.
Entre em contato com a Eduvir. cursos@eduvir.com.br
by admin | jan 10, 2020 | Autoconhecimento, Beth, Beth Accurso |
Ao longo dos anos em que trabalho com organizações, vejo uma certa confusão entre os conceitos de esforço e competência. Os gestores são acostumados a aplaudir profissionais pelo esforço que dedicam ao seu trabalho, promovendo aquele que faz mais horas extras, trabalha mais que todo mundo, chega mais cedo, está sempre cheio de tarefas e nunca tem tempo para as pessoas. Realmente, ele trabalha muito. Mas, neste cenário, enquanto aplaudimos, deveríamos nos perguntar o que há de errado.
Listo alguns pontos que podem justificar a sobrecarga e o esforço extra de um profissional: a alta demanda e a falta de saber pedir ajuda, dizer muito “deixa comigo” acaba sobrecarregando e atrasando as entregas; ser desorganizado, apresentar dificuldades com a gestão de tempo e prioridades, assim como não estar preparado para as responsabilidades que assumiu, fazendo caminhos mais longos, que exigem mais esforço; não ter as demandas ajustadas e nem a confiança do líder; ou quando são novatos na função.
Para os gestores, se tem alguém se esforçando muito no seu time, agradeça. Mas, não deixe de avaliar o que você pode fazer para que a demanda esteja mais adequada, exigindo menos esforço. Esse profissional pode estar precisando de mais capacitação, treinamento, mentoria e acompanhamento. Quanto mais o gestor prepara e melhora seus conhecimentos; gerencia o tempo e prioridades; desenvolve as pessoas à sua volta; delega, acompanha e gera autonomia no time, menos esforço será necessário, seu e das pessoas à sua volta.
O mercado não paga esforço. Ou você consegue dizer para o seu cliente “o meu produto custa mais caro pois nós nos esforçamos mais”?. O mercado dá valor para o que você entrega e não para o esforço que você faz. Lembre-se: quanto mais competência, menos esforço. Se está difícil, tem jeito mais fácil.
Fonte: Janaina Manfredini, especialista em estratégia e gestão para
revistabusiness.com.br
by admin | jan 10, 2020 | Beth, Beth Accurso, Educação Corporativa |
Entre as principais tendências estão plataformas de experiência de aprendizagem, micro e mobile learning, gamification e big data, aponta o DOT Digital Group.
Plataformas de cursos que funcionam no modelo Netflix; conteúdos curtos e possíveis de serem acessados a qualquer hora e de qualquer lugar; aprendizagem por meio da mecânica de jogos e chatbots disponíveis 24 horas para tirar dúvidas. Essas soluções tecnológicas estão entre as principais tendências em educação corporativa para 2020, de acordo com Luiz Alberto Ferla, fundador e CEO do DOT digital group, empresa que tem 23 anos de expertise em educação digital.
Em meio a um cenário de desafios na melhoria da qualificação e retenção de profissionais e no aumento da produtividade, a educação corporativa tem sido uma solução cada vez mais adotada pelas empresas, dos mais diversos portes. Algumas tecnologias têm se destacado nessas jornadas de aprendizagem, por aumentarem a efetividade desse investimento.
“As tendências para o próximo ano apontam para grandes perspectivas do futuro da educação corporativa. As tecnologias dão autonomia para o colaborador criar a sua própria jornada de aprendizagem e possibilitam a adaptação dessa trilha às necessidades específicas de cada colaborador, mesmo quando uma mesma solução é compartilhada por muitos colaboradores da empresa”, ressalta Ferla.
Confira as ferramentas que estarão em evidência em 2020 e como podem ser usadas para melhorar resultados.
- Plataformas de Experiência de Aprendizagem, as LXP
O que é: no melhor estilo Netflix, a plataforma faz recomendações de cursos orientadas por inteligência artificial e machine learning – levando em conta históricos de treinamento, perfil e interesses de cada colaborador. Dessa forma, a ferramenta possibilita à empresa personalizar a educação de seus funcionários.
Atrativo: Seu maior atrativo é permitir que o próprio colaborador decida quais cursos realizar e de que forma.
Por que adotá-la: Sua dinâmica e interface são inspiradas em plataformas de streaming de lazer que já fazem parte do dia a dia do colaborador, o que torna o uso familiar e intuitivo e aumenta o engajamento. Pode abranger qualquer forma de conteúdo (vídeos, podcasts, artigos, conteúdos de microlearning, entre outros).
- Microlearning e mobile learning
O que são: microlearning é uma solução educativa cuja principal característica é dividir o conteúdo a ser aprendido em pequenas doses, para que seja assimilado rapidamente e com frequência. Já o mobile learning é a possibilidade de acessar o curso no trabalho, em casa, em trânsito, ou em qualquer outro lugar.
Atrativo: permite ao profissional conciliar o treinamento com a rotina de trabalho.
Por que adotá-las: são soluções mais ágeis e flexíveis para atender a um profissional que quer aprender no momento em que desejar ou tiver disponibilidade. Ambas descomplicam a aprendizagem, tornando o conteúdo menos intimidador.
O que é: é o uso do design e da mecânica de jogos para enriquecer conteúdos educativos.
Atrativo: trabalhadores sentem-se mais produtivos e mais motivados por meio de gamificação.
Por que adotar: ferramentas de gamification aumentam o engajamento, a produtividade e a sensação de pertencimento e propósito no trabalho.
O que é: de forma geral, big data refere-se ao grande volume de dados gerados diariamente por diferentes negócios e que podem ser analisados para obter informações estratégicas para as empresas.
Atrativo: as empresas nunca tiveram tantos dados à sua disposição, como agora.
Por que adotá-la: esses dados, gerados diariamente por diferentes negócios, podem ser usados para treinar os funcionários de acordo com as necessidades dos clientes e, assim, melhorar o atendimento. E também para aprimorar o próprio treinamento, a partir da revelação de padrões de comportamento dos funcionários.
- Realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA)
O que são: a realidade aumentada é a integração de elementos ou informações virtuais no mundo real. Já a realidade virtual é uma tecnologia de interface capaz de enganar os sentidos de um usuário por meio de um ambiente virtual, criado a partir de um sistema computacional. Atrativo: simulam situações de trabalho reais para que os colaboradores aprendam na prática, reduzindo riscos de acidentes e minimizando gastos com os treinamento.
Por que adotá-las: Ambas, quando incorporadas a treinamentos, reduzem a distração e melhoram a retenção do conteúdo porque permitem que se aprenda fazendo.
O que é: os bots são uma aplicação de software concebida para simular ações humanas repetidas vezes de maneira padrão, da mesma forma como faria um robô. Na educação corporativa, seu uso se dá basicamente na forma de chatbots – robôs de conversas que podem atuar como assistentes virtuais e permitem que empresas conversem com seus clientes 24 horas por dia, sete dias por semana.
Atrativo: Apesar de não serem exatamente uma novidade, eles ganham destaque por estarem mais espertos do que nunca, fazendo uso de inteligência artifical e machine learning.
Por que usá-los: a ferramenta pode dar suporte aos treinadores esclarecendo dúvidas, atuando como tutor e dando feedbacks a qualquer dia e horário.
Fonte: revistabusines.com.br 10.jan.2020