A Sessão vai Começar: Harriet

A Sessão vai Começar: Harriet

Como as salas de cinemas ainda não abriram, continuo nos serviços de streaming e canais por assinatura. Nesta sessão, escolhi o filme do gênero cinebiografia chamado Harriet. A atriz Cynthia Erivo concorreu este ano para o Oscar de melhor atriz, por sua extraordinária atuação.

O longa conta a trajetória de Harriet, nascida por volta de 1820 como escrava numa fazenda no Condado de Dorchester, no estado de Maryland. Harriet foi espancada e açoitada por seus vários mestres quando criança. Ainda muito jovem sofreu um ferimento traumático na cabeça que a deixa sofrendo de convulsões e dores pelo resto da vida. Em 1849, com base nos rumores de que estava prestes a ser vendida, movida pelo propósito de ser livre, Harriet foge da fazenda e percorre 160km a pé até a Filadélfia para obter liberdade. Não satisfeita em ser livre sem a família, em dezembro de 1850 resgata a irmã e os dois filhos. Essa jornada gerou mais de 19 incursões, cada vez mais perigosas, nas quais, durante a década seguinte, conduziram pelo menos 70 escravos fugitivos ao longo do “Underground Railroad”, uma associação antiescravista até o Canadá. Harriet continuou suas atividades antiescravidão durante a Guerra Civil, servindo como escoteira, espiã e enfermeira do Exército da União, até se tornar a primeira mulher dos EUA a liderar tropas para a batalha.

Analisando com base no livro “Character Strengths and Virtures” de Christopher Peterson e Martin Seligman observamos em Harriet a virtude da Coragem que compõe as forças de carácter da bravura, persistência, honestidade e vitalidade. Essas forças fortaleceram a estratégia utilizada para cumprir a missão de resgatar os escravos.

Conheçamos mais características dessas forças.

Bravura pode ser definida como uma força onde as pessoas não se retraem quando ameaçadas, pelo contrário, elas encaram desafios mesmo que possam trazer a dor. Ter bravura envolve posturas que podem ser impopulares, difíceis ou perigosas. A pessoa valente supera os instintos do medo, enfrentando situações difíceis e assustadoras.

Persistência é a força responsável para o sucesso relacionado aos projetos difíceis, pois são concluídos apesar dos obstáculos. Esses projetos são executados com prazer e bom-humor, gerando engajamento. A força da honestidade está associada ao modo autêntico e genuíno de agir. Está presente nas pessoas coerentes com os outros e consigo mesmas, sem fingimentos. Estas assumem a responsabilidade pelos seus sentimentos e ações.

A vitalidade está correlacionada ao entusiasmo que temos em função das atividades ou as rotinas que exercemos. Ela contagia e inspira as pessoas.

Na complexa situação atual, em função da pandemia do Covid19, despertar as forças acima descritas é de suma importância, pois elas nos fortalecem gerando bem-estar, realização e significado para as nossas vidas.

Você utilizou algumas dessas forças nos últimos meses?

Como e aonde foi?

Compartilhe conosco!

 

Aguardo sua história e até a próxima sessão.

 

 

 

 

Fonte: Filme Harriet e o livro “Character Strengths and Virtues” de Christopher Peterson e Martin Seligman.

A Sessão Vai Começar

A Sessão Vai Começar

Sempre gostei de assistir o gênero documentário, mas geralmente não aparecem muitos filmes no circuito dos cinemas. Agora temos várias opções nos serviços de streaming e canais por assinatura. No mês de maio, um dos temas abordados na coluna da Positividade foi A Arte da Gentileza. Agora, vamos conversar sobre a Arte da Bondade, tendo como ponto de partida a segunda temporada do documentário chamado “The kindness diaries(“Amor sobre duas rodas” – Netflix). Nesta temporada, Leon Logothetis, idealizador do documentário, sai num fusca amarelo do Alaska até a Patagônia.

