Novembro Azul: alerta contra o câncer de próstata

Novembro Azul: alerta contra o câncer de próstata

Doença tem grande chance de cura, mas preconceito precisa ser vencido

 

Há quase 10 anos, o mês de novembro é dedicado à prevenção de uma doença tão recorrente quanto possível de ser curada: o câncer de próstata. Segundo o INCA, 61 mil novos casos devem ser diagnosticados em 2020. Trata-se da segunda doença que mais mata homens no mundo.

Tal cenário poderia ser bem diferente se a falta de informação, o preconceito e a vergonha não afastassem o público masculino de procedimentos simples, rápidos, indolores e fundamentais para identificar a doença ainda em estágio inicial. O diagnóstico precoce permite um grande leque de opções de terapia, que pode ser desde simplesmente observar os doentes, sem precisar fazer algum tratamento. Evitando as complicações das terapias mais agressivas, até nos casos de alto risco, a cirurgia e a radioterapia que são os tratamentos indicados. O percentual de cura para quem identifica precocemente o câncer de próstata chega a 90%.

Por isso, no Novembro Azul diversas ações são intensificadas em todo o país na tentativa de conscientizar os homens quanto à importância de cuidar da própria saúde. Muitos homens ainda têm dúvida sobre qual é o exame mais eficiente para detectar a doença: se o de sangue ou o exame do toque. Se o paciente faz apenas um desses exames, a chance de falha no diagnóstico é de 20% e de 40%, respectivamente. Mas quando os dois são feitos ao mesmo tempo, o índice de falha no diagnóstico cai para 8%.

No entanto, infelizmente ainda existem tabus que impedem que muitos homens se cuidem. Um dos mitos mais recorrentes é que o toque retal fere a masculinidade do paciente ou o medo de ter complicações na função sexual. São falácias que apenas prejudicam a saúde dos homens. O exame do toque, é rápido, seguro e indolor. Quanto a função sexual, ela só pode vir a sofrer algum tipo de disfunção se for necessário retirar a próstata.

O homem do século XXI precisa cuidar melhor da sua saúde e buscar boas fontes de informação. É fundamental estar atento aos riscos do tabagismo, do consumo excessivo de álcool e às principais doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão. O ideal é manter hábitos saudáveis, manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas. Prevenção é saúde!

 

 

Fonte:https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/novembro-azul-alerta-contra-o-cancer-de-prostata/

Gilberto Ururahy é médico há 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. É diretor da MedRio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

O estresse e a saúde da mulher contemporânea

O estresse e a saúde da mulher contemporânea

De acordo com estudo recente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer mais que a masculina até 2030. A tendência se explica por um maior investimento das mulheres em educação, conquista de direitos e saudáveis mudanças culturais da sociedade. Especialistas apontam que, em dez anos, elas serão profissionais mais qualificadas que os homens.

O justo e positivo avanço na carreira das mulheres, no entanto, acarreta riscos à saúde na medida em que elas enfrentam o desafio de equilibrar diversas funções e tarefas ao mesmo tempo no trabalho, em casa ou na universidade. Ainda segundo o IPEA, as mulheres trabalham, em média, sete horas e meia a mais que os homens por semana, em razão da chamada “dupla ou tripla jornada”.

Entre as consequências do acumulo de atividades estão os altos níveis de estresse e ansiedade. Segundo um estudo publicado no The Journal of Brain & Behavior, as mulheres são duas vezes mais propensas a sofrerem de estresse crônico que os homens. Além disso, um levantamento da Universidade de Harvard revelou que 80% de todas as consultas médicas de mulheres no mundo têm relação direta com o estresse vivenciado no cotidiano.

O estresse impacta em diversos mecanismos do organismo, entre eles o sistema imunológico, além de ser um importante gatilho para o estilo de vida pouco saudável, como sedentarismo, tabagismo e consumo em excesso de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos e açucarados – fatores que favorecem o desenvolvimento de diversas doenças crônicas como as do coração, câncer, obesidade, hipertensão e diabetes.

Algumas recomendações para evitar essas doenças são alimentação equilibrada, prática regular de exercício físico, boas noites de sono, controle de hábitos nocivos como o cigarro e o consumo excessivo de álcool e ter uma boa saúde psicológica, cercada de família e amigos em momentos de lazer.

Cerca de 50% dos clientes que procuram a MedRio hoje são mulheres, comprovando o entendimento da importância da prevenção como a maneira mais rápida, barata e fácil de adquirir e manter a qualidade de vida.

No mais, todo poder às mulheres!

