O microlearning saiu dos bastidores para ganhar o protagonismo nos treinamentos. Prova disso é que a metodologia está sendo usada no mundo todo graças aos resultados incomparáveis em T&D.
O tempo escasso e a rotina corrida do trabalho pedem soluções mais ágeis e flexíveis, que treinem em poucos minutos e supram as necessidades dos profissionais.
E é isso que o microlearning oferece: aprendizado rápido e prático com conteúdo de qualidade.
Se você ainda não experimentou os efeitos das microlições, essa é a chance de ficar por dentro e acompanhar as últimas tendências do método até 2020.
Confira o conteúdo exclusivo que preparamos:
- A ascensão do microlearning no mundo;
- Motivos para investir nas microlições;
- Verdades e mitos sobre o método;
- 8 tendências de microlearning para ficar de olho.
Quer embarcar na onda do microlearning e melhorar seus treinamentos? Siga a leitura e aproveite!
A ascensão do microlearning
De um método pouco conhecido, o microlearning passou a figurar entre as principais estratégias de treinamento e desenvolvimento nas organizações.
Segundo a SHIFT, hoje, oito em cada dez profissionais de T&D priorizam o microlearning porque funciona melhor com seus colaboradores. Além disso, o relatório The LMS Features that Drive Employee Engagement, da Software Advice, concluiu que o microlearning dobra o engajamento nos treinamentos.
Para o CEO e pesquisador chefe do Research Studios Austria, Peter A. Bruck, o microlearning é o antídoto perfeito contra a sobrecarga de informação que enfrentamos atualmente.
Em um mundo repleto de distrações e mudanças em alta velocidade, a divisão de grandes conteúdos em pequenas porções é fundamental para facilitar a aprendizagem. E essa fragmentação não significa, nem de longe, perda de qualidade no conteúdo.
Motivos para investir em microlearning
Não faltam motivos para investir no microlearning para capacitar colaboradores e aumentar a eficiência dos treinamentos. Os benefícios mais óbvios são a rapidez, praticidade e foco que as microcapacitações oferecem.
Ao contrário do modelo tradicional que apresenta conteúdos densos e métodos cansativos, o microlearning veio para dinamizar o ensino-aprendizagem.
Em uma pesquisa recente da e-Learning Industry, os profissionais de T&D revelaram que suas microlições têm menos de dez minutos. Esse tempo é mais que suficiente para manter o foco no tema principal e reduzir o esforço cognitivo necessário para fixar o conteúdo.
Várias doses menores e frequentes de informação proporcionam absorção muito melhor do que leituras longas e pesadas. O microlearning encoraja a aprendizagem autodirigida, que nada mais é do que a capacidade de gerir seus estudos e tomar o controle do processo por iniciativa própria.
Além disso, é a melhor forma de lidar com a Curva do Esquecimento de Ebbinghaus, um fenômeno psicológico que expressa nossa perda de informações na memória ao longo do tempo.
Segundo a teoria, desenvolvida pelo filósofo alemão Hermann Ebbinghaus, nós levamos 24 horas para esquecer cerca de 50% do conteúdo aprendido.
Em 30 dias, podemos nos lembrar de apenas 3% a 5% do que vimos, se o conteúdo não for revisado em nenhum momento.
Com o microlearning, os cursos podem ser divididos em dezenas de microlições que reforçam o conteúdo continuamente, mantendo o assunto sempre fresco na mente.
E não podemos deixar de lado o custo-benefício do microlearning para o T&D. No livro 3-Minute E-Learning (Vignettes for Training, 2006), o autor e arquiteto de aprendizagem Ray Jimenez afirma que o microlearning custa até 50% menos e acelera o desenvolvimento em impressionantes 300%.
Verdades e mitos sobre o microlearning
Com a popularidade do microlearning, também surgiram mitos em relação ao método que devem ser esclarecidos.
Para isso, contamos com o conhecimento da PhD Patti Shank, uma das maiores referências em e-learning do mundo. Vamos ao trabalho de desmistificação!
1) O microlearning mudou nossa forma de aprender.
Mito. O ser humano continua com a mesma arquitetura cognitiva de milhares de anos atrás. Ou seja, nossa memória sempre processou melhor as informações em partes menores, embora essa característica seja atribuída à ascensão da internet.
