by Gilda Palhares | jun 29, 2018 | Gilda |
O festival Varilux do Cinema Francês 2018 foi realizado no Rio de Janeiro entre os dias 7 e 20 de junho. Nesse período, foi exibida uma variedade de gêneros, como drama, comédia, suspense, terror, animação, ficção científica e documentário.
Tive a oportunidade de ver vários filmes dessa mostra e escolhi o documentário A Busca do Chef Ducasse (La Quête d’Alain Ducasse), dirigido por Gilles Maistre, para conversarmos.
Através da câmera do diretor, esse documentário nos leva a uma deliciosa viagem ao redor do mundo. O filme parte da construção do mais novo empreendimento do chef Ducasse, em Versalhes (França), percorre seus 23 restaurantes em vários países, passa pela escola de culinária Ducasse Institute Philippines, em Manila (capital das Filipinas), e inclui uma visita aos seus inúmeros fornecedores internacionais, inclusive um deles no Brasil. No estado da Bahia, o chef acompanha o processo de colheita do cacau e, no Rio de Janeiro, o projeto o Refeittorio Gastromotiva, restaurante comunitário que reaproveita alimentos que seriam descartados nos supermercados. No Gastromotiva, inclusive, Ducasse cozinhou com o consagrado chefe italiano Massimo Bottura.
Nessa jornada gastronômica o meu olhar focou no seguinte tema: Liderança Transformadora. Ao longo do documentário, Alain Ducasse demonstra, através de exemplos reais, a importância de explicitar o propósito e o significado do seu trabalho, que é o de inspirar e engajar as pessoas.
Com 23 restaurantes em vários lugares do mundo, observamos nitidamente a autonomia que Ducasse dá aos seus chefs, ou seja, ele usa uma das mais importantes ferramentas motivacionais de liderança que é delegar. Na verdade, quando se delega, a responsabilidade é toda do líder. Porém, ele deverá fazer com que o colaborador que recebeu a missão se sinta responsável para assumir o compromisso.
Outra ferramenta de liderança identificada no filme é o feedback, tanto de reconhecimento como de melhoria. Ducasse utiliza o feedback de melhoria de modo produtivo, pois permite que o receptor compreenda a informação, aceite-a e altere-a para melhor.
A liderança transformadora também abrange uma visão de mundo em que toda vida é importante e que a sustentabilidade está no centro do que fazemos.
O chef nós mostra, portanto, a importância de proteger a natureza e as pessoas, e que é possível tomar decisões que reduzam os impactos negativos no ser humano, nos processos, no meio ambiente e na economia. Por isso, a gastronomia do “líder chef Alain Ducasse” é inovadora, sábia, engajada e consciente.
Enfim, conforme mencionei no início, como vi no festival vários filmes de gêneros diferentes, no próximo mês pretendo conversar sobre a questão da Percepção no contexto da comunicação.
Até mês que vem.
by Gilda Palhares | maio 29, 2018 | Gilda |
Este mês, como em todos os anteriores, vi vários filmes. Nas nossas sessões,meu olhar estava sempre voltado para algum tema que observo e que possamos conversar. Mas, desta vez, fiquei em dúvida sobre a escolha do filme em questão e se iria abordar o assunto que ele me fez refletir.
Então, depois de ver outros filmes conclui que deveria levar adiante a reflexão que vou abordar. O filme escolhido foi Gringo, comédia sombria que explora a batalha pela sobrevivência de Harold Soyinka (David Oyelowo), um supervisor de Operações de uma empresa farmacêutica chamada Promethium. Harold fica sabendo de uma fusão de sua companhia que pode colocar sua carreira em risco e, ao mesmo tempo, descobre que seu amigo Richard (Joel Edgerton), o presidente da empresa, não iria lhe contar nada sobre essa operação. Richard se une à vice-presidente da corporação, Elaine (Charlize Theron), uma executiva que age sem escrúpulos para obter ganhos na carreira, numa série de negócios escusos na fábrica da Promethium no México. A dupla estava desviando dinheiro da corporação para um cartel de drogas mexicano. Ao surgir um parceiro para a fusão, seria necessário interromper essa atividade ilícita. Então, enviaram Harold àquele país, já que ele era o gestor da fábrica, para colocar a contabilidade em ordem. Durante a viagem, Harold descobre que está prestes a perder o emprego e a esposa para um amante, que é Richard, seu amigo. Pessoalmente e profissionalmente humilhado, e sem nada a perder, Harold encena seu próprio sequestro, a fim de enganar os patrões e receber US$ 5 milhões do seguro da empresa. Harold se vê cruzando a linha do cidadão cumpridor da lei para a de um criminoso procurado.
