by admin | set 18, 2020 | A Sessão vai Começar, Educação, Gilda, Gilda Palhares |
Falar sobre educação, para quem trabalha com desenvolvimento de pessoas, é sempre uma alegria. Recebi a indicação do filme “O Primeiro da Classe” (2008), da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). O fato deste narrar uma história real despertou ainda mais a minha curiosidade.
O personagem Brad Cohen é portador da Síndrome de Tourette, um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais que ocorrem de formas repetidas e involuntárias. Por este motivo sofre humilhações desde a infância. O sonho de Brad era ser professor do ensino fundamental. Já adulto e com um ótimo currículo, vai atrás do seu propósito, mas é sempre rejeitado ao apresentar as manifestações da síndrome nas entrevistas. Não desiste até que finalmente uma escola o contrata e então consegue reconhecimento pelo seu extraordinário trabalho.
O filme apresenta questões interessantes como: preconceito, frustração, motivação, autoconfiança, determinação, humildade, amor ao aprendizado, perspectiva e criatividade.
Dando continuidade aos estudos das forças de caráter, tema abordando em outras sessões, falaremos sobre a força da Humildade relacionada à virtude da Temperança e as forças do Amor ao Aprendizado, Perspectiva e Criatividade relacionadas à virtude da Sabedoria e Conhecimento.
Iniciamos com a força da Humildade. Ela envolve uma avaliação precisa das nossas habilidades, como o reconhecimento das nossas limitações e abertura para novas ideias, apreciando e valorizando as coisas ao nosso redor. Essa força desenvolve as relações interpessoais, pois as pessoas humildes tendem a ter níveis mais altos de gratidão, perdão, espiritualidade e saúde.
Seguimos agora para a força Amor pelo Aprendizado, que é reconhecida pela paixão que suscita ao ato de aprender. Ao descobrir algo novo, portas se abrem e jamais são fechadas. Assim como gera persistência diante de desafios e contratempos.
Podemos dizer que a força da Criatividade está relacionada às ações que nos levam a romper antigos hábitos para encontrar maneiras novas e diferentes de lidar com determinadas situações. É também atentar para intuições, imaginação e até mesmo sonhos. A autoconfiança e o autoconhecimento, subprodutos da criatividade, contribuem para que a pessoa se sinta confortável em uma variedade de situações, adaptando-se assim aos desafios e fatores de estresse que surgem.
A força Perspectiva é a capacidade de desenvolver ideias que façam sentido para si mesmo e para os outros. Num contexto social, essa força permite ao indivíduo ouvir os outros, avaliar o que dizem e então oferecer sugestões. Como também aprender com os erros e as forças dos outros.
O nosso protagonista, Brad Cohen, encarou sua doença potencializando as forças abordadas nesta sessão e, através delas, conseguiu realizar o seu propósito.
Finalizando, algumas reflexões sobre a forças citadas acima. Não deixem de compartilhar conosco!
- Em que situações que você se sente mais confortável para compartilhar suas perspectivas?
- Qual seria um tema que gostaria de aumentar o seu conhecimento?
- Como a criatividade ajuda a solucionar questões difíceis que se apresentam na sua vida?
Até a próxima sessão!
Fonte: filme “O Primeiro da Classe”, livro “Character Strengths and Virtues” de Christopher Peterson e Martin Seligman e site geniantis.org.
by admin | set 11, 2020 | Boas Práticas COVID-19, Gilberto, Gilberto Ururahy, Pós-Pandemia, Saúde |
Pesquisas mostram a importância das consultas médicas e exames preventivos
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o número de mortes por acidente cardiovascular aumentou 33% de 16 de março a 16 de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Incor, se esse ritmo for mantido até o fim de 2020, 400 mil pessoas podem morrer de doenças do coração.
Segundo a Fiocruz, o número de óbitos em casa, por causas naturais, cresceu 53% em quatro capitais do Brasil – Rio, São Paulo, Manaus e Fortaleza – de 15 de março a 13 de junho, saltando de 6.378 no ano passado para 9.773 este ano.
Os números alarmantes atestam uma triste realidade: as pessoas deixaram fazer acompanhamento médico regular de doenças crônicas, suspenderam exames por medo de ir a laboratórios e hospitais e, o mais grave, não buscaram ajuda apesar de apresentarem quadros graves de mal estar em casa.
Apesar de inicialmente se acreditar que as principais consequências da Covid-19 apareciam no sistema respiratório, hoje se sabe que isso não é uma verdade absoluta. Estudo publicado no jornal da Associação Médica Americana concluiu que a miocardite – a inflamação do músculo cardíaco – pode se desenvolver em pacientes que tiveram a Covid-19. Autópsias feita em 39 vítimas fatais do coração mostraram que 61% dos mortos apresentavam o vírus.
