26 out, 2021
Por Gilda Palhares
A Sessão Vai Começar – Cry Macho: O Caminho da Redenção
Ir ao cinema ver Clint Eastwood dirigindo e atuando aos 91 anos é um privilégio. É o que podemos chamar de “encantamento do poder da arte”.
Lembrei de algumas ideias do livro “Arte como Terapia”, de Botton e Armstrong. Para eles a arte tem qualidades terapêuticas, capaz de oferecer soluções fascinantes para as angústias do dia a dia. Sendo assim, ela é um instrumento eficaz para ter uma vida mais plena e feliz.
Botton e Armstrong identificam sete fragilidades psicológicas oferecendo sete meios para nos ajudar. São elas:
Rememoração: a arte torna os frutos das nossas experiências memoráveis e renováveis. Ela entesoura os nossos ganhos coletivos.
Esperança: a arte mantém à vista coisas alegres e agradáveis, pois ela sabe como é fácil cairmos em desesperos.
Sofrimento: a arte nos lembra o lugar legítimo do sofrimento numa boa vida.
Reequilíbrio: a arte codifica, com invulgar clareza, a essência das nossas qualidades reequilibrando nossa natureza e nos guia para as melhores possibilidades.
Compreensão em si: a arte nos ajuda a identificar o que é central para nós.
Crescimento: a arte é o acúmulo das experiências dos outros, que nos são apresentadas de várias formas. Ela pode nos oferecer alguns dos exemplos mais eloquentes das vozes de outras culturas, de forma que o envolvimento com ela amplia as noções que temos de nós mesmos e do mundo.
Apreciação: a arte remove nossa “casca” e nos salva do habitual descaso pelo que está ao redor. Recuperamos a sensibilidade; olhamos o velho de novas maneiras.
Pela primeira vez, finalizo o artigo com a sinopse do filme: Mike (Clint Eastwood) é um ex-astro de rodeios que aceita a tarefa de buscar Rafa (Eduardo Minett), filho do ex-chefe, do México para o Texas.
Nesta jornada, uma série de situações inesperadas e complicadas são vivenciadas por ambos e é possível perceber como a arte consegue nos fascinar e nos ajudar reconhecer nossas fragilidades.
Fontes:
Filme Cry Macho: O caminho para Redenção (2021).
Livro Arte como Terapia, dos autores Alain de Botton fundador do The School of Life e John Armstrong filósofo e Consultor Sênior do Vice-Reitor da Universidade de Melbourne.