Leon Logothetis tinha uma vida sem inspiração e desconectada como corretor da bolsa de valores em Londres. Parecia que ele tinha tudo, mas estava cronicamente deprimido. Ele resolveu deixar seu trabalho insatisfatório em busca de uma vida significativa. Embarcou numa aventura ao redor do mundo, alimentada pelo recebimento e doação da bondade. Conquistado pela generosidade humana por pessoas que ele não conhece que oferecem abrigo, comida e gasolina.

A cada parada onde é acolhido, na hora dele se despidir, encontra uma maneira de retribuir esses bons samaritanos oferecendo algum coisa que possa mudar suas vidas, como pagando por um tratamento de saúde, reforma de uma casa ou deixando pequenos presentes. Ele aprerendeu que a bondade é um dos laços que mais conectam as pessoas em todo o mundo.

Para reforçar a visão de Logothetis de acordo com os estudos das “Forças de Caráter e Virtudes”, dos psicólogos Peterson & Seligman, a bondade é uma das 24 forças de caráter. Ela envolve ações desde ofercer seu assento no tranporte público para um mãe com uma criança, ajudar a um cego atravesar a rua, compartilhar conhecimento com seus colegas de trabalho, até um ato profundo como doar um orgão.

Um elemento significativo desta força é que os filmes que mostram a bondade podem inspirar os espectadores a copiar esses atos em sua vida diária.

Finalizando, busquei alguns filmes nos quais podemos constatar como a bondade pode tornar os nossos relacionamentos profissionais e pessoais mais harmoniosos. São esses aqui:

  • “O fabuloso destino de Amelie Poulin”
  • “Chocolate”
  • “Melhor impossível”
  • “A corrrente do bem”
  • “Fantastica fábrica de chocolate”
  • “A forma da água”

Até a proxima sessão!

 

 

A Sessão Vai Começar

A Sessão Vai Começar

Dia 5 de junho foi o dia Mundial do Meio Ambiente. Em novembro de 2017, trouxe o tema com o filme “Uma verdade mais inconveniente”, conduzido por Al Gore. Para conversarmos um pouco mais sobre o tema, resolvi então pesquisar nas plataformas Netflix, NOW e YouTube documentários que tratassem do assunto ou apresentassem alternativas já implementadas para minimizar os danos ambientais. Com uma vasta oferta de filmes, decidi por três, tendo todos a mesma perspectiva, mas em situações diferentes.

O primeiro é “Honeyland” de 2019 (NOW), filme que concorreu ao Oscar deste ano nas categorias de Melhor Documentário e Melhor Filme em Língua Estrangeira. Hatidze Muratova é uma apicultora que vive isolada da civilização com sua mãe idosa nas montanhas da Macedônia. A rotina é interrompida com a chegada de uma de uma família ao local. O patriarca observa o potencial financeiro das abelhas, mas sua ganância em produzir uma maior quantidade de mel em menos tempo acaba trazendo consequências desastrosas. Existe uma regra na apicultura: deve-se pegar só metade do mel e deixar o resto para as abelhas. Caso estas regras sejam quebradas, o equilíbrio do ecossistema desses animais é ameaçado. “Honeyland” fala muito sobre a relação do ser humano com a natureza. A importância de respeitarmos a ordem natural das coisas e entender os seus limites para que possamos cultivar a harmonia.

Já em “Oceano de plástico” de 2017 (Netflix) começa quando o jornalista Craig Leeson parte em busca da grande baleia azul, e acaba por acidentalmente descobrir resíduos plásticos no que deveria ser um oceano límpido e intocável. Neste filme, Craig alia-se à mergulhadora de estilo livre Tanya Streeter e a uma equipe internacional de cientistas e investigadores. Viajando ao redor do mundo ao longo de quatro anos, a produção revela o estado frágil dos oceanos e descobre fatos alarmantes sobre a poluição causada pelo plástico. O documentário nos alerta para a ideia que precisamos repensar nosso estilo de vida descartável. Não se trata simplesmente de banir o plástico, mas de procurar soluções para o desperdício.

