A sessão vai começar!

A sessão vai começar!

Dentro das diversas dimensões expostas em vários gêneros de filmes uma que nos parece inevitável observar, justamente por pertencer à essência do ser humano, é o da Motivação.

A motivação humana tem sido um dos maiores desafios na gestão organizacional, pois é um dos aspectos mais importantes na relação do homem com seu trabalho e com a vida. O conhecimento da motivação humana é indispensável para que possamos contar com a colaboração das pessoas.

É valioso conhecer alguns conceitos teóricos sobre o assunto. Escolhi apresentar um breve relato de alguns estudos que estão relacionados à motivação humana.

O primeiro conceito que escolhi foi do filósofo Schopenhauer chamado: “Teoria da Vontade”. Para Schopenhauer a vontade é o elemento fundamental que traz sentido às coisas e ao mundo. A vontade é o que há de mais essencial no mundo; ela se manifesta em toda natureza, independentemente de serem eles possuidores ou não da faculdade de razão. A Vontade é livre, autônoma e onipresente. Não existe nada sem que exista a Vontade.

Poderíamos dizer então que a vontade é o que move as pessoas ou seja as motiva?

Passamos em seguida para uma reflexão psicológica com Freud que introduziu a noção central de que a maioria dos processos mentais que determinam nossos pensamentos, sentimentos e desejos acontecem inconscientemente. As pesquisas de Freud convenceram-no de que as forças internas que seriam os instintos fornecem uma fonte fixa e continua de estímulo.

Poderíamos chamar isto de motivação?

O terceiro conceito e bastante conhecido por muitos da área organizacional e até hoje citado em quase todos os livros no capítulo referente à Motivação é a teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow. Maslow concebeu a hierarquia pelo fato de o homem ser uma criatura que expande suas necessidades no decorrer de sua vida. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas, outras mais elevadas interferirão em seu comportamento.

Maslow descreveu cinco hierarquias motivacionais humanas. Demonstrou as hierarquias através do desenho de uma pirâmide onde na base encontra-se as Necessidades Fisiológicas (comida, repouso, descanso), em seguida as Necessidades de Segurança (proteção, liberdade, boa saúde) depois as Necessidades Sociais (família, amigos, interação no trabalho) em seguida as Necessidades de Status e Estima (reconhecimento, aprovação, pertencimento) e no topo a Necessidade de Autorrealização (crescimento pessoal, profissional, o lazer).

Depois desta pequena introdução sobre determinados conceitos da Motivação vamos agora conversar sobre alguns filmes que estiveram em cartaz no segundo semestre deste ano e o foco motivacional de cada personagem. 

O Bebê de Bridget Jones (Bridget Jones’s Baby)

Quem conhece toda a saga da personagem, o clássico O Diário de Bridget Jones (2001), e o segundo, em Bridget Jones: No Limite da Razão (2004) sabe que Bridget sempre diante de imprevistos e frustrações, mantinha-se motivada mostrando o seu bom humor e a autoestima. Um personagem estimulado para alcançar a autorrealização profissional e pessoal.

O Homem que Viu o Infinito (The Man Who Knew Infinity)

Inspirado em uma história real, O Homem Viu o Infinito conta a emocionante história da genialidade de Srinivasa Ramanujan, matemático indiano que, mesmo sem formação acadêmica, contribuiu definitivamente em diferentes áreas da Matemática. O filme mostra todos os obstáculos que Ramanujan, teve que enfrentar para publicar e ser reconhecido como merece. Desde as rígidas normas da academia do Trinity College, hábitos alimentares, de vestuário até as saudades de sua família. Apesar de todas estas dificuldades ele pelo seu esforço foi agraciado com o ingresso no Royal Societye Ciências e tornou-se professor Trinity College. Podemos verificar através Ramanujan que a motivação é um processo de dentro para fora.

Um Brinde a Vida (À La Vie)

Este filme foi baseado nos relatos da própria mãe do diretor Jean-Jacques Zilbermann que conta a história de três mulheres sobreviventes do campo de concentração de Auschwitz. Elas não se viam desde a guerra e encontraram-se nos anos 60 em Berck, uma cidade de veraneio na França. Cada uma enfrenta o passado de sua maneira, e há segredos dolorosos que vêm à tona. O espectador claramente vai observar que, o que realmente importa neste encontro é a motivação (vontade) de cada uma viver momentos regeneradores.

Negócio da Arábia (A Hologram for the King)

O longa acompanha um homem de negócio falido, Alan, que viaja até a Arábia Saudita para tentar vender um software de hologramas para um monarca árabe que planeja construir um enorme complexo urbano no deserto. Alan esta perdido tanto em seus dramas pessoais quanto no fracasso de sua carreira mas que vê em terras internacionais a oportunidade de reerguer-se. Apesar das dificuldades e do inevitável choque cultural, é ali que ele vai se motivar construir alternativas para se refazer.

Finalizando a motivação funciona como o resultado da interação do indivíduo e a situação que o envolve. As pessoas diferem quanto ao impulso motivacional básico, e o mesmo indivíduo pode ter níveis de motivação que variam ao longo do tempo, ou seja, ele pode estar mais motivado em um momento e menos em outro.

Agora para saber como está a nossa motivação podemos refletir sobre as seguintes perguntas:

  1. O que estou realizando aqui tem real valor para mim ou para as pessoas?
  2. O ambiente em que desenvolvo o meu trabalho é estimulante?
  3. Estou com a minha subsistência garantida, sinto-me seguro, conquistei o afeto de meus colegas?
  4. O que estou fazendo hoje permitirá meu desenvolvimento pessoal e profissional?

Até a próxima sessão!

Envie um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *