by Martha Corrêa | jul 15, 2015 | Martha |
Em Setembro de 2014 tive a oportunidade de visitar algumas empresas no Vale do Silício como a Google e a Apple, o que já teria sido por si só uma experiência inesquecível e riquíssima: ver de perto suas visões de futuro, dinamismo, os estímulos à criatividade de todo o corpo funcional e a forte valorização do capital humano “abre a cabeça” e nos faz acreditar que o impossível não existe!
Mas uma outra visita nesta região merece também destaque especial: a da DSchool, ou Design Thinking School, na Universidade de Stanford.
Idealizada pelos irmãos Tom e David Kelley a partir das constatações de que a realidade é multidisciplinar e de que a complexidade dos desafios da atualidade requer soluções mais criativas e humanas, a metodologia da Escola de Design Thinking busca soluções inovadoras para os desafios apresentados, centradas nos usuários finais e suportadas pelo tripé “desejável (pelas pessoas)-factível (tecnicamente)-viável (em termos de negócio)”.
Dentre as crenças que norteiam a Escola e a metodologia de trabalho que propõem, valem ressaltar:
• Todos somos criativos: a criatividade é como um músculo, que é fortalecido pelo esforço, prática e encorajamento;
• Todo processo inovador deve ser centrado no ser humano e desenhado para “pessoas reais”. A interação com os usuários finais é fundamental para o desenvolvimento de soluções. A genuína empatia com eles faz da observação uma profunda fonte de inspiração;
• Todo “ponto de frustração” deve ser olhado como uma oportunidade de inovação e melhorias;
• Pessoas ditas “criativas” são aquelas que fazem mais experimentos, que “dão mais chutes a gol”. Para se ter uma boa ideia, deve-se começar listando muitas ideias!
• Pequenos fracassos podem ser cruciais ao sucesso na inovação: são importantes fontes de aprendizado e parte do processo inovador;
• O medo do fracasso impede o aprendizado de novas habilidades e de se enfrentar riscos e desafios;
• A resiliência, coragem e humildade decorrentes dos fracassos saudáveis formam uma poderosa peça de educação e crescimento;
• Ideias preconcebidas devem ser sempre desafiadas e questionadas. O que trava a criatividade não é o que não se conhece, mas o que se tem certeza que conhece. Pensar como um viajante, tendo mais perguntas do que respostas é um exercício diário de quem busca o desenvolvimento criativo;
• Criatividade não é feita apenas de ideias mas de ação. A ação é vista como a melhor maneira de ganhar confiança na própria habilidade criativa. Ela acelera o aprendizado e o aprimoramento das ideias;
• Fazer protótipos de cada ideia, sem medo errar, é chave para o sucesso criativo. A experimentação leva ao desenvolvimento do processo de criatividade e tangibiliza as soluções. A prototipagem tem grande relevância na metodologia desta Escola;
• Sempre há diferentes soluções possíveis para um mesmo desafio;
• Fazer e aprimorar sempre! Não se deve permitir que o perfeccionismo desacelere esse processo!
• “Confiança Criativa” = habilidade de ter ideias + coragem de testá-las
• Contato com outras culturas, interação com outras realidades e troca de experiências ampliam o campo visual de soluções para os desafios que se apresentam;
• Ao contrário do que parece, limitações – de tempo, equipe, orçamento – são muitas vezes favorecedoras do processo criativo;
• O trabalho em equipes colaborativas, multidisciplinares, amplia consideravelmente as chances de sucesso de cada projeto, pela riqueza e variedade de conhecimentos e experiências que cada um soma ao grupo.
Saí desta visita encantada com tudo o que vi e ouvi! E também surpreendida: a Criatividade, tema que antes considerava subjetivo e um dom para poucos, é tratada ali com método, estímulos e ao alcance de todos!
Apenas um fato não me surpreende mais: ser, o Vale do Silício, o berço de tantas inovações que encantam o mundo atual.
by Martha Corrêa | maio 14, 2015 | Martha |
Certa vez, ouvi uma definição interessante sobre o pensamento empreendedor: ao invés de partirem de uma dada receita culinária e irem em busca dos ingredientes adequados para fazê-la, os empreendedores são aqueles que verificam os ingredientes que lhes estão disponíveis e criam sua receita a partir deles.
“Os empreendedores criam o futuro” resumem artigos sobre o tema!
Mas como exatamente acontece isso?
Há os casos em que tudo ocorre de forma natural, quase por acaso, com pequenos trabalhos e atividades informais sendo “tocados adiante” até o dia que se avolumam e viram negócios de verdade.
Há os casos de hobbies, que vêm sendo cultivados vida afora até virarem “coisa séria”.
E há também os casos em que o sonho de ser dona de um negócio próprio leva a pessoa a procurar alternativas, seja através da experiência adquirida em sua carreira profissional pregressa, de temas de seu interesse ou de franquias que soem atraentes.