Tendo por base a sinopse acima descrita, minha reflexão seguiu o caminho da questão da ética corporativa. Podemos dizer que a ética corporativa é o reflexo do compromisso da uma organização em gerenciar o seu negócio, enfatizando a transparência de suas ações e desta forma gerando confiança. O foco também não seria apenas no que é alcançado, mas em como os resultados são alcançados.
O fato é que estamos sempre nos deparando com escolhas difíceis e eventualmente complexas, em que nosso comportamento está em “jogo”. Logo, a construção da ética corporativa tem na sua base a questão da liderança. Ela só será respeitada se os líderes oferecerem um ambiente seguro e aberto, onde qualquer um pode falar e identificar comportamentos que não estejam alinhados com uma cultura de confiança e integridade. Ser ético não é uma opção. Você não pode ser parcialmente ético, porque isso significa que você é parcialmente antiético. Penso que ao falarmos mais sobre o tema abrimos um espaço para a reflexão, possibilitando um entendimento dessa questão tão relevante para as organizações e a sociedade.
A título de curiosidade, a Ethisphere Institute, líder global em definição e avanço dos padrões de práticas éticas de negócios, através de uma pesquisa anunciou 135 empresas em 23 países e 57 setores como as Empresas Mais Éticas do Mundo de 2018 – a brasileira Natura está entre elas.
Conheça o curso online da Eduvir “O Lugar da Ética nas Organizações”: http://eduvir.com.br/novo/project/o-lugar-da-etica-nas-organizacoes/
Até a próxima sessão.
by Gilda Palhares | abr 24, 2017 | Bem-estar, Gilda, Sessão Positividade |
Pesquisas na área de stress apontam que falta de força de vontade é o maior obstáculo à mudança.
Contamos com a nossa força de vontade para fazer exercícios físicos, dieta, economizar dinheiro, parar de fumar ou beber, superar a procrastinação e, finalmente, realizar nossas metas. Ela afeta todas as áreas da nossa vida.
A maioria das pessoas tem um senso intuitivo do que é a força de vontade, mas muitas não têm o conhecimento científico que podemos utilizá-la a nosso favor. Dizem que o conhecimento é poder, neste caso o conhecimento é força de vontade.
Existem várias definições para descrever a força de vontade, algumas das mais comuns são: determinação, autodisciplina, autocontrole, autorregulação. Podemos dizer que força de vontade é a capacidade de resistir às tentações e desejos de curto prazo, a fim de alcançar metas de longo prazo.
De acordo com APA (American Psychological Association) a maioria dos pesquisadores definem a força de vontade como:
- A capacidade de retardar a gratificação, resistir às tentações de curto prazo, a fim de cumprir metas de longo prazo.
- A capacidade de substituir um pensamento indesejado, sentimento ou impulso.
Estudos apontam que a pessoa com maior força de vontade é:
- Mais feliz
- Mais saudável
- Mais satisfeita em suas relações
- Mais capaz de gerenciar o stress, lidar com o conflito e superar a adversidade.
Kelly McGonigal psicólogo da saúde, conferencista na Universidade de Stanford e autor de “The Willpower Instinct” afirma que: “dizer não” é apenas uma parte do que é a força de vontade.
A outra parte da força de vontade é o “dizer sim” às coisas que você sabe que irão levá-lo mais perto de seus objetivos.
É a capacidade de fazer o que você precisa fazer, mesmo que você não sinta vontade, ou uma parte de você não queira seguir adiante. Ela chama isso de “Eu vou poder”. No entanto, para nos capacitar a dizer não ao que nos desvia de nossos objetivos e sim para o que nos leva na direção certa, precisamos lembrar o que realmente é a nossa meta.
Gostaríamos de ouvir de você, qual estratégia você tem mais probabilidade de começar a usar em sua vida para atingir as suas metas?
Fonte: Site ”Positive Psychology Program” texto traduzido e adaptado por Gilda Palhares.
by Gilda Palhares | abr 19, 2017 | A Sessão vai Começar, Gilda |
Queria abordar este tema há algum tempo e finalmente no mês passado assistindo o filme “Negação” (Denial) lá estava a questão que eu tanto queria trazer para vocês: A CONFIANÇA. É considerada um dos conceitos mais relevantes no mundo pessoal e organizacional.
O filme “Negação“ é baseado numa história real que conta a luta legal da historiadora Deborah Lipstadt (Rachel Weisz) especializada no holocausto da Segunda Guerra Mundial. Ela teve que se defender perante a corte britânica do seu acusador David Irving (Timothy Spall) também um historiador por ter descrito ele nos seus livros como um “negador do holocausto”.
