Como superar o estresse através da resiliência

Como superar o estresse através da resiliência

Um dos tópicos mais abordados pela Psicologia Positiva é a Resiliência. Trata-se de uma característica maravilhosa de se ter, e está relacionada a uma infinidade de resultados positivos e, talvez o mais importante, pode ser melhorada. Ao abordarmos o tema estresse com um olhar na resiliência, podemos dizer que ela é uma resposta positiva ao estresse, conhecida como “defesa madura”, segundo George Vaillant, psiquiatra americano e professor da “Harvard Medical School”. Ele acompanhou um grupo de graduados por 30 anos e notou que, o que distinguia aqueles que tinham vidas bem-sucedidas e felizes era a capacidade de empregar estratégias de enfrentamento transformacionais versus respostas defensivas ao estresse.

Quando transformamos eventos negativos e positivos, preservamos a nossa integridade. A resiliência é uma característica adaptativa positiva que pode ser aprendida.

O psicólogo Ph.D. Rick Hanson, membro sênior do “Greater Good Science Center da UC Berkeley”, em seu livro mais recenteResilient: How to Grow an Unshakable Core of Calm, Strength, and Happiness” diz que a maior parte do estresse que experimentamos resulta das necessidades não atendidas.

A receita de Hanson para a resiliência baseia-se no pressuposto de que podemos atender às nossas próprias necessidades, não reagindo de forma negativa, pois possuímos os recursos internos necessários para fazer de forma positiva sem depender de outras pessoas.

Para ele três fatores definem nossa capacidade de lidar com o estresse:

  • gerenciar desafios
  • proteger nossa vulnerabilidade
  • aumentar nossos recursos

Assim, a resiliência é um músculo que se desenvolve associado às experiências positivas.

Cultivar recursos postivos é:

  • reconhecer nossas habilidades através da prática da compaixão (em relação a nós mesmos e aos outros),”mindfulness” e apredizado constante
  • promover a coragem, gratidão e confiança
  • regular nossos pensamentos, sentimentos e ações;
  • relacionar-se positivamente com os outros e com o mundo através de da inspiração e generosidade

Ao projetar experiências positivas construímos nosso capital psicológico, aprendemos a ser flexiveis e estabelecemos as bases para nos tornar resilientes.

 Fonte: tradução e adaptação do texto

“Como superar o estresse, o trauma e a adversidade através da resiliência”

do site PositivePsychology.com.

 

 

 

 

Para conselheiros, o RH precisa saber se reinventar.

Para conselheiros, o RH precisa saber se reinventar.

Há dois anos, o presidente da Itaúsa, Alfredo Setúbal, percebeu que as pessoas que comandavam a Duratex, uma das empresas controladas pela holding, não estavam preparadas para abraçar as mudanças necessárias no “mundo novo”. “Não era culpa delas. Mas a questão é que foram treinadas para trabalhar em um ambiente diferente. Chamei uma consultora externa para iniciar um processo urgente de cultura”. O mundo novo, segundo Setúbal, demanda empresas ágeis e que tenham um “propósito (não financeiro) capaz de atrair os melhores talentos, que hoje preferem empreender ou deixar o Brasil pela conjuntura”. “Para conseguirmos, a área de recursos humanos precisa se reinventar, ser mais prática e mostrar que a agenda de pessoas pode alavancar o negócio”, disse durante painel para convidados no Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (Conarh).

A opinião foi compartilhada por Olga Colpo, conselheira do BMG e da Copel, dizendo que a área precisa evoluir, se posicionar diferente e levar o incômodo necessário para a transformação do negócio. Ela não tirou, porém, a responsabilidade do conselho em garantir que essas demandas ganhem espaço na agenda de reuniões que costumam ser dominadas, em grande parte, pelos números do trimestre ou por questões de compliance. “Se o presidente do conselho não for alguém que preze pelas pessoas, a velocidade dessas mudanças vai ser muito menor. Já ouvi conselheiros questionarem se vale a pena investir tanto dinheiro em treinamento, perguntando como podem ver o resultado desse investimento”, diz Olga.

Transformar essa reflexão em indicadores tangíveis, como KPIs de engajamento, foi uma ação realizada por Patrick Larragoiti, presidente do conselho do Grupo SulAmérica. Ex-CEO da empresa, ele criou programas para reunir presencialmente os conselheiros e os principais executivos da SulAmérica. “É como o conselho pode entender as preocupações e a visão das pessoas da organização. Em 2018, realizamos 110 reuniões informais”, disse. O resultado, afirma, é que o conselho gasta apenas 7% do tempo discutindo o balanço e 70% falando sobre estratégia futura, o que inclui a agenda de pessoas. Entender o papel do ser humano diante das mudanças tecnológicas foi o tema deste ano do Conarh, realizado pela ABRH Brasil em São Paulo.

Fonte: Jornal Valor Econômico – 15.08.2019