10 maio, 2024
Por Maria Helena Carneiro
Como ajudar em situações de desastre?
“Primeiro perguntar, depois agir”. “Coletar informações, entender o contexto”. “Promover ambiente acolhedor”. “Escutar a crise”. “Ser humano”. É a lógica do cuidado. Falo do desastre climático do RS.
Estas foram frases que ouvi na pós-graduação de saúde mental sobre a emergência do cuidado mediante crises.
Os desastres estão aumentando no mundo todo. Na década de 90 foram 8.671 desastres. Em 2000, 23.238 catástrofes. Qual a abordagem para lidar com um desastre, uma crise ampliada?
Em 1990, a ONU abordou sobre a valorização da dinâmica da comunidade em perceber e atuar em todo o ciclo de desastres com prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação.
Atores de associações de moradores, de instituições religiosas e da própria população do entorno da crise podem ajudar e amenizar sofrimentos.
Tantos gaúchos civis já estão lá incansáveis ajudando e salvando vidas… E tantos outros brasileiros estão ajudando como podem a distância. Mas precisamos fazer mais.
O que as empresas podem fazer? Que tal treinar pessoas como socorristas mentais?
Os colaboradores podem ser preparados para atuação em situação de crise e emergência, da mesma forma que os brigadistas são treinados em combate a incêndio.
Os socorristas mentais não precisam ser psicólogos. Podem ser voluntários que são treinados para acolher as pessoas em crise, tanto com o apoio psíquico quanto o social.
Cuidar de uma pessoa enlutada é como cuidar de uma rosa delicada.
A seguir, posto o link para a Cartilha da OMS que abrange os Primeiros Cuidados Psicológicos. Ela foi redigida para as pessoas que auxiliam indivíduos com extrema angústia.
Além de divulgar e fazer doações, cobrar dos entes públicos medidas, provocar empresas e sociedade civil, eu acho que, aqui do RJ, também posso , ouvir um(a) gaúcho(a), contribuir para a saúde mental, seja através de um telefonema ou de uma videochamada.
Ofereço meu tempo para ouvir e para conversar sobre o recomeço. Estou à disposição para ajudar a reconstruir de alguma maneira. Quem quiser, pode me chamar no privado.
Quando a pessoa fala, ela pode se escutar, refletir e até ressignificar suas experiências.
Você já se perguntou o que pode fazer para ajudar? Compartilhe aqui comigo sua opinião.
Fotos da RBS TV e do Jornal Nacional.
Link para a Cartilha de Primeiros Cuidados Psicológicos da OMS. Clique aqui