Finalizo a sessão com o documentário chamado “Chasing Tomorrow” de 2017 (YouTube). Realizado por dois jovens, Max e Jeremy, que resolvem explorar o mundo começando pelo interior do Reino Unido numa minivan para conhecer pessoas que estão mudando a comunidade que vivem com pequenas atitudes sustentáveis. Nos leva a conhecer desde a utilização de energia solar, moedas locais, plantio de pomares, hortas, ervas medicinais nas praças e espaços livres da cidade para que todos da possam usufruir. Estas foram algumas das questões apresentados no primeiro episódio.

Com foco nas questões ambientais, podemos dizer que o cinema documentário é um cinema com objetivo de preservar o mundo: impactando e alertando as pessoas para a realidade que vivemos. Abrindo um espaço para encorajar o público a tirar conclusões e tentar dedicar-se a soluções mesmo que seja numa escala micro.

Segue mais uma dica com o vídeo “Competição e Cooperação o Jeito da Natureza fazer Negócios” com o Fred Gelli, CEO da Tátil Design.

Até a próxima sessão!

 

Fonte: https://www.instagram.com/tv/CBmGDGeJH8N/?igshid=1w029e3b5s8u0

 

 

A Sessão vai Começar: Milagre na Cela 7 e O menino que descobriu o vento

A Sessão vai Começar: Milagre na Cela 7 e O menino que descobriu o vento

Desde que iniciei a coluna “A Sessão Vai Começar”, o foco era trazer mensalmente um filme que tivesse em cartaz e correlacionar com alguma questão comportamental e o trabalho que desenvolvemos. Com o atual isolamento social passei a viver o mundo da Netflix. Iniciei por filmes que lideravam o catálogo e também pelos que os amigos indicavam. Isso me levou à escolha de dois filmes para esta sessão: o Milagre na Cela 7 e O Menino que Descobriu o Vento.

O enredo do primeiro filme gira em torno de Memo, pai que tem uma deficiência cognitiva e vive num vilarejo na Turquia com sua filha, Ova, e sua avó. Em um incidente, é injustamente condenado pela morte da filha de um comandante do exército e sentenciado à morte. Durante o período na cadeia, a maior necessidade do protagonista é estar ao lado da filha. Seus companheiros de cela inicialmente o recebem com ódio, mas como o passar do tempo se convencem de sua inocência e se mobilizam para salvar a vida de Memo.

O Menino que Descobriu o Vento é baseado na história real do malawiano William Kamkwamba. Uma forte seca toma conta da região em que ele mora e, com isso, nenhuma plantação consegue se desenvolver, trazendo um ciclo de fome para toda aldeia. Inconformado com as dificuldades enfrentadas por todos e com uma curiosidade aguçada, se apaixona por livros de ciência e aprende sobre o funcionamento de motores e eletricidade, descobrindo assim uma forma de geração energia para bombear a água do poço da aldeia e então irrigar a plantação.

Em ambos os filmes, verifiquei um assunto comum: a compaixão.

Em julho de 2016, trouxe esse tema com o filme “Mulher Maravilha” e mais recentemente também com o texto traduzido “Como se Comunicar com Compaixão durante a crise do COVID-19”.

Na primeira abordagem fiz uma distinção entre empatia e compaixão e agora também pontuarei outros fatores relacionados aos dois.

Na empatia, de acordo com estudos científicos, o cérebro registra numa determinada área a dor que o outro sente. Na compaixão, o componente de tentar aliviar o sofrimento do outro ocorre em outra área do cérebro, formando um caminho de “recompensa” associado à afiliação e às emoções positivas. Pode-se dizer que na empatia sentimos dor e na compaixão a cura.

