Marcas pessoais às vezes cometem erros. Saiba quais.

Marcas pessoais às vezes cometem erros. Saiba quais.

Sejamos francos: não é incomum uma marca pessoal cometer erros ao planejar suas estratégias de visibilidade, permanência e influência nos negócios. Por vezes, é comum até que esses erros comecem ainda no processo de descoberta da marca, o que pode ser perigoso principalmente pela perda de tempo que isso possa causar em todas as etapas seguintes.

O mais importante é ter sensibilidade para reconhecer nossa vulnerabilidade em qualquer situação e o melhor da disseminação dos conceitos e reconhecimento das melhores ferramentas para o personal branding é saber quais erros devemos ficar atentos para não cometê-los. A seguir listei alguns deles:

  1. Não trabalhar o autoconhecimento

Autoconhecimento não à toa é a primeira etapa do processo de gerenciamento de marca pessoal. É por meio dele – do autoconhecimento – que o indivíduo reconhece a base de sua marca pessoal, entendendo sua verdadeira personalidade e como seus talentos e visão da vida podem contribuir com as pessoas ao seu redor e com seu significado de ‘sucesso’. O erro em não fazer uma autoanálise é depositar energia em projetos que não aderem ao seu estilo de vida, ao seus valores e aos seus objetivos.

  1. Trabalhar só a visibilidade

Personal branding não é marketing pessoal, não é gestão de mídias sociais… não é sobre promoção, promoção, promoção. Marca pessoal é sobre influência. Por isso, um dos grandes erros de marcas pessoais é acreditar que basta trabalhar sua visibilidade na internet (e mesmo off-line), quando na verdade você precisa trabalhar duro, se capacitar e ser consistente na sua especialidade de forma que seja reconhecido como um expert.

  1. Não usar os recursos da internet na íntegra

Dando continuidade ao erro anterior, esse aqui também é quase fatal. A internet é um terreno de possibilidades e se usá-la somente para um fim é um erro, não considerá-la em sua totalidade é ainda pior. Após analisar a si mesmo e seus objetivos, avalie como a internet pode auxiliar sua estratégia, seja nas conexões com seu público de interesse (parceiros de negócios, clientes, fornecedores, mercado em geral), seja no compartilhamento de seus conteúdos, no consumo de material relacionado ao seu segmento, promoção das suas conquistas, venda de produtos, geração de leads e muito mais. Também não deixe de acompanhar seus resultados na rede.

  1. Esquecer sua história

Não me canso de dizer: marcas pessoais são evolutivas. Vivemos, aprendemos, crescemos… e é exatamente isso que nos faz ser marcas pessoais de verdade. Cada etapa da nossa vida, cada conquista, cada derrota e cada ‘poeira que a gente sacodiu’ fez nossa personalidade ser moldada um pouco mais. As crenças que temos, os valores que damos às coisas, as causas que defendemos e as opiniões que temos sobre os assuntos – até as mais polêmicas! – compõem nossa marca pessoal e dão aquele diferencial que nos tornarão únicos diante de alguém que está bem ao nosso lado, que tem o mesmo negócio que a gente, atua no mesmo segmento…

Jamais esqueça do caminho que te trouxe até aqui, pois pode ser que seja um detalhe da sua história, às vezes o que você menos admira, que vai te levar mais longe, que pode fazer você ser o ‘diferentão’ no meio de tanta gente.

E então? Identificou algo que você possa ter negligenciado ao pensar ou executar as ações de sua marca pessoal? Nunca é tarde para parar e reavaliar seu caminho.

Brand-se já!

 

 

A primeira impressão de marca pessoal

A primeira impressão de marca pessoal

Marca pessoal é aquilo que você deixa como sensação nas pessoas com as quais interage. Baseia-se na sua proposta de valor, ou seja, na percepção daquilo que te torna única, a partir de três mensagens que você transmite: quem é você, o que você faz e como você cria valor para seu público.

Desta forma, se marca pessoal tem tudo a ver com a percepção dos outros sobre você, é preciso estabelecer durante seu contato seus melhores atributos e características, fundamentais para gerar confiança e conexão e assim, favorecer relações pessoais ou profissionais.

Neste sentido, as primeiras impressões que deixamos podem ser cruciais para essas futuras relações. Por mais que em alguns casos elas possam ser equivocadas, o fato é que pesquisas sobre estas impressões trabalham com uma margem de acerto entre 64% e 74%, o que quer dizer que 2/3 das nossas avaliações estão corretas.

Então me diz: se podemos impactar alguém em nosso primeiro contato (nem sempre presencial depois do advento das redes sociais), porque não tomarmos as rédeas dessa situação e tentar mostrar o melhor de nós logo de cara? Pra isso, deixo aqui algumas dicas para te ajudar.

