by admin | out 19, 2020 | Betania, Betania Tanure, Home office |
A colunista Betania Tanure diz que empresas e profissionais precisam avaliar e reagir ao potencial negativo da perda de interações sociais.
Nos momentos de maior incerteza sobre os rumos da pandemia, o home office foi e é uma ferramenta muito importante. Cresce, porém, a necessidade de discussão e de respostas consistentes sobre o potencial impacto negativo nas pessoas, nas empresas e no país. A tela representa uma ameaça à construção da cultura empresarial? O conhecimento tácito pode ser preservado? Como fica a produtividade? O vínculo com a empresa se altera? É preciso conhecer e reconhecer os problemas vividos “atrás das telas” e buscar a resposta a cada um eles.
Outra discussão de extrema importância é o efeito do atual modelo de trabalho remoto nas emoções, que hoje estão à flor da pele. Nesse sentido, outra pergunta recorrente é: “As pessoas estão enlouquecendo?”.
Somos seres relacionais! O afeto social tem lugar estabilizador em nossa saúde. Precisamos sentir o “cheiro do lugar”, capturar a alma das pessoas, e isso não se realiza por meio da tela. Impossível fugir dessa realidade.
O cheiro do lugar e a alma das pessoas ficam “escondidos” atrás da tela ou são mascarados. Nas definições dos dicionários de nosso idioma, “mascarado” é “aquele que usa máscara”, ou que “cobre o rosto para caracterizar um personagem”. Na prevalência desse tipo de relações, a cultura perde lentamente sua cor e os problemas reais são ocultados.
As relações virtuais permitem conhecer “a tela” de uma pessoa, e não reconhecer essa pessoa. Esse risco é enorme para profissionais das mais diversas posições, em especial do top management e dos conselhos de administração. Você acha que é exagero? Não se iluda. Você não conhece sua empresa por meio de relatórios, dashboards e da tela. Não conhece!
As pessoas lançam mão de desculpas, nem sempre verdadeiras, para mascarar a realidade. Ora dividem sua atenção com a realidade doméstica, ora participam simultaneamente de duas reuniões. A tela congela e a conexão cai, por vezes de verdade, por vezes de forma deliberada. Além disso, não se sabe se as pernas estão balançando de tensão, se as mãos estão suando frio, se o sorriso da tela é de fato acompanhado pelo corpo… Não se tem ideia dos problemas que as pessoas estão vivendo.
Veja os resultados de uma pesquisa que fizemos na semana passada com executivos das 500 maiores empresas brasileiras: 53% dos respondentes dizem estar muito preocupados com a sua saúde (atenção: muito preocupados); 47%revelam que vivem hoje um altíssimo grau de estresse; 42% dizem que a relação com o marido ou esposa, parceiro ou a parceira está em perigo e é fonte de enorme preocupação.
Ou seja, a chance de você ser um desses executivos é real. Mais: com certeza, as pessoas do seu time de diretos se enquadram nessa estatística. Você tem essa consciência? Ou está alienado?
Por exemplo, ao analisar as possibilidades de promoção, perceba se as pessoas são hoje como eram antes da pandemia. Se determinado indivíduo não mudou com a crise é porque não aprende – e, portanto, não tem um importante atributo para ser promovido. O mundo mudou muito, as organizações mudaram, as (in)competências das pessoas já não são as mesmas e suas vidas sofreram muitas transformações. Algumas cresceram, tornaram-se pessoas melhores, enquanto outras mostram ter percorrido caminho oposto, especialmente no que se refere ao (des)equilíbrio emocional.
E você? Estressado? Preocupado com a saúde, com a relação afetiva? Não se esqueça: você é proprietário da sua vida e da sua carreira. Não terceirize a responsabilidade, a construção da sua realização profissional, da sua felicidade. Elas dependem de você.
