by admin | jun 8, 2020 | Coronavirus, Gilda, Gilda Palhares, Liderança |
A crise causada pelo Corona Vírus trouxe enormes desafios para as lideranças. É fácil entender porque tantos gestores deixaram de tomar uma ação decisiva e utilizar uma comunicação honesta com sua equipe.
Adam Silver, comissário da “National Basketball Association” (NBA), em 11 de março decidiu suspender a temporada de basquete. Essa decisão foi tomada num momento de grande incerteza, pois coincidentemente, nesta data, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu formalmente o Corona Vírus como pandemia.
O olhar da primeira ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, colocou a população no estágio 2 de isolamento quando havia no país apenas 52 casos confirmados. Ardern comunicou o isolamento de forma clara, honesta e com compaixão, conscientizando as pessoas da necessidade desta decisão.
Analisando as determinações de Silver e Ardern, levantamos 5 atitudes importantes para a liderança durante a pandemia:
- AGIR COM RAPIDEZ
Desperdiçar tempo na esperança de encontrar clareza na situação, face a uma pandemia com taxa de crescimento exponencial não é aconselhável. Agir com rapidez significa tomar decisões, mesmo sem estar a par de todas as informações necessárias.
- COMUNICAR COM TRANSPARÊNCIA
Dar notícias degradáveis é uma tarefa ingrata. A transparência na comunicação significa fornecer descrições honestas e precisas da realidade, sendo o mais claro possível sobre o que está ocorrendo e o que se pode antecipar. É crucial transmitir a mensagem de uma maneira que as pessoas possam entender. Entretanto, a comunicação não pode ser totalmente desprovida de esperança. Em algum momento, nesta comunicação, deve haver uma visão otimista do futuro, para a qual as pessoas possam direcionar suas energias.
- RESPONDER PRODUTIVAMENTE AOS ERROS
Devido à novidade e complexidade da pandemia, problemas surgem independentemente de quão eficaz é a atuação do líder. A forma como os líderes respondem às situações e desafios inesperados é tão importante quanto a maneira de lidar com a crise. Quem lidera não pode ficar na defensiva ou culpar alguém quando erros são cometidos. Em vez disso, deve manter o foco para continuar resolvendo os próximos desafios.
- ESTAR SEMPRE ATUALIZADO
Um equívoco muito comum na questão da liderança é que um líder deve ser firme e implacável para manter o rumo. Certamente, a firmeza é necessária nesses tempos. Assim, dada a novidade e a rápida evolução da pandemia, é errado pensar que o trabalho do líder seja estabelecer um rumo e cumpri-lo. Os líderes devem estar constantemente atualizados observando as probabilidades, usando estratégias para obter novas informações e aprender rapidamente à medida que os eventos se desenrolam.
Fazer isso significa contar com consultores especializados e buscar opiniões diversas. Encontrar e alavancar as pessoas certas para a resolução dos problemas faz parte do desafio da organização.
- CRIAR SIGNIFICADO
Liderar numa crise significa disponibilizar-se para sentir como o outro sente. Caberá aos líderes se colocarem no sofrimento do outro, ter empatia e pensar com inteligência emocional, para depois traçar um caminho para todos.
Fonte: Trechos traduzidos do texto “What Good Leaderships Look like during This Pandemic” Michaela J. Kerrissey and Amy C. Edmondson, Harvard Business Review, 2020.
by admin | maio 24, 2020 | Coronavirus, Gilberto, Gilberto Ururahy |
O coronavírus estará fadado a ocupar o seu lugar na longa lista de pandemias superadas
pela humanidade ao longo da História.
O jornal americano The New York Times trouxe uma discussão interessante em edição recente: quando as pandemias chegam ao fim? Segundo historiadores e estudiosos, elas costumam acabar de duas formas: ou quando a enfermidade é derrotada por uma cura ou quando a população se cansa de temer a doença e passa a conviver com ela.
“Quando as pessoas perguntam ‘quando isto terminará?’, elas estão se referindo ao fim social”, afirmou o historiador de Medicina Jeremy Greene. Allan Brandt, historiador da Universidade de Harvard, endossa o discurso. “Muitas perguntas sobre o fim da epidemia são determinadas por processos sociopolíticos”, declarou.
