Vem chegando o verão…

Vem chegando o verão…

A primavera acaba de começar e o verão só se torna a estação oficial em dezembro. Mas o calor já dá sinais, com a temperatura chegando à casa dos 40 graus ainda em setembro! Como proteger a pele tanto calor?

Antes de mais nada, convém esclarecer que o sol pode ser um aliado, mas também um grande vilão para a saúde e o funcionamento do corpo. Ele é importante para que o nosso organismo obtenha vitamina D, fundamental na melhora da absorção do cálcio, que fortalece os ossos.

Mas a exposição equivocada ao sol traz danos graves: manchas, queimaduras e envelhecimento precoce, além de aumentar o risco de câncer de pele, o tipo mais comum de câncer no Brasil. Segundo o INCA, são cerca de 180 mil novos casos por ano.

Para evitar os efeitos nocivos do sol, é essencial usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados e passando o dia em ambientes fechados, nunca com fator de proteção inferior a 30 FPS. Quando estiver em locais de alta exposição solar, como na praia ou piscina, não abra mão de guarda-sol, chapéu e roupas que ajudam a proteger a pele dos raios solares mais intensos. As mesmas dicas valem para a prática de exercícios ao ar livre.

A radiação ultravioleta (UVA) tem efeito cumulativo, o que significa que a cada dia de exposição solar a sua pele fica mais danificada. Como os raios UVA penetram nas camadas mais profundas da pele, os riscos das pessoas desenvolverem câncer é maior quando não estão protegidas pelo filtro solar.

Um alerta importante: a pele não absorve o protetor solar imediatamente. Por isso é recomendado aplicar o produto de 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol. Além disso, entre 10h e 16h é quando o sol tem a radiação mais forte. Neste intervalo de tempo, procure se proteger na sombra.

Não se esqueça da hidratação! A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que se beba, pelo menos, dois litros de água por dia para manter a pele saudável. Verdade seja dita: com o calor que está lá fora, não é nenhum sacrifício!

E por fim, faça exames preventivos regularmente e visite seu dermatologista.

 

 

Fonte e imagem: Hidratar é uma das regras de ouro para enfrentar o calor da estação. Pixabay/Reprodução

Veja Rio outubro/2020

A importância do Outubro Rosa

A importância do Outubro Rosa

A data nos lembra da importância da prevenção a doenças que atingem grande número de mulheres

 

Nas colunas anteriores, abordamos o câncer de mama e as doenças ginecológicas. São temas importantes, pela alta incidência, elevado grau de letalidade mas, sobretudo, por se tratarem de doenças que podem ser evitadas, se a paciente tiver acompanhamento médico preventivo. Pensando nisso, há 30 anos o mês de outubro é marcado por eventos do Outubro Rosa.

A data ganhou ainda mais popularidade nos últimos 10 anos, depois que vários monumentos e prédios históricos em diversas cidades do mundo passaram a ser iluminadas por luz cor de rosa para chamar a atenção do público para aquilo que a Medicina já sabe: a prevenção é a melhor arma de combate ao câncer de mama, de colo de útero e de diversas outras doenças.

O câncer de mama é o de maior incidência no mundo entre as mulheres, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (mais de 600 mil casos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais recorrente em mulheres, de todas as regiões. Para este ano foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres, um número considerado bastante elevado. Também percebe-se um crescimento das ocorrências entre mulheres mais jovens.

Segundo o INCA, alguns comportamentos contribuem para prevenir o câncer de mama em até 28% dos casos: ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas, manter o peso adequado e fazer exames preventivos de rotina.

Infelizmente, no Brasil este último ponto é um empecilho concreto para boa parte das mulheres. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, das 11,5 milhões de mamografias que deveriam ter sido realizadas em 2019, apenas 2,7 milhões chegaram a ser feitas. A diminuição acentuada do exame preventivo é um fator de risco para milhares de mulheres e um alerta para a importância da campanha Outubro Rosa.

Mantenha um estilo de vida saudável, consulte seu médico com regularidade e mantenha seus exames em dia. Sua saúde agradece.

 

 

 

Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/importancia-outubro-rosa/

Google: pesquisa por transtornos mentais bate recorde no Brasil

Google: pesquisa por transtornos mentais bate recorde no Brasil

Crescimento de busca sobre o assunto na internet explicita como a pandemia mexeu com a saúde mental do brasileiro

 

Pesquisa inédita realizada pelo Google e fornecida ao jornal “O Estado de São Paulo” apontou que o brasileiro nunca buscou tanto por termos relacionados a transtornos mentais quanto durante a pandemia do novo coronavírus. Dados apontam crescimento de 98% nas buscas sobre o tema em 2020, se comparado à média verificada nos dez anos anteriores. A pergunta “como lidar com a ansiedade?” bateu o recorde de interesse da última década. Comparando com 2019, o crescimento foi de 33%.

