O cérebro é feito para pensar… não para armazenar!

O cérebro é feito para pensar… não para armazenar!

Minha experiência com o método criado por David Allen, o Getting Things Done (GTD), descrito no seu livro “A Arte de Fazer Acontecer” tem me confirmado essa afirmação. Sinto-me mais produtiva e criativa ao registrar as ideias que surgem em vez de deixá-las na minha cabeça.

David explica que, com o desenvolvimento da neurociência e o consequente entendimento de como o cérebro funciona, fica claro que a mente é ótima para reconhecer, mas péssima para lembrar. Por isso, justifica-se a necessidade de se ter um sistema externo de armazenamento, fazendo “downloads” sistemáticos para ele. Por exemplo, podemos registrar os compromissos ou ideias em um caderno ou em outro sistema informatizado.

Dessa maneira, a mente é liberada para a criatividade e para pensar, porque passa a “confiar” no seu sistema, entendendo que, em algum momento, você dará atenção ao que foi registrado.

Além disso, como já foi abordado no post “A importância de encerrar – Fechar janelas para abrir portas”, tarefas incompletas interferem na qualidade do nosso pensar. Quando registrarmos a ideia ou a pendência, nosso cérebro descansa e pode ser usado para tarefas mais nobres e que exigem foco. Ganhamos energia.

Por isso, defina uma forma de registrar suas ideias ou pendências para tratar delas depois. Sua produtividade pode depender disso.

E você, como cuida de suas ideias e de sua mente?

“Sua mente é feita para ter ideias, não para armazená-las.” (David Allen)

 

Referências

A Arte de Fazer Acontecer. David Allen. Ed. Sextante. 2015

Post: http://eduvir.com.br/novo/a-importancia-de-encerrar-fechar-janelas-para-abrir-portas-2-minutos-de-leitura/

Imagem: Gerd Altmann por Pixabay

A Sessão Vai Começar – Paterson

A Sessão Vai Começar – Paterson

Uma das sensações do festival de Cannes do ano passado foi o filme “Paterson” que entrou em cartaz no mês passado e ainda esta em cartaz. Paterson é um motorista de ônibus na cidade de Paterson, New Jersey – eles compartilham o nome. Todos os dias, Paterson adere a uma rotina simples: ele dirige o mesmo percurso, observando a cidade e ouvindo fragmentos de conversa dentro do ônibus. Ele anda com seu cão todas as noites e vai ao mesmo bar e bebe exatamente uma cerveja. Laura sua mulher que ele ama esta sempre vivendo novos sonhos e ele apóia suas ambições recém-descobertas. A única coisa a romper as repetições diárias é a paixão do Patterson por poesia, o que o leva a escrever seus próprios poemas em um pequeno caderno que sempre carrega. Ele pensa poesia enquanto caminha de casa para a garagem de ônibus. Ele escreve em seu caderno ao volante de seu ônibus enquanto espera por seu turno para começar. Ele escreve durante sua hora de almoço enquanto está sentado em um banco. Ele escreve em sua escrivaninha apertada em seu porão, cercado por materiais de construção. Cada poesia uma criação.

Paterson é um filme sobre arte e criação e que me fez refletir sobre um tema que sempre despertou em mim um interesse especial: Criatividade. A criatividade seria um dom concedido a poucos? É necessário pintar, desenhar, esculpir, escrever, compor, inventar obra-prima para definirmos quem é criativo? Existe uma característica criativa padrão: adaptabilidade, dinamismo, humor, timidez, versatilidade, assertividade, curiosidade, inteligência, impulsividade, entusiasmo, perspicácia, rebeldia, flexibilidade e, até mesmo, teimosia? Conclui que qualquer combinação dessas características e muitas outras pesquisadas poderiam compor uma pessoa criativa. A questão talvez seja em relação à crença limitante quando a afirmação: “Eu não sou criativo”. Esta afirmação me parece falsa. Se nós temos algumas características dos chamados “gênios criativos”, logo nós também temos a capacidade de criar. Talvez o que nos limita seja a falta de coragem de abandonar a tal zona de conforto, onde conceitos preestabelecidos como: a criatividade não é uma coisa que se possa apreender, sou do tipo lógico, a lógica e a criatividade não formam um par perfeito ou vou correr riscos tentando mudar. Se nenhum esforço ou tentativa é feito para abandonar essa crença, como é possível saber o potencial criativo de cada um. Precisamos romper esta crença. Quando decidimos por essa alternativa, nós abrimos um espaço para utilizar a energia mental que compõe o nosso pensamento criativo aguçando a nossa percepção. Seria como se estivéssemos olhando dentro de um caleidoscópio: a cada movimento, uma imagem nova se apresenta.

O filme Paterson é uma aula sobre o processo criativo. Nos inspira a olhar mais de perto o mundo ao nosso redor e colocar em prática o nosso potencial criativo pois sempre haverá uma página em branco num caderninho para inovarmos.

Gostaria de saber mais sobre esse tema entre em contato conosco em cursos@eduvir.com.br

Nos vemos no mês que vem!