Independente da história, a transformação de um trabalho em uma empresa requer novas habilidades do dono, o qual será desafiado dia a dia a ampliar sua visão e capacitação para além da operação conhecida.
Se, até então, o domínio do conhecimento operacional da atividade fim de seu negócio parecia ser suficiente para seu sucesso, a prática agora mostra que esse empreendedor precisará aprofundar, pelo menos, seus conhecimentos Comerciais, de Gestão de Pessoas e de Finanças.
No caso específico de Finanças, é verdade que há hoje em dia uma série de aplicativos disponíveis que facilitam a vida dos novatos empreendedores enquanto seus negócios ainda não alcançaram uma escala que justifique – ou possibilite – a contratação de algum especialista. Controles de estoque, contas a pagar e receber, emissão de notas fiscais e até mesmo relatórios gerenciais constam do leque de opções interativas de fácil acesso a quem não é do ramo.
No entanto, deve-se ter em mente que a busca por treinamentos e até mesmo uma assessoria específica é bastante recomendável para possibilitar a contínua avaliação do investimento feito no novo empreendimento! Um conhecimento econômico-financeiro mais sólido que permita acompanhar a evolução dos resultados, corrigir rumos e detectar oportunidades deve “estar no radar” de quem almeja ver seu projeto empreendedor prosperar.
Todo sonho de investir em um novo negócio trás riscos. É bastante importante que, ao decidir empreender, a pessoa tenha consciência dos limites de risco que está disposta a incorrer, sejam eles financeiros ou emocionais.
Tropeços pelo caminho acontecem! Dizem até que são as fontes dos mais importantes aprendizados. A história de vários empreendedores está repleta de percalços e redirecionamentos de objetivos, o que não significa fracasso ou desistência.
Há de se ter em mente, entretanto, que os riscos podem ser minimizados se forem bem mapeados, quantificados e gerenciados. E que há conhecimento técnico e metodológico que possibilita isso!
Empreender, realizar sonhos e projetos está ao alcance de todos. Só não se deve acreditar que o sucesso ocorre do dia pra noite ou por mera questão de sorte.
Certa vez ouvi uma frase atribuída ao Ayrton Senna: “Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho”.
Treinamento e conhecimento viabilizam sortes e sonhos!
by Martha Corrêa | abr 15, 2015 | Martha |
“Senhores Passageiros, por favor, apertem os cintos de segurança, pois estamos atravessando uma área de turbulências”.
…e aí bate aquele friozinho na barriga, sem que tenhamos muito mais a fazer além de atender a solicitação recebida.
A leitura de jornais atualmente nos causa um friozinho semelhante. Notícias sobre o aumento da inflação, dos juros, sobre a redução dos níveis de investimento no país nos causam desconforto, apreensão e aquelas dúvidas:
– “como exatamente tudo isso afeta a minha empresa e a vida dos meus funcionários?”,
-“como se proteger dos impactos destes fatos?”
Lição aprendida desde sempre, devemos cuidar para que nossos gastos não superem as nossas receitas. Se não for assim, nos endividamos e este endividamento gera um novo custo para nós, o de pagamento de juros (o “custo do dinheiro”), originando, muitas vezes, a bola de neve do descontrole financeiro. Para “quebrar” este ciclo, sacrifícios são necessários sob a forma de redução de gastos, o popular “aperto dos cintos”.
Esse cenário simplificado se aplica ao orçamento da sua empresa, de seus funcionários, das famílias destes e também ao do nosso país.
No caso desse último, alguns pontos importantes merecem destaque para compreendermos as turbulências atuais:
No ano passado, a meta de Superávit Primário – definido como aquilo que o governo deve economizar para pagar os juros de sua dívida – não foi alcançada. Além disso, reajustes de tarifas chave da economia estavam represados – como a de energia elétrica e o preço do combustível – gerando desequilíbrios para as empresas fornecedoras e forte impacto nas contas de todos, quando ocorreram. Além disso, repasses em cascata destes aumentos aos preços de diversos produtos se fazem sentir a cada compra que fazemos. O resultado? O dragão da inflação voltou a preocupar os brasileiros, as famílias, as empresas. Ainda que estes grupos consigam manter suas expectativas de receita, a inflação gera pressões por corte de custos que compensem os aumentos inesperados, visando reduzir desequilíbrios nos orçamentos. No caso das empresas, não é raro que a repercussão disso se dê sob a forma de redução do número de funcionários, gerando a preocupação adicional aos cidadãos: o risco de desemprego.
Em momentos de pressão inflacionária, o Banco Central, com sua missão primária de defender o valor de nossa moeda, (ou seja, de combater a inflação), promove aumentos da taxa de juros para frear o nível de atividade econômica, reduzindo os repasses de aumentos de preços, até que se restabeleça o equilíbrio entre a oferta e a demanda dos produtos. Mas leva um tempo!