Já na Alemanha, de 100 pacientes com idade média de 49 anos que se recuperaram da Covid-19, 78% tinha alguma anomalia cardíaca. Além disso, 80% dos pacientes que tiveram a forma grave do vírus apresentaram trombose ou pequenas obstruções nas artérias do coração e do pulmão.
O isolamento social impôs uma serie de restrições com graves implicações à saúde: ganho de peso, ansiedade, qualidade do sono ruim, alimentação desequilibrada e falta de sociabilidade. Agora é preciso cuidar da saúde. Não há razão plausível para que alguém, nos dias de hoje, seja pego de surpresa por qualquer doença em estágio avançado. É tempo de colocar em dia os exames e as consultas médicas. Saúde é prevenção!
Fonte: Veja Rio
O isolamento impôs uma série de restrições com graves implicações à saúde do coração. Pixabay/Reprodução
Leia mais em: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/a-saude-do-coracao-na-pandemia/
by admin | ago 27, 2020 | Betania, Betania Tanure, Habilidades |
A colunista Betania Tanure diz que astúcia social, influência interpessoal, habilidade de network e intencionalidade positiva são atributos necessários a todos os executivos
A competência política é, em síntese, a capacidade de influenciar os diversos públicos. Por razões didáticas, separo em três grupos: os liderados, ou que têm menos poder do que você; os pares, com poder razoavelmente igualitário; e os que têm mais poder do que você, dentro ou fora da empresa.
O foco aqui é o exercício da competência política especialmente no terceiro grupo, dos que têm mais poder que você. Por exemplo na relação do gerente com o diretor, do diretor com o CEO, do CEO com o conselho de administração, deste com o Governo, nas suas diversas instâncias, bem como nas relações entre empresas, no seu ecossistema.
Essa é uma qualidade ainda rara entre os executivos de bem. Por que? Eu poderia citar diversas razões, mas vou me ater a uma: eles convivem em diversos ambientes, com pessoas que, visando obter benefícios fundamentalmente individuais, praticam a politicagem “embalada” de competência política e o fazem com ética questionável ou mesmo à margem da lei. Diante disso, muitos executivos de bem preferem tolher-se a passar a ideia de que visam a autopromoção, de que estariam cruzando a linha, afastando a lógica meritocrática. Receios semelhantes, ainda maiores, ocorrem nas relações entre empresas privadas e o poder público.
A situação se complica quando essas pessoas que atuam à margem passam a abusar de sua falsa competência política. São ousadas, afinal, o mal é mais ousado do que o bem. Atropelam o que e quem estiver na frente e representar um obstáculo a conquista de seus objetivos pessoais. Diante de qualquer resistência, elaboram histórias de perseguição, torcem e retorcem a ética de suas escolhas.
Trata-se de executivos com traços de psicopatia. Agem sempre com inteligência sofisticada, tenacidade e sem trégua, de modo que, muitas vezes, nem mesmo seus chefes percebem. Talvez você pense: “Não sou ingênuo, eu perceberia”. Ou questione: “Isso não faz sentido, não existe psicopatia nas boas empresas”. Sobre esses argumentos, afirmo: existe, sim, como existe o executivo tóxico, astuto, envolvente, hábil que joga sozinho e para si próprio.
Quanto mais sofisticada é a organização, mais esses executivos se revestem de capacidade de comunicação e liderança eloquente, impressionando positivamente as pessoas com quem não têm uma relação cotidiana. Fique atento, pois a diferença entre competência política e politicagem é tênue e nem sempre facilmente identificável. O que contribui para diferenciá-las é a intencionalidade. Aqueles que não hesitam em usar os outros, em distorcer dados para encantar, no pior sentido, o “andar de cima”, são no mínimo tóxicos para o “andar de baixo” e os “vizinhos de andar”.
Especialmente se você está em posição de escolher pessoas a serem promovidas a cargo de gerência, de direção ou à presidência, aguce sua percepção. Astúcia social, influência interpessoal, habilidade de network e intencionalidade positiva são atributos necessários na escolha.
É fato que muitas pessoas competentes e éticas hesitam no exercício da habilidade política com o andar de cima. Consideram que, no tempo certo, a verdade será revelada. Atenção: sabe-se que infelizmente a toxicidade tende a ser percebida e decifrada mais a longo prazo, e a pessoa tóxica conta com isso para sustentar o seu jogo.
