Interações positivas no local de trabalho: o trabalho é social e nós também!

Interações positivas no local de trabalho: o trabalho é social e nós também!

O ambiente de trabalho evoluiu para uma economia baseada em serviços que precisa de relacionamentos positivos para prosperar. Nas sociedades industrializadas, 75% dos trabalhadores atuam no setor de serviços como transporte, bancário, entretenimento e varejo. Nesse contexto econômico, o trabalho é realizado com e através de pessoas, fazendo com que as organizações dependam de conexões interpessoais positivas para atingir seus objetivos. Por esta razão, trabalhar em equipes torna-se uma habilidade importante.

Ao mesmo tempo, o ambiente de trabalho passa a ser mais volátil, incerto e complexo, gerando assim a necessidade de profissionais mais engajados, com ideias inovadoras a também com excelentes habilidades interpessoais.

Logo, a pergunta é: Como aprimorar o desempenho profissional? Dois fatores importantes a considerar: Engajamento e Relacionamentos Positivos.

Uma pesquisa dos EUA (SHRM, 2015) destacou que a principal condição de engajamento para 79% dos entrevistados era o relacionamento com os colegas de trabalho. De fato, o local de trabalho é um importante contribuinte para o bem-estar individual, em grande parte porque oferece o potencial para relacionamentos positivos.

Inúmeros estudos mostram que os relacionamentos e o trabalho são os dois principais contribuintes para o bem-estar individual. Embora exista uma rotatividade no mercado de trabalho, a lealdade e o envolvimento com as organizações dependem das relações sociais e não de incentivos econômicos (Ragins & Dutton, 2007).

Isso pode ser uma surpresa, a menos que você esteja familiarizado com a pesquisa vinda dos estudos na Psicologia Positiva do PhD Martin Seligman que aponta que a felicidade não pode ser alcançada sem as relações sociais.

Um outro grande pesquisador e estudioso em Flow, Mihalyi Csikszentmihalyi estabelece que “Estamos programados biologicamente para encontrar outros seres humanos sendo isto um dos fatores mais importantes do mundo”.

O pesquisador de neurociência Matthew Lieberman argumenta que “Como os seres humanos são naturalmente criaturas sociais, suas interações com os outros são tão vitais quanto a comida e a água”. Para finalizar, o professor de psicologia Christopher Peterson, estudioso das Virtudes e Forças de Caráter, resume o tema nas seguintes palavras: “Devemos nos importar com os outros”.

Fonte: traduzido do texto “Interações Positivas no Trabalho” ite:https://positivepsychologyprogram.com/

 

 

 

Se alguém lhe pedisse para se definir, qual seria sua resposta?

Se alguém lhe pedisse para se definir, qual seria sua resposta?

Vários temas que trago para esta coluna são traduções e adaptações do site Positive Psychology Program (positivepsychologyprogram.com). Resolvi compartilhar um resumo do texto da autora Madhuleena Roy Chowdhury apresentado no site sobre “Testes e Questionários que você pode fazer para encontrar as suas Forças”.

Ela inicia com a pergunta: “se alguém lhe pedisse para se definir, qual seria sua resposta”?

Pontos fortes são forças que influenciam nossos pensamentos, emoções e ações. Eles definem quem somos e determinam nossa singularidade.

Sabedoria, coragem, perseverança e humildade são alguns exemplos das qualidades que possuímos. Na psicologia, as forças do caráter são definidas como capacidades inatas que nos permitem superar nossos bloqueios e olhar as adversidades com mais positividade.

Conhecer nossas principais forças e fraquezas é parte crucial para entender a nós mesmos. Uma pessoa que sabe o que é bom é mais perspicaz e mais propensa a tomar as decisões certas.

Estudos sobre a eficácia da utilização das forças revelaram que, pessoas que conseguem identificar seus pontos fortes e usam no dia a dia são mais felizes.

De acordo com estes pesquisadores, isso não é suficiente. A menos que saibamos quando e como utilizar nossos pontos fortes, não vamos melhorar o nosso bem-estar.

Força pode ser algo em que somos bons, algo que nos vem naturalmente ou algo que amamos fazer. Temos então:

Habilidades baseadas em Conhecimento

Os pontos fortes que adquirimos da educação e da aprendizagem. Por exemplo, proficiência em línguas estrangeiras, conhecimento em informática, treinamento especializado e habilidades técnicas.