Compartilhe conosco como está driblando os desafios atuais.
by admin | ago 24, 2020 | Gilberto, Gilberto Ururahy, Home office |
As excessivas horas em reuniões por computador levam ao cansaço extremo e trazem prejuízo à saúde
Com a imposição dos último meses de trabalhar de casa, muitas pessoas viram-se por horas a fio diante das telas do computador e do celular. De repente, é como se a vida tivesse se tornado uma longa e interminável reunião via Zoom, Skype, Hangout, Google Meeting e WhatsApp. Desta maratona virtual diante de muitas telas, câmeras, e profusão de janelinhas, quantos compromissos de trabalho foram produtivos e, efetivamente, úteis?
Abaixo, listamos 5 dicas que podem ajudar a otimizar o tempo e a sobreviver à enxurrada de reuniões virtuais que ainda ocupam as horas de muitos colaboradores de empresas.
1 – Quando alguém se mexe em uma daquelas pequenas janelas na tela do computador, os olhos naturalmente vão naquela direção. Essa movimentação incessante tem alto potencial de distrair a mente. Quando entramos em um ambiente, os neurônios chamados amígdalas fazem uma varredura do local, verificando as ameaças e selecionando nossas reações. O mesmo acontece em reuniões virtuais. É como se o nosso cérebro estivesse participando de nove reuniões presenciais ao mesmo tempo e precisasse dar conta de toda aquela informação em segundos. Quando você olha em outra direção e depois retorna para a tela, a mente entende que você deixou o ambiente e retornou, reiniciando o processo cerebral novamente. Ao final do dia, essa interminável lógica subconsciente leva à exaustão.
DICA: Ao invés de acompanhar diversas janelinhas simultaneamente, uma boa dica é usar o recurso do “speaker view”, ou seja, selecione para visualizar apenas a pessoa que está falando, a que deve ter a atenção naquele momento. Em uma reunião presencial, não colocamos o mesmo peso de atenção em todos os presentes. Esta lógica deve ser mantida nas reuniões virtuais e usar o recurso “speaker view” é o mais próximo que se pode chegar da vida real, reduzindo as distrações e a fadiga mental.
2 – É um comportamento natural: quando o recurso da câmera está aberto e aparecemos no vídeo, olhamos para nós mesmos para conferir a aparência e ajeitar a postura. A tendência é focar em como estamos aparecendo no vídeo, com alto grau de distração da real razão de se estar ali: a reunião e as decisões importantes de trabalho que estão sendo tomadas.
DICA: Desligue o recurso que permite que você se veja na tela. Ninguém carrega um espelho para ficar se vendo durante uma reunião presencial, certo? A lógica é a mesma.
3 – Os chats das salas de reuniões são o equivalente virtual às conversas paralelas, tão comuns em volta das mesas das reuniões presenciais. Elas distraem e provocam a perda de foco. Tentar se manter atento à reunião e ainda participar do chat é praticamente impossível. A situação fica ainda pior se a conversa no chat não tem a ver com a reunião e acaba se tornando um bate papo entre colegas.
DICA: Use o chat com moderação. No começo da reunião virtual, abra espaço para todos falarem um pouco. O contato humano tem sido valioso neste momento. Falar de amenidades antes de irem ao tema principal pode fazer com que a reunião seja mais produtiva e tenha a atenção dos participantes.
4 – Da noite para o dia, passamos a nos preocupar com o local de trabalho dentro de casa. A maioria das pessoas não dispunha de um lugar pensado para passar horas a fio trabalhando. De repente, nos vimos todos “invadindo” e analisando as casas, prateleiras e estantes dos nossos colegas e parceiros de trabalho.
DICA: Você tem todo o direito de não querer expor a sua casa. Ela é o que temos de mais íntimo em um mundo que vive de expor intimidades nas redes sociais. Todos os programas e aplicativos de reunião dispõem do recurso do papel de parede. Escolha um fundo neutro e boa reunião!
