No dicionário, a palavra biografia é definida como “a descrição ou história da vida de uma pessoa”.
Normalmente, relacionamos a palavra biografia aos livros (alguns depois transformados em filmes) escritos sobre personalidades. Neste conjunto, estão também as autobiografias. Elas têm o poder de nos inspirar, nos divertir ou nos fazer chorar, pela conexão que fazemos com as histórias vividas e ali relatadas.
Nem sempre nos damos conta de que, em nosso dia-a-dia, também construímos uma biografia: a nossa.
Cada acontecimento, cada gesto, cada decisão, cada ação vai somando-se à nossa biografia.
Cada biografia é única e, mesmo assim, podemos dizer que todos os seres humanos compartilham leis universais. Na Grécia antiga, o pensador Sólon, já dividia a vida em períodos de 7 anos (setênios) e o filósofo e educador Rudolf Steiner desenhou as leis biográficas. Nestas, a cada setênio, ocorrem marcos comuns e crises que podem levar ao nosso desenvolvimento.
Para iniciar nossa conversa-reflexão sobre as fases da vida, podemos usar quatro lindas imagens pintadas por Thomas Cole entre 1840 e 1842.
Na primeira delas, a infância, vemos um barco navegando em um rio calmo com uma paisagem paradisíaca. O Anjo guia o barco.
Na segunda imagem, a juventude, o ser humano assume a responsabilidade pelo barco e o Anjo se despede. No horizonte, os sonhos estão presentes.
Na terceira imagem, representando a maioridade, o rio é turbulento, o homem se entrega ao seu destino. O Anjo observa das nuvens.
Na última imagem, relacionada à velhice, as águas do rio voltam a ficar tranquilas e o Anjo reaparece. O barco também se transformou da primeira fase até este momento.
O que estas imagens despertaram em você?
Você tem cuidado de sua biografia?
Thomas Cole (1801-1848) foi um pintor inglês naturalizado norte-americano. É considerado o fundador da Escola do Rio Hudson, um movimento artístico norte-americano que floresceu em meados do século XIX, caracterizado pelo realístico e detalhado retrato de paisagens da natureza.
Imagens:
The Voyage of Life Childhood (1842)
The Voyage of Life Youth (1842)
The Voyage of Life Manhood (1840)
The Voyage of Life Old Age (1842)
Thomas Cole [Public domain], via Wikimedia Commons
Angela,
Tema instigante. Texto bem redigido e elucidativo. Novas oportunidades…
Ronaldo
Agradeço pelo comentário, Ronaldo!
Conhecer-nos a partir de nossas biografias é fantastico. Recomendo este mergulho a quem quer se desenvolver e buscar renovar energias para se transformar e a Sociedade!
Agradeço pelo comentário, Bernadette!
Olá cara amiga,
Interessante como as telas de Thomas Cole expressam bem o sentimento humano especialmente as representativas da juventude e maturidade, fases estas, onde Cole denota uma certa “independência do sagrado, da proteção divina”, quando em presença da força do ego em sua maior medida. Apreciei a reflexão. Beijos
Que bom que gostou, amiga Suzana!
querida Ângela, a composição deste material ficou muito especial, delicado!. Uma imagem (ou 4) falam mais que muitas palavras.
Parabéns por nos ajudar a refletir de maneira tão sutil!.
bjos no coração
Agradeço pelo comentário encorajador!!! Beijos prá vc, Stella.
As telas nos levam a refletir nossos espelhamentos e/ou metamorfoses… Em qualquer um dos casos, ali está ele, nosso poderoso anjo…
Grata por nos presentear com essas telas…
Nosso anjo sempre presente! Agradeço, Léa!
Muito inspirador, adorei.
Muito bem escrito, e a combinação com as imagens escolhidas, foi ainda mais poderoso.
Parabéns!
Agradeço pelo comentário inspirador, João!
Angela, parabéns…boa abordagem de um tema palpitante, já que todos de alguma forma temos uma missão e acabamos esquecendo isso.
Creio que o tema pode ser mais explorado….abraços
Espero continuar apresentando visões sobre esse tema. Agradeço, Mahomed!
Ouvir, ler e reler a nossa própria história faz com que cada dia mais acreditamos na pessoa que nos tornamos. Ouvir, ler e reler a história do outro faz com que cada dia mais nós tenhamos mais compaixão com os demais seres. Lindo o texto! Que eu possa estudar muito sobre biografias ainda, que eu compreenda mais a mim e aos outros cada dia mais.
Grande beijo Angela muita luz na caminhada!
Com amor,
Jéssica Commandulli
Agradeço pelo carinho, Jéssica!
Parabéns Angela.
Interessante como somos cuidados tanto na infância quanto na velhice.
Boa observação, Zilda!
Que imagens fortes e simbólicas Angela.Gostei muito e ,de fato, as turbulências da vida adulta às vezes nos lembram um barco em um rio muito mexido, “o inesperado”. A certeza de termos um anjo, sempre a nos observar, é acolhedor. Um beijo, parabéns.
Boas reflexões, Glenda!