As tecnologias mudaram, sim, nossa forma de pensar, mas a transferência de aprendizagem ainda mantém suas estruturas elementares.
2) O microlearning é melhor que o macrolearning.
Depende. O microlearning funciona muito bem para a educação continuada, especialmente no ambiente de trabalho.
Porém, o macrolearning nunca perderá seu espaço, pois certas ocasiões exigem a transferência de grandes quantidades de conteúdo em um curto período. O ideal, na realidade, é combinar os dois métodos para uma aprendizagem completa.
3) O microlearning só gera microresultados.
Mito. O microlearning pode gerar resultados impactantes no T&D de qualquer empresa, com ganhos expressivos em retenção e aplicação do conhecimento.
Para isso, o curso deve ser estruturado da forma correta, com a sequência de lições adequada e método de engajamento efetivo.
4) O microlearning parece mais fácil.
Verdade. O microlearning faz a aprendizagem parecer mais fácil e descomplicada, tornando o conteúdo menos intimidador para o colaborador. No entanto, concluir um curso nessa modalidade também exige esforço e dedicação.
O segredo do microlearning está justamente na impressão, que faz com que as pessoas aprendam de forma mais leve – mesmo inconscientemente.
8 tendências de microlearning para ficar de olho
O microlearning já está aqui e agora, mas o futuro ainda reserva muitas novidades para essa abordagem inovadora. Fique de olho nas tendências!
1) Novos horizontes na educação corporativa
O microlearning vai ultrapassar os limites dos treinamentos básicos e ampliar seu escopo na educação corporativa. Uma das principais áreas que será afetada é a de gestão de mudanças, dedicada exclusivamente à administração e apoio durante as transformações organizacionais.
Se antes era um desafio treinar os colaboradores para a nova realidade da empresa, o microlearning será decisivo para vencer a resistência e concluir as mudanças com sucesso.
Além disso, o método será crucial no aprendizado “just in time”, ou seja, oferta de conteúdo instantâneo e de fácil acesso durante o expediente.
2) Mais personalização na experiência
Cada pessoa tem seu próprio estilo de aprendizagem e ritmo adequado, e os formatos de treinamento nem sempre dão conta dessa diversidade na hora de transmitir conhecimento.
Prova disso é que 58% dos colaboradores prefere aprender em seu próprio tempo, de acordo com o relatório 2018 Workplace Learning Report do Linkedin.
Quanto mais customizadas as microlições, melhores serão os resultados na retenção e prática dos conteúdos aprendidos. Esse método abre novos caminhos para personalizar essa experiência, principalmente por meio das soluções tecnológicas que utilizam a inteligência de dados.
Imagine se uma plataforma de microlearning pudesse traçar o perfil de cada colaborador e direcionar lições personalizadas! Certamente o método seria muito mais eficiente do que as lições genéricas.
3) Uso de Inteligência Artificial e Analytics
A personalização nos leva ao uso das tecnologias de Inteligência Artificial e Analytics no microlearning.
A Inteligência Artificial (IA) é a aplicação dos modelos de raciocínio humano às máquinas, permitindo que os sistemas “pensem”, solucionem problemas e aprendam com seus erros.
Já o Analytics diz respeito ao conjunto de metodologias e tecnologias que analisam dados e geram insights para embasar a tomada de decisão, também chamado de inteligência analítica.
Com o uso da IA, o microlearning terá à disposição algoritmos poderosos, capazes de coletar e processar grandes quantidades de dados e cruzar informações em tempo real.
Assim, o desempenho de cada colaborador será facilmente analisado e categorizado, bem como suas preferências de aprendizagem, abordagem ideal e ritmo adequado.
Já com o Analytics, será possível interpretar esses dados e gerar relatórios altamente precisos para direcionar a criação de treinamentos certeiros.
4) Fortalecimento dos vídeos
Os vídeos estão no topo das estratégias preferidas para desenvolver treinamentos. Segundo uma pesquisa da Forrester Research, a probabilidade dos colaboradores assistirem a um vídeo até o fim é 75% maior do que a chance de lerem um texto.
O resultado é facilmente comprovado nas empresas, onde os materiais audiovisuais aparecem entre os formatos mais engajantes para o T&D.