Habilidades Pessoais

Habilidades pessoais são as capacidades internas que determinam nossa singularidade. Honestidade, confiabilidade, flexibilidade, bondade, criatividade etc. Elas podem ser inatas ou aprendidas.

Entender a importância dos pontos fortes é uma das principais preocupações da psicologia positiva no momento, já que os estudos indicam que a maioria de nós não tem consciência dos nossos potenciais.

Do artigo da Madhuleena Roy Chowdhury extrai três indicações para descobrir os nosso pontos fortes que foram:

O Teste Gallup / Clifton Strengthsfinder

Donald Clifton, um psicólogo educacional e pesquisador, desenvolveu o Clifton Strengthsfinder Test em 2001. Ele procurou identificar as habilidades que fazem alguém se destacar no seu campo de trabalho e explorar os talentos humanos da melhor maneira possível.

Desde a sua criação, o teste The Strengthsfinder passou por várias modificações. A edição atualizada (StrengthsFinder 2.0) foi lançada em 2007 e continua sendo uma das ferramentas de avaliação mais vendidas para configurações de negócios e profissionais.

O questionário VIA – Pontos Fortes

A pesquisa ”Values ??in Action” é, de longe, o teste mais popular para avaliar as forças de carater e saber o que eles significam. O teste foi formulado por Martin Seligman e Christopher Peterson, que apotaram as nossas virtudes e 24 forças corespondentes.

A pesquisa de caráter VIA Values in Action survey é comumente usado em ambientes corporativos para que os funcionários possam se conhecer melhor no que se refere as suas forças como também as dos outros desta forma promovendo um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.(www.viacharacter.org/www/Character-Strengths-Survey).

Teste de Habilidades de Liderança

O teste de habilidades de liderança é adequado para líderes em todos os níveis, independentemente de seus anos de experiência. A base teórica deste teste afirma que não é suficiente ser apontado como líder ou supervisor, a menos que percebamos nossas responsabilidades e as cumpramos com total convicção. O teste “ leadership skills” contém 18 declarações pontuadas em uma escala Likert de 5 pontos. As perguntas são relevantes para a liderança (https://www.mindtools.com).

Descobrir nossos pontos fortes é tão importante quanto encontrar nossas fraquezas. Faz parte da curva de aprendizado da vida e contribui diretamente para o crescimento e a melhoria levando a mudanças desejadas. Nossas capacidades são ilimitadas, simplesmente conhecê-las pode abrir um novo mundo de possibilidades diante de nós.

 

Fonte: Trechos extraído e traduzido do texto “7 Strength Finding Test and Questionnaires You Can Do Today” de Madhuleena Roy Chowdhury publicado no site https://positivepsychologyprogram.com/

A Sessão Vai Começar – Rocketman

A Sessão Vai Começar – Rocketman

O longa mostra a trajetória de Reginald Dwight, nome verdadeiro de Elton John, um garoto tímido e brilhante vivendo uma infância dolorida sem amor dos pais onde a dor e raiva são semeadas. Ele atinge o sucesso ainda muito jovem seguindo o caminho das drogas, álcool e tendo que assumir a sua homossexualidade. Não conseguindo amar nem a si mesmo, chega ao fundo do poço emocional e físico, e buscou numa clínica de reabilitação a coragem para mudar.

Na mesma semana que vi o filme Rocketman, assisti na Netflix um documentário da Brené Brown, Ph.D. em serviço social, pesquisadora da Universidade de Huston, professora e palestrante premiada, e autora dos livros “A arte da Imperfeição”, “Mais Forte do que Nunca” e “A Coragem de ser Imperfeito”. Fiquei tão encantada com o documentário que resolvi comprar o livro “A Coragem de ser Imperfeito” e logo na introdução do livro lembrei do Elton John.

Brown define o que compõe uma vida plena. Para ela, viver plenamente quer dizer: “Abraçar a vida a partir de um sentimento de amor-próprio. Isso significa cultivar coragem, compaixão e vínculos suficientes para acordar de manhã e pensar que não importa o que fiz hoje ou o que vou deixar de fazer, eu tenho meu valor. É ir para cama à noite dizendo que sou imperfeito, vulnerável e às vezes tenho medo, mas isso não muda a verdade de que também sou corajoso e merecedor de amor e aceitação”.

