O filme Mulher-Maravilha está em cartaz no Brasil há oito semanas. Mundialmente quebrou os recordes de bilheteria sendo considerado um dos melhores filmes de ação dirigido por uma mulher. Poderia compartilhar vários temas em relação ao filme tais como: empoderamento da mulher, gerenciamento de conflitos, trabalho em equipe entre outros.
Entretanto o que mais me chamou atenção no filme foi a razão pela qual a Mulher-Maravilha Diana decide sair da ilha idílica de Themyscira quando o piloto de guerra Steve Trevor cai em seu mundo e conta que a Primeira Guerra Mundial poderá devastar o planeta. Diana uma pacifista resolve restaurar a paz. A sua atitude nos leva refletir sobre o tema COMPAIXÃO.
A Psicologia Positiva vem estudando este tema e seus benefícios. Existe uma distinção entre a empatia e a compaixão. A empatia é a capacidade de experimentar a dor que outra pessoa está sentindo. Na compaixão você traduz esse sentimento em ação. Um desejo de ajudar e uma motivação para agir. Quando sentimos compaixão, nossa frequência cardíaca diminui, sentimentos de prazer iluminam-se, o que muitas vezes resulta em nossa vontade em agir para ajudaro outro. Pesquisas utilizando a ressonância magnética do cerébro também demonstraram resultados de bem-estar ao ter uma atitude de compaixão.
Um outro ponto relevante que as pesquisas apontam sobre o tema é que a compaixão não é algo com que nascemos ou não. Ela alcança todas as pessoas. Ela pode ser aprendida e reforçada através de exercícios e práticas direcionadas. Uma emoção poderosa nas relações interpessoais tanto no âmbito social quanto no profissional.
Retornando ao filme podemos dizer que a Mulher–Maravilha quando decide sair da ilha tranquila de Themyscira para ajudar a humanidade estabelecer a paz, ela através dessa atitude está usando uma emoção tão poderosa que é a compaixão e que não demanda nenhum super poder.
Vejo vocês mês que vem!
Esclarecer o aspecto prático do que seja compaixão é sensacional. Empatizar parece fácil, agir é o que nos falta, mas é o que transforma. O século XXI precisa disto.