Faça um checklist.

Não há nada pior que nos concentrarmos na impressão positiva que devemos causar em um lugar e ser pego desprevenido com algo que saiu errado mas que poderíamos ter evitado com um simples checagem. Portanto, antes de adentrar em uma reunião, evento social ou happy hour de trabalho dê uma olhada geral no cabelo, nos dentes, na roupa, sapatos, maquiagem e objetos que carrega. Tá tudo certo? Então vá!

Crie conexão e não impressão!

É muito comum exagerarmos no controle da primeira impressão que queremos causar e deixarmos de lado o mais importante: o momento. Sejam em eventos sociais ou profissionais, jamais concentre-se em si a ponto de esquecer das pessoas que estão a sua volta e da importância que uma verdadeira conexão representa para os relacionamentos. Esteja presente, ouça seu interlocutor, tenha interesse genuíno.

Seja você mesmo.

Autenticidade é o maior trunfo para uma boa primeira impressão. É claro que precisamos ajustar nossa linguagem verbal e não-verbal ao contexto que se apresenta para nós, mas se pensarmos muito estrategicamente, isso torna-se perceptível para os outros, causando desconfiança e até piada. Portanto acalme-se, respire e aceite sua vulnerabilidade, caso algo não saia como esperado, mas jamais encarne um personagem que não será sustentado posteriormente.

 Respeite o espaço alheio

Todo mundo quer ser agradável, mas isso não dá o direito a ninguém de ser inconveniente em qualquer ambiente, social ou profissional. Não simule uma intimidade que você não tem com as pessoas desejando ser aceito em um grupo ou evento. Seja simpático, mas reconheça seu lugar. “Leia” o ambiente para se adequar e entender a hora de apresentar-se, iniciar uma conversa ou simplesmente recuar.

Boa impressão do início ao fim

O objetivo da primeira impressão é iniciar um processo onde confiança e credibilidade possam ser as bases para um relacionamento pessoal e profissional, mas este é somente o primeiro passo. Dar continuidade a primeira impressão é fundamental para consolidar uma parceria. Analise se há espaço para um e-mail, mensagem ou telefonema para agradecer o primeiro contato e faça isso nas 24 horas seguintes. Gentileza é bom e todo mundo gosta.

 

Um beijo e brand-se já!

Marca pessoal precisa de networking.

Marca pessoal precisa de networking.

O conceito de networking ainda sofre com uma sombra do passado. Apesar da evolução da concepção de carreira e sucesso nos negócios, e consequentemente da importância que tem as interações que compõem esses círculos, muitas pessoas ainda entendem o networking como um meio para se conseguir algo. Até pode ser, mas o princípio está mais ligado hoje a contribuição e ao retorno que vem a longo prazo.. Mas fundamentalmente ao propósito de construir uma rede de boas energias que um dia trabalharão em seu favor.

Estabeleça uma comunidade para sua marca pessoal

Ninguém faz nada sozinho. Aliás, como diz Tom Jobim, “é impossível ser feliz sozinho”. E isso não tem exagero nenhum se pensarmos que marca pessoal precisa de boa reputação e que esta é feita por meio da imagem que seus públicos têm de você.

Neste sentido, estabelecer uma conexão com sentido e valor pode fazer toda a diferença para ser memorável e relevante no seu mercado de atuação e fazer dessas interações um suporte para alcançar seus objetivos.

Portanto, seja claro na sua mensagem principal, isto é, o que você faz e pra quem você faz, e comece a pensar estrategicamente em como as pessoas a sua volta podem contribuir para alavancar sua marca pessoal, seja apresentando a pessoas que possam ensinar você, ser um parceiro de negócios, um fornecedor, um cliente ou mesmo um ‘advogado de sua marca’, promovendo e defendendo você sempre que possível.

Uma comunidade para seu branding pessoal está na família, no círculo de amigos, nos colegas de profissão, professores e referências do seu mercado.

Seja disponível e interessado

Para construir um networking saudável e uma comunidade favorável a sua marca pessoal, é preciso nutrir com carinho seus contatos. Não existe nada pior que alguém que só ativa sua rede em momentos de necessidade e, talvez você não perceba, mas esses sofrem tremenda repúdia e facilmente caem no esquecimento, o que é fatal para seu branding. Portanto atente-se a pequenos comportamentos que podem fazer grande diferença:

Frequente eventos: pode ser que você não goste tanto, mas eleja um periodicamente para ser visto e trocar boas ideias. No final é sempre bom, acredite!