5 – Trabalhando de casa é possível que mal você se levante da cama e já se flagre no computador ou no celular respondendo a e-mails e solicitações. Pesquisas apontam que o home office aumentou a jornada de trabalho em três horas por dia. As pequenas pausas e o tempo de deslocamento entre os compromissos profissionais foram preenchidos com mais trabalho e isso, definitivamente, não é bom para a saúde. Longos períodos sentados, beliscando lanches e com pouco exercício podem trazer uma série de prejuízos ao corpo e à qualidade de vida.
DICA: Não é porque estão em casa que os colaboradores estão 100% disponíveis para o trabalho. A maioria dos software permite agendar reuniões de 25 ou 50 minutos. Permita-se pequenas pausas. Imponha limites em nome do seu bem estar e da sua saúde. Não abra mão de praticas exercícios, se alimentar com qualidade e dormir bem.
Fonte: Veja Rio
by admin | ago 14, 2020 | Gilberto, Gilberto Ururahy, Home office, Saúde |
A pandemia popularizou o home office, mas ele traz riscos à qualidade de vida
Com o fechamento dos escritórios em consequência da pandemia, boa parte dos funcionários de empresas seguiram trabalhando de casa. Computadores e celulares transformaram-se nos novos colegas de trabalho. A inadequação de residências para servirem como escritório em tempo integral começa a se refletir negativamente na saúde e na qualidade de vida dos colaboradores.
Abaixo, listamos 10 prejuízos à saúde de quem trabalha em casa.
1 – VISÃO: Passar o dia diante de telas pode causar fadiga ocular, olhos inflamados e ressecados. Outros sintomas são irritação, vermelhidão e visão embaçada. Com o passar do tempo, a capacidade de visão também pode ser afetada.
2 – POSTURA: Falta de exercício físico e má postura por tempo excessivo diante do computador trazem dores no pescoço, curvatura dos ombros e cifose.
3 – LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO: Digitar nos teclados do computador ou do celular por longos períodos de tempo podem levar a lesões por esforço repetitivo nas mãos e pulsos, que podem piorar significativamente com o tempo.
4 – CABELOS: A vitamina D é absorvida, basicamente, a partir da exposição ao sol. Portanto, trabalhar em ambiente fechado por todo o dia pode levar o corpo à uma deficiência de vitamina e acarretar em perda de cabelo e maior lentidão no crescimento de novos fios.
5 – OLHEIRAS: A exposição à luminosidade das telas por longas horas pode causar olheiras proeminentes, aparentando cansaço e abatimento.
6 – PESCOÇO: Trabalhar em computadores ou telefones celulares podem contribuir para um esforço excessivo na área do pescoço e irradiar para ombros e coluna.
7 – RUGAS: Rugas são parte natural do processo de envelhecimento. No entanto, certos hábitos, como apertar os olhos diante da tela repetidas vezes pode acelerar o aparecimento de linhas na superfície da pele, resultando em rugas entre as sobrancelhas e pé de galinha.
8 – OBESIDADE: Longos períodos sentados, beliscando lanches e com pouco exercício podem levar a um excesso de acumulo de gordura. O home office pode ter como consequência uma população acima do peso, especialmente com gordura abdominal, uma das mais perigosas para a saúde.
9 – PELE: A falta de vitamina D e B-12 combinada com a menor exposição ao sol, resultam em uma pele mais pálida, ressecada e sem viço. Além disso, as telas de celular e computador emitem radiação ultravioleta e eletromagnética, que prejudicam a qualidade da pele.
10 – ESTRESSE: Trabalhar sem contato humano por longos períodos de tempo podem elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse que aumenta a pressão arterial e tem efeitos prejudiciais na saúde. O excesso de trabalho resulta em estresse crônico, produzindo altos níveis de adrenalina e cortisol, associados a condições crônicas de saúde e doenças cardiovasculares.
Portanto, fique atento! Com o avanço no cronograma da flexibilização das atividades, urge que os colaboradores retomem seus postos de trabalho dentro das empresas. Precisamos retomar a vida com organização e acima de tudo, com saúde. É hora de se colocar vida na saúde das pessoas.