 

Fonte: Veja Rio – A saúde da mulher contemporânea

 

Vem chegando o verão…

Vem chegando o verão…

A primavera acaba de começar e o verão só se torna a estação oficial em dezembro. Mas o calor já dá sinais, com a temperatura chegando à casa dos 40 graus ainda em setembro! Como proteger a pele tanto calor?

Antes de mais nada, convém esclarecer que o sol pode ser um aliado, mas também um grande vilão para a saúde e o funcionamento do corpo. Ele é importante para que o nosso organismo obtenha vitamina D, fundamental na melhora da absorção do cálcio, que fortalece os ossos.

Mas a exposição equivocada ao sol traz danos graves: manchas, queimaduras e envelhecimento precoce, além de aumentar o risco de câncer de pele, o tipo mais comum de câncer no Brasil. Segundo o INCA, são cerca de 180 mil novos casos por ano.

Para evitar os efeitos nocivos do sol, é essencial usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados e passando o dia em ambientes fechados, nunca com fator de proteção inferior a 30 FPS. Quando estiver em locais de alta exposição solar, como na praia ou piscina, não abra mão de guarda-sol, chapéu e roupas que ajudam a proteger a pele dos raios solares mais intensos. As mesmas dicas valem para a prática de exercícios ao ar livre.

A radiação ultravioleta (UVA) tem efeito cumulativo, o que significa que a cada dia de exposição solar a sua pele fica mais danificada. Como os raios UVA penetram nas camadas mais profundas da pele, os riscos das pessoas desenvolverem câncer é maior quando não estão protegidas pelo filtro solar.

Um alerta importante: a pele não absorve o protetor solar imediatamente. Por isso é recomendado aplicar o produto de 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol. Além disso, entre 10h e 16h é quando o sol tem a radiação mais forte. Neste intervalo de tempo, procure se proteger na sombra.

Não se esqueça da hidratação! A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que se beba, pelo menos, dois litros de água por dia para manter a pele saudável. Verdade seja dita: com o calor que está lá fora, não é nenhum sacrifício!

E por fim, faça exames preventivos regularmente e visite seu dermatologista.

 

 

Fonte e imagem: Hidratar é uma das regras de ouro para enfrentar o calor da estação. Pixabay/Reprodução

Veja Rio outubro/2020

A importância do Outubro Rosa

A importância do Outubro Rosa

A data nos lembra da importância da prevenção a doenças que atingem grande número de mulheres

 

Nas colunas anteriores, abordamos o câncer de mama e as doenças ginecológicas. São temas importantes, pela alta incidência, elevado grau de letalidade mas, sobretudo, por se tratarem de doenças que podem ser evitadas, se a paciente tiver acompanhamento médico preventivo. Pensando nisso, há 30 anos o mês de outubro é marcado por eventos do Outubro Rosa.

A data ganhou ainda mais popularidade nos últimos 10 anos, depois que vários monumentos e prédios históricos em diversas cidades do mundo passaram a ser iluminadas por luz cor de rosa para chamar a atenção do público para aquilo que a Medicina já sabe: a prevenção é a melhor arma de combate ao câncer de mama, de colo de útero e de diversas outras doenças.

O câncer de mama é o de maior incidência no mundo entre as mulheres, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (mais de 600 mil casos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais recorrente em mulheres, de todas as regiões. Para este ano foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres, um número considerado bastante elevado. Também percebe-se um crescimento das ocorrências entre mulheres mais jovens.

Segundo o INCA, alguns comportamentos contribuem para prevenir o câncer de mama em até 28% dos casos: ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas, manter o peso adequado e fazer exames preventivos de rotina.

Infelizmente, no Brasil este último ponto é um empecilho concreto para boa parte das mulheres. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, das 11,5 milhões de mamografias que deveriam ter sido realizadas em 2019, apenas 2,7 milhões chegaram a ser feitas. A diminuição acentuada do exame preventivo é um fator de risco para milhares de mulheres e um alerta para a importância da campanha Outubro Rosa.

Mantenha um estilo de vida saudável, consulte seu médico com regularidade e mantenha seus exames em dia. Sua saúde agradece.

 

 

 

Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/importancia-outubro-rosa/

Google: pesquisa por transtornos mentais bate recorde no Brasil

Google: pesquisa por transtornos mentais bate recorde no Brasil

Crescimento de busca sobre o assunto na internet explicita como a pandemia mexeu com a saúde mental do brasileiro

 

Pesquisa inédita realizada pelo Google e fornecida ao jornal “O Estado de São Paulo” apontou que o brasileiro nunca buscou tanto por termos relacionados a transtornos mentais quanto durante a pandemia do novo coronavírus. Dados apontam crescimento de 98% nas buscas sobre o tema em 2020, se comparado à média verificada nos dez anos anteriores. A pergunta “como lidar com a ansiedade?” bateu o recorde de interesse da última década. Comparando com 2019, o crescimento foi de 33%.

