Saúde mental em tempos de pandemia

Saúde mental em tempos de pandemia

Casos de transtornos psiquiátricos multiplicaram-se desde o surgimento da Covid-19

A informação é uma arma poderosa para disseminar mais saúde na vida da população. Fiel a essa crença, desde 2011 a MedRio Check-up cria campanhas anuais visando justamente contribuir na conscientização de temas relevantes à sociedade. Já abordamos de alimentação saudável aos cuidados com a pele, passando pela qualidade do sono e a saúde da mulher.

Agora, para 2021 o assunto escolhido é “Saúde mental em tempos de pandemia”. Não poderia ser diferente. O ano de 2020, marcado por um evento global traumático deixou sequelas não apenas na saúde física das pessoas, mas especialmente na saúde mental. O tema é tão oportuno que foi escolhido pelo Ministério da Educação para a redação do Enem, no último domingo.

O fato é que o isolamento social imposto pela pandemia gerou mudanças profundas no cotidiano das pessoas e a necessidade de se adaptar a elas resultou em enorme estresse. Aliado a isso, o aumento do consumo de álcool e de outras drogas tem gerado preocupação entre os especialistas, já que as substâncias funcionam como gatilho. Pesquisa do IBGE, realizada em 2019, apontou que mais de 16 milhões de brasileiros com idade superior a 18 anos tinham depressão diagnosticada por especialista. Tal estatística impressiona, ainda mais se considerarmos que ela foi aferida antes do surgimento da Covi-19. Ao longo de 2020, constatamos que 11% dos clientes da MedRio Check-up, por exemplo, desenvolveram quadro de depressão. É um número bastante significativo, que nos leva a pensar em uma pandemia dentro da pandemia.

Os transtornos mentais se manifestam de maneiras diferentes, mas, em geral, envolvem uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e ações anormais que podem afetar a relação do indivíduo que passa pelo problema com outras pessoas. Entre os transtornos mais frequentes estão: estresse, estresse pós-traumático, ansiedade, síndrome do pânico, depressão e burnout.

Em muitos casos a tristeza momentânea e passageira é confundida com depressão. Um dos grandes avanços da psiquiatria moderna foi relacionar o excesso de cortisol (um dos hormônios do estresse) na circulação, com a depressão. Muitas vezes, essa situação se reverte completamente, apenas adotando-se um estilo de vida saudável. A atividade física regular provoca a produção de endorfina no corpo, que atenua os níveis de cortisol.

O check-up médico regular é uma valiosa ferramenta para avaliar as dimensões do estresse, da depressão ou da ansiedade, além de servir como um norteador para um novo estilo de vida depois do diagnóstico.

Para todos os outros casos, a boa notícia é que os transtornos psiquiátricos tem tratamento e podem envolver desde psicoterapia até o uso de medicamentos, que contribuem para reduzir o sofrimento psicológico e recuperar o prazer na vida. O importante é deixar o preconceito de lado e pedir ajuda.

As pandemias pós-pandemia

As pandemias pós-pandemia

A prevenção é valiosa aliada na identificação de fatores de risco à saúde

Um fato curioso – e inédito – está sendo constatado nas dezenas de check-ups que a MedRio realiza todos os dias, há mais de 30 anos: quando comparamos os exames do mesmo paciente feitos agora, neste começo de 2021, com os exames que foram realizados no começo de 2020, parece que estamos diante de pessoas muito diferentes. Apesar da passagem de tempo relativamente pequena, 2020 foi um ano intenso e quem pagou o preço, na maioria dos casos, foi a saúde.

A mudança de comportamento está sendo profunda em plena pandemia. Pessoas antes ativas se tornaram sedentárias, o consumo de álcool aumentou significativamente, a qualidade do sono caiu e exames preventivos deixaram de ser feitos. Agora estamos tendo a dimensão do tamanho do impacto causado pela rápida alteração de rotina na vida dos pacientes.

Toda vez que o corpo humano precisa se adaptar às mudanças, ele dispara uma reação de estresse. Dois hormônios são produzidos: adrenalina e cortisol que regulam nosso organismo. Assim, com o aumento da adrenalina – um potente estimulante – na circulação, muitas pessoas podem apresentar arritmias cardíacas, hipertensão arterial ou insônia. Da mesma forma, quando o cortisol se eleva na circulação sanguínea, o resultado é baixa imunidade, aumento de apetite, ganho de peso corporal e uma porta de entrada a doenças como a diabetes.

Outra ação importante do cortisol é o aumento da depressão na população.

A pandemia provoca o medo, incertezas e o cérebro entra em ebulição. Segundo pesquisa do IBGE, cerca de 16 milhões de brasileiros com mais de 18 anos tem quadro de depressão diagnosticado, número bastante elevado se comparado a parâmetros internacionais. Recente matéria do jornal “The Guardian” afirma que 25% dos ingleses estão enfrentando dificuldades psicológicas para lidar com a realidade – é o pior resultado na última década da pesquisa realizada anualmente. Na faixa até 25 anos, 56% relataram episódios de crise de ansiedade.

