03 nov, 2023
Por Angela Vega
Marte: o que podemos aprender com essa qualidade planetária?
“O importante não é a perfeição com a qual conseguimos realizar o que deve provir da vontade, e sim que o que tiver de surgir nesta vida, por mais imperfeito que venha a parecer, seja feito uma vez para que haja um começo.” Rudolf Steiner
Dando continuidade à nossa jornada pelas qualidades planetárias, abordaremos o planeta Marte e os aprendizados e potenciais que poderemos desenvolver a partir desta qualidade.
Começando pelos dias da semana, em diversos idiomas, a terça-feira está nitidamente relacionada ao Deus da Guerra. A palavra inglesa Tuesday, derivada de Tiwesdaeg do inglês arcaico, significa Dia do Tiw (Tiu’s Day), também conhecido como Tew, Tyr e Tywar, que era o deus da guerra na mitologia norueguesa. Tuesday também é baseado no nome Dies Martis, Dia de Marte (Day of Mars), o deus da guerra romano. Na língua espanhola e francesa, a correlação é mais direta: Martes e Mardi, respectivamente. Os ritmos são muito importantes em nossas vidas, sejam os internos ou os externos. Saber o dia da semana relacionado ao planeta, nos oferece a possibilidade de estabelecer uma conexão com essa qualidade, nesse dia específico. Por exemplo, podemos nos organizar para iniciar uma atividade na terça-feira, aproveitando a força de Marte. O planeta também pode ser associado à cor vermelha, ao carvalho (árvore), ao ferro (metal) e à vesícula biliar (órgão).
As qualidades planetárias possuem características próprias que são expressas por meio do pensar, do sentir e do agir. O tipo marciano possui espírito empreendedor, trazendo ideias para a realidade, voltado a um objetivo e visando o futuro. É convincente no discurso, na palavra. Não tolera críticas, mas são críticos por natureza. No sentir, é entusiasmado, apaixonado, impulsivo, corajoso e decidido. Em sua ação, busca poder sobre as pessoas e as coisas. Tem prazer em concretizar e gosta de vencer desafios (no trabalho e nos esportes).
Pensando na esfera profissional, o tipo marciano, descrito como “o realizador”, pode ser encontrado entre empreendedores, pioneiros, oradores, políticos, construtores e engenheiros, pois estes têm a habilidade de trazer ideias para a realidade, de forma efetiva.
Desenvolver a qualidade marciana é aprender a realizar. Tomar a decisão e fazer acontecer. Em que dimensões da sua vida, você precisa começar algum projeto, tornar concreta alguma ideia ou ideal? O filósofo Lao-Tsé (século VII a.C.), em seu Poema 64, já dizia que “uma viagem de mil léguas começou com o primeiro passo.” E mil léguas são aproximadamente 4.200 km… Se não nos colocarmos a caminho, cada dia parado é um dia mais longe de atingirmos nossas metas, nossos objetivos. Outro aspecto que podemos aprender com os marcianos é dominar o uso da palavra, usando-a a nosso favor para realizar nossos planos, transformando as críticas em autocríticas.
Qual é o seu desafio atual, no qual você poderá usar a força da qualidade marciana para te impulsionar?
Para saber mais:
. Justo, Angélica A. As qualidades anímicas planetárias. São Paulo: Antroposófica. 2021.
. Coletânea Aconselhamento Biográfico: o que é, para quem e como acontece. São Paulo: Reality Books. 2023.
. O que podemos aprender com as qualidades planetárias?, clique aqui
. Wizard Idiomas, clique aqui
. Wikiwote, clique aqui
. Imagem: Floresta de Carvalhos (Manfred Antranias Zimmer por Pixabay)
A simbologia do Carvalho, a árvore das árvores
“Árvore milenar, o carvalho é uma espécie pertencente ao gênero denominado Quercus, procedente do hemisfério norte. Por ser uma planta que pode viver mais de 2 mil anos e que produz uma das madeiras mais fortes e resistente do mundo, o Carvalho se tornou uma espécie cercada de simbologia. Tradicionalmente, o carvalho é um símbolo de força e resistência, pois é uma árvore imponente e de grande longevidade. Tornou-se, também, árvore símbolo de muitos países, como a França e a Alemanha. Para os povos antigos, era árvore sagrada. Os gregos o chamavam de árvore de Zeus, o principal deus grego. O primeiro oráculo grego a ser estabelecido foi o de Dodona, no Épiro, que tinha como centro uma árvore sagrada de carvalho que respondia às questões a ela formuladas através do ruído de suas folhas e dos pássaros que nela habitavam, e que era interpretado pelos sacerdotes. Para os povos germânicos, o carvalho era a árvore do Deus Trovão, Thor.”
“A palavra carvalho, na língua celta (povo antigo da Europa) era Duir, que significa porta. Eles acreditavam que os carvalhos eram uma espécie de portal para outros mundos.”
Fonte:
. Jardim das Ideias, clique aqui
. Unipampa, clique aqui