by admin | ago 25, 2017 | A Sessão vai Começar, Gilda Palhares |
João, O Maestro é uma biografia inspiradora e apaixonante do pianista e maestro brasileiro João Carlos Martins. Quando um filme expõe um retrato franco e verdadeiro do ser humano em várias situações da sua vida oferece ao público uma oportunidade de refletir sobre várias fatores que envolve o comportamento humano. Coincidência ou simplesmente a beleza do inesperado estou lendo o livro “Garra: O Poder da Paixão e da Perseverança” da psicóloga e professora da Universidade da Pensilvânia Angela Duckworth. O filme João, o maestro é ótima oportunidade para conversarmos sobre alguns pontos interessantes descritas no livro.
Duckworth define garra como paixão e perseverança em relação aos objetivos que estabelecemos a longo prazo. Na sua vasta pesquisa ela descobriu que as nossas realizações dependem mais da nossa paixão, persistência e compromisso com nossos objetivos do que com nossos talentos inatos.
Angela, relata também que a paixão pelo trabalho que você escolheu envolve inicialmente a descoberta, seguido por um grande desenvolvimento e, em seguida, uma vida de aprofundamento.
Um outro ponto interessante é que existe uma correlação entre garra e propósito ou seja a ideia de que o que você faz importa, não apenas para você, mas para os outros. A contribuição dos nossos esforços para a vida dos outros revelou uma poderosa fonte de motivação.
A importância da pesquisa da Angela é que ela nos ajuda a entender que, por trás de cada pessoa extraordinária, há incontáveis ??horas de prática, compromisso e dedicação. O pianista e maestro João Carlos Martins apresenta na sua trajetória de vida este comportamento notável.
Até o próximo filme!
by admin | jul 31, 2017 | A Sessão vai Começar, Gilda |
O filme Mulher-Maravilha está em cartaz no Brasil há oito semanas. Mundialmente quebrou os recordes de bilheteria sendo considerado um dos melhores filmes de ação dirigido por uma mulher. Poderia compartilhar vários temas em relação ao filme tais como: empoderamento da mulher, gerenciamento de conflitos, trabalho em equipe entre outros.
Entretanto o que mais me chamou atenção no filme foi a razão pela qual a Mulher-Maravilha Diana decide sair da ilha idílica de Themyscira quando o piloto de guerra Steve Trevor cai em seu mundo e conta que a Primeira Guerra Mundial poderá devastar o planeta. Diana uma pacifista resolve restaurar a paz. A sua atitude nos leva refletir sobre o tema COMPAIXÃO.
A Psicologia Positiva vem estudando este tema e seus benefícios. Existe uma distinção entre a empatia e a compaixão. A empatia é a capacidade de experimentar a dor que outra pessoa está sentindo. Na compaixão você traduz esse sentimento em ação. Um desejo de ajudar e uma motivação para agir. Quando sentimos compaixão, nossa frequência cardíaca diminui, sentimentos de prazer iluminam-se, o que muitas vezes resulta em nossa vontade em agir para ajudaro outro. Pesquisas utilizando a ressonância magnética do cerébro também demonstraram resultados de bem-estar ao ter uma atitude de compaixão.
Um outro ponto relevante que as pesquisas apontam sobre o tema é que a compaixão não é algo com que nascemos ou não. Ela alcança todas as pessoas. Ela pode ser aprendida e reforçada através de exercícios e práticas direcionadas. Uma emoção poderosa nas relações interpessoais tanto no âmbito social quanto no profissional.
Retornando ao filme podemos dizer que a Mulher–Maravilha quando decide sair da ilha tranquila de Themyscira para ajudar a humanidade estabelecer a paz, ela através dessa atitude está usando uma emoção tão poderosa que é a compaixão e que não demanda nenhum super poder.
Vejo vocês mês que vem!
by admin | jul 16, 2017 | A Sessão vai Começar, Gilda, Resiliência |
Esta sessão vai ser dedicada ao tema resiliência e o filme escolhido foi “A Promessa”. O tema resiliência foi brevemente analisado no ano passado no filme “Perdido em Marte” quando abordei a questão dos 4 Capitais Psicológicos Positivos (autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência). Conceito introduzido em 2004 por Fred Luthans, pesquisador norte-americano e especialista em comportamentos organizacionais. Resolvi então aprofundar mais o assunto da resiliência.