Quando focamos nas consequências físicas da pandemia, o impacto também é bastante significativo: fadiga intensa, sequelas pulmonares, cardíacas e até mesmo cerebrais (face pequenas isquemias geradas por ação do vírus).

Se o estilo de vida imposto à população em 2020 se mantiver por prazo longo, em pouco tempo estaremos diante de novas pandemias de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, arritmias cardíacas, câncer, além dos transtornos mentais.

Para evitar um quadro mais calamitoso, a prevenção se impõe como valiosa aliada na identificação de fatores de risco à saúde. É aí que o check-up médico periódico faz a diferença, podendo interceder para controla-los ou corrigi-los. Saúde é prevenção!

Google: cuidar da saúde é prioridade para brasileiros em 2021

Google: cuidar da saúde é prioridade para brasileiros em 2021

Pesquisa feita pela empresa de busca revela maior preocupação com bem-estar e forma física

 

Diante dos contratempos impostos pela pandemia em 2020, a Google perguntou aos brasileiros: quais são as suas prioridades para 2021? A pesquisa foi feita em outubro de 2020 e entrevistou 1.000 brasileiros entre 18 e 64 anos. O resultado da pesquisa foi recém divulgado e é animador.

Em primeiro lugar nas respostas, com 35%, aparece cuidar da saúde. Logo em seguida, com 26%, o brasileiro afirma que pretende emagrecer e fazer exercícios. Ambas as respostas aparece a frente até de alternativas mais compreensíveis depois de um ano tão difícil, como “aprender uma nova língua” (24%), “investir meu dinheiro” (23%) ou “comprar um automóvel” (19%).

Na busca por mais saúde, emagrecimento e exercícios, os entrevistados afirmam que entre os principais serviços que irão procurar em 2021 estão academia de ginástica (24%) e consultas médicas (8%). Aqui vale um destaque: é interessante que o Google, conhecido como “o senhor de todas as respostas” e para onde muitos pacientes correm em busca de respostas, reconheça a importância de uma consulta médica profissional e especializada para a saúde das pessoas.

O concreto é que cuidar da saúde, emagrecer, praticar exercícios, realizar consultas médicas e fazer exames periódicos é uma fórmula perfeita para uma vida com mais qualidade, uma “vacina natural” que previne de doenças crônicas perigosas, como a diabetes, a pressão alta ou complicações respiratórias. O Brasil, infelizmente, coleciona tristes estatísticas: somos o 5o país em incidência de diabetes no mundo e a hipertensão faz parte da vida de 60% dos nossos idosos.

Torço para que a pesquisa do Google seja mais do que uma lista de intenções a ser esquecida com o correr dos meses. Mantenha o foco, persevere. Se “escorregar” em um dia, não se penitencie e coloque tudo a perder: retome o estilo de vida saudável no dia seguinte.

Que as prioridades listadas pelos brasileiros se concretizem não apenas em 2021, mas também nos próximos anos!

6 dicas para um 2021 mais saudável

6 dicas para um 2021 mais saudável

Se o ano de 2020 foi dominado pelo assunto coronavírus, não resta dúvida que passaremos boa parte de 2021 ouvindo falar sobre as tão esperadas vacinas. No entanto, para muitas doenças já existe uma “vacina natural”, acessível a todos: um estilo de vida saudável. Ele melhora a imunidade, sem dor, sem efeito colateral, na dose certa, é democrático e pode ser praticado por qualquer pessoa. Um estilo de vida saudável representa 73% das chances de longevidade de um indivíduo.

Compartilho abaixo algumas dicas de como ter um 2021 saudável.

1) Alimentação saudável – A alimentação equilibrada previne doenças, retarda o envelhecimento e melhora o humor. Dê preferência aos alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, tubérculos ou raízes, oleaginosas, carnes, ovos e grãos. Diminua o consumo de sal e açúcar e mantenha-se sempre hidratado.

2) Praticar exercícios físicos – A prática de exercícios fortalece a imunidade, previne doenças cardiovasculares, pois reduz a tensão arterial e o colesterol, aumenta a energia, além de ajudar a manter o peso saudável, a controlar o estresse e manter a boa saúde mental.

3) Boa noite de sono – Segundo pesquisas, 75% dos brasileiros apresentam queixas em relação ao sono. O sono adequado é responsável por repor as energias e representa um dos segredos da longevidade. Dormir bem também ajuda a controlar o estresse, já que o organismo equilibra a produção dos hormônios cortisol e adrenalina e aumenta o da melatonina, que melhora o sono. Evite beber café, álcool poucas horas antes de se deitar. O uso de aparelhos eletrônicos na cama antes de dormir, como celular, televisão e computador, também prejudicam o bom sono.

4) Não fumar – Recente pesquisa do IBGE apontou que 20,4 milhões de pessoas maiores de 18 anos consumiram produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional. Apesar de a estatística de fumantes estar em queda, ainda é um número bastante alto. O cigarro é um dos maiores causadores de doenças respiratórias e cânceres.

5) Beber moderadamente – O consumo de bebida alcoólica, de forma moderada e responsável, não oferece risco grave à saúde. No entanto, se tais precauções forem extrapoladas, há o perigo iminente de doenças hepáticas, neurológicas e cardíacas. A dica é consumir com moderação.

