18 out, 2024

Por Gilberto Ururahy

O que o furacão americano Milton tem a ver com a nossa saúde?

Os Estados Unidos acabam de enfrentar o que foi definido pelas autoridades como o
que seria a pior tempestade do século. O fenômeno natural veio do oceano e invadiu o
território da Flórida, deixando um rastro de estragos materiais, além de muitos
americanos sem luz. No entanto, apesar da força do furacão, foram contabilizados até
agora apenas 16 mortos.

Para quem passou por uma catástrofe de grande proporção como nós, brasileiros, nas
recentes enchentes no Rio Grande do Sul, chama a atenção a diferença no número de
vítimas (por aqui chegaram a quase 200).

Por que um país soube enfrentar a tragédia sem grandes danos ao ser humano e outro
deixou tantas vítimas fatais? Simples: prevenção. As autoridades americanas se
organizaram com bastante antecedência, preveniram a população, os orientaram a
deixar suas casas, enfim, tudo que podia ser feito para mitigar as mortes foi feito e com
competência. A principal lição é: a prevenção é capaz de evitar grandes estragos.

Com a nossa saúde não é diferente. Natureza e saúde são parceiras. Natureza agredida
responde com enchentes, queimadas, degelo, tsunamis e furacões. Saúde agredida
responde com infartos, AVCs, cânceres. Quando o meio ambiente é preparado para as
agressões da natureza (ações preventivas), os danos são mínimos. Quando se faz um
diagnóstico precoce de uma doença grave (prevenção), o potencial de cura é enorme.

E o que é prevenção em saúde? A melhor resposta é a busca pelo estilo de vida
saudável: alimentação adequada, noites de sono reparador, prática de exercícios físicos,
distância do tabagismo e do consumo de álcool além, claro, de exames preventivos.

Tais comportamentos devem ser incutidos incorporados o quanto antes na busca por
uma vida equilibrada e sem surpresas, impedindo assim o desenvolvimento de doenças
crônicas, ou comorbidades, responsáveis por maior número de óbitos na pandemia.

Saúde é prevenção! Natureza também!