Jovens querem propósito e valores na empresa
É o que aponta pesquisa global realizada pela KPMG com com 4.630 estudantes, de 20 países, incluindo brasileiros.
Mais do que estar em uma companhia com uma marca reconhecida pelo mercado e ter um salário e benefícios competitivos, a oportunidade de ingressar em uma companhia onde seja possível desenvolver suas habilidades profissionais parece bem mais interessante para os jovens. Embora boa parte não descarte a ideia de fazer carreira em uma mesma empresa a vida toda, essa hipótese só é considerada quando eles conseguem compartilhar dos mesmos valores e propósitos da organização.
Esses dados fazem parte de um levantamento feito pela KPMG com 4.630 estudantes, de 20 países, incluindo brasileiros, durante um torneio internacional promovido pela consultoria. “Não importa o país ou o setor, o que faz sentido para os jovens são três coisas que se conectam: a visão, os valores e o propósito do empregador”, afirma Marcelo De Lucca, sócio de pessoas, performance e cultura.
Para 79% dos entrevistados, trabalhar em uma organização com um forte senso de propósito é mais importante do que receber o maior salário possível. “O alinhamento dos valores pessoais com os da empresa faz diferença”, diz.
Um fator que chama atenção é que 49% admitem que poderiam trabalhar para uma mesma companhia toda a carreira. “Não é que eles busquem isso, mas admitem que possa acontecer”, diz. De Lucca diz que essa possibilidade existe desde que eles tenham uma experiência interessante de crescimento pessoal dentro de ambiente alinhado com seus valores. “O papel social da empresa em relação à comunidade, por exemplo, é muito importante.”
Apenas 6% dos jovens dizem que fazer parte de uma empresa cuja marca é conhecida e respeitada seria um fator os motivaria a escolher um empregador, assim como só 4% optariam por um trabalho só pela remuneração competitiva.
Para encontrar o melhor trabalho, 84% dizem que estariam dispostos a mudar de país – 65%, inclusive, acreditam que passarão por até quatro países diferentes durante a carreira. “Até para os brasileiros aumentou a possibilidade de viajar e falar mais línguas. O mundo está menor.”
Fonte: Valor Econômico