Este mês, como em todos os anteriores, vi vários filmes. Nas nossas sessões,meu olhar estava sempre voltado para algum tema que observo e que possamos conversar. Mas, desta vez, fiquei em dúvida sobre a escolha do filme em questão e se iria abordar o assunto que ele me fez refletir.
Então, depois de ver outros filmes conclui que deveria levar adiante a reflexão que vou abordar. O filme escolhido foi Gringo, comédia sombria que explora a batalha pela sobrevivência de Harold Soyinka (David Oyelowo), um supervisor de Operações de uma empresa farmacêutica chamada Promethium. Harold fica sabendo de uma fusão de sua companhia que pode colocar sua carreira em risco e, ao mesmo tempo, descobre que seu amigo Richard (Joel Edgerton), o presidente da empresa, não iria lhe contar nada sobre essa operação. Richard se une à vice-presidente da corporação, Elaine (Charlize Theron), uma executiva que age sem escrúpulos para obter ganhos na carreira, numa série de negócios escusos na fábrica da Promethium no México. A dupla estava desviando dinheiro da corporação para um cartel de drogas mexicano. Ao surgir um parceiro para a fusão, seria necessário interromper essa atividade ilícita. Então, enviaram Harold àquele país, já que ele era o gestor da fábrica, para colocar a contabilidade em ordem. Durante a viagem, Harold descobre que está prestes a perder o emprego e a esposa para um amante, que é Richard, seu amigo. Pessoalmente e profissionalmente humilhado, e sem nada a perder, Harold encena seu próprio sequestro, a fim de enganar os patrões e receber US$ 5 milhões do seguro da empresa. Harold se vê cruzando a linha do cidadão cumpridor da lei para a de um criminoso procurado.
Tendo por base a sinopse acima descrita, minha reflexão seguiu o caminho da questão da ética corporativa. Podemos dizer que a ética corporativa é o reflexo do compromisso da uma organização em gerenciar o seu negócio, enfatizando a transparência de suas ações e desta forma gerando confiança. O foco também não seria apenas no que é alcançado, mas em como os resultados são alcançados.
O fato é que estamos sempre nos deparando com escolhas difíceis e eventualmente complexas, em que nosso comportamento está em “jogo”. Logo, a construção da ética corporativa tem na sua base a questão da liderança. Ela só será respeitada se os líderes oferecerem um ambiente seguro e aberto, onde qualquer um pode falar e identificar comportamentos que não estejam alinhados com uma cultura de confiança e integridade. Ser ético não é uma opção. Você não pode ser parcialmente ético, porque isso significa que você é parcialmente antiético. Penso que ao falarmos mais sobre o tema abrimos um espaço para a reflexão, possibilitando um entendimento dessa questão tão relevante para as organizações e a sociedade.
A título de curiosidade, a Ethisphere Institute, líder global em definição e avanço dos padrões de práticas éticas de negócios, através de uma pesquisa anunciou 135 empresas em 23 países e 57 setores como as Empresas Mais Éticas do Mundo de 2018 – a brasileira Natura está entre elas.
Conheça o curso online da Eduvir “O Lugar da Ética nas Organizações”: http://eduvir.com.br/novo/project/o-lugar-da-etica-nas-organizacoes/
Até a próxima sessão.