Como tem sido sua experiência no homeoffice? Compartilhe sua opinião.
Fonte: Veja Rio
by admin | jul 4, 2020 | Betania, Betania Tanure, Home office, Liderança |
A colunista Betania Tanure afirma que os verdadeiros dirigentes na pandemia olham para o equilíbrio emocional, a produtividade dinâmica e a cultura do bem comum
O cenário atual traz em si, claramente, três desafios principais. O primeiro é o equilíbrio emocional. Em períodos de crise, os predicados emocionais tendem a se exacerbar, sejam positivos, como a solidariedade e o afeto, sejam negativos, como o egoísmo, a ansiedade e a angústia.
Hoje a maioria das pessoas está no seu limite emocional. São sintomas as reações de raiva desproporcionais aos fatos, as crises de choro, o grande sofrimento com as incertezas, a baixa qualidade do sono, o constante cansaço, os excessos na alimentação ou no uso de bebidas alcoólicas. Se nesse período de crise você conseguir se manter emocionalmente estável, seu caminho é promissor. Caso se sinta angustiado(a), irritadiço(a) ou vulnerável na maior parte do tempo, não se iniba, procure ajuda antes que a doença tome conta de você.
O segundo desafio, a produtividade, está intimamente relacionado ao primeiro. Nos últimos três meses da pandemia, apesar do choque inicial e do alto grau de estresse, a produtividade aumentou em grande parte das empresas, mesmo consideremos as diferenças setoriais. Aumentou porque as pessoas passaram a trabalhar sem trégua, a fazer com mais rapidez, parte delas à distância, o que faziam antes. Essa é a “produtividade estática”: fazer a mesma coisa mais rápido.
Tal aumento tem também outras fontes, mais nobres – e tomara que sustentáveis, como o ganho de autonomia, a redução de burocracias que por conveniência alguns apelidaram de “governança” e a ampliação do espaço para inovação, esta por absoluta necessidade. Trata-se da “produtividade dinâmica”, ou seja, da mudança da forma de fazer ou do que se faz.
Por fim, o aumento da produtividade também pode ser explicado biologicamente: na fase aguda do estresse, há um estímulo da área primitiva do cérebro que tem impacto sobre o cortisol e a adrenalina, o que gera uma reação de “luta” ou “fuga”. Considerando-se o perfil típico dos executivos, no primeiro momento a fuga não é uma reação esperada, mas a luta sim. E todos foram à luta, o que também aumentou a produtividade.
Só não se deve ignorar que, ao se tornar crônico, o estresse pode levar à exacerbação das emoções – e a consequências como a perda de produtividade. Se você nada fizer, vai acontecer. Afinal, trabalhar diante de um computador muitas horas, durante meses, tem impacto físico e emocional. Grande parte das pessoas em home office já não aguenta mais. Para os mais ricos, é difícil imaginar como é a limitação de espaço, a falta de um ambiente adequado, de uma rede que funcione na velocidade demandada, de uma cadeira ergonômica. E não raro há crianças dividindo esse espaço.
Nesse contexto, voltamos ao primeiro desafio: alguns têm maior dificuldade de viver com a família, o que é impublicável. Ademais, o convívio intenso pode fazer aflorar desequilíbrios que estavam, de alguma maneira, adormecidos.
O terceiro desafio deste momento é ser estadista, conceito que venho discutindo desde 2013, quando publicamos na Harvard Business Review uma pesquisa revelando a baixíssima presença dessa atitude nas empresas brasileiras. Não basta doar recursos. Deve-se incluir na dinâmica do modelo de negócio, da organização, no processo decisório, a cultura do bem comum. Dificílimo, vai muito além da doação de recursos.