O que pode mudar nos próximos anos é o tipo de material que será produzido, uma vez que o microlearning utiliza vídeos interativos, com recursos que vão de links para novos materiais a pequenos games que convidam o usuário a interagir durante sua exibição. Isso é a aprendizagem com a combinação mais atrativa que existe: imagens, sons e ações.
5) Combinação com estratégias imersivas
O microlearning sozinho já é poderoso, mas pode se tornar ainda mais impactante combinado a outras estratégias imersivas. Podemos destacar quatro em alta:
- Realidade Virtual;
- Gamificação;
- Aprendizado baseado no storytelling;
- Simulações complexas para a tomada de decisão.
A Realidade Virtual (VR) é uma tecnologia de alto potencial para a aprendizagem e pode transformar o microlearning em uma experiência épica. Com um Oculus Rift ou Google Cardboard, já é possível adentrar cenários 3D e interagir com o ambiente.
Em breve, os colaboradores poderão ter foco total em suas microlições em um ambiente 100% virtual – praticamente uma realidade paralela.
A gamificação, por sua vez, já está presente em várias soluções de microlearning graças à mecânica irresistível dos jogos e sua aplicação bem-sucedida em treinamentos em realidades de não jogos.
O storytelling também é parte do universo da gamificação e do entretenimento, pois consiste na criação de narrativas e contextos envolventes para cativar os alunos. Todos aprendem melhor quando as lições são ambientadas em um universo específico, que pode ser fantasioso ou não.
Logo, contar histórias por meio do microlearning será outra aposta dos profissionais da área para conquistar os aprendizes.
As simulações tendem a se tornar cada vez mais complexas, no ritmo dos avanços tecnológicos. Em um futuro próximo, o microlearning contará com simuladores sofisticados que poderão reproduzir qualquer desafio.
Assim, a sensação de aprender na prática chegará a um nível sem precedentes.
6) Aprendizagem social e colaborativa
O microlearning será potencializado pela aprendizagem social (social learning) e colaborativa. Essa metodologia se baseia no compartilhamento de ideias e troca de experiências para fortalecer o aprendizado, que se tornou comum na era das redes sociais.
As pessoas têm aprendido mais e melhor com a inteligência coletiva, e o formato ágil do microlearning facilita o compartilhamento dos conteúdos.
As microlições, por exemplo, podem incluir uma área de discussão como um fórum, onde alunos do mesmo curso interagem e ampliam sua visão sobre o assunto.
7) Apoio ao macrolearning
Outra tendência interessante será o uso do microlearning para apoiar os treinamentos em formato macrolearning. Ou seja, as empresas vão disponibilizar microcapacitações antes, durante e depois dos treinamentos presenciais e online.
Isso permitirá que os colaboradores se preparem para um treinamento com algumas amostras do conteúdo, façam exercícios durante as aulas ou mesmo realizem testes após os cursos.
8) Aplicativos para dispositivos móveis
A tendência que já está tomando conta do T&D é o uso dos aplicativos mobile baseados em microlearning. Os dispositivos móveis trazem as microlições para uma nova dimensão, pois permitem que os colaboradores aprendam a qualquer hora e lugar com seus próprios smartphones
Com os treinamentos na palma da mão e as microlições engajantes, aprender algo novo se torna parte do cotidiano – além de ser uma experiência prazerosa.
Se você não sabia como usar o microlearning no T&D, agora tem muitas ideias novas para colocar em prática. Esse método veio para ficar e ainda há muito potencial a ser explorado.
As tendências mostram que as microlições estão sendo usadas do jeito certo: em conjunto com outras estratégias muito bem planejadas e adaptadas ao contexto da aprendizagem.
Nenhuma metodologia é milagrosa por si só, mas o uso inteligente do microlearning pode impulsionar os resultados dos treinamentos e provocar efeitos inéditos na organização.
Quanto mais recursos e tecnologias para melhorar a experiência, melhor será a qualidade da aprendizagem.
Então, que tal juntar tendência mobile, gamificação e Analytics em um único aplicativo de treinamento?
Essa solução completa de microlearning já existe e está bem perto de você.
Entre em contato com a Eduvir. cursos@eduvir.com.br