Se você é um dos muitos executivos bem intencionados em contribuir para que o Brasil seja um país melhor, mas tem dificuldade de articular uma ação propositiva, pense nisso. E aja. Obviamente o exercício da competência política envolve risco, mas perceba: talvez o maior risco seja não exercê-la. Se você que tem intencionalidade positiva, encoraje-se: exerça a competência política que você precisa ter.
Fonte: Valor Economico
by admin | ago 27, 2020 | A Sessão vai Começar, Diversidade, Gilda, Gilda Palhares |
Falar sobre diversidade é sempre oportuno. Já tratamos esse tema em algumas sessões, com os filmes “Zootopia – Esta Cidade é um Bicho”, “Uma Mulher Fantástica” e “Estrelas Além do Tempo”. Os tópicos abordados nestes filmes foram gênero, raça e homoafetividade. Entretanto, o mundo da diversidade trata de muitos outros temas como crenças, estado civil, classes sociais, etnias, necessidades especiais e etarismo.
Revendo revistas antigas como Psique, Você S/A, Filosofia e Vida Simples, encontrei, na primeira revista citada, uma edição de 2015 que trazia uma matéria sobre “Etarismo nas Organizações”. De acordo com ela, “é no contexto profissional que estereótipos e preconceitos relacionados à idade se tornam mais explícitos”. Lembrei logo do filme “Um Senhor Estagiário”, estrelado por Anne Hathaway e Robert De Niro.
Ben é um homem de 70 anos, viúvo e aposentado, que precisa de um novo propósito na vida. Uma oportunidade, um tanto inusitada, bate em sua porta quando uma startup de vendas online inicia um processo seletivo para estagiário sênior. Ele, então, se candidata e consegue a vaga. Ao chegar na empresa, se depara com um ambiente diferente do seu trabalho anterior, além de ter que lidar com uma geração diferente da sua. Tanto Ben quanto os seus novos colegas poderiam perceber as dificuldades de ambos e se manter irredutíveis em suas posturas. Entretanto, eles abandonam esse pensamento e se ajudam mutuamente através do espírito de compartilhar conhecimento, possibilitando o crescimento de todos.
A pergunta para nossa reflexão seria: “Quais são os comportamentos negativos que exibem discriminação por idade? De acordo com estudos, alguns aspectos seriam:
- Adotar políticas de recrutamento que impõem limites de idade à elegibilidade de uma pessoa.
- Ser rejeitado em uma promoção e a posição dada a alguém mais jovem.
- Ser negligenciado ou preterido por atribuições desafiadoras.
- Priorizar os trabalhadores mais velhos nas fases de demissões das empresas.
- Dar aos trabalhadores mais jovens oportunidades ou condições de trabalho mais favoráveis, como projetos ou equipamentos melhores do que os dos trabalhadores mais velhos.
Como pode a área de recursos humanos combater a discriminação por idade?
- Implementando políticas que indiquem claramente como a empresa trata este assunto, com uma posição firme contra o preconceito.
- Criando um canal onde os colaboradores falem sobre o tema e recorram caso percebam qualquer tipo de discriminação, seja por idade, gênero, crenças.
- Explicando sobre o processo de apuração das reclamações e oferecendo alternativas.
Encontrar esse terreno comum entre grupos de diferentes idades pode ser a chave para diminuir as diferenças entre gerações. Não existe uma solução mágica, é claro, mas muitos caminhos para construir um ambiente de trabalho saudável onde os profissionais se sintam incluídos em cada etapa do caminho, independentemente do estágio da vida em que se encontram.
A título de curiosidade, no universo cinematográfico, encontramos diretores e atores atuando com idade acima de 70 anos. Como o próprio Roberto de Niro, que aos 76 anos atuou no filme “O Irlandês”, que concorreu ao Oscar 2020 como melhor filme. O diretor Clint Eastwood, que em 2019 dirigiu o filme “O Caso Richard Jewell” com 89 anos, na época . Fernanda Montenegro, com seus 90 anos integrando o elenco de “A Vida Invisível”, filme brasileiro que levou o prêmio principal da mostra ”Un Certain Regard”, no Festival de Cannes em 2019.
Em seu dia a dia, você vê ou já presenciou algum caso de etarismo? Como foi? Alguma atitude foi tomada a respeito?
