Saúde é prevenção

Saúde é prevenção

Pandemia reforçou a importância de se prevenir das doenças crônicas

 

Mais de 100 dias depois da chegada da pandemia ao Brasil, uma das certezas mais importantes se refere aos danos acarretados pelas doenças crônicas. Cerca de 80% das vítimas de Covid-19 no Brasil apresentavam algum fator de risco associado, como doenças respiratórias, cardíacas, hipertensão ou diabetes.

A melhor prevenção contra as doenças crônicas é o estilo de vida saudável, ou seja: alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle de peso e de estresse, sono reparador e check-ups periódicos. Esses hábitos devem ser mantidos durante todas as fases da vida.

No entanto, o isolamento provocou nas pessoas, justamente o comportamento oposto: sedentarismo, má alimentação, aumento do consumo de álcool e insônia. Não obstante, esses fatores reunidos levam ao excesso de peso, com consequências consideráveis na pressão arterial e no metabolismo, e na piora das taxas de colesterol, glicose e triglicerídeos, por exemplo.

Amedrontada, a população evitou ir à hospitais e clínicas nos últimos meses, deixando de fazer importantes exames de rotinas, dentre outros procedimentos. O resultado foi o crescimento de ocorrências de infartos, AVCs e diferentes tipos de câncer. As mortes em casa, por problemas cardíacos, por exemplo, aumentaram 30%, chegando a impressionantes 16 mil óbitos de março a maio, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Já no âmbito da saúde psicológica, houve crescimento de casos de depressão, ansiedade, crises de pânico, burnout e aumento de estresse. Ainda nem chegamos ao fim da pandemia e psiquiatras já enxergam um potencial surto de estresse pós-traumático nos próximos meses, com a dificuldade de indivíduos de se reinserirem em suas rotinas.

A melhor maneira de enfrentar as adversidades da vida é estar em forma, físico e emocionalmente. A saúde é o combustível da vida e permite o desenvolvimento do ser humano em todas as dimensões.

Não há razão plausível para que alguém, nos dias de hoje, seja pego de surpresa por qualquer doença em estágio avançado. Durante a quarentena a saúde da população, em sentido amplo, foi extremamente vilipendiada.

O momento é para conhecer e fortalecer a saúde.

 

Gilberto Ururahy é médico há 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check Up, líder brasileira em check up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

 

Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/saude-e-prevencao/

 

É hora de colocar vida na saúde das pessoas

É hora de colocar vida na saúde das pessoas

Há seis meses o mundo acompanha os impactos da pandemia. De lá pra cá, o vírus se tornou uma constante em nossas vidas. Nos ensina a cada dia e também gera dúvidas.

Desde então, tenho estudado bastante sobre a pandemia, participado de lives, publicado artigos e interagido com colegas médicos, brasileiros e estrangeiros. Divido aqui algumas das minhas constatações e dúvidas.

A Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus- Sars-CoV-2 , é uma doença nova. Existem outros tipos de coronavírus que infectam o ser humano, sendo que alguns são antigos, sazonais e benignos. Estudos recentemente publicados demonstram que a maioria da população mundial é portadora de anticorpos contra esses coronavírus “benignos”. Assim, por ter imunidade à eles, não estaria desenvolvendo a  imunidade cruzada e protegida contra a Covid-19? Os idosos possuem mínimas dosagens desses anticorpos, isso explicaria a maior vulnerabilidade dessa faixa etária?

Afinal, teremos a imunidade de rebanho ou imunidade cruzada para a Covid-19? Neste momento, algumas vacinas estão sendo desenvolvidas em todo o mundo, das quais poucas estão sendo testadas em seres humanos. Qual a estratégia de utilização dessa vacina em escala mundial? Serão utilizadas para os idosos, população mais vulnerável? Quais países terão prioridade no acesso à vacina? E os assintomáticos, que representam a maioria dos casos, continuarão presos em suas casas? Por quanto tempo? São transmissores do vírus? Precisarão usar máscaras?

Muitas famílias perderam entes queridos. Claro que toda morte nos entristece, gera sofrimento e traz medo. Os números apresentados abaixo são absolutos, o que nos permitem entender um pouco da pandemia atual.

A curva pandêmica atingiu seu pico em nossa cidade? Os hospitais privados e públicos estão se esvaziando. Os de campanha, pouquíssimos foram utilizados. Desde o início da pandemia, o Rio teve pouco mais de oito mil mortes. Dividindo por 120 dias de pandemia, chega-se a menos de 67 mortes por dia. Este número é inferior às mortes com causa violentas e os óbitos por doenças cardiovasculares e câncer. No mesmo período, mais de 6 mil pessoas morreram em casa, por medo de se deslocarem para hospitais, clínicas e consultórios. Pelo menos 50 mil brasileiros deixaram de ter o diagnóstico precoce do câncer e 10 mil cirurgias eletivas não foram realizadas no Rio, durante a pandemia. E não ouvimos menções no cotidiano às doenças infectocontagiosas. Milhares de mortes geradas no Brasil por tuberculose, malária, dengue, AIDS e tantas outras doenças foram esquecidas.

