A sessão vai começar!

A sessão vai começar!

A sessão deste mês vai ser uma pouco diferente. Vou chamá-la de “Sessão do Bem-estar”. Recentemente conclui uma pós numa área comportamental relacionada à Psicologia Positiva. Em toda conclusão de pós é necessário realizar um trabalho e o meu objeto de estudo foi propor uma estratégia de disseminar os conceitos da Psicologia Positiva relacionados ao bem-estar. Assim, para fundamentar tal finalidade tive que primeiramente descrever os conceitos de bem-estar relacionados à psicologia positiva e demonstrar os seus benefícios.

Depois através de uma pesquisa qualitativa, utilizando um instrumento para colher dados, realizei entrevistas presenciais para verificar se os entrevistados conheciam o conceito de bem-estar relacionado à psicologia positiva, a sua aplicabilidade e a possibilidade de potencializá-lo.
Com os dados observados, a última etapa foi fundamentar o objetivo do trabalho, analisando as informações coletadas e apresentar estratégias para a disseminação dos conceitos.

Então vamos começar descrevendo a primeira etapa que foi definir o que é bem-estar relacionado aos conceitos da Psicologia Positiva. Em 1999, o psicólogo norte-americano Martin Seligman da Universidade da Pensilvânia – Presidente da Associação Americana de Psicologia (APA), direcionou os seus estudos para o que ele chamou de Psicologia Positiva. Com o olhar voltado para os apectos positivos na vida dos indivíduos no seu primeiro livro “Felicidade Autêntica”, Seligman diz que: “… felicidade poderia ser analisada segundo três elementos diferentes: emoções positivas, engajamento e sentido. Ao avaliar esta teoria, em 2011 Seligman e outros pesquisadores começaram a rever o construto da Felicidade Autêntica, e passaram a desenvolver a Teoria do bem-estar agregando mais dois elementos à antiga teoria: realizações e relacionamentos positivos. Podemos então definir os cinco elementos da Teoria do bem-estar como:

Emoções Positivas – Confiança, Alegria, Felicidade , Gentileza, Gratidão, Amor, Esperança, Compaixão, Reconhecimento.

Engajamento – Estado mental em que a pessoa está totalmente imersa no que faz. Você se sente cheio de energia e é capaz de realizar uma tarefa com êxito.

Sentido/Significado – Quando trabalhamos ou servimos um propósito que consideramos mais importante do que nós.

Realização – Alcançar um determinado objetivo como: concluir um estudo, implementar um projeto, realizar metas.

Relacionamentos Positivos – Cultivar relações positivas com os outros reforçando os pontos fortes que nos permitem criar um antídoto para superar as adversidades.

Importante ressaltar que cada elemento do bem-estar tem três propriedades para que possa ser considerado um elemento:

a) Contribuir para a formação do bem-estar.

b) Muitas pessoas o buscam por ele próprio, e não somente para obter algum dos outros elementos.

c) É definido e mensurado independentemente dos demais elementos. (exclusividade).

O foco da teoria do bem-estar é aumentar a quantidade de florescimento e as virtudes e forças de caráter são de suma importância para proporcionar o “florescimento”. Este tema foi abordado na “Sessão Vai Começar” sobre as atrizes que foram indicadas em seus respectivos papéis onde apresentei as seis virtudes e vinte e quatro forças de caráter baseado nos estudos de Peterson e Seligman.

A segunda etapa do trabalho foi realizar uma pesquisa qualitativa levando em consideração que o objetivo da Psicologia Positiva é disseminar os seus conceitos em instituições de ensino particulares e governamentais, instituição de saúde e organizações. Assim sendo a pesquisa ocorreu nas áreas acima mencionadas utilizando o questionário que constava de seis perguntas com o objetivo de verificar quais os conceitos praticados, de que forma e se a melhor maneira de potencializar os conceitos seria através de um programa de práticas formais utilizando multiplicadores. Foram realizadas 30 entrevistas presenciais para levantar os dados.

A etapa final foi a análise dos resultados. A evidência que chamou mais atenção é que os conceitos da Psicologia Positiva são aplicados informalmente sem que a maioria dos entrevistados conhecesse o estudo científico relacionado à ciência em questão. A pesquisa evidenciou que no dia a dia das instituições os conceitos são promovidos através de: dinâmicas para aumentar os relacionamentos positivos, apreciação e reconhecimento dos alunos e colaboradores, empatia, ações de voluntariado e alinhamento dos valores da empresa com os conceitos da psicologia positiva.