Enquanto isso não acontece, o contexto citado acima gera desconfiança aos empresários e investidores diante de suas decisões de investimentos. Como ter segurança em avaliações de investimentos em cenário de inflação e juros crescentes, incertezas sobre reajustes tarifários, dúvidas quanto à possibilidade de alterações de políticas e tributos? O resultado? O adiamento de novos investimentos, quando possível, ou a limitação de planos em andamento ao mínimo necessário, até que um cenário mais claro e confiável se delineie. A consequência a isso chega à sociedade sob a forma de redução nos gastos, nas contratações e, muitas vezes também, de mais demissões.
Como o governo pode promover um retorno ao ciclo de prosperidade? As palavras “confiança e credibilidade” são o ponto de partida! “Previsibilidade” também! Ainda que remédios amargos como o Ajuste Fiscal sejam necessários, se esses forem expostos à sociedade dentro de um plano coerente, sem surpresas ou mágicas, a confiança se restabelece e os empresários, as famílias e cidadãos “saem da defensiva”.
Diz um ditado que a imprevisibilidade é o que há de mais previsível na vida.
A história mostra que a economia ocorre em ciclos.
Para nos sentirmos menos vulneráveis aos imprevistos e aos ciclos mais turbulentos como o atual, fica clara a importância de termos – empresas e cidadãos – o domínio sobre nossos orçamentos anuais. Com esse instrumento, ajustes no sentido de garantir o equilíbrio das contas em momentos de mudanças na conjuntura econômica são feitos de forma mais rápida e eficiente.
A busca contínua por resultados positivos e pela formação de uma reserva financeira são favorecidos pelo sólido Planejamento Financeiro e representam também uma proteção para os momentos de adversidades e incertezas.
As turbulências e o amargor dos remédios podem, assim, ser bem menos traumáticos.
by Martha Corrêa | fev 27, 2015 | Martha |
– O que acaba primeiro: o mês ou o seu Dinheiro? – Você pensa no seu Orçamento com sofrimento? – Olha para uma nota de 100 e não sabe quem é dono de quem? Se as perguntas acima inquietam você, saiba que você não está sozinho! Estudos mostram que uma elevada parcela da sociedade se sente despreparada para lidar com o Dinheiro no dia-a-dia, por mais incrível que isso possa parecer. Afinal, questões financeiras como recebimentos e pagamentos mensais, endividamento, aplicações, aposentadoria, entre outras, estão presentes nas nossas vidas, independente de nossa afeição pelo tema. Mas qual foi o preparo que recebemos ao longo de nossas trajetórias para termos uma convivência ao menos amigável com o assunto? Muitos aprenderam na mais tenra infância a poupar moedinhas no cofrinho. Bingo! Várias máximas foram repetidas em família durante a juventude de outros: – “Devemos gastar menos do que ganhamos!” – “Cuidado com as armadilhas do crédito!” Bingo novamente! Mas e daí? Foi suficiente? Aparentemente não… Não é incomum lermos sobre a perda de produtividade gerada por atropelos financeiros dos colaboradores de todas as empresas. Ansiedades, frustrações, medos e inseguranças decorrentes ao tema permeiam a vida de muitos e, para piorar, o assunto é tabu! Por que mantê-lo assim? A difusão de conceitos de Educação Financeira através de blogs, textos em jornais e revistas e matérias em programas de TV tem contribuído sobremaneira à conscientização de jovens e adultos de todas as classes sociais e profissões da importância de se aprofundar neste conhecimento, para prevenir endividamentos, dar foco a formação de reservas para os inesperados da vida e orientar um planejamento de médio e longo prazos. Entretanto, um ponto importantíssimo que deve ser destacado também é o poder que o avanço nesta direção tem de trazer às pessoas a realização de seus projetos e sonhos. Vencida a resistência inicial que tantos têm sobre o tema – muitas vezes visto como árido e restritivo – a Educação Financeira mostra que um Planejamento Financeiro estruturado e contínuo dá luz à realização daqueles desejos antes tidos como quase impossíveis de serem concretizados, dado seus altos custos. Um curso complementar, uma cirurgia corretiva, uma viagem com a família, a compra de um carro ou da casa própria (entre tantos outros) parecem brotar desta estruturação tão importante! Esse argumento é chave para motivar as pessoas a vencerem suas barreiras sobre o universo das Finanças Pessoais e nele mergulharem um pouco mais fundo, aceitando tomar parte em iniciativas como palestras, debates e consultorias. Tais eventos são cruciais para dar uma visão mais sequenciada e ampla sobre o citado universo e geram excelentes resultados sob a forma de melhoria da autoestima, da autoconfiança e da autosegurança dos participantes, os quais se sentem mais aptos e preparados a tomarem suas decisões financeiras. O ambiente corporativo pode funcionar como um catalisador da busca pelo equilíbrio financeiro de seus colaboradores. Que tal possibilitar esse mergulho positivo aos seus colaboradores?