Susan Murray, do Royal College of Surgeons de Dublin, em artigo para o prestigiado The New England Journal of Medicine, relembra do temor dos irlandeses diante dos casos de ebola no continente africano em 2014, apesar de nenhum caso ter sido registrado na Irlanda. “Se não estamos preparados para lutar contra o medo e a ignorância de modo tão ativo e racional como combatemos qualquer outro vírus, é possível que o medo cause danos terríveis a pessoa vulneráveis”, sentenciou.
Especialistas listam epidemias que atravessaram a História, como a Praga de Justiniano no século VI, a medieval no século XIV, a Gripe Espanhola no século XIX e a H1N1, mais recentemente, no século XXI, para especular se a desistência social não pode ser um dos caminhos que levará a Covid-19 ao fim, já que uma vacina não está prevista para menos de um ano.
Até lá, mais gente estará imune, a ampliação de “bolhas” de convívio se tornará uma realidade em mais lugares, como já é na Noruega, por exemplo. A abertura gradual de serviços encorajará a população a retomar suas atividades, cada vez com menos medo. É importante salientar que o vírus, sem pedir licença, está invadindo nossas residências e conduzindo inúmeros idosos aos hospitais, além de provocar alterações mentais em uma grande parcela da população. Aos poucos, as peças se encaixarão novamente e o coronavírus estará fadado a ocupar o seu lugar na longa lista de pandemias superadas pela humanidade ao longo da História.
Imagem: Uma das formas que as pandemias chegam ao fim é quando a população se cansa e passa a conviver com a doença. Pixabay/Reprodução
Fonte: Veja Rio on-line https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/como-a-covid-19-chegara-ao-fim/
by admin | maio 20, 2020 | Coronavirus, Gilda, Gilda Palhares |
De acordo com Tim Slade, palestrante, autor e premiado designer de e-learning, em tempos de Covid 19 é importante apoiar os funcionários da linha de frente, sejam eles trabalhadores de um restaurante, um supermercado, nas entregas ou em uma sala de emergência. Especialmente agora, é relevante encontrar o equilíbrio entre os novos recursos que podemos oferecer e as práticas já estabelecidas. Assim, o Slade sugere as dicas abaixo:
Perguntar o que os colaboradores precisam
Com muita frequência, no mundo do aprendizado e do desenvolvimento, nós dizemos o que o indivíduo precisa e entregamos. Na situação atual, a melhor coisa é saber o que os colaboradores necessitam e para então fornecer. Sejam recursos adicionais no uso de equipamentos de proteção individual (EPI) ou outros recursos necessários para tornar o trabalho menos estressante. Como profissionais de recursos humanos, podemos ser o canal entre o que nossos colaboradores precisam e como a empresa pode fornecer. Isso nos leva à segunda dica.
Adapte-se e seja flexível
É importante lembrar que estes não são tempos normais. Os funcionários da linha de frente estão se adaptando rapidamente a diferentes interações sociais e práticas de trabalho. Talvez não seja a hora de lançar um novo curso de habilidades pessoais ou algo que não contribuirá de imediato com seu trabalho. Isso não quer dizer que as habilidades sociais não sejam importantes, mas podem ser colocadas em espera até que tudo isso termine. A necessidade do momento é adaptação e flexibilização.
Seja um facilitador
A dica final é simples: faça tudo o que puder para facilitar a vida deles. É isso aí! Contribuir ao máximo para que o dia a dia no trabalho seja mais fácil e seguro.
Espero ter ajudado. Boa sorte!
Fonte: site ATD (Association for Talent Development) – https://www.td.org/
by admin | maio 9, 2020 | Coronavirus, Gilberto, Gilberto Ururahy |
As comorbidades, que aumentam o risco diante do novo coronavírus, podem ser
evitadas com um estilo de vida saudável
Pesquisa da Fiocruz recém-divulgada estima que um em cada três brasileiros adultos, ou seja, cerca de 50 milhões de pessoas, tem ao menos um dos cinco fatores de risco que podem agravar a Covid-19: diabetes, hipertensão, doenças pulmonares, cardíacas, ou são idosos.
