A palavra feedback, importada do inglês, quer dizer retroalimentação ou realimentação. Isto é, uma ação acontece e o feedback fornece uma informação sobre a ação.
No meio empresarial, o feedback é considerado uma prática na gestão do desempenho dos empregados. Para casais, faria parte de uma DR (Discutir a Relação).
O momento em que acontece o feedback é muito delicado. Brené Brown levanta a questão da vulnerabilidade, nos fazendo pensar que, no encontro em que este acontece, as duas pessoas ficam vulneráveis: quem dá e quem recebe o feedback.
No livro “A Coragem de Ser Imperfeito”, a autora nos traz o seguinte checklist para avaliarmos se estamos prontos para dar feedback de qualidade:
– Estou disposta a me sentar ao seu lado em vez de no outro lado da mesa;
– Desejo colocar o problema na nossa frente em vez de entre nós (ou esfregá-lo na sua cara);
– Estou pronta para ouvir, fazer perguntas e aceitar que possa não estar entendendo a questão completamente;
– Quero reconhecer o que você faz bem em vez de ressaltar os seus erros;
– Reconheço seus pontos fortes e como você pode usá-los para vencer seus desafios;
– Posso chamá-lo à responsabilidade sem envergonhá-lo ou culpá-lo;
– Estou disposta a assumir a minha parte;
– Posso lhe agradecer sinceramente por seu empenho em vez de criticá-lo por suas falhas;
– Consigo explicar como solucionar esses desafios vai levá-lo a crescer e a aproveitar novas oportunidades; e
– Consigo vivenciar a vulnerabilidade e a abertura que espero ver em você.
Tenho preferido usar e indicar a visão de Marshall Goldsmith, que nos apresenta o feedforward como uma alternativa ao feedback.
Quando damos um feedback a alguém, estamos nos referindo a algo que aconteceu no passado. Dessa forma, geraremos angústia no outro porque, afinal, ele não poderá fazer nada a respeito, por não ser possível alterar o passado. Podemos até ressignificar, mas não alterar.
O feedforward, por outro lado, nos projeta para o futuro. E, parte da própria pessoa, a pergunta: “Eu sou Angela e quero melhorar ………….. Você pode me ajudar?” Ao fazer essa afirmação/pergunta recebemos ideias e “conselhos” que poderão nos ajudar a explorar novos caminhos e possibilidades. Em trabalhos com grupos, tenho usado essa técnica e as pessoas aprovam e vão passando, de pessoa em pessoa, recolhendo sugestões, agradecendo e se enriquecendo com as experiências.
E você, como vem tratando o feedback em sua vida?
Fontes:
A coragem de ser imperfeito. Brené Brown. Editora Sextante. 2013
Site Marshall Goldsmith – https://www.marshallgoldsmith.com/
https://www.marshallgoldsmith.com/articles/try-feedforward-instead-feedback/