13 abr, 2021

Por Beth Accurso

O Medo da Tomada de Decisões

Como tomar melhores decisões? O primeiro passo é vencer o medo, aquele sentimento que, muitas vezes, notamos ser o obstáculo das decisões que adiamos repetidamente. Esse é o primeiro desafio que precisamos enfrentar… sem o exercício de começar a olhar a decisão de frente, não há como lidar com nenhuma outra questão que podemos e precisamos enfrentar no dia a dia.

Quando adiamos uma decisão, em geral, achamos que estamos sendo preguiçosos. Dizemos a nós mesmos que jamais conseguiremos decidir o que fazer com o orçamento do próximo ano, com o design daquele projeto de trabalho importante ou com a rotina que precisa ser otimizada.

Seja mais gentil com você

Na maior parte do tempo, no entanto, não somos preguiçosos. Muitas vezes, estamos amedrontados porque percebemos – ainda que de forma inconsciente – que assim que começarmos a nos envolver com o dilema e tomarmos uma decisão seremos responsáveis pela escolha, seja ela certa ou errada. Começamos a pensar em todas as possíveis consequências negativas de uma decisão equivocada. Isso faz com que nosso primeiro grande obstáculo para tomar boas decisões seja o medo.

Não decidir já é uma decisão

O problema é que temos mais medo das consequências da decisão quando, na verdade, deveríamos temer os resultados de não tomar uma decisão. Afinal, no longo prazo, não decidir também é uma decisão. Não podemos adiar para sempre uma escolha e correr riscos, iguais ou piores, aos de tomar a decisão errada.

A tarefa em mãos, portanto, é diminuir o medo associado a tomar uma decisão ruim até que esse receio seja menor do que o temor de não tomar uma decisão.

Baixe o volume da opinião do outro

Para explorar melhor como fazer isso, reavalie uma das coisas que mais tememos ao tomar decisões: a opinião dos outros.

Uma das curiosidades no processo de tomar decisões é que, muitas vezes, fazemos nossas escolhas não por uma convicção interna firme ou uma estratégia bem pensada. Escolhemos o que mais agradaria aos outros.

Uma pessoa madura e assertiva toma decisões. Ela sabe quais partes das consequências das escolhas foram (ou não foram) sua culpa. Ela pode aguentar o desconforto de decepcionar os outros – por ir contra seus conselhos. Também é capaz de contar a essas pessoas, mais tarde, se as coisas derem errado.

Nunca seremos totalmente capazes de tomar a decisão certa – ainda que ela seja impopular – enquanto não tivermos coragem de desagradar e, às vezes, decepcionar o outro.

Texto: The School of Life