O filme “A Promessa” se passa às vésperas da primeira Guerra Mundial, situando-se no Império Turco-Otomano, onde ocorreu, naquele período, o terrível genocídio armênio. Na trama Michael Boghosian, um jovem estudante de medicina chega a Istambul para estudar com o propósito de terminar o curso e voltar para a sua aldeia, casar com a noiva prometida e iniciar a sua prática. Em Istambul entretanto ele se apaixona por Ana a jovem tutora das filhas do tio dele, que está com o jornalista americano Chris Myers. Myers encontra-se em Istambul para cobrir os acontecimentos políticos. Os homens se tornam rivais e apesar de um triângulo amoroso conflitante os três diante de situações perigosas e de escolhas dolorosas em situações extremas tiveram a capacidade de lidar com a adversidade e seguir em frente munidos com senso de significado.
O conceito de resiliência ganhou forças no últimos anos pois tem demonstrado que mesmo diante de cenários desfavoráveis, complexos e de mudanças, as pessoas e as empresas conseguem maximizar seu desempenho com o máximo de inteligência gerando um significado ou um sentido para aquela experiência.
O processo de resiliência contempla: avaliação da situação pelo indivíduo ou seja como ele percebe a situação, a sua mobilização de como irá empreender esforços emocionais e comportamentais para enfrentar a situação e o gerenciamento das exigências externas que seriam as ameaças que controlam e dominam a situação.
Podemos identificar alguns comportamentos na construção da resiliência como:
- Saber se antecipar e adaptar-se às mudanças e situações ambíguas.
- Não desistir diante de situações difíceis, mantendo a persistência na busca de resultados.
- Reagir com flexibilidade diante dos desafios.
- Compartilhar sentimentos e ideias com pessoas as quais mantém vínculos significativos.
- Encorajar a positividade para transformar a adversidade em algo positivo.
É fácil imaginar mesmo se você não viu o filme pela simples descrição do texto e dos itens acima a capacidade que os personagens tiveram em adotar a resiliência como uma ferramenta transformadora.
Agora duas perguntas para vocês refletirem:
- Em que situação recente você adotou um comportamento resiliente?
- Como é possível gerar uma resiliência ainda maior?
Vejo vocês mês que vem!
by admin | maio 19, 2017 | A Sessão vai Começar, Criatividade, Gilda, Poesia |
Uma das sensações do festival de Cannes do ano passado foi o filme “Paterson” que entrou em cartaz no mês passado e ainda esta em cartaz. Paterson é um motorista de ônibus na cidade de Paterson, New Jersey – eles compartilham o nome. Todos os dias, Paterson adere a uma rotina simples: ele dirige o mesmo percurso, observando a cidade e ouvindo fragmentos de conversa dentro do ônibus. Ele anda com seu cão todas as noites e vai ao mesmo bar e bebe exatamente uma cerveja. Laura sua mulher que ele ama esta sempre vivendo novos sonhos e ele apóia suas ambições recém-descobertas. A única coisa a romper as repetições diárias é a paixão do Patterson por poesia, o que o leva a escrever seus próprios poemas em um pequeno caderno que sempre carrega. Ele pensa poesia enquanto caminha de casa para a garagem de ônibus. Ele escreve em seu caderno ao volante de seu ônibus enquanto espera por seu turno para começar. Ele escreve durante sua hora de almoço enquanto está sentado em um banco. Ele escreve em sua escrivaninha apertada em seu porão, cercado por materiais de construção. Cada poesia uma criação.