No filme Rocketman, Elton John mostra que é possível viver uma vida plena pois amor e aceitação são necessidades de todas as pessoas. A ausência de ambas e a falta de relacionamentos pessoais positivos nos leva ao sofrimento.

Se não viram o filme, continua em cartaz.

Até a próxima sessão.

 

 

 

 

 

Como foi o Congresso Internacional da Associação Americana de Desenvolvimento de Talentos

Como foi o Congresso Internacional da Associação Americana de Desenvolvimento de Talentos

Na semana de 19 a 24 de maio de 2019, tive a oportunidade de participar do Congresso Internacional da Associação Americana de Desenvolvimento de Talentos (CIAACT), em Washington, D.C. Compartilho com vocês pontos importantes abordados por dois fantásticos “keynote speakers” que foram Oprah Winfrey e Seth Godin: Oprah Winfrey, apresentadora, atriz e empresária, foi convidada para abrir o plenário, no primeiro dia. Entra no palco dizendo: “O que eu sei é que todos nós, compartilhamos uma linguagem comum que é a verdade. Queremos viver a mais verdadeira expressão de nós mesmos. Devemos seguir as nossas intuições, focar em boas lideranças e estar a serviço dos outros. Ela salientou seu erro quando não prestou atenção à sua intuição, e escolheu líderes inadequados. Adepta ao lema “estar à serviço dos outros” enfatiza que existimos para oferecer nossos dons e talentos para os outros e que as oportunidades de servir acontecem através de pequenas e grandes ações. No final do encontro, o CEO da Associação Americana de Desenvolvimento de Talentos perguntou à Oprah se ela tinha uma visão otimista em relação ao futuro e a resposta foi: ”eu tenho uma visão otimista do potencial humano em relação à bondade transcendendo o lado negativo.”

No segundo dia, foi a vez do escritor e empreendedor Seth Godin. Ele abre o plenário com a seguinte pergunta: “Você vai escolher fazer a diferença? ”. Destaca que, fazer um trabalho que gere interesse nas pessoas é o diferencial. Profissionais que trabalham com desenvolvimento de talentos devem fazer as mudanças acontecerem. Logo, “desenvolvimento é uma palavra bem diferente de treinamento” observou ele.O treinamento acontece num momento específico, enquanto o desenvolvimento é persistente e generoso pois ocorre várias vezes para as pessoas que buscam mudar”.

Godin destaca ainda que aprender é algo que escolhemos fazer, e fazemos com alegria. O modelo industrial, onde as pessoas precisavam ser treinadas para trabalhar na linha de montagem, se foi para sempre. Em vez disso, no mundo da internet, todo mundo é concorrente. Ele enfatiza: “É somente quando você oferece algo mágico é que pessoas vão até você“. Não devemos mais oferecer um produto tangível pelo preço mais baixo; é preciso oferecer um sentimento que agrega valor. Pergunta aos participantes: “Como você vai saber o que é mágico? Como criar este sentimento?”. Essa nova realidade requer líderes dispostos a terem um “mindset” com foco na seguinte indagação: “não tenho certeza como chegar lá então quem quer se juntar a mim nesta jornada para descobrir a melhor forma?” Finaliza afirmando que “para fazer a diferença é necessário estar disposto a voar mais alto e sempre com o foco em fazer melhor, sempre melhor”.

Ambas as palestras me fizeram sair do plenário com a certeza de que uma liderança eficaz, com ações focadas no desenvolvimento e o reconhecimento da importância do outro, gera organizações saudáveis e produtivas.

Continue acompanhando por aqui mais notícias sobre o maior Congresso de Desenvolvimento de Talentos.

A Sessão Vai Começar – As Duas Rainhas e O Gênio e o Louco

A Sessão Vai Começar – As Duas Rainhas e O Gênio e o Louco

Assisti à dois filmes que ainda estão no circuito: “As Duas Rainhas” e “O Gênio e o Louco”. Também participei de um workshop na Associação Brasileira de Treinamento Desenvolvimento cujo tema foi “Encontro de Propósito” e coincidência ou não a matéria de capa da Revista Exame da semana passada foi sobre “A Força do Propósito”. Achei que seria uma boa oportunidade para abordar de uma forma concisa o tema “Propósito”.