6) Fazer exames periódicos – Check-ups médicos contribuem na correção de eventuais fatores de risco para a saúde a partir da realização de exames preventivos. Procure seu médico ou uma clínica especializada e faça seus exames de rotina.

 

Aos leitores, os meus votos de um Feliz 2021, com muita saúde!

 

Nova pesquisa do IBGE alerta sobre saúde do brasileiro

Nova pesquisa do IBGE alerta sobre saúde do brasileiro

Dados sobre obesidade, depressão e consumo de álcool são preocupantes

 

O IBGE acaba de divulgar dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em todo Brasil em 2019 e alguns números são alarmantes. O percentual de pessoas obesas em idade adulta no país mais do que dobrou em 17 anos, indo de 12,2%, entre 2002 e 2003, para 26,8%, em 2019. No mesmo período, a proporção da população adulta com excesso de peso passou de 43,3% para 61,7%, representando quase dois terços dos brasileiros.

A pesquisa também quis saber sobre os hábitos de consumo de bebidas alcóolicas da população e a conclusão também foi surpreendente: 26,4% dos brasileiros adultos afirmaram ter bebido semanalmente em 2019 contra 23,9% em 2013. A consulta do IBGE comprovou o que já observamos em nossas clínicas, um crescimento de 4,1% do consumo entre as mulheres, levando a um salto de 12,9% para 17%. É importante ressaltar que o consumo de bebida alcoólica, de forma moderada e responsável, não oferece risco grave à saúde. No entanto, se tais precauções forem extrapoladas, há o perigo iminente de doenças hepáticas, neurológicas e cardíacas.

O IBGE também coletou informações sobre a saúde mental do brasileiro: 10,2% das pessoas com mais de 18 anos receberam diagnóstico de depressão contra 7,6% em 2013. Ao todo, 16,3 milhões de pessoas têm depressão diagnosticada.

As estatísticas sobre depressão, obesidade, consumo de álcool são alarmantes se considerarmos que elas se referem a um período anterior à atual pandemia, quando muita gente passou a beber mais, se exercitar menos, padeceu de transtornos mentais e negligenciou os cuidados com a saúde. Portanto, não é exagero supor que esses números só tenham aumentado consideravelmente no último ano.

No entanto, a pesquisa revela uma boa surpresa: uma queda de 2,1% de fumantes, uma redução de 14,9% para 12,8%, o que comprova uma maior conscientização da população acerca dos malefícios do cigarro. Ainda assim, o número de fumantes é alto: 20,4 milhões de pessoas maiores de 18 anos consumiram produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional.

A pesquisa do IBGE reitera o que defendemos há 30 anos: saúde é prevenção. Manter um estilo de vida saudável com a prática de exercícios físicos regulares, consumo moderado de bebidas alcoólicas, um sono reparador, alimentação equilibrada e realização de exames preventivos é a maneira mais segura e eficiente de adquirir qualidade de vida.

 

Qual sua opinião?

 

O estresse e a saúde da mulher contemporânea

O estresse e a saúde da mulher contemporânea

De acordo com estudo recente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer mais que a masculina até 2030. A tendência se explica por um maior investimento das mulheres em educação, conquista de direitos e saudáveis mudanças culturais da sociedade. Especialistas apontam que, em dez anos, elas serão profissionais mais qualificadas que os homens.

O justo e positivo avanço na carreira das mulheres, no entanto, acarreta riscos à saúde na medida em que elas enfrentam o desafio de equilibrar diversas funções e tarefas ao mesmo tempo no trabalho, em casa ou na universidade. Ainda segundo o IPEA, as mulheres trabalham, em média, sete horas e meia a mais que os homens por semana, em razão da chamada “dupla ou tripla jornada”.

Entre as consequências do acumulo de atividades estão os altos níveis de estresse e ansiedade. Segundo um estudo publicado no The Journal of Brain & Behavior, as mulheres são duas vezes mais propensas a sofrerem de estresse crônico que os homens. Além disso, um levantamento da Universidade de Harvard revelou que 80% de todas as consultas médicas de mulheres no mundo têm relação direta com o estresse vivenciado no cotidiano.

O estresse impacta em diversos mecanismos do organismo, entre eles o sistema imunológico, além de ser um importante gatilho para o estilo de vida pouco saudável, como sedentarismo, tabagismo e consumo em excesso de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos e açucarados – fatores que favorecem o desenvolvimento de diversas doenças crônicas como as do coração, câncer, obesidade, hipertensão e diabetes.

Algumas recomendações para evitar essas doenças são alimentação equilibrada, prática regular de exercício físico, boas noites de sono, controle de hábitos nocivos como o cigarro e o consumo excessivo de álcool e ter uma boa saúde psicológica, cercada de família e amigos em momentos de lazer.

Cerca de 50% dos clientes que procuram a MedRio hoje são mulheres, comprovando o entendimento da importância da prevenção como a maneira mais rápida, barata e fácil de adquirir e manter a qualidade de vida.

No mais, todo poder às mulheres!

 

Fonte: Veja Rio – A saúde da mulher contemporânea