Concluímos que temos uma predisposição natural para disseminar as emoções positivas, gerar relacionamentos positivos, encontrar sentido em nossas ações, realizarmos as nossas intenções e vivenciarmos situações onde estamos totalmente energizados, gerando um prazer enorme denominado “flow”. Esta predisposição natural, que não é uma prática formal conjuga várias modalidades. Então porque não pensar em descobrir novas combinações que possam disseminar e potencializar os conceitos da Psicologia Positiva relacionados ao bem-estar? A minha sugestão seria compartilhar o conhecimento vendo um filme e observando os conceitos que são apresentados e de que forma.

Como não poderia deixar de comentar recentemente vi o filme em cartaz “Nise – O coração da Loucura” onde o conceito de sentido/significado é potencializado pela luta da Dra. Nise em não desistir dos seus planos em humanizar o manicômio. Dois outros filmes inclusive comentados em outras sessões que foram “Spotlight” ganhador do Oscar deste ano e “Perdidos em Marte” ambos apresentam os conceitos da Psicologia Positiva tais como relacionamento positivo, engajamento e realização que são potencializados no trabalho da equipe do filme “Spotlight” e realização , engajamento e emoções positivas em “Perdidos em Marte”.

Agora é a vez de vocês observarem os conceitos da Psicologia Positiva relacionados ao bem-estar nos próximos filmes que vocês assistirem e compartilhar com a sua equipe de trabalho, família e amigos. E comigo também, claro!

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“Decisão de Risco”

A questão que iremos analisar na sessão de hoje é referente ao tema Tomada de Decisão. Em específico, as chamadas Etapas do Processo Decisório. O filme escolhido foi Decisão de Risco (Eye in The Sky) lançado no Brasil em abril deste ano.

A história se passa em várias localidades do mundo, acompanhando momentos apreensivos, envolvendo a decisão de bombardear ou não uma casa onde há um grupo de terroristas em Nairóbi, no Quênia. Katherine Powell (Helen Mirren), Coronel e oficial da inteligência militar britânica com sede em Londres, tem a tarefa de comandar à distância a operação de capturar o grupo de terroristas.

A elaborada operação também é coordenada em Londres no gabinete do Ministro de Defesa pelo general Frank Benson (Alan Rickman) com a presença do ministro, do procurador geral e de outras autoridades. E numa base em Nevada encontra-se um piloto americano de “aviões – drones” cuja missão, caso necessário, será destruir o local onde os terroristas se encontram.

Inicialmente a operação tem como objetivo capturar os terroristas, mas a descoberta de dois homens-bomba faz com que o objetivo mude para eliminá-los a qualquer custo. Quando o piloto americano está prestes a destruir o alvo, uma menina de nove anos de idade entra na zona de ataque. Inicia-se então um debate interno, envolvendo o lado militar e também o político, sobre como agir causando o mínimo possível de danos colaterais.

AS ESTAPAS DA TOMADA DE DECISÃO

A tomada de decisão é uma atividade diária. Não há exceção a esse respeito. Quando se trata de organizações empresariais, a tomada de decisão é um hábito e um processo também.

De acordo com os estudos de James Stoner e Edward Freeman descritos no livro “Administração nos Novos Tempos”, do I.Chiavenato, podemos identificar Seis Etapas no Processo Decisório.

Veja a definição de cada etapa e a correlação com as cenas do filme.

1ª etapa – Mapear a essência do problema e verificar quais os subproblemas obtendo assim uma visão global da questão.
O problema relatado no filme é o movimento dos grupos extremistas no mundo que usam de violência física ou psicológica, de modo a incutir medo, pânico e matar pessoas inocentes.

2ª etapa – Buscar dados e informações internas e externas para reduzir a incerteza a respeito da situação.
Cel. Katherine Powell com a sua equipe altamente qualificada conseguiram mapear o movimento da cada componente do grupo terrorista.

3ª etapa – Gerar soluções ou alternativas. A inovação e a criatividade são fatores determinantes.
A criação de uma tecnologia inovadora como o “avião drone” com mísseis acoplados nas asas para atingir o alvo e o mini “drone besouro” que transmite tudo que ocorre no local onde se encontram os terroristas, foram as soluções implementadas para gerar resultados eficazes.