Entre as três perguntas mais buscadas em 2020 com a expressão “como lidar”, duas estão relacionadas a ansiedade e depressão. Bateu recorde também o interesse dos brasileiros pelo questionamento do que é a felicidade. Em junho, a pergunta teve o maior volume de buscas dos últimos oito anos.

Tal comportamento endossa o que já observamos nos consultórios médicos: diante de um quadro de estresse, ocorre o medo e as incertezas. É a combinação perfeita para que o emocional entre em ebulição. Isoladas em casa, as pessoas viram vários de seus hábitos mudarem repentinamente: sedentarismo, ganho de peso corporal, queda na qualidade da alimentação, usa de bebida alcoólica como fonte de relaxamento. Em seguida, a insônia se estabelece e dá inicio a um ciclo danoso.

São muitos os fatores que podem ter levando ao crescente interesse do brasileiro sobre o assunto: a apreensão de contrair a doença, a obrigação do isolamento social, o desemprego e as perdas financeiras e o excesso de informação sobre coronavírus tem o poder de aumentar significativamente o descontrole emocional.

É importante deixar claro que medo e tristeza são sentimentos intrínsecos à nossa existência, que permeiam a vida de todos nós. No entanto, em excesso, podem ser extremamente prejudiciais, ainda mais se combinados com outros fatores, como alterações no apetite e queda na qualidade do sono, levando a quadros de pânico, ansiedade e depressão.

É hora de se cuidar! A alimentação equilibrada previne doenças, retarda o envelhecimento e melhora o humor; a prática de exercícios fortalece a imunidade, auxilia no controle do estresse e do peso, o sono reparador repõe as energias necessárias ao corpo e melhora o bem-estar geral. Check-ups médico periódicos contribuem na correção de eventuais fatores de risco para a saúde quando dos exames preventivos. O momento é de fortalecer a saúde.

 

 

 

 

Fonte e imagem: Pandemia aumentou a busca por informações sobre transtornos mentais como depressão e ansiedade. Envato/Reprodução

Leia mais em: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/google-pesquisa-transtornos-mentais-recorde-brasil/

A saúde do coração na pandemia

A saúde do coração na pandemia

 

Pesquisas mostram a importância das consultas médicas e exames preventivos

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o número de mortes por acidente cardiovascular aumentou 33% de 16 de março a 16 de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Incor, se esse ritmo for mantido até o fim de 2020, 400 mil pessoas podem morrer de doenças do coração.

Segundo a Fiocruz, o número de óbitos em casa, por causas naturais, cresceu 53% em quatro capitais do Brasil – Rio, São Paulo, Manaus e Fortaleza – de 15 de março a 13 de junho, saltando de 6.378 no ano passado para 9.773 este ano.

Os números alarmantes atestam uma triste realidade: as pessoas deixaram fazer acompanhamento médico regular de doenças crônicas, suspenderam exames por medo de ir a laboratórios e hospitais e, o mais grave, não buscaram ajuda apesar de apresentarem quadros graves de mal estar em casa.

Apesar de inicialmente se acreditar que as principais consequências da Covid-19 apareciam no sistema respiratório, hoje se sabe que isso não é uma verdade absoluta. Estudo publicado no jornal da Associação Médica Americana concluiu que a miocardite – a inflamação do músculo cardíaco – pode se desenvolver em pacientes que tiveram a Covid-19. Autópsias feita em 39 vítimas fatais do coração mostraram que 61% dos mortos apresentavam o vírus.

Já na Alemanha, de 100 pacientes com idade média de 49 anos que se recuperaram da Covid-19, 78% tinha alguma anomalia cardíaca. Além disso, 80% dos pacientes que tiveram a forma grave do vírus apresentaram trombose ou pequenas obstruções nas artérias do coração e do pulmão.

O isolamento social impôs uma serie de restrições com graves implicações à saúde: ganho de peso, ansiedade, qualidade do sono ruim, alimentação desequilibrada e falta de sociabilidade. Agora é preciso cuidar da saúde. Não há razão plausível para que alguém, nos dias de hoje, seja pego de surpresa por qualquer doença em estágio avançado. É tempo de colocar em dia os exames e as consultas médicas. Saúde é prevenção!

 

Fonte: Veja Rio

O isolamento impôs uma série de restrições com graves implicações à saúde do coração. Pixabay/Reprodução

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Dez prejuízos à saúde de quem trabalha em casa

Dez prejuízos à saúde de quem trabalha em casa

A pandemia popularizou o home office, mas ele traz riscos à qualidade de vida

 Com o fechamento dos escritórios em consequência da pandemia, boa parte dos funcionários de empresas seguiram trabalhando de casa. Computadores e celulares transformaram-se nos novos colegas de trabalho. A inadequação de residências para servirem como escritório em tempo integral começa a se refletir negativamente na saúde e na qualidade de vida dos colaboradores.

Abaixo, listamos 10 prejuízos à saúde de quem trabalha em casa.

1 – VISÃO: Passar o dia diante de telas pode causar fadiga ocular, olhos inflamados e ressecados. Outros sintomas são irritação, vermelhidão e visão embaçada. Com o passar do tempo, a capacidade de visão também pode ser afetada.