É necessário ressaltar que ter compaixão não é simplesmente ser gentil com o outro, mas sim demonstrar que estamos juntos para achar a melhor forma de resolver o problema. É sobre inclusão e encontrar soluções criativas. Um trabalho em conjunto para alavancar pontos fortes e se desenvolver.

Também na época (2016), mencionei um fato importante ao falar de compaixão. Ela não é algo com que nascemos, mas está ao alcance de todas as pessoas e pode ser aprendida e reforçada através de exercícios e práticas direcionadas.

No âmbito do ambiente profissional lembrei do livro “O Amor é a Melhor Estratégia – Uma Nova Visão do Sucesso e da Realização Profissional” de Tim Sanders. O autor é palestrante, ex-diretor de Soluções de Negócios do Yahoo e autor de outros best-sellers. No livro, ele apresenta um capítulo só sobre a compaixão e faz a seguinte pergunta: por que devemos mostrar compaixão no ambiente de trabalho?

Segundo Sanders, a compaixão nos permite conviver melhor com nossos colegas de profissão. Ela cria compromisso – o que nos ajuda a ampliar nosso conhecimento. Acrescente que devemos ter em mente que mostrar compaixão é um processo no qual oferecemos sempre o que temos de melhor.

Retornando aos dois filmes acima, caso você já tenha visto ou não, essa poderosa emoção é identificada nas atitudes dos prisioneiros e dos guardas em o Milagre da Cela 7, e no filme O Menino que Descobriu o Vento por meio da persistência de William para uma solução para a questão da seca nas plantações.

Finalizo nossa sessão com a seguinte citação de Martin Luther King: “A pergunta mais urgente e persistente que devemos fazer é: o que estamos fazendo pelo outro? ”

Até a próxima sessão.

A Sessão Vai Começar – As Invisíveis

A Sessão Vai Começar – As Invisíveis

O filme “As Invisíveis” trata de um tema bastante comum aos nossos olhos que é a questão dos de moradores de rua. Neste longa os personagens são mulheres que passam o dia num abrigo onde tomam banho, fazem uma refeição e se protegem do frio. Após decisão da prefeitura, o abrigo feminino fecha as portas com apenas três meses de funcionamento. As assistentes sociais se empenham em reintegrar as sem-teto do abrigo à sociedade.

Ao sair do cinema, pensei em vários assuntos para abordar e a reflexão foi para uma área do comportamento humano denominada autoestima.

Não resta dúvida de que seres humanos que vivem em situações precárias de existência, como os moradores de rua, se tornam objeto de “desrespeito social” e de baixa autoestima.

Como também é fato que existe um consenso, tanto entre leigos como especialistas, de que a autoestima é imprescindível para uma vida emocionalmente saudável, pois a forma que nos vemos se reflete nos relacionamentos profissionais e sociais.

Se a autoestima é essencial, podemos entendê-la como:

  • a forma como nos sentimos em relação à nós mesmos;
  • o sentimento de valor pessoal;
  • o sentimento de competência pessoal.

É possível também estabelecer alguns componentes internos da autoestima que são:

  • Autoimagem – Como você se define? Quais a suas forças e fraquezas?
  • Autovalorização – Como você apresenta qualidades que podem ser apreciadas por várias pessoas.
  • Autoconfiança – Capacidade para interagir, comunicar-se e engajar-se sem temer o fracasso ou rejeição.

No filme As Invisíveis, os componentes acima mencionados são recuperados quando as assistentes sociais implementam uma estratégia para resgatar as competências e as habilidades das moradoras de rua, possibilitando a reintegração das mesmas no mercado de trabalho.

O psiquiatra e psicoterapeuta Francês Christophe André, especialista em temas relacionados gestão do stress, forças das emoções, fobias, e obsessões, meditação e autoestima no seu livro “Imparfaits, libres et heureux. Pratiques de l’estime de soi” (Imperfeito, livre e feliz. Prática da autoestima), sinaliza:

  • Seja você mesmo.
  • Aja sem medo de fracassar ou julgar.
  • Não tema com o pensamento da rejeição.
  • Discretamente encontre seu lugar entre os outros.