O que dizer sobre o tempo e a energia dispendidas em discussões políticas sobre uso ou não de hidroxicloroquina ou outra droga no tratamento da Covid-19? Esta decisão cabe ao médico e ao paciente, relação sagrada na Medicina. Se ambos, em comum acordo, optam por um tratamento, não há o que questionar. Toda discussão paralela se torna estéril.

Hoje sabemos que os parâmetros que fazem diferença nessa pandemia são a idade e as comorbidades (doenças crônicas). O país com mais casos de mortes é justamente os Estados Unidos, populoso em idosos e em pacientes obesos, diabéticos, cardíacos e portadores de doenças respiratórias. Em contraposição, o Japão, também rico em idosos porém com baixo índice de comorbidades, teve poucas mortes. Se olharmos a África, o continente mais pobre, o índice de morte por Covid-19 é muito pequeno. Será porque lá a expectativa de vida da população é baixa?

Quando tudo isso passar, não terá a OMS que explicar a razão de ter gerado tanto pânico, medo e incertezas? Atendendo ao seu posicionamento alarmista, o que se viu foi uma reação em cadeia: escolas e empresas fechadas, a população mantida em casa por três meses ou mais (a maioria absoluta de assintomáticos), milhares de infartos do miocárdio, AVCs e outras doenças graves sem atendimento por relutância dos pacientes em procurarem os hospitais, além do comprometimento da saúde mental de milhares de pessoas. Parece até que a Covid-19 se tornou a única doença do planeta.

Nos resta aguardar o balanço final da pandemia para entendermos o verdadeiro papel exercido pela OMS durante esses meses. Não seria mais prudente se a OMS tivesse se concentrado em usar toda a informação de que dispõe para proteger os grupos de risco? Não teria prestado melhor serviço à população de idosos, respeitando-os, sem transformá-los em potenciais cadáveres?

As pessoas estão esgotadas, sufocadas, tensas e não suportam mais tanta informação desencontrada, dúbia, em relação à todos os aspectos dessa pandemia.

As manifestações gigantescas contra o racismo em solo americano, tacitamente, colocaram em cheque todo o isolamento preconizado pela OMS. Na Europa, em várias cidades, de muitos países, as manifestações contra o isolamento se multiplicam. A França acelera em todos os sentidos o término da quarentena e busca a volta à normalidade.

Hoje, recebemos um vídeo de amigos, feito na hora do almoço, em Paris. Tempo bom, os parisienses flanam em sua cidade, os restaurantes estão cheios, as pessoas alegres, sorridentes e sem máscaras.

A humanização retoma, a socialização se fortalece, a alegria tal qual a primavera, floresce e a vida se impõe!

É chegado o momento de se colocar vida na saúde das pessoas.

 

Fontes: Hoje sabemos que os parâmetros que fazem diferença nessa pandemia são a idade e as doenças crônicas. Pixabay/Reprodução

https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/e-hora-de-colocar-vida-na-saude-das-pessoas/

A quarentena e seus efeitos colaterais

A quarentena e seus efeitos colaterais

O isolamento traz consequências para a saúde de todo o corpo

A adoção do isolamento social como estratégia para evitar a contaminação por coronavírus mira no que vê mas, por tabela, acerta no que não vê. Se é fato que o distanciamento retarda a propagação da doença, também é verdade que a quarentena impõe uma série de outras doenças como efeitos colaterais típicos de medida tão restritiva.

Listo aqui algumas mais comuns: doenças cardio e cérebro vasculares (como arritmias, infartos, AVCs e hipertensão arterial), doenças metabólicas (por exemplo, acumulo de gordura no fígado, diabetes, obesidade e aumento de peso), adrenalina e cortisol em excesso, aumento do sedentarismo, depressão, síndrome de burn-out (esgotamento), ansiedade induzida pelo medo, insônia, alcoolismo e uso abusivo de remédios ansiolíticos e antidepressivos.

O distanciamento se mostra ainda mais sensível entre os idosos. Pesquisa da Universidade de Chicago aponta que o isolamento aumenta em 14% as chances de um idoso morrer prematuramente. O estudo indicou ainda que a quarentena oferece o dobro de riscos de obesidade entre pessoas dessa faixa etária.