Nesse cenário, os executivos que podem ser considerados verdadeiros dirigentes, estadistas, serão reconhecidos não mais pela competência de gerar resultados, que é pré-requisito; mas pela habilidade de se manter serenos em momentos de tensão, pelas suas atitudes estadistas e sua competência de incorporar esse traço à cultura de suas empresas. Muitos verão a sua cadeira e a sua importância diminuírem.
Enquanto isso, outros irão crescer.
Não se engane. Não deixe a arrogância típica de quem está no poder obnubilar a consciência sobre as suas emoções. Vá à luta para conhecer os seus pontos cegos. É hora de o ser humano, com suas emoções e propósito, se verdadeiro for, buscar o bem comum. E então, você vai diminuir ou aumentar de tamanho? Está nas suas mãos.
Fonte: Valor Econômico
by admin | jun 22, 2020 | Beth, Beth Accurso, Engajamento, Home office |
Muitas coisas quando trabalhamos em escritórios não precisam ser ditas ou perguntadas. Os líderes conseguem, por meio da observação, entender se um colaborador está com menos energia um dia, se está satisfeito com o que está fazendo, se trabalha em sintonia com o time, etc. Os profissionais, por sua vez, estão a uma cadeira de distância do líder para tirar alguma dúvida, pedir direcionamentos ou fazer alguma queixa.
Quando o trabalho é remoto, tudo isso muda completamente. O time tem apenas alguns minutos por dia para conversar, verdadeiramente. Por isso, cada troca precisa ser poderosa e significativa. Para o líder, esse é o momento de perguntar tudo que, em escritórios, poderia ser apenas observado. Assim, consegue entender qual a motivação, engajamento e desafios do profissional, para melhor ajudá-lo a evoluir.
Para além de perguntas sobre o trabalho em si, métricas e metas, deve-se olhar para a pessoa e seu relacionamento com o trabalho e os colegas — para times que costumavam atuar em escritórios e estão momentaneamente em home office isso é especialmente importante, uma vez que já estavam acostumados a essa atenção, mesmo que ela fosse implícita.
Separamos 10 perguntas que ajudam o líder a entender como estão os profissionais e construir conversas significativas, confira:
1 – Como você está? Como está sua disposição hoje?
Em um ambiente compartilhado de trabalho essas perguntas são feitas de forma corriqueira ou respondidas por meio da observação, mas em times remotos é importante fazê-las verbalmente, a fim de entender os desafios pessoais do colaborador.
2- Quais os desafios que está encarando? Qual foi tua principal conquista na última semana?
Acompanhar semanalmente essas respostas ajuda os líderes a entenderem quais dificuldades os colaboradores encontram na rotina de trabalho e como as superam, além de dar apoio para a resolução de problemas e incentivar que as conquistas sejam compartilhadas, por mais que pequenas.
3- Como podemos melhorar nossa comunicação diária?
Uma call de poucos minutos todo o dia pode mais atrapalhar do que facilitar o trabalho, por conta de toda estrutura movida. Então como manter um canal de conversa aberto? Cada pessoa tem uma forma de comunicação, cabe ao líder entender as preferências e usá-las a favor de um caminho mais fluído de comunicação.
4- O que mais te motiva no trabalho hoje?
Ao entender qual projeto mais engaja o colaborador, o líder consegue traçar um perfil, sabendo como manejar futuras oportunidades.
5- Em que gostaria de se desenvolver?
Ter um plano de carreira dentro da empresa é imprescindível para engajar os profissionais. Entender para que lado cada um quer se desenvolver, portanto, ajuda o líder a apresentar as oportunidades possíveis e oferecer os desafios certos.
6 – Suas obrigações diárias estão claras?
As vezes os profissionais se concentram tanto em uma parte do trabalho que acabam esquecendo que também são responsáveis por outros detalhes. Um alinhamento constante sobre isso é importante tanto para não ficarem coisas a se fazer, quanto para o profissional não se sobrecarregar com atividades desnecessárias.
7- Você rende mais trabalhando em time ou individualmente?
