A meu ver, empatia é uma forma de estar no mundo.
Portanto, terá seu papel de destaque nas relações cotidianas, inclusive, no ambiente de trabalho de qualquer um de nós.
Caminhamos, nos dias de hoje, por uma trilha cada vez mais complexa no mundo das comunicações e relações, motivada também, pelo aumento da velocidade com que as mudanças tem se apresentado.
Consequência: indiscutível impacto nas formas através das quais as pessoas passaram a se inter-relacionar com o mundo que as cerca.
Dados do Instituto do Seguro Social (INSS), em estudos realizados no ano de 2011, os afastamentos por problemas psicológicos no País, já ocupam o 3o lugar no ranking oficial . Motivos? Estresse, depressão em decorrência também, do ambiente de trabalho…
Mas há aquelas empresas que já perceberam que para chegarem onde querem, dependem muito de seus colaboradores e que realmente investem na “gestão de pessoas”.
Do que se trata aqui, afinal?
De elevar-se o patamar das relações interpessoais.
Regidos por uma relação de confiança e cumplicidade entre si, altos níveis de engajamento e comprometimento podem ser alcançados.
Claro está que as relações entre pessoas não mudam de um dia para o outro.
Baseando-se na ideia de uma “ecologia da mente”, sabemos que nossas ações tem o poder de modificar o meio ambiente (seja ele qual for) e este nos modifica, simultaneamente. Portanto a forma através da qual nos relacionamos com “nossos outros”, tem imensas consequências.
Isto requer investimento pessoal e tempo.
Mudanças verdadeiras são aquelas que se repetem ao logo do tempo e que podemos acompanhar…
Há diferenças que realmente fazem diferença. E é em busca destas que estamos propondo, como um das abordagens possíveis e necessárias, a intenção de realmente nos colocarmos no lugar do outro.
Saber e querer ouvi-lo como ele é, numa atitude positiva, despidos de “pré-conceitos”, saber de seus projetos, sonhos, expectativas, enfim, a própria predisposição para a escuta já modifica a qualidade das relações no ambiente. Seja ele de trabalho ou não.
Só consegue ser simples quem entende a complexidade. E para entender a complexidade de um colaborador, a Empatia é a melhor ferramenta.
Em resumo, entendo por empatia ” a capacidade de se colocar no lugar do outro, desprovido de valores e conceitos, aceitando a diferença de pensamento e a diversidade nas ações”.
Parto também da premissa de que todas as realidades são construídas socialmente e de que o campo ambiental de tais construções é a linguagem.
Sendo assim penso que; de uma boa conversa não devemos escapar…