Em relação à última indicação, é importante salientar que o apreço exagerado a si mesmo não traz benefícios nos relacionamentos. Isso porque estas pessoas atribuem a responsabilidade pelos próprios fracassos aos outros ou às circunstâncias e não suportam críticas, razão pela qual o autor usa a palavra “discretamente”.

Até a próxima sessão!

A Sessão Vai Começar – FORD vs FERRARI

A Sessão Vai Começar – FORD vs FERRARI

Vários filmes foram analisados desde novembro de 2015 quando iniciamos a coluna “A Sessão Vai Começar”. Portanto, começaremos o ano de 2020 com uma retrospectiva de pontos conversados ao longo destes anos com base no longa-metragem FORD vs FERRARI.

No filme é possível vivenciar a adrenalina esperada do universo das corridas, como também as questões do mundo corporativo relativo ao comportamento humano.

Baseado na história verídica do visionário designer de carros americanos, Carroll Shelby (Matt Damon), e do valente motorista britânico Ken Miles (Christian Bale). Juntos, combateram a interferência corporativa, as leis da física e seus próprios demônios pessoais para construir um revolucionário carro de corrida para Ford Motor Company. O objetivo era vencer a fatigante corrida conhecida como 24 horas de Le Mans e para isso Shelby recruta o melhor piloto e engenheiro de corrida Ken Miles (Christian Bale).

Diversas questões que envolvem o mundo corporativo são nitidamente apresentadas ao longo do filme como: Características das Equipes de Alto Desempenho, Foco, Gerenciamento de Conflitos e Liderança. Em fevereiro de 2016, na sessão do filme “SPOTLIGHT – Segredos Revelados”, conversamos sobre o tema Equipes de Alto Desempenho por meio do conceito PERFORM, desenvolvido pelo especialista americano em Gestão e Liderança, Ken Blanchard.  Blanchard identificou sete características específicas em todas as Equipes de Alto Desempenho e criou o modelo PERFORM com o seguinte significado:   P – Purpos & Values (Objetivo e Valores)E – Empowerment (Delegação de Poderes)R – Relationship & Communication (Relações Interpessoais e Comunicação)F – Flexibility (Flexibilidade) O – Optimal Productivity (Produtividade)R – Recognition (Reconhecimento) M – Moral (Moral)

A equipe de Carrol Shelby, que desenvolvera o carro vencedor das 24 horas de Le Mans em 1966, possuía todas as características do acrônimo acima.

Em setembro de 2016 analisamos o filme “Águas Rasas” e apresentamos o conceito de Foco através das seguintes características:

  • capacidade de atentar para as coisas que vão ajudar você e evitar distrações que possam prejudicar o seu desempenho.
  • controle da nossa atenção para construir modelos mentais que nos garantam o comando.
  • ajuste do foco, quando necessário, de forma a concentrar os esforços no local exato.
  • porta de entrada para: percepção, aprendizagem, raciocínio, resolução de problemas e tomada de decisão.

O piloto, Ken Miles, que Carrol Shelby recruta e insiste em mantê-lo, mesmo com várias interferências do braço direito do presidente da Ford, demonstra visivelmente os conceitos acima descritos. Outro tema constatado nos conflitos internos entre os gerentes da FORD em relação ao empresário Carrol Shelby é o de Gerenciamento de Conflitos.  Na sessão do filme brasileiro “Aquarius” comentamos sobre o estudo Conflict Resolution Network (www.crnhq.org). Ele indica a existência de sinais ou pistas que determinam o surgimento de conflito. Cinco níveis podem ser identificados:

Nível 1: Desconforto. Talvez nada tenha sido dito ainda, no entanto, a impressão é que algo está errado.

Nível 2: Incidente. Ocorreu alguma coisa que não agradou e deixou você irritado.