4ª etapa – Avaliar e escolher a solução mais adequada e que provoque o mínimo de consequências negativas.
A escolha mais adequada foi a utilização de “drones” em formatos de insetos controlados por agentes à distância, onde as imagens dos terroristas podem ser transmitidas simultaneamente para os coordenadores da operação. A outra escolha foi a utilização de um equipamento bastante preciso que consegue avaliar os danos que os mísseis vão causar na zona urbana, onde encontram-se os terroristas.

5ª etapa – Transformar a solução em ação. A decisão envolve mais do que simplesmente uma ordem, pois é necessário pensar nas consequências globais.
Devido à descoberta de dois homens-bomba, que se preparam para um ataque suicida, o objetivo da operação tomou outro rumo: eliminar os homens-bomba e os terroristas a qualquer custo. Assim sendo, o piloto americano recebe a ordem de acionar o “drone míssil” quando uma menina de nove anos de idade entra na zona de ataque. É necessário recorrer as informações da 4ª etapa onde é possível identificar o grau dos danos colaterais e, ao mesmo tempo pensar no global. Ou seja, não permitir que os homens-bomba e os terroristas escapem mesmo envolvendo a morte de civis.

6ª etapa – Monitorar e avaliar os resultados da solução.
Após o ataque dos mísseis foi possível através das câmeras avaliar o resultado da ação.

É importante ressaltar que cada uma das etapas influencia nas demais e todo o conjunto do processo. Nem sempre as etapas são seguidas a risca em sua sequência. Se a pressão for muito forte para uma solução imediata, as etapas 2 e 3 podem ser abreviadas. No caso do filme “Decisão de Risco” estas etapas foram muito bem estudadas devido à natureza do problema e às possíveis implicações, pois vidas humanas estavam em risco.

A título de curiosidade outros filmes que abordam o mesmo tema:

• Mestre dos Mares (Master and Commander: The far Side of the World – 2003)
• Treze dias que Abalaram o Mundo (Thirteen Days, 2000)
• Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan – 1998)
• Maré Vermelha (Crimson Tide 1995)
• Apollo 13 do Desastre ao Triumfo ( Apollo13 – 1995)
• Caçada ao Outubro Vermelho ( The Hunt Of the Red October – 1990)
• Doze Homens e uma Sentença (Twelve Angry Men 1957)

Se tiverem sugestões de filmes com temas que foram abordados nas sessões anteriores, convido vocês a comentarem.

Até a próxima sessão!

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“ZOOTOPIA – ESTA CIDADE É UM BICHO”

O filme de animação têm a característica de ser voltado para o público infanto-juvenil, mas também pode ser visto dentro de um contexto da influência social, política e cultural.
O cenário da animação do filme “ZOOTOPIA – ESTA CIDADE É UM BICHO” é uma cidade diferente. A metrópole abriga uma grande diversidade de animais compartilhando o mesmo espaço. O sonho da personagem principal, a coelha Judy Hopps, é tornar-se uma policial. Ela sai da zona de conforto, que é viver no interior com a sua família de coelhos, para tornar-se uma policial em ZOOTOPIA. Mas não é levada a sério por leões, ursos, rinocerontes e outros gigantes da natureza, considerados mais capazes para o trabalho. Ela aprende que a cidade grande é repleta de diversidade e cheia de preconceitos. Determinada a provar seu valor, ela embarca em uma aventura ao lado do malandro raposo Nick Wilde para desvendar um grande mistério.
Esta sessão escolheu analisar nesse filme o conceito da diversidade cultural.

Como podemos conceitualizar o que é diversidade cultural?

A diversidade pode ser definida como um mix de pessoas com identidades diferentes interagindo no mesmo sistema social respeitando a individualidade das pessoas. Assim sendo, o tema diversidade cultural poder ser estudado sob diferentes perspectivas: no nível da sociedade, no nível organizacional, no nível do grupo ou individual.

No filme ZOOTOPIA, a diversidade cultural é observada em todos os níveis acima citados. A metrópole ZOOTOPIA é uma cidade que abriga um número imenso de animais. A personagem principal, Juddy Hopps, trabalha no departamento de polícia. Seu chefe é um touro e os seus parceiros de trabalho são machos de grande porte como búfalos e rinocerontes. O prefeito da cidade é um leão e a secretária uma carneirinha. No nível individual, Juddy tenta superar a sua intolerância em relação ao seu inimigo natural, a raposa malandra Nick Wilde, para desvendar um caso sério que está ocorrendo na metrópole.