Essa é uma pergunta que em um escritório poderia ser apenas uma observação. Mas como não tem como monitorar o trabalho conjunto remotamente, ela deve ser feita para entender como funciona a performance do profissional e destinar a ele projetos adequados.
8- Qual conquista gostaria de compartilhar com a equipe?
O reconhecimento é muito importante em trabalhos remotos, isso porque ajuda a valorizar a atuação dos profissionais. Entender do que eles se orgulham e pontuar a conquista para equipe ajuda no engajamento.
9- Como acha que está a comunicação com outros líderes e com o time?
Entender como está o relacionamento dos profissionais com outros integrantes da equipe é essencial para evitar isolamento, mal entendidos e aprimorar o espírito de time.
10- Como organiza seus intervalos?
É muito comum que no trabalho remoto as pessoas pulem os intervalos e façam menos horas de almoço. Além de ser cansativo para o colaborador, isso diminui a produtividade do mesmo, essa pergunta, portanto, ajuda o profissional a entender a importância desses momentos.
Fonte: www.feedz.com.br
by admin | jun 7, 2020 | Gilberto, Gilberto Ururahy, Home office, Saúde |
Os efeitos do home office na saúde dos colaboradores e das
empresas em tempos de pandemia
Toda mudança – de emprego, de cidade e até de estado civil – pede um tempo de adaptação. Segundo a Universidade de Harvard, 85% das pessoas tem muita dificuldade de mudar de hábitos. A pandemia não nos deu essa possibilidade. O isolamento social gerou uma mudança de hábitos muito brusca. Resultado: intenso estresse como reação natural do corpo. Sabemos que o estresse, por meio dos hormônios adrenalina e cortisol, é o combustível que alimenta o estilo de vida pouco saudável.
Diante de um quadro de estresse, ocorre o medo e as incertezas. É a combinação perfeita para que o emocional entre em ebulição. Isoladas em casa, as pessoas viram vários de seus hábitos mudarem repentinamente: sedentarismo, ganho de peso corporal, queda na qualidade da alimentação, usa de bebida alcoólica como fonte de relaxamento. Em seguida, a insônia se estabelece e dá início a um ciclo danoso.
Segundo Darwin, as seis emoções comuns à toda Humanidade, independente da nacionalidade ou cultura, são: a tristeza, o medo, a surpresa, o desgosto, a raiva e a alegria. O brasileiro, hoje, só não compartilha da última.
E o que fizeram as empresas, na tentativa de manter a normalidade de funcionamento? Desenvolveu com seus colaboradores o home office. Assim como todos os demais aspectos da vida, o trabalho à distância aconteceu de forma súbita e impositiva, sem preparo ou adaptação para tal desafio.
Os impactos são diversos e facilmente identificáveis: fragilidade da saúde mental, pânico e ansiedade, depressão, queda na motivação, dificuldade de concentração, falta de supervisão de um líder ou mentor, dificuldade de implementar a cultura da corporação remotamente, especialmente entre os mais jovens. Passamos o dia tentando sanar questões que seriam resolvidas rapidamente de forma presencial. Estamos vivendo um tempo em que a casa virou o centro de todas as atividades cotidianas. Para além de todos os desafios impostos, estamos todos sobrecarregados com o home office. Não é uma situação confortável para nenhuma das partes: para além de toda a fragilidade dos funcionários, as empresas arcarão com gigantescas ações trabalhistas.
Algumas empresas decidiram que seus funcionários continuarão em sistema de home office até o final de 2020. O Twitter anunciou que, depois da pandemia, os colaboradores escolherão se querem trabalhar no escritório ou de casa. Temos um longo caminho de preparação para essa nova realidade, pelo bem das empresas e da saúde dos próprios funcionários.
E você? Como está sendo esse período de home office? Compartilhe conosco sua experiência e dicas.
Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/quando-a-casa-vira-escritorio/
Imagem: O trabalho à distancia aconteceu de forma súbita e impositiva, sem preparo ou adaptação para tal desafio. Pixabay/Reprodução