06 dez, 2024

Por Gilberto Ururahy

Dezembro Vermelho: o cuidado com as doenças sexualmente transmissíveis

Dezembro foi o mês escolhido para alertar à população sobre algumas das infecções
mais insidiosas e silenciosas: as transmitidas pela prática sexual. Segundo informações
do Ministério da Saúde, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas
por vírus, bactérias ou outros microrganismos, sendo transmitidas, principalmente, por
meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou
feminina, com uma pessoa que esteja infectada. O tratamento das pessoas com IST
melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções,
mas, se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a
pessoa, inclusive, à morte.

De acordo com o Ministério da Saúde, a terminologia “Infecções Sexualmente
Transmissíveis” (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão “Doenças
Sexualmente Transmissíveis” (DST), porque ressalta a possibilidade de uma pessoa ter
e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas aparentes.

Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas as mais
conhecidas são: Herpes genital; HPV; Doença Inflamatória Pélvica (DIP); Donovanose;
Gonorreia e infecção por Clamídia; Linfogranuloma venéreo (LGV); Sífilis; Infecção
pelo HTLV; Tricomoníase; Hepatites virais B e C e HIV.

Dados do Ministério da Saúde indicam que o país vem registrando queda nos casos de
HIV/aids, mas não entre homens de 15 a 29 anos. Nesta faixa, o índice tem aumentado,
chegando, em 2021, a 53,3% dos infectados de 25 a 29 anos. Os números da pasta
também registram crescimento dos casos de sífilis em homens, mulheres e gestantes.
A Pesquisa Nacional e Saúde (PNS), de 2019, apresentou outro dado quanto a este
cenário das ISTs: entre os indivíduos com 18 anos ou mais de idade que tiveram
relação sexual nos 12 meses anteriores à data da entrevista, apenas 22,8% (ou 26,6
milhões de pessoas) usaram preservativo em todas as relações sexuais. 17,1% dos
entrevistados afirmaram usar às vezes, e 59% em nenhuma vez. As IST podem se
manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros
possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de
ínguas.

Muitas pessoas vivem com DST sem sequer saberem. Por isso, check-ups periódicos
são fundamentais para controle e acompanhamento não apenas destas, mas também de
outras doenças.

Saúde é prevenção!