06 ago, 2021

Por Gilda Palhares

A Sessão Vai Começar – Paternidade

Inspirada pelas comemorações em homenagem ao Dia dos Pais, assisti Paternidade, baseado no livro “Dois Beijos para Maddy: uma história real de amor e perda”.

O filme narra a história de Matt, que se torna viúvo no dia seguinte ao nascimento da filha. Ele não apenas precisa aprender a lidar com o luto mas também a ser pai, enfrentando assim vários dilemas.

Tratar o tema paternidade é falar sobre cuidado diário, amor, suporte, presença e disposição para manter a conexão entre pai e filho. Desta forma, lembrei também do belo texto “O Pai” do escritor e educador Rubem Alves. Transcrevo um trecho para refletir sobre esta questão:

“Pois eu não tinha intenção alguma de escrever sobre o dia dos pais. Mas, de repente, passando os olhos num livro que uma amiga me enviou, encontrei a seguinte afirmação: “Tomar uma decisão de ter um filho é algo que irá mudar sua vida inteira de forma inexorável. Dali para frente, para sempre, o seu coração caminhará por caminhos fora do seu corpo.

Aí as ideias puseram a se movimentar por conta própria. Pensei na minha condição de pai. É verdade: pai é alguém que, por causa de um filho, tem sua vida inteira mudada de forma inexorável. Isso não é verdadeiro do pai biológico. É fácil demais ser pai biológico. Pai biológico não precisa ter alma. Um pai biológico se faz num momento. Mas há um pai que é um ser da eternidade: aquele cujo coração caminha por caminhos fora do seu corpo. Pulsa, secretamente, no corpo do seu filho (muito embora o filho não saiba disto).”

Desejo um feliz Dia dos Pais, a todos aqueles que batalham como Matt no filme Paternidade: gerando bem-estar contínuo para seus filhos.

 

Fonte: filme Paternidade (Netflix) e texto O Pai (Rubem Alves).