Associe-se a grupos da profissão: estar entre colegas do segmento é uma ótima forma de conhecer pontos de vista sobre o mesmo tema e até conseguir novos parceiros. Esses grupos podem ser encontrados na rede ou mesmo em associações.

Mantenha-se presente: procure manter aquecidos antigos e novos contatos. Aproveite a facilidade da tecnologia e redes sociais e estabeleça uma rotina para cumprimentar, curtir, comentar posts, bem como saber notícias.

Compartilhe bons conteúdos: um dos gatilhos mentais mais apreciados é o da reciprocidade. Aqueles que reconhecem sua dedicação e sua generosidade tendem a criar um vinculo emocional mais consistente você. Ao mesmo tempo, sabemos que o compartilhamento de conteúdo de valor constrói uma imagem relevante. Isto é, divida com sua rede pesquisas e artigos que julgar úteis, evidencie o trabalho de um colega se achar útil a sua comunidade. Ajude para ser sempre ajudado.

O princípio do networking mudou e precisamos estar abertos ao grande paradigma que um dia ele representou. Novos cenários exigem mudanças dos indivíduos para melhor adaptação e retribuição do meio e reconhecer que você precisa estar disponível para seus contatos é o maior feito para esses novos tempos. No mais, acredite no poder da reação e conspiração positiva. Fazendo seu networking com amor, quando estiver precisando de apoio, de uma indicação, de uma ajudinha, o universo estará do seu lado.

Um beijo e brand-se já!

Guia básico do personal branding: comece já!

Guia básico do personal branding: comece já!

Ter uma marca pessoal forte, consistente e sustentável não é uma tarefa fácil. Requer tempo, dedicação e, principalmente trabalho duro. Ter um profissional especializado – um personal brander – ao seu lado pode ser uma excelente opção, entretanto, existem etapas que mesmo individualmente podemos – e devemos! – começar a nos conscientizar ou mesmo começar a agir estrategicamente em favor delas.

Para ajudar nessa jornada, listo aqui alguns princípios que devem ser priorizados no desenvolvimento e no gerenciamento de uma marca pessoal. Ao refletir e/ou fazer pequenos ajustes na forma de conduzi-los – um ou todos! – carreira e negócios podem evoluir a novos níveis.

Reconheça sua especialidade

Marca pessoal está relacionada diretamente a uma promessa de valor. Isso quer dizer, que quando alguém refere-se a você, esta pessoa deve saber exatamente o que esperar, ou seja, o que você faz, que tipo de serviço ou de produto você entrega; qual sua característica, sua habilidade, sua melhor competência.

Trata-se em muitos casos de um acordo tácito, silencioso, mas que precisa ser muito claro para quem ‘contrata’ você’. Sendo assim, não poupe esforços para reconhecer no que você é muito bom, o que você adora fazer e especialize-se nisso. Estude, aprimore-se constantemente e promova seu talento da melhor forma. Não deixe dúvida entre seu público – potenciais clientes e parceiros de negócios – quem é você, qual a sua área de atuação e por que te escolher será mais vantajoso.

Identifique seu público

A especialização é o grande trunfo de uma marca pessoal. Sem ela, e sem promovê-la precisamente, dificilmente você consegue desenvolver uma marca pessoal efetiva e de valor. Nesta especialização você atua em outra esfera muito importante na solidificação da sua marca pessoal: a determinação do público. É com este segundo passo que você vai restringir ainda mais a sua mensagem e, com isso, torna-la mais eficiente.

Neste sentido, quanto mais especialista você for e mais especificar seu público, mais ele verá valor no que você oferece e por isso, o qualificará e o diferenciará das outras opções. Além disso, ao identificar seu público uma série de elementos da sua comunicação também poderão ser definidos: da linguagem a identidade visual.

Defina seu posicionamento

Além de saber exatamente o que você faz e pra quem você faz, é preciso que sua marca pessoal tenha um posicionamento bem definido. É como se você a dotasse de uma ‘personalidade’ por meio de ações planejadas, seja on-line ou off-line, que vão fazer seu público criar uma imagem, uma posição sobre você em sua mente. Entendeu?

Essas ‘ações planejadas’ as quais refiro-me são a forma como você se comunica nas redes sociais, em um evento, com colegas de profissão e de trabalho; pode ser como você oferta e entrega seu serviço, como você contribui com seu mercado, com sua sociedade como você lida com as pessoas próximas a você.