Através de uma equipe renomada de advogados foi necessário provar que as afirmações feitas em relação ao historiador David Irving não foram invenções e sim fatos baseado na verdade. Para a surpresa de Lipstadt a equipe legal decide que nem ela, nem os sobreviventes ou familiares dos sobreviventes do holocausto testemunharão. Esta estratégia incomoda Lipstadt e ela passa a duvidar se a escolha é adequada. Rampton (Tom Wilkinson), o advogado da equipe que irá defendê-la, numa conversa em particular explica claramente a razão da estratégia e que vai cumprir o compromisso assumido que é o de ganhar a causa. A partir desta conversa é estabelecido um clima de confiança entre Lipstadt e a equipe legal.
Podemos afirmar que toda a relação depende da construção da confiança. Um ótimo exemplo desta questão é abordado no livro “Os 5 Desafios das Equipes” do autor americano Patrick Lencioni. Lencioni é fundador e presidente do ”The Table Group” uma empresa de consultoria gerencial especializada em desenvolvimento de líderes, equipes e saúde empresarial.
Neste livro ele apresenta as cinco disfunções das equipes utilizando o desenho de uma pirâmide. Ele coloca na base da pirâmide a ausência de confiança. As outras quatro começando da base para o topo são: medo do conflito falta de comprometimento, fuga da responsabilidade e falta de foco nos resultados. Logo estas cinco disfunções devem ser evitadas e é claro começando pela base da pirâmide.
No filme “Negação” é possível observar que com a confiança estabelecida, os conflitos passaram a ser gerenciados, a equipe toda estava comprometida, as responsabilidades foram e a atenção estava total no resultado. Gostaria de ressaltar que é um tema amplo com várias outras vertentes que não foram abordadas nesta sessão tais como: como gerar confiança e resultado das equipes que inspiram confiança.
Se tiverem um algum tema comportamental que gostariam de conversar é só mencionar que vamos procurar o filme.
Vou adorar receber a opinião de vocês.
Nos vemos mês que vem!
by Gilda Palhares | mar 27, 2017 | Gilda |
“Estrelas Além do Tempo”
A última sessão do Blog foi a “Sessão Oscar”. Conversamos sobre o filme “La La Land: Cantando Estações” e estabelecer metas para alcançarmos nossos objetivos.
Este mês escolhi um outro filme também indicado para o Oscar 2017 chamado “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures). A escolha foi feita para homenagear o dia Internacional da Mulher, que foi em 08 de março e para conversarmos sobre o tema diversidade .
Já havíamos abordado esse tema no ano passado com o filme “ZOOTOPIA – Esta cidade é um bicho” que ganhou o Oscar de melhor animação. Agora no filme “Estrelas Além do Tempo” vamos ampliar esse conceito.
O filme que é baseado em histórias reais onde a trama traz um grupo de mulheres afro-americanas que foram peça principal em algumas das maiores missões da NASA dentre elas o lançamento do astronauta John Glenn para a órbita da Terra.
Somos convidados a acompanhar a história dessas mulheres e em especial de três matemáticas talentosas: Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson. O filme apresenta com muita propriedade o cenário sóciopolítico daqueles tempos e como elas conseguiram ultrapassar a barreira relacionada à raça e gênero e serem bem–sucedidas nessa missão pioneira.
Desde a época descrita no filme já se passaram muitos anos e sem sombra de dúvida em vários países do mundo o nível de preconceito diminuiu bastante. Entretanto o ambiente de trabalho reflete o cotidiano da sociedade, o que ainda inclui preconceitos. O tópico “homens x mulheres” nas disputas sobre a igualdade de remuneração e oportunidade continuam em pauta. A permanência de desigualdades de gênero e raça atingindo especialmente as mulheres negras ainda é grande.
O filme também nos leva a olhar o papel do líder na questão da diversidade com foco na inclusão. Esta ideia é claramente apresentada na cena quando Al Harrison líder da equipe do projeto da NASA percebe a situação constrangedora que a Katherine Johnson um das pessoas chaves para o sucesso da missão vivencia todos os dias. Ele descobre que existe um banheiro só para negros e muito distante da mesa de trabalho da Katherine. Vai procurar o banheiro e na frente de vários funcionários derruba a placa “Banheiro Feminino de Negros”. Dali em diante o banheiro virou “Banheiro Feminino”.
Criar uma cultura de inclusão é fundamental não somente comprometendo-se com os princípios que sustentam esta cultura mas com as práticas cotidianas que a trazem à vida.
Para terminar esta sesssão escolhi duas citações de dois grandes líderes da década do filme.
“O que afeta diretamente uma pessoa, afeta a todos indiretamente.”
Martin Luther King Jr
“Se não formos capazes de acabar com as nossas diferenças, podemos pelo menos ajudar a tornar o mundo mais seguro para o êxito da diversidade”.
John F. Kennedy
Nos vemos mês que vem!