Fonte: filme “Um Senhor Estagiário (2015)”, revista Psique 2015 nº109 e www.aarp.org (American Association of Retired Persons).
by admin | ago 24, 2020 | Gilberto, Gilberto Ururahy, Home office |
As excessivas horas em reuniões por computador levam ao cansaço extremo e trazem prejuízo à saúde
Com a imposição dos último meses de trabalhar de casa, muitas pessoas viram-se por horas a fio diante das telas do computador e do celular. De repente, é como se a vida tivesse se tornado uma longa e interminável reunião via Zoom, Skype, Hangout, Google Meeting e WhatsApp. Desta maratona virtual diante de muitas telas, câmeras, e profusão de janelinhas, quantos compromissos de trabalho foram produtivos e, efetivamente, úteis?
Abaixo, listamos 5 dicas que podem ajudar a otimizar o tempo e a sobreviver à enxurrada de reuniões virtuais que ainda ocupam as horas de muitos colaboradores de empresas.
1 – Quando alguém se mexe em uma daquelas pequenas janelas na tela do computador, os olhos naturalmente vão naquela direção. Essa movimentação incessante tem alto potencial de distrair a mente. Quando entramos em um ambiente, os neurônios chamados amígdalas fazem uma varredura do local, verificando as ameaças e selecionando nossas reações. O mesmo acontece em reuniões virtuais. É como se o nosso cérebro estivesse participando de nove reuniões presenciais ao mesmo tempo e precisasse dar conta de toda aquela informação em segundos. Quando você olha em outra direção e depois retorna para a tela, a mente entende que você deixou o ambiente e retornou, reiniciando o processo cerebral novamente. Ao final do dia, essa interminável lógica subconsciente leva à exaustão.
DICA: Ao invés de acompanhar diversas janelinhas simultaneamente, uma boa dica é usar o recurso do “speaker view”, ou seja, selecione para visualizar apenas a pessoa que está falando, a que deve ter a atenção naquele momento. Em uma reunião presencial, não colocamos o mesmo peso de atenção em todos os presentes. Esta lógica deve ser mantida nas reuniões virtuais e usar o recurso “speaker view” é o mais próximo que se pode chegar da vida real, reduzindo as distrações e a fadiga mental.
2 – É um comportamento natural: quando o recurso da câmera está aberto e aparecemos no vídeo, olhamos para nós mesmos para conferir a aparência e ajeitar a postura. A tendência é focar em como estamos aparecendo no vídeo, com alto grau de distração da real razão de se estar ali: a reunião e as decisões importantes de trabalho que estão sendo tomadas.
DICA: Desligue o recurso que permite que você se veja na tela. Ninguém carrega um espelho para ficar se vendo durante uma reunião presencial, certo? A lógica é a mesma.
3 – Os chats das salas de reuniões são o equivalente virtual às conversas paralelas, tão comuns em volta das mesas das reuniões presenciais. Elas distraem e provocam a perda de foco. Tentar se manter atento à reunião e ainda participar do chat é praticamente impossível. A situação fica ainda pior se a conversa no chat não tem a ver com a reunião e acaba se tornando um bate papo entre colegas.
DICA: Use o chat com moderação. No começo da reunião virtual, abra espaço para todos falarem um pouco. O contato humano tem sido valioso neste momento. Falar de amenidades antes de irem ao tema principal pode fazer com que a reunião seja mais produtiva e tenha a atenção dos participantes.
4 – Da noite para o dia, passamos a nos preocupar com o local de trabalho dentro de casa. A maioria das pessoas não dispunha de um lugar pensado para passar horas a fio trabalhando. De repente, nos vimos todos “invadindo” e analisando as casas, prateleiras e estantes dos nossos colegas e parceiros de trabalho.
DICA: Você tem todo o direito de não querer expor a sua casa. Ela é o que temos de mais íntimo em um mundo que vive de expor intimidades nas redes sociais. Todos os programas e aplicativos de reunião dispõem do recurso do papel de parede. Escolha um fundo neutro e boa reunião!
5 – Trabalhando de casa é possível que mal você se levante da cama e já se flagre no computador ou no celular respondendo a e-mails e solicitações. Pesquisas apontam que o home office aumentou a jornada de trabalho em três horas por dia. As pequenas pausas e o tempo de deslocamento entre os compromissos profissionais foram preenchidos com mais trabalho e isso, definitivamente, não é bom para a saúde. Longos períodos sentados, beliscando lanches e com pouco exercício podem trazer uma série de prejuízos ao corpo e à qualidade de vida.
DICA: Não é porque estão em casa que os colaboradores estão 100% disponíveis para o trabalho. A maioria dos software permite agendar reuniões de 25 ou 50 minutos. Permita-se pequenas pausas. Imponha limites em nome do seu bem estar e da sua saúde. Não abra mão de praticas exercícios, se alimentar com qualidade e dormir bem.
Fonte: Veja Rio