2 – POSTURA: Falta de exercício físico e má postura por tempo excessivo diante do computador trazem dores no pescoço, curvatura dos ombros e cifose.

3 – LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO: Digitar nos teclados do computador ou do celular por longos períodos de tempo podem levar a lesões por esforço repetitivo nas mãos e pulsos, que podem piorar significativamente com o tempo.

4 – CABELOS: A vitamina D é absorvida, basicamente, a partir da exposição ao sol. Portanto, trabalhar em ambiente fechado por todo o dia pode levar o corpo à uma deficiência de vitamina e acarretar em perda de cabelo e maior lentidão no crescimento de novos fios.

5 – OLHEIRAS: A exposição à luminosidade das telas por longas horas pode causar olheiras proeminentes, aparentando cansaço e abatimento.

6 – PESCOÇO: Trabalhar em computadores ou telefones celulares podem contribuir para um esforço excessivo na área do pescoço e irradiar para ombros e coluna.

7 – RUGAS: Rugas são parte natural do processo de envelhecimento. No entanto, certos hábitos, como apertar os olhos diante da tela repetidas vezes pode acelerar o aparecimento de linhas na superfície da pele, resultando em rugas entre as sobrancelhas e pé de galinha.

8 – OBESIDADE: Longos períodos sentados, beliscando lanches e com pouco exercício podem levar a um excesso de acumulo de gordura. O home office pode ter como consequência uma população acima do peso, especialmente com gordura abdominal, uma das mais perigosas para a saúde.

9 – PELE: A falta de vitamina D e B-12 combinada com a menor exposição ao sol, resultam em uma pele mais pálida, ressecada e sem viço. Além disso, as telas de celular e computador emitem radiação ultravioleta e eletromagnética, que prejudicam a qualidade da pele.

10 – ESTRESSE: Trabalhar sem contato humano por longos períodos de tempo podem elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse que aumenta a pressão arterial e tem efeitos prejudiciais na saúde. O excesso de trabalho resulta em estresse crônico, produzindo altos níveis de adrenalina e cortisol, associados a condições crônicas de saúde e doenças cardiovasculares.

Portanto, fique atento! Com o avanço no cronograma da flexibilização das atividades, urge que os colaboradores retomem seus postos de trabalho dentro das empresas. Precisamos retomar a vida com organização e acima de tudo, com saúde. É hora de se colocar vida na saúde das pessoas.

Como tem sido sua experiência no homeoffice? Compartilhe sua opinião.

 

Fonte: Veja Rio

Saúde é prevenção

Saúde é prevenção

Pandemia reforçou a importância de se prevenir das doenças crônicas

 

Mais de 100 dias depois da chegada da pandemia ao Brasil, uma das certezas mais importantes se refere aos danos acarretados pelas doenças crônicas. Cerca de 80% das vítimas de Covid-19 no Brasil apresentavam algum fator de risco associado, como doenças respiratórias, cardíacas, hipertensão ou diabetes.

A melhor prevenção contra as doenças crônicas é o estilo de vida saudável, ou seja: alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle de peso e de estresse, sono reparador e check-ups periódicos. Esses hábitos devem ser mantidos durante todas as fases da vida.

No entanto, o isolamento provocou nas pessoas, justamente o comportamento oposto: sedentarismo, má alimentação, aumento do consumo de álcool e insônia. Não obstante, esses fatores reunidos levam ao excesso de peso, com consequências consideráveis na pressão arterial e no metabolismo, e na piora das taxas de colesterol, glicose e triglicerídeos, por exemplo.

Amedrontada, a população evitou ir à hospitais e clínicas nos últimos meses, deixando de fazer importantes exames de rotinas, dentre outros procedimentos. O resultado foi o crescimento de ocorrências de infartos, AVCs e diferentes tipos de câncer. As mortes em casa, por problemas cardíacos, por exemplo, aumentaram 30%, chegando a impressionantes 16 mil óbitos de março a maio, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Já no âmbito da saúde psicológica, houve crescimento de casos de depressão, ansiedade, crises de pânico, burnout e aumento de estresse. Ainda nem chegamos ao fim da pandemia e psiquiatras já enxergam um potencial surto de estresse pós-traumático nos próximos meses, com a dificuldade de indivíduos de se reinserirem em suas rotinas.

A melhor maneira de enfrentar as adversidades da vida é estar em forma, físico e emocionalmente. A saúde é o combustível da vida e permite o desenvolvimento do ser humano em todas as dimensões.

Não há razão plausível para que alguém, nos dias de hoje, seja pego de surpresa por qualquer doença em estágio avançado. Durante a quarentena a saúde da população, em sentido amplo, foi extremamente vilipendiada.

O momento é para conhecer e fortalecer a saúde.

 

Gilberto Ururahy é médico há 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check Up, líder brasileira em check up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

 

Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/saude-e-prevencao/