Mantenha uma rede de relacionamento

Nem adianta você fazer as lições anteriores e esquecer que sozinho você não vai a lugar nenhum. No personal branding gerenciar sua rede de relacionamento de forma inteligente e generosa é tão importante quanto cuidar e promover suas próprias habilidades e competências. E aqui não cabe apenas ir aos eventos do seu segmento, da sua empresa, trocar cartões… conhecer novas pessoas nas redes sociais, curtir e comentar fotos e posts. É preciso ir além! Contribuir quando necessário, gerar novas conexões, indicar quando possível e ‘desvirtualizar’ sempre!

O universo sempre conspira a favor de marcas pessoais que contribuem com outras marcas pessoais. Acredite!

Um beijo e brand-se já!

Personal branding: quando, como e pra quem ele é útil

Personal branding: quando, como e pra quem ele é útil

O personal branding tem sido um termo muito difundido nos últimos tempos e, desde seu surgimento, gera dúvidas em torno da sua aplicação e utilidade. Vamos entender como desfrutar dele em benefício de sua imagem e reputação?

Termo difundido em 1997 pelo americano especialista em management, Tom Peters, no artigo intitulado “The brand called you” (“A marca chamada você”) na revista Fast Company, o termo personal branding promovia a gerência de si mesmo como uma empresa, com o único objetivo de se distinguir na multidão de profissionais cada vez mais competitivos que cruzariam os anos 2000. Visionário na virada do século, duas décadas depois, quando a internet permite a autopromoção em larga escala, podemos considerar Tom Peters um visionário, além do primeiro grande incentivador das nossas marcas pessoais.

Hoje já há um maior entendimento da marca pessoal como um capital precioso e a certeza de que o grande estrategista americano estava no caminho certo. Ao gerenciá-la estrategicamente, sua carreira é fortemente impactada, preparando o profisisonal para o futuro e para seus objetivos de forma distinta, consistente e duradoura, com menos influências externas como crises econômicas, por exemplo.

Para saber um pouco mais sobre o personal branding, respondo aqui às principais questões que o envolvem, esclarecendo quem deve apropriar-se do conceito, quando utilizá-lo e quais são seus principais benefícios.

Saber quem você é, o que quer e como vai chegar lá

A etapa do autoconhecimento é muito importante para sua marca pessoal porque faz um raio X da sua essência: mostra as características que melhor podem te representar e aquelas menos favoráveis e que precisam ser minimizadas, o que pode ser classificado como um diferencial em você e quais são os valores que te norteiam para, então, alinhar você ao seu objetivo de carreira. Isto é, traçar um plano de ação a curto, médio ou longo prazo, se for o caso, mas ter um foco, uma meta para alcançar aquele cargo e aquele patamar profissional que você tanto quer.

Autopercepção X imagem percebida X imagem projetada

A gente pensa que não, mas pode ter uma distância enorme de como nos vemos, de como as pessoas nos veem e de como realmente gostaríamos de ser vistos. O processo de personal branding cruza essas informações através do autoconhecimento, de pesquisa e análise de objetivos de carreira, promovedo o ajuste de como o profissional é e como ele quer ser visto no futuro por meio de todos os pontos de contato entre ele e seu ‘público’, da aparência ao comportamento (online e off line).

Posicionamento

Em meio a tantos profissionais (bons, sem dúvida), deixar claro o que você faz – e de preferência com aquele diferencial que só você tem – pra qual público-alvo (quanto mais segmentado, melhor) e quais benefícios (funcionais e emocionais) as pessoas terão ao trabalhar com você, mais fácil será ocupar um lugar na mente do ‘mercado’. Sua mensagem – o que chamamos de ‘elevador pitch’– precisa ser o mais clara possível, de forma que ninguém tenha dúvidas sobre o que você oferece, gerando mais confiança nas suas relações e mais autoridade como profissional.

Reputação

Nada é tão importante quanto o legado que você deixa. Por isso, tudo que você trabalha durante o processo de personal branding tem como finalidade trazer a melhor lembrança que as pessoas possam ter de você. Porque as pessoas fazem negócios com quem confiam e competência não é o único caminho. É preciso ainda ser coerente com os discursos que você prega, com valores inegociáveis, ter cuidado com a imagem privada (ai, ai, ai redes sociais!), com as associações que você faz com outras pessoas. Tudo conta na percepção que o outro tem de você e este trabalho te ajuda a ter clareza na administração disso tudo.

Comece já!

Adotar um papel ativo no gerenciamento da sua marca não é mais uma opção para quem quer tomar as rédeas de sua carreira. E não existe tempo pra isso. Não importa se você acabou de sair da faculdade, se é um profissional corporativo já estabelecido, está em transição de carreira, é um empreendedor, um esportista ou uma celebridade: o personal branding é pra todo mundo e é pra agora. Reinvente-se!

Até a próxima e aguardo seus comentários.