Os filmes contam histórias reais. “Duas Rainhas” relata o momento em que Maria Stuart retorna para a Escócia, sua terra natal, após o falecimento do seu marido, o Rei da França Francisco II. O objetivo de Maria é para recuperar o seu trono legítimo que estava sobre o domínio da Rainha Elizabeth I.

“O Gênio e o Louco” conta a verdadeira história dos dois homens por trás da criação de um dos projetos mais ambiciosos que foi a elaboração do dicionário inglês de Oxford.

Notoriamente, em ambos os filmes, é possível verificar o propósito de cada personagem.

O Porquê é o centro de tudo, em seguida definimos o Como e depois O quê. Tudo começa no Porquê. Propósito é saber o porquê de escolher determinada profissão, desenvolver determinado projeto, se engajar em determinada atividade, ou seja, é necessário dar um significado ao Porquê. A partir disso, sabemos onde estamos e decidimos o Como e O que. O Porquê é o passo fundamental para todas as pessoas que desejam aprimorar os próprios talentos e ajudar os outros nesse mesmo caminho.

O famoso escritor Americano Mark Twain escreveu: “Os dois dias mais importantes da sua vida são o dia que você nasceu e o dia em que descobre o Porquê”.

 

Até a próxima sessão!

Refletindo sobre o Trabalho em Equipe

Refletindo sobre o Trabalho em Equipe

Trabalhar sob pressão com colegas que pensam, sentem e vêem as coisas de maneira diferente pode ser estressante e produzir ansiedade. Se a situação persistir, aqueles que trabalham nestas condições provavelmente formarão crenças negativas que podem afastar as pessoas em vez de uní-las.

Os tópicos abordados abaixo auxiliarão na construção de bons relacionamentos no ambiente de trabalho. Dessa forma, nos momentos em que houver divergência de pontos de vista, o foco estará na tarefa e não nos indivíduos envolvidos.

ESPÍRITO COLABORATIVO

 Ter um espírito colaborativo significa acreditar que mais coisas podem ser realizadas trabalhando em conjunto do que individualmente . É necessário perceber que não se pode fazer tudo sozinho, daí a importância de aceitar a colaboração de outras pessoas para melhor desenvolvimento das tarefas. Todos trazemos um conjunto de habilidades e experiências distintas, que quando combinadas geram potencial para alcançar o objetivo em equipe.

RESPEITO MÚTUO

 Respeito mútuo significa aceitar e valorizar o que os outros trazem para as relações interpessoais. À primeira vista, o que alguém contribui pode não parecer tão importante em relação a sua contribuição. O que os outros oferecem, no entanto, é uma expectativa de como a tarefa pode ser realizada – algo que você não poderia saber a menos que você os convidasse a compartilhar o conhecimento deles.

Em todas as relações interpessoais existem múltiplas expectativas que precisam ser totalmente exploradas antes que qualquer ação seja tomada. O objetivo então é focar nos diferentes pontos de vista e não persuadir os outros a mudarem de ideia. Afinal de contas, você não pode mudar o que os outros pensam a menos que você primeiro entenda e aceite a base dos pensamentos dos outros. Uma abertura mútua das expectativas individuais é uma oportunidade para esclarecer a posição de cada um, desta forma é possivel compreender o que cada pessoa espera quando o trabalho efetivamente começa.

COMUNICAÇÃO PRODUTIVA

 A comunicação produtiva ocorre quando as expetactivas e intenções dos envolvidos são entendidas. Gestos de mão, tom de voz e postura corporal podem sinalizar que você não gosta de alguém ou está insatisfeito com alguma coisa. Até o silêncio transmite uma mensagem. O desafio é comunicar-se de uma forma em que as suas intenções são transmitidas sem deixar dúvidas quanto ao que você espera dos outros. Cetifique-se em relação ao o que você diz para não deixar dúvidas. Esclareça quanto vezes for necessário.

Construir relacionamentos baseados em confiança leva você a personalizar a tarefa e a objetivá-la. Lembrando, não é sobre você; é sobre o seu trabalho e como você executa as tarefas. A coisa mais importante é aprender como trabalhar em colaboração com os outros.

 

Fonte: Trechos do texto, do autor Tom Jones, publicado no ”Association for Talent Development Education Community”. Traduzido e adaptado por Gilda Palhares.