A sessão vai começar!

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“ZOOTOPIA – ESTA CIDADE É UM BICHO”

O filme de animação têm a característica de ser voltado para o público infanto-juvenil, mas também pode ser visto dentro de um contexto da influência social, política e cultural.
O cenário da animação do filme “ZOOTOPIA – ESTA CIDADE É UM BICHO” é uma cidade diferente. A metrópole abriga uma grande diversidade de animais compartilhando o mesmo espaço. O sonho da personagem principal, a coelha Judy Hopps, é tornar-se uma policial. Ela sai da zona de conforto, que é viver no interior com a sua família de coelhos, para tornar-se uma policial em ZOOTOPIA. Mas não é levada a sério por leões, ursos, rinocerontes e outros gigantes da natureza, considerados mais capazes para o trabalho. Ela aprende que a cidade grande é repleta de diversidade e cheia de preconceitos. Determinada a provar seu valor, ela embarca em uma aventura ao lado do malandro raposo Nick Wilde para desvendar um grande mistério.
Esta sessão escolheu analisar nesse filme o conceito da diversidade cultural.

Como podemos conceitualizar o que é diversidade cultural?

A diversidade pode ser definida como um mix de pessoas com identidades diferentes interagindo no mesmo sistema social respeitando a individualidade das pessoas. Assim sendo, o tema diversidade cultural poder ser estudado sob diferentes perspectivas: no nível da sociedade, no nível organizacional, no nível do grupo ou individual.

No filme ZOOTOPIA, a diversidade cultural é observada em todos os níveis acima citados. A metrópole ZOOTOPIA é uma cidade que abriga um número imenso de animais. A personagem principal, Juddy Hopps, trabalha no departamento de polícia. Seu chefe é um touro e os seus parceiros de trabalho são machos de grande porte como búfalos e rinocerontes. O prefeito da cidade é um leão e a secretária uma carneirinha. No nível individual, Juddy tenta superar a sua intolerância em relação ao seu inimigo natural, a raposa malandra Nick Wilde, para desvendar um caso sério que está ocorrendo na metrópole.

As diferenças culturais podem levar ao que chamamos de “choques culturais”, que na visão tradicional eram interpretados como experiências negativas. No entanto, esses choques podem ser considerados como experiências construtivas levando os indivíduos a conscientizarem-se que existem visões opostas às suas. É uma experiência de autoconhecimento e de mudanças, que abre um espaço para a reflexão sobre os padrões do nosso comportamento. Essa reflexão criará o processo para a adaptação. A adaptação às diferenças não é instantânea nem ilimitada. Não é um pacote com soluções prontas nem um programa para resolver a questão de discriminação e preconceito. É importante entender que adaptação é diferente de acomodação, pois enquanto o acomodado atrapalha, o adaptado entende as mudanças a até ajuda a promovê-las. Gerenciar a diversidade significa adicionar valor à comunidade onde o indivíduo vive.

Finalizando, o filósofo, educador e escritor Mario Sergio Cortella, no seu livro “Não se Desespere!”, faz a seguinte consideração sobre o tema: “O respeito à Diversidade é a capacidade de afastar a tolice arrogante que supõe ser o único modo de correto de existir e, ao mesmo tempo, indica inteligência estratégica de aprender como o diverso e, portanto, com aquilo que comporta outro olhar e alternativas de percepção e ação.”

Zootopia continua em cartaz e se ainda não viram vão se divertir com Juddy Hopps e Nick Wild, os personagens que celebram as diferenças!

Vejo vocês na próxima sessão!

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