21 jul, 2023
Por Maria Helena Carneiro
Futuro do trabalho, longevidade e a ressignificação da velhice
Para sextar com boas reflexões, faço um resumo do Mauro Wainstock no #RHRio2023 com o debate e a reflexão sobre o futuro do trabalho, longevidade e a ressignificação da velhice.
Em 2020, 16% da população brasileira era de 60+. Em 2050 será de 30% (68,1 milhões de pessoas). O público 40+ já reúne 40% dos brasileiros com 8,9 milhões de pessoas.
O termo ageless, ou seja, os que não se definem pela idade, está sendo trocado por agefull, aqueles cheios de vida, definição dada pelo professor Christian Dunker do Instituto de Psicologia da USP.
São muitos os desafios com a mudança da pirâmide etária: bem-estar físico, estabilidade emocional, equilíbrio espiritual, socialização, lifelong learning, segurança financeira e o preconceito (idadismo).
Metade da população mundial já sofreu preconceito por idade.
Nos EUA, a Equal Employment Opportunity Commission recebeu mais de 14 mil denúncias de discriminação por idade e teve US$ 76 milhões em compensação para os reclamantes.
A diversidade etária é a última prioridade das empresas depois da diversidade e inclusão de outros grupos.
@Marco Aurelio Rodrigues perguntou no Linkedin (6.237 votos): A idade influencia na contratação? 81% disseram que SIM.
Camila Farani pesquisou sobre o principal preconceito que existe dentro das empresas (7.757 votos): 40% dos votos foram para etarismo.
Max Gehringer (37.686 votos) perguntou qual preconceito é mais comum no mercado de trabalho? A Idade ganhou com 49%.
O idadismo se manifesta de forma subliminar com o isolamento ou desprestígio gradativo do trabalhador.
Para mim, é o silencioso e cruel “colocar na geladeira”, “você não serve mais”.
Temos que trabalhar na harmonia geracional.
Os 50+ concentram mais de 70% da riqueza do Brasil. A economia da longevidade já ultrapassa os R$ 2,1 trilhões ao ano (2021).
Dizem que os mais velhos não lidam bem com tecnologia, certo? O interessante é que 55% dos diretores de TI têm mais de 50 anos.
Empreendedores 50+ são quase metade dos empreendedores no Brasil.
Por que empreender aos 60 anos? “A terceira idade põe a mão na massa”.
Os 50+ têm que conquistar esse lugar. Networking e marca pessoal são fundamentais.
Os benefícios de se investir na diversidade geracional:
· Ter menos preconceito e idadismo;
· Realizar processo seletivo menos enviesado;
· Valorizar cada geração;
· Ter melhor clima organizacional;
· Propiciar ambiente mais inovador e criativo;
· Acolher percepções e experiências diversas;
· Fortalecer a marca empregadora;
· Possibilitar reflexo nos resultados financeiros.
A gente tem que se preocupar menos com os anos de vida e colocar mais vida nos seus anos.
Mauro Wainstock, obrigada pela palestra maravilhosa. Ainda vou ser igual a você quando eu crescer! 😊