Nível 3: Mal-entendido. Os fatos estão confusos e seus pensamentos frequentemente voltados para a situação.

Nível 4: Tensão. O peso das relações encontra-se num estágio negativo com opiniões preestabelecidas. A forma pela qual você vê a outra pessoa mudou para pior. Existe uma constante preocupação.

Nível 5: Crise. O comportamento está comprometido e as relações entram num nível difícil. Você lida com uma situação extrema levando a uma possível ruptura.

Os cinco níveis acima também são facilmente identificados nas cenas do longa de James Mangold.

Fica para o final desta sessão o tema de grande impacto nas organizações que é a Liderança.

Especialistas do assunto, Mack & Ria Story em texto publicado no blog da “Association for Talent Development Education Community” define 5 tipos de líderes:

 Tipo 1: Líder Gerencial

 Desejo de ser servido pelos pelo fato de ocupar um cargo de liderança. Vê o outro como uma ferramenta para atingir o seus objetivos. Prefere tomar todas as decisões.

Algumas características:

  • O desejo é “ser servido” em vez de “servir”.
  • O foco está no gerenciamento (direcionamento / controle) de pessoas e processos.
  • Valoriza mais a posição do que as pessoas.
  • A força vem do poder, controle, autoridade formal e resultados pessoais.

Tipo 2: Líder Relacional

Constrói relacionamentos para influenciar os outros. Desenvolve respeito mútuo, entretanto não tenta ampliar outras competências necessárias da liderança.

Algumas características:

  • O caráter é forte.
  • O desejo é servir.
  • O foco está em liderar (influenciar/liberar) pessoas.
  • Valoriza mais as pessoas do que a posição.
  • A força vem dos relacionamentos e autoridade moral.

Tipo 3: Líder Motivacional

Busca benefício mútuo para si, para os outros e para a organização. Focado nos processos. Fornece resultados para si mesmo, sua equipe, sua organização, seus clientes, seus fornecedores,sua família e sua comunidade.

Algumas características:

  • O desejo de servir.
  • As competências são desenvolvidas e especializadas.
  • Valoriza mais as pessoas do que a posição.
  • A força vem de relacionamentos, autoridade moral e resultados das equipe.

Tipo 4: Líder Inspirador

 Instiga líderes gerenciais e relacionais a se tornarem líderes motivacionais. Focado nas pessoas e não nos processos. Se concentra fortemente no desenvolvimento das forças humanas e é inspirado pelo crescimento daqueles que o segue.

Algumas características:

  • O desejo é servir e desenvolver os outros.
  • As competências são altamente desenvolvidas e especializadas.
  • Valoriza mais as pessoas do que a posição.
  • A força vem dos relacionamentos,autoridade moral e resultado das equipes.

 Tipo 5: Líder Transformacional

 A paixão e o propósito desse tipo de líder é transformar os outros. É o mais influente dos cinco tipos de líderes e altamente respeitado. Conhecido por desenvolver líderes e é capaz de influenciar vários setores e em até mesmo gerações.

Algumas características:

  • O desejo de servir e desenvolver outros.
  • As competências são altamente desenvolvidas e especializadas.
  • O foco está em desenvolver líderes motivacionais e inspiradores.
  • Valoriza mais as pessoas do que a posição.
  • A força vem dos relacionamentos, da autoridade moral, do crescimento dos outros e do respeito que eles conquistaram.

Quando tiverem oportunidade de ver o filme, busquem identificar quais estilos de liderança foram adotados por Carrol Shelby, Henry Ford II e o Enzo Ferrari.

A título de curiosidade, o filme tem a atuação do gerente de vendas o Lee Iacoca. Considerado uma das pessoas mais representativas e inspiradoras da indústria automobilística do final do século XX, ele trabalhou como gerente de vendas da FORD Motor Company. Segundo Iacocca em momentos de grande stress, é sempre melhor manter-se ocupado e colocar a sua energia em algo positivo.

Excelente 2020 e até a proxíma sessão!