Um novo conceito tem se disseminado pelo mercado de trabalho e vem sendo cada vez mais buscado pelas companhias: o intraempreendedorismo. Trata-se da prática de empreender dentro de uma empresa, buscando soluções para problemas enfrentados no dia a dia ou novas oportunidades de negócio, de forma proativa, objetiva e inovadora. Um colaborador intraempreendedor tem o perfil de agir como o dono de um negócio, embora saiba que faça parte de uma engrenagem para o seu funcionamento.
Veja outras características relacionadas aos intraempreendedores:
– Enxergar a empresa como um todo – Observa a companhia como uma engrenagem, na qual todos devem cumprir com suas funções. Esse tipo de mentalidade faz com que seja necessário compreender o negócio e o segmento de forma densa, não ficando restrito apenas ao departamento ao qual está vinculado.
– Implanta projetos – Além de identificar problemas e sugerir melhorias e soluções, trata-se de um profissional proativo, capaz de implantar projetos com começo, meio e fim.
– É resiliente – Sabe que a persistência e a continuidade são fundamentais para modificar uma parte da cultura ou do processo produtivo de uma empresa. Por isso, usa de sua influência, liderança e batalha para ter suas ideias implantadas, sabendo que podem ser benéficas.
– Antecipa-se aos problemas – Tem uma visão de longo prazo, identificando oportunidades de crescimento para o mercado, para os colegas e para si próprio.
Um ambiente propício
Embora essas características sejam necessárias e valorizadas pelas empresas, o intraempreendedorismo tende a surgir apenas em ambientes propícios para tal. Empresas desorganizadas, burocráticas e sem objetivos claros limitam o pensamento empreendedor e a capacidade de inovação. Nesse contexto, é função das empresas trabalhar com algumas premissas para fomentar esse tipo de prática por parte dos colaboradores.
– Liberdade – Todo colaborador tem suas obrigações, mas é preciso que tenha liberdade para desempenhar as suas funções e para apresentar ideias que, em um primeiro momento, podem parecer distantes de uma implantação.
– Autonomia – Uma empresa na qual haja a necessidade de pedir autorização ou aprovação para qualquer tarefa, a inovação e a capacidade de empreender internamente serão tolhidas.
– Tolerância a erros – O ato de empreender pressupõe erros e acertos. Por que o intraempreendedorismo não seguiria a mesma lógica? Poucos colaboradores teriam coragem de se expor em uma companhia sem que ela seja tolerante a possíveis equívocos.
– Programas de incentivo – Iniciativas de apoio à inovação ou que fomentam a busca de soluções tendem a fazer com que os colaboradores passem a pensar e buscar soluções consideradas pouco tradicionais.
– Incentivo financeiro – Programas de Participação de Lucros e divisão de ações das empresas também são uma forma de recompensar colaboradores que foram além de seu escopo de trabalho.
Fonte: PUCPR