23 nov, 2022
Por Gilberto Ururahy
Mal de Alzheimer: o que pode ser feito para evitar a doença?
Está provado que a melhor “vacina” contra as demências é o estilo de vida saudável
A população brasileira está entre as que envelhece com maior velocidade no mundo. Segundo o IBGE, entre 2012 e 2019, o país ganhou 7,9 milhões de novos idosos, um aumento de 29,5% neste grupo etário. A tendência de envelhecimento da população vem se mantendo e o número de pessoas com mais de 60 anos no país já é superior ao de crianças com até 9 anos de idade. Ainda de acordo com o IBGE, até 2060 teremos cerca de 25% da população com mais de 60 anos.
Este processo de envelhecimento populacional acarreta uma série de consequências sociais, urbanísticas, econômicas, previdenciárias e, claro, também para a saúde e bem-estar. Muitas das doenças que atingem os idosos são resultado do estilo de vida equivocado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas no mundo convivem com algum tipo de demência, das quais 50 milhões com Alzheimer (1,5 milhão apenas no Brasil). Com o envelhecimento veloz da população, a expectativa é que estes números cresçam de forma significativa. Estudo no Reino Unido chega a cogitar a marca de 131 milhões de pessoas nos próximos 30 anos. Mas se por um lado é verdade que as demências não têm cura, por outro já se tem o alento de saber uma forma eficaz de preveni-las: a manutenção de hábitos saudáveis nas décadas de vida anteriores à velhice.
Um estudo europeu avaliou pacientes com diagnóstico de declínio cognitivo com mais de 60 anos. Foi identificada nestes pacientes a presença de todas as doenças crônicas associadas ao mau estilo de vida, como obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes, além de sedentarismo e consumo excessivo de álcool. A partir de então, eles foram submetidos a um novo estilo de vida, com alimentação saudável e prática de exercícios regulares. Resultado: uma comprovada melhora na regressão da demência em uma parcela significativa de pacientes, ao final de dois anos.
A pesquisa atestou o que dizemos há três décadas para mais de 200 mil pacientes, no pós check-up, na MedRio Check-up: bons hábitos constroem a longevidade com autonomia. Os números atestam também a melhora em nossos pacientes que seguem o programa personalizado, que é elaborado para cada cliente com sugestões de um novo estilo de vida a ser adotado dali em diante, quando temos em mãos o resultado de seus check-ups. Poucas semanas depois, temos excelentes respostas em seus parâmetros indicadores de saúde.
Dentre os 12 fatores de risco para Alzheimer e demência que foram apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC), oito estão diretamente relacionados ao estilo de vida. São eles: sedentarismo, tabagismo, diabetes, obesidade, hipertensão arterial, depressão, isolamento social e consumo excessivo de álcool (os outros quatro são problemas de audição, baixa escolaridade na primeira idade, poluição e traumatismo craniano).
Combinado ao estilo de vida, é preciso não descuidar dos exames periódicos preventivos. São eles que dão o termômetro da saúde do paciente e apontam doenças que podem ser facilmente tratadas, se forem diagnosticadas na fase inicial.
Saúde é prevenção!
Imagem: MedRio Checkup