Entre as três perguntas mais buscadas em 2020 com a expressão “como lidar”, duas estão relacionadas a ansiedade e depressão. Bateu recorde também o interesse dos brasileiros pelo questionamento do que é a felicidade. Em junho, a pergunta teve o maior volume de buscas dos últimos oito anos.

Tal comportamento endossa o que já observamos nos consultórios médicos: diante de um quadro de estresse, ocorre o medo e as incertezas. É a combinação perfeita para que o emocional entre em ebulição. Isoladas em casa, as pessoas viram vários de seus hábitos mudarem repentinamente: sedentarismo, ganho de peso corporal, queda na qualidade da alimentação, usa de bebida alcoólica como fonte de relaxamento. Em seguida, a insônia se estabelece e dá inicio a um ciclo danoso.

São muitos os fatores que podem ter levando ao crescente interesse do brasileiro sobre o assunto: a apreensão de contrair a doença, a obrigação do isolamento social, o desemprego e as perdas financeiras e o excesso de informação sobre coronavírus tem o poder de aumentar significativamente o descontrole emocional.

É importante deixar claro que medo e tristeza são sentimentos intrínsecos à nossa existência, que permeiam a vida de todos nós. No entanto, em excesso, podem ser extremamente prejudiciais, ainda mais se combinados com outros fatores, como alterações no apetite e queda na qualidade do sono, levando a quadros de pânico, ansiedade e depressão.

É hora de se cuidar! A alimentação equilibrada previne doenças, retarda o envelhecimento e melhora o humor; a prática de exercícios fortalece a imunidade, auxilia no controle do estresse e do peso, o sono reparador repõe as energias necessárias ao corpo e melhora o bem-estar geral. Check-ups médico periódicos contribuem na correção de eventuais fatores de risco para a saúde quando dos exames preventivos. O momento é de fortalecer a saúde.

 

 

 

 

Fonte e imagem: Pandemia aumentou a busca por informações sobre transtornos mentais como depressão e ansiedade. Envato/Reprodução

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A saúde do coração na pandemia

A saúde do coração na pandemia

 

Pesquisas mostram a importância das consultas médicas e exames preventivos

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o número de mortes por acidente cardiovascular aumentou 33% de 16 de março a 16 de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Incor, se esse ritmo for mantido até o fim de 2020, 400 mil pessoas podem morrer de doenças do coração.

Segundo a Fiocruz, o número de óbitos em casa, por causas naturais, cresceu 53% em quatro capitais do Brasil – Rio, São Paulo, Manaus e Fortaleza – de 15 de março a 13 de junho, saltando de 6.378 no ano passado para 9.773 este ano.

Os números alarmantes atestam uma triste realidade: as pessoas deixaram fazer acompanhamento médico regular de doenças crônicas, suspenderam exames por medo de ir a laboratórios e hospitais e, o mais grave, não buscaram ajuda apesar de apresentarem quadros graves de mal estar em casa.

Apesar de inicialmente se acreditar que as principais consequências da Covid-19 apareciam no sistema respiratório, hoje se sabe que isso não é uma verdade absoluta. Estudo publicado no jornal da Associação Médica Americana concluiu que a miocardite – a inflamação do músculo cardíaco – pode se desenvolver em pacientes que tiveram a Covid-19. Autópsias feita em 39 vítimas fatais do coração mostraram que 61% dos mortos apresentavam o vírus.

Já na Alemanha, de 100 pacientes com idade média de 49 anos que se recuperaram da Covid-19, 78% tinha alguma anomalia cardíaca. Além disso, 80% dos pacientes que tiveram a forma grave do vírus apresentaram trombose ou pequenas obstruções nas artérias do coração e do pulmão.

O isolamento social impôs uma serie de restrições com graves implicações à saúde: ganho de peso, ansiedade, qualidade do sono ruim, alimentação desequilibrada e falta de sociabilidade. Agora é preciso cuidar da saúde. Não há razão plausível para que alguém, nos dias de hoje, seja pego de surpresa por qualquer doença em estágio avançado. É tempo de colocar em dia os exames e as consultas médicas. Saúde é prevenção!

 

Fonte: Veja Rio

O isolamento impôs uma série de restrições com graves implicações à saúde do coração. Pixabay/Reprodução

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