As diferenças culturais podem levar ao que chamamos de “choques culturais”, que na visão tradicional eram interpretados como experiências negativas. No entanto, esses choques podem ser considerados como experiências construtivas levando os indivíduos a conscientizarem-se que existem visões opostas às suas. É uma experiência de autoconhecimento e de mudanças, que abre um espaço para a reflexão sobre os padrões do nosso comportamento. Essa reflexão criará o processo para a adaptação. A adaptação às diferenças não é instantânea nem ilimitada. Não é um pacote com soluções prontas nem um programa para resolver a questão de discriminação e preconceito. É importante entender que adaptação é diferente de acomodação, pois enquanto o acomodado atrapalha, o adaptado entende as mudanças a até ajuda a promovê-las. Gerenciar a diversidade significa adicionar valor à comunidade onde o indivíduo vive.

Finalizando, o filósofo, educador e escritor Mario Sergio Cortella, no seu livro “Não se Desespere!”, faz a seguinte consideração sobre o tema: “O respeito à Diversidade é a capacidade de afastar a tolice arrogante que supõe ser o único modo de correto de existir e, ao mesmo tempo, indica inteligência estratégica de aprender como o diverso e, portanto, com aquilo que comporta outro olhar e alternativas de percepção e ação.”

Zootopia continua em cartaz e se ainda não viram vão se divertir com Juddy Hopps e Nick Wild, os personagens que celebram as diferenças!

Vejo vocês na próxima sessão!

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Na última sessão não sabíamos para qual filme iria o Oscar. A sessão de fevereiro foi sobre o filme “Spotlight” e o Oscar foi para “Spotlight”! De acordo com Cassio Politi, especialista em content marketing e autor do livro “Content Marketing – O Conteúdo que Gera Resultados”, todos os dias milhões de reportagens são publicadas em todo o mundo mas poucas viraram filme e somente uma levou a estatueta.

Continuando com o tema Oscar e homenageando o dia Internacional da Mulher, que foi em 08 de março, o nosso olhar vai para as atrizes que foram indicadas em seus respectivos papeis. A nossa análise vai ser através dos estudos de dois autores o Dr. Christopher Peterson, professor e pesquisador na área da psicologia na universidade de Michigan e Dr. Martin Seligman, psicólogo e pioneiro no campo da psicologia positiva da Universidade da Pensilvânia no livro “Character Strengths and Virtues: A Handbook and Classification”.

Segundo os autores as Virtudes são as características centrais valorizadas pelos filósofos, pensadores e religiosos e as Forças do Caráter são os ingredientes psicológicos – processos ou mecanismos – que definem as virtudes. São seis virtudes subdivididas em vinte e quatro características humanas positivas (forças do caráter) conforme quadro abaixo:

 forcas_carater

 

Agora vamos analisar os personagens, das cinco atrizes indicadas, e quais as virtudes e as forças de caráter correspondentes que cada uma apresentou e os efeitos positivos que foram gerados.

Kate Blanchet em “Carol”.

Carol se debate contra as restrições que lhe são impostas onde é forçada a escolher, por conta do moralismo da época (anos 50) entre a custódia de sua filha e a pessoa por quem é atraída. A virtude Coragem é crucial para certos desafios da vida e Carol demonstra esta virtude através das forças de caráter Bravura e Persistência. Podemos conceituar a Bravura como uma ação voluntária e executada apesar dos riscos e a Persistência como uma ação dirigida a um objetivo apesar dos obstáculos, dificuldades ou desânimo. Assim é Carol!

Brie Larson em “O quarto de Jack” como “Ma”.

Ma é mantida num cativeiro com o filho Jack que nasceu lá. Ela faz todo o esforço possível para manter o seu filho feliz mesmo depois que sai do cativeiro. A virtude Humanidade através da força de caráter Amor é potencializada em Ma. Demonstra um amor terno, comovente, contínuo e de uma forma única para ambos os personagens, incondicional.

Jennifer Lawrence em Joy: O nome do Sucesso.

Na trama, Joy é uma mãe divorciada vivendo com os dois filhos, a mãe, a avó e o ex-marido e depois a chegada de mais um residente, o pai. Ela precisa encontrar um meio de sair de um cotidiano pesado e sem dinheiro. Joy com a sua criatividade inventa um esfregão prático, de alta absorção, dono de um mecanismo que poupa o usuário de torcê-lo com as mãos. As forças de caráter da Joy Persistência e Vitalidade são potencializadas durante o filme. Ela apresenta uma energia necessária, ou seja, vitalidade para implementar os seus planos e realizar os seus sonhos.

Saoirse Ronan em Brooklyn como Eilis.