De acordo com os dados, 22% são hipertensos, 7% tem diabetes, 4,2% sofrem doenças do coração e 1,8% tem doenças no pulmão. É uma má notícia porque retrata que 33,5% da população tem dado pouca atenção aos cuidados com a saúde, já que todas estas doenças estão essencialmente ligadas a um estilo de vida impróprio. Até mesmo a idade avançada, outrora vista como uma condenação, não tem mais tal caráter. Cada vez vemos maior número de pessoas envelhecendo com talento, verdadeiros jovens plenamente ativos aos 70, 80 e 90 anos.
Portanto, por trás da má notícia, há uma boa notícia: todas estas doenças são passíveis de prevenção. Um estilo de vida saudável representa 73% das chances de longevidade de um indivíduo. Estudo publicado pela Associação Médica Americana mostrou que quatro hábitos, adotados em conjunto, respondem por uma redução de 80% no risco de desenvolvimento das doenças crônicas mais comuns, justamente as que mais colocam em risco os pacientes de Covid-19. Os quatro hábitos são: dormir bem, manter o peso ideal, fazer exercícios regularmente e seguir uma dieta saudável.
As transformações no mundo pós-pandemia não ocorrerão apenas na economia, no mercado de trabalho e no comportamento social. A prevenção e os cuidados com a saúde ganharão maior relevância. Através do check-up médico regular, fatores de risco para a saúde do indivíduo são mapeados e as orientações para corrigi-los são definidas. Que o susto com a Covid-19 sirva, ao menos, como um convite para a prática de um estilo de vida mais saudável.
Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/coronavirus-uma-boa-e-uma-ma-noticia/
Imagem: Dormir bem, manter o peso ideal, fazer exercícios regularmente e seguir uma dieta saudável são quatro regras de ouro. Inspired Images by Pixabay/Reprodução
by admin | abr 29, 2020 | Coronavirus, Gilberto, Gilberto Ururahy |
O debate não pode ser entre combater o vírus ou pensar nos empregos: temos que fazer
os dois para conseguir a maior redução de riscos.
Em recente coluna no jornal “The New York Times”, Thomas Friedman causou controversa ao afirmar que a sua maior apreensão é a forma que será adotada pelas autoridades para sairmos da situação de isolamento social para a volta ao trabalho. Friedman foi questionado sobre estar apreensivo com a economia em um momento em que todas as atenções estão voltadas para a saúde. “É preciso estar preocupado”, insistiu, alegando o temor diante de outro grande inimigo, que chamou de “as doenças do desespero” que atingirão pessoas que, da noite para o dia, perderam emprego, negócios ou todas as economias. “Teremos mais mortes por desespero do que por coronavírus. O debate não pode ser entre combater o vírus ou pensar nos empregos: temos que fazer os dois para conseguir a maior redução de riscos”, resumiu.
Friedman citou o megainvestidor americano Warren Buffett, à época da crise financeira de 2008: “Quando a maré baixa, vemos quem está de sunga e quem não está”. Para ele, a atual pandemia é como a maré recuando: desnuda todas as fraquezas, não apenas individuais, de sistemas imunológicos ou doenças pré-existentes, mas a saúde dos próprios países, se são bem governados e se tem sólidos sistemas de saúde.
Friedman listou alguns exemplos de países que estão testando caminhos para equilibrar esta equação. Uma possibilidade é testar o máximo da população e as com menor risco ou maior imunidade começam a voltar ao trabalho aos poucos, para que retomem a atividade econômica. “Não defendo salvar todo mundo ou matar a economia. Ou salvar a economia e morrer todo mundo. mas defendo sim que precisamos de uma estratégia que combine as duas coisas do melhor jeito e reduza os danos à saúde econômica e pública”, definiu o americano.
Outro modelo de enfrentamento ao vírus proposto por Friedman foi adotado por Israel, Suécia, Holanda e Dinamarca, por exemplo. Estes países estão se limitando a isolar idosos e imunodeficientes, apostando na imunização coletiva, quando um alto percentual da população contrai o vírus e cria-se imunidade.
Este é o caminho que o Brasil tende a adotar com o novo ministro da saúde, Nelson Teich. “Se existe o conceito de que tem que ter 70% da população em contato com a doença para que ela seja imune, e a vacina vai levar talvez um ano, um ano e meio… Entre 2% e 70%, se você não tem um crescimento explosivo da doença, o que não está acontecendo no Brasil, a gente talvez nem chegue nesse número antes da vacina. Isso pode levar um ano, um ano e meio. É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado. O afastamento é uma medida absolutamente natural e lógica na largada, mas não pode não estar acompanhado de um programa de saída. Isso é o que a gente vai desenhar e vai dar suporte a estados e municípios”, disse o ministro.