Paterson é um filme sobre arte e criação e que me fez refletir sobre um tema que sempre despertou em mim um interesse especial: Criatividade. A criatividade seria um dom concedido a poucos? É necessário pintar, desenhar, esculpir, escrever, compor, inventar obra-prima para definirmos quem é criativo? Existe uma característica criativa padrão: adaptabilidade, dinamismo, humor, timidez, versatilidade, assertividade, curiosidade, inteligência, impulsividade, entusiasmo, perspicácia, rebeldia, flexibilidade e, até mesmo, teimosia? Conclui que qualquer combinação dessas características e muitas outras pesquisadas poderiam compor uma pessoa criativa. A questão talvez seja em relação à crença limitante quando a afirmação: “Eu não sou criativo”. Esta afirmação me parece falsa. Se nós temos algumas características dos chamados “gênios criativos”, logo nós também temos a capacidade de criar. Talvez o que nos limita seja a falta de coragem de abandonar a tal zona de conforto, onde conceitos preestabelecidos como: a criatividade não é uma coisa que se possa apreender, sou do tipo lógico, a lógica e a criatividade não formam um par perfeito ou vou correr riscos tentando mudar. Se nenhum esforço ou tentativa é feito para abandonar essa crença, como é possível saber o potencial criativo de cada um. Precisamos romper esta crença. Quando decidimos por essa alternativa, nós abrimos um espaço para utilizar a energia mental que compõe o nosso pensamento criativo aguçando a nossa percepção. Seria como se estivéssemos olhando dentro de um caleidoscópio: a cada movimento, uma imagem nova se apresenta.
O filme Paterson é uma aula sobre o processo criativo. Nos inspira a olhar mais de perto o mundo ao nosso redor e colocar em prática o nosso potencial criativo pois sempre haverá uma página em branco num caderninho para inovarmos.
Gostaria de saber mais sobre esse tema entre em contato conosco em cursos@eduvir.com.br
Nos vemos no mês que vem!
by Gilda Palhares | abr 19, 2017 | A Sessão vai Começar, Gilda |
Queria abordar este tema há algum tempo e finalmente no mês passado assistindo o filme “Negação” (Denial) lá estava a questão que eu tanto queria trazer para vocês: A CONFIANÇA. É considerada um dos conceitos mais relevantes no mundo pessoal e organizacional.
O filme “Negação“ é baseado numa história real que conta a luta legal da historiadora Deborah Lipstadt (Rachel Weisz) especializada no holocausto da Segunda Guerra Mundial. Ela teve que se defender perante a corte britânica do seu acusador David Irving (Timothy Spall) também um historiador por ter descrito ele nos seus livros como um “negador do holocausto”.
Através de uma equipe renomada de advogados foi necessário provar que as afirmações feitas em relação ao historiador David Irving não foram invenções e sim fatos baseado na verdade. Para a surpresa de Lipstadt a equipe legal decide que nem ela, nem os sobreviventes ou familiares dos sobreviventes do holocausto testemunharão. Esta estratégia incomoda Lipstadt e ela passa a duvidar se a escolha é adequada. Rampton (Tom Wilkinson), o advogado da equipe que irá defendê-la, numa conversa em particular explica claramente a razão da estratégia e que vai cumprir o compromisso assumido que é o de ganhar a causa. A partir desta conversa é estabelecido um clima de confiança entre Lipstadt e a equipe legal.
Podemos afirmar que toda a relação depende da construção da confiança. Um ótimo exemplo desta questão é abordado no livro “Os 5 Desafios das Equipes” do autor americano Patrick Lencioni. Lencioni é fundador e presidente do ”The Table Group” uma empresa de consultoria gerencial especializada em desenvolvimento de líderes, equipes e saúde empresarial.
Neste livro ele apresenta as cinco disfunções das equipes utilizando o desenho de uma pirâmide. Ele coloca na base da pirâmide a ausência de confiança. As outras quatro começando da base para o topo são: medo do conflito falta de comprometimento, fuga da responsabilidade e falta de foco nos resultados. Logo estas cinco disfunções devem ser evitadas e é claro começando pela base da pirâmide.
No filme “Negação” é possível observar que com a confiança estabelecida, os conflitos passaram a ser gerenciados, a equipe toda estava comprometida, as responsabilidades foram e a atenção estava total no resultado. Gostaria de ressaltar que é um tema amplo com várias outras vertentes que não foram abordadas nesta sessão tais como: como gerar confiança e resultado das equipes que inspiram confiança.
Se tiverem um algum tema comportamental que gostariam de conversar é só mencionar que vamos procurar o filme.
Vou adorar receber a opinião de vocês.
Nos vemos mês que vem!