Ellis é uma jovem que vive na década de 1950 numa pequena cidade irlandesa. A protagonista se despede desse cenário para tentar a vida em Nova York no bairro do Brooklyn. Ao chegar aos Estados Unidos sente falta da família, mas aos poucos vai se adaptando. Começa um namoro e vislumbra um futuro feliz. A estória sofre uma reviravolta quando Eilis recebe más notícias de casa e volta à Irlanda onde fica na dúvida se deve voltar ou não para o Brooklyn. A protagonista mostra claramente a força de caráter Bravura ao deixar a sua família e tentar a vida nos Estados Unidos e através das virtudes Sabedoria e Conhecimento a força de caráter Abertura de Espírito onde o foco foi na análiseda situação observando especialmente o ponto de vista que não era consistente com o seu.

Charlotte Rampling em 45 anos como Kate.

A protagonista da história é uma mulher que, às vésperas de celebrar o aniversário de 45 anos de casamento, vê a relação sendo impactada pela descoberta do cadáver do primeiro amor do seu marido que estava congelado e conservado nos glaciares dos Alpes suíços. As recordações do marido a deixam magoada e é perturbada por um estranho ciúme de um passado. Kate através da virtude Temperança apresenta a força de caráter Autorregulação. Mesmo submetida a uma situação que não esperava consegue manter a calma, os pensamentos claros, o equilíbrio no planejamento e na tomada decisão.

Então, podemos resumir que de acordo com autores Peterson e Seligman o foco é potencializar as suas forças de caráter tanto no ambiente profissional quanto no familiar.

Se tiver vontade de descobrir ou certificar-se de quais são as suas Forças de Caráter, entre em contato com a Eduvir.

Vejo vocês na próxima sessão!

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“Spotlight – Segredos Revelados”

Este é o mês do Oscar! O filme que vamos conversar nessa sessão foi indicado em seis categorias, incluindo melhor filme e diretor. Dirigido por Tom McCarthy e baseado em uma história real, “Spotlight – Segredos Revelados” mostra o trabalho de uma equipe de repórteres especiais do jornal “The Boston Globe”, que investiga um escândalo na Igreja Católica em Boston. A equipe do “Spotlight” é gerenciada por Walter Robinson (Michael Keaton) e composta pelos jornalistas Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams), Mike Rezendes (Mark Ruffalo) e Matt Carroll (Brian d’Arcy).

O que vamos analisar nesse filme são as características das Equipes de Alto Desempenho por meio do conceito PERFORM, que foi desenvolvido pelo especialista americano em Gestão e Liderança, Ken Blanchard (coautor do best-seller internacional “Gestor-Minuto”, com Spencer Johnson).

Para Blanchard, uma equipe se compõe de duas ou mais pessoas que se juntam com um objetivo comum, e que são mutuamente responsáveis pelos resultados. A pergunta seria, então, qual é a diferença de uma Equipe para uma Equipe de Alto Desempenho?

Blanchard identificou sete características específicas em todas as equipes de alto desempenho. Criou o modelo PERFORM para elaborar o conceito. Abaixo, segue a descrição do conceito:

PPurpos & Values – Objetivo e Valores

É necessário ter o mesmo objetivo e um conjunto comum de valores. Objetivo e Valores é o que mantém uma equipe unida formando a base para as equipes de alto desempenho.

EEmpowerment – Delegação de Poderes

É necessário ter autonomia para agir, para tomar decisões e fazer escolhas. A equipe possui as competências que precisam para desenvolver o trabalho ou pelo menos sabe onde ir buscá-las.

RRelationship & Communication – Relações Interpessoais e Comunicação.

A equipe esta empenhada na comunicação aberta. Existe respeito e interesse nos outros. Ouvir é considerado tão importante quanto falar. As diferenças são valorizadas e são fonte de criatividade gerando novas possibilidades.

FFlexibility – Flexibilidade

Uma equipe com as características acima mencionadas é flexível, respeita a opinião dos demais, adapta-se a diversidade, pois os seus membros sabem colocar-se no lugar do outro.

OOptimal Productivity– Produtividade

Geram resultados extraordinários. Cumprem prazos, alcançamos objetivos, a responsabilidade é compartilhada e aspiram uma melhoria.

RRecognition – Reconhecimento

Uma equipe com alto desempenho recebe feedback constante. O reconhecimento é uma forma poderosa de motivar e de melhorar o desempenho. Tanto o reconhecimento pessoal quanto o da equipe são importantes. 

