A Sessão Vai Começar – Não Mexa com Ela.

A Sessão Vai Começar – Não Mexa com Ela.

Em cartaz, há duas semanas, o filme “Não Mexa com Ela” traz um tema considerado “tabu” nas organizações que é a questão do Assédio Sexual e Moral. O longa-metragem, da diretora e roteirista israelense Michal Aviad, nos leva para este universo que mostra de forma progressiva como o abuso se desencadeia e até ele vai.

O filme começa com a sorridente Orna deixando uma entrevista de emprego. Ela é a mãe de três filhos e seu marido, Ofer, abriu recentemente um pequeno restaurante que ainda não gera o retorno esperado. Ofer é cético quanto ao tempo que sua esposa, recém-contratada, vai passar longe de casa. Orna, por outro lado, fica feliz em retornar ao mercado de trabalho. Com a família precisando de dinheiro, ela acredita ser realmente competente como assistente de um empreendedor imobiliário rico e poderoso. Entretanto, Orna acaba se tornando alvo de assédio de seu chefe, desde comentários sobre sua roupa e cabelo até agressivas atitudes.

Considero fundamental tratar esse assunto, primeiramente definindo Assédio Sexual e Assédio Moral.

De acordo com o artigo 216-A do Código Penal, Assédio Sexual é constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.

Assédio Moral é exposição dos trabalhadores a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, onde predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas, de um ou mais chefes, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização,  forçando-a a desistir do emprego (fonte: Guia Trabalhista).

Após as definições, nossa sessão segue com as seguintes perguntas:

  • O que faz alguém continuar trabalhando com pessoas que se comportam de forma inadequada?
  • Como sair de situações de abuso?
  • De que maneira podemos oferecer apoio às vítimas?
  • Como capacitar profissionais e líderes para enfrentar esta questão?

São perguntas que precisam ser discutidas e colocadas para reflexão. Assim, se alguém passar por um caso parecido com o de Orna poderá agir para mudar este cenário extremamente inapropriado e inaceitável.

Até o próximo mês!

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