
07 fev, 2025
Por Maria Helena Carneiro
Uma reflexão sobre o início da carreira de mãe e filha.
O que senti quando me formei? Uma felicidade imensa por ter honrado todo o sacrifício dos meus pais — pessoas simples, mas cheias de sabedoria de vida — que fizeram de tudo para me dar acesso aos estudos. Senti orgulho de mim mesma por ter concluído engenharia química na UFRJ, uma faculdade desafiadora, a coisa mais difícil que já estudei na vida. Também senti alívio por finalmente poder entrar no mercado de trabalho, poder proporcionar uma vida melhor para meus pais e conquistar minha independência financeira. Mas havia também incerteza, pois o mercado estava difícil. Ainda assim, eu já tinha sido aprovada em dois mestrados diferentes, caso o emprego não viesse. Em janeiro me formei, e em março já estava empregada.
E o que senti ao ver minha filha se formar?
Comecei a chorar logo no início da cerimônia, quando entoamos o hino nacional. Estava em êxtase de felicidade. Cada momento difícil desses últimos quatro anos passou como um filme na minha cabeça: a pandemia, o isolamento, a mudança de padrão de vida, as árduas batalhas por uma bolsa de estudos, os desafios de saúde na família… Foram anos de transformação e superação.
Senti um orgulho indescritível de ver minha bebê — aquela que se aninhava no meu colo — enfrentar o mundo com determinação. Vi sua dedicação ao conquistar estágios, participar de programas, construir portfólios, ser colunista de revista, escrever um livro, destacar-se no LinkedIn, concluir a universidade com um TCC nota 10 e um CR de 9.6 e se formar já empregada por uma grande empresa. Sei de perto o quanto ela se esforçou e o quanto meu apoio foi fundamental ao longo desses anos.
No fim das contas, percebi que vê-la se formar me trouxe uma alegria ainda maior do que a que senti na minha própria formatura. Acho que é aquele imenso amor que nasce junto com um filho — visceral, puro, eterno e que move a vida.
E compreendi que, assim como a Lei da Evolução nos ensina, tudo na natureza segue seu caminho para o crescimento, seja árduo ou leve, cheio de curvas ou de retas, mas sempre em direção a algo maior. Hoje, vejo minha filha percorrendo sua jornada com passos firmes, com sonhos ainda mais altos e com um olhar que vai além do horizonte que um dia enxerguei para mim.
Sei que cumpri meu papel. E sigo aqui, torcendo, apoiando e, acima de tudo, amando. Porque ser mãe é isso: vibrar a cada conquista, sofrer em silêncio por cada obstáculo e, no final, ter a certeza de que tudo valeu a pena.
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💡 Transformo conhecimento em resultados na educação e na . carreira
🎯 Foco em pessoas, e desenvolvimento humano. saúdemental