MMorale – Moral

A moral é o resultado de todas as características acima descritas. Se outros elementos da PERFORM estão bem sustentados, a moral é alta. Cada membro sente que forma parte de algo maior, mais abrangente, gerando otimismo e confiança.

No filme “Spotlight” é possível identificar cada elemento do acrônimo PERFORM. Começando com o primeiro elemento, pois os quatro membros da equipe compartilhavam o mesmo conjunto de valores com o propósito comum de trazer a verdade à tona. Eles tinham poderes para executar o trabalho, um ótimo relacionamento e uma comunicação clara. Eram flexíveis, pois podiam alterar os planos quando necessário. A responsabilidade era compartilhada gerando produtividade. O reconhecimento e apoio mútuo era visível e, consequentemente, a moral era elevada.

A título de curiosidade, a equipe verdadeira do “Spotlight” ganhou o Prêmio Pulitzer, em 2002 – título mais importante concedido ao jornalismo norte-americano pela Universidade de Columbia. PERFORM em ação!

E o Oscar vai para…  Só saberemos no domingo à noite! Qual a sua aposta?

Até a próxima sessão.

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A sessão de hoje será com o filme Perdido em Marte (The Martian no título original, lançado em 2015), dirigido por Ridley Scott. A nossa conversa vai abordar o Capital Psicológico Positivo – conceito que foi introduzido em 2004 por Fred Luthans, pesquisador norte-americano e especialista em comportamentos organizacionais.

Mas o que é Capital Psicológico?

O termo representa um estado positivo do ser humano envolvendo quatro variáveis: autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência.

Vamos analisar estas variáveis a partir da história do astronauta Mark Watney (Matt Damon) durante sua missão a Marte. Após uma severa tempestade de areia, Mark é atingido por destroços do equipamento de comunicação e fica desacordado durante a tormenta. Os tripulantes são forçados a abandonar a missão sem ele.

Ao acordar, Mark descobre que está sozinho no misterioso planeta. Com escassez de suprimentos e sem instrumentos necessários para entrar em contato com a NASA, ele precisa encontrar meios de sobreviver até que uma equipe de resgate possa salvá-lo. Agora, nós vamos ver de que forma Mark utilizou as variáveis:

AUTOEFICÁCIA – Acreditar na própria capacidade mobilizando recursos cognitivos para obter determinado resultados.
A sobrevivência dependia do aumento do estoque de alimentos. Biólogo de formação, Mark utilizou os seus conhecimentos e habilidades técnicas na área para desenvolver uma estufa e produzir batatas. Conseguiu atingir o seu objetivo, pois acreditou na sua própria capacidade em gerar resultados.

ESPERANÇA – Ter caminhos definidos para chegar aos próprios objetivos.
Mark definiu os caminhos para sobreviver, incluindo uma forma de entrar em contato com a NASA. Ele estabeleceu metas, ou seja, pensamentos direcionados a sua sobrevivência.

OTIMISMO – Estilo que explica a maneira habitual como vemos as coisas que nos acontecem. O estilo atributivo otimista identifica que as situações negativas são temporárias e específicas, e que os bons eventos são abrangentes e estáveis.
Mark percebeu e avaliou a realidade utilizando o estilo atributivo otimista. Ele focou nas tarefas que considerou importantes para a sua sobrevivência, determinando que estas seriam temporárias e específicas.

RESILIÊNCIA – Ter a capacidade de lidar bem com a adversidade e seguir em frente munido com senso de significado.
Diante da enorme adversidade em que se encontrava, Mark foi capaz de se motivar, encontrar forças para lidar com as situações apresentadas e persistir na busca do seu objetivo: o seu resgate. É importante resaltar que nenhuma das quatro variáveis é mais importante do que a outra. Elas se relacionam entre si e podem ser aprendidas e potencilaizadas.

O cinema nos oferece a oportunidade de nos colocar no lugar do outro. Gostaria de convidá-los agora para uma reflexão: em que situações da sua vida porfissional e pessoal vocês utilizaram, assim como Mark, as variáves descritas? Tenho certeza que em diversos momentos!

Nesta sessão, direcionei o meu olhar para as variáveis do Capital Psicológico Positivo. Entretanto, Perdido em Marte aborda outros temas significativos, como a bravura e a integridade da equipe de resgate. Se vocês ainda não assistiram ao filme, agora vocês têm uma boa razão para conferir os conceitos abordados e, claro, se divertir em Marte.

Até a próxima sessão!