Nessa crise, a idade é o primeiro fator de vulnerabilidade para o indivíduo. Mais envelhecemos, mais a funcionalidade de nossos órgãos diminui. Isso é válido para todos os órgãos. Quanto à capacidade respiratória, importante para enfrentar a Covid-19, ela atinge o ápice entre 20 e 30 anos; depois, diminui, progressivamente, até os 70 anos. O segundo fator de vulnerabilidade são comorbidades, isto é, as doenças crônicas: obesidade, hipertensão arterial, diabetes, asma, câncer… que se presente no idoso, o risco de complicação se agrava.
Até termos uma vacina ou imunização do grupo, precisamos colocar as pessoas de volta ao trabalho. Cedo ou tarde seremos obrigados a retomar nossa rotina. O isolamento social no Rio de Janeiro está decretado, a princípio, até 30 de abril. As questões trazidas por Friedman podem ajudar a iluminar as melhores decisões para quando esta hora chegar.
Fonte: Veja Rio on-line
Imagem: A pandemia expõe forças e fraquezas não apenas dos indivíduos, mas também das economias e sociedades. Elliott Alderson by Pixabay/Reprodução
by admin | abr 20, 2020 | Coronavirus, Gilberto, Gilberto Ururahy |
Pandemia reforçou a importância de se evitar fatores de risco como diabetes e hipertensão
Diante de tanta informação que a ciência já dispõe sobre a nova pandemia, uma das certezas mais relevantes se refere às comorbidades. Oito em cada dez mortos no Brasil de Covid-19 apresentam um fator de risco associado, como doenças cardíacas, respiratórias, diabetes ou hipertensão. Fumantes também estão no grupo de risco, já que, de maneira geral, têm doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquite crônica ou enfisema.
Trata-se de mais uma evidência da diferença que um estilo de vida saudável significa a longo prazo. Hábitos que são de nossa responsabilidade mudar, como o fumo e o sedentarismo, são a causa de 50% das mortes no mundo. A Covid-19 passa a juntar-se a esta lista.
Um estilo de vida saudável inclui alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle de peso, sono adequado, estresse controlado e check-ups periódicos. Esses hábitos devem ser mantidos durante todas as fases da vida, visando assim evitar o aparecimento das doenças crônicas.
Abaixo estão algumas dicas de como atingir um estilo de vida saudável:
1 – Diário alimentar: Aproveite a agenda do celular e coloque nela todas as refeições do dia – inclusive os deslizes. Alguns aplicativos também podem ajudar nessa tarefa. Esse é o primeiro passo para você ter noção de onde está exagerando.
2 – Objetivos claros: Comece traçando dois objetivos, um a médio e outro a longo prazos. Valorize as vitorias atingidas!
3 – Durma bem: O sono adequado é responsável por repor as energias e representa um dos segredos da longevidade.
4 – Exercício físico: Há vários aplicativos que oferecem programas e séries de exercícios para se fazer em casa. Isolamento social não é desculpa para ficar parado. Trinta minutos ao dia são suficientes. Mexa-se!
5 – Compartilhamento da experiência: Um estilo de vida saudável deve ser compartilhado com todos os membros da família, principalmente as crianças.
6 – Check-up: Não deixe de fazer seus exames semestrais ou anuais, conforme recomendação do seu médico para saber se seu plano de novo estilo de vida está funcionando e, assim, se sentir mais estimulado.
7 – Flexibilidade: O segredo de um estilo de vida saudável a longo prazo é não ser inflexível. Escolha uma das refeições da semana para comer aquilo que você gosta. Isso reforça o ânimo para seguir em frente.
Repare as dicas acima nada tem a ver com longos períodos de tempo ou grande valor de investimento. Basta boa vontade e perseverança. Adote um estilo de vida saudável e prepare-se para colher os bons frutos dessa escolha nos anos que virão. Saúde é prevenção.
A prática regular de exercícios está entre os passos para um estilo de vida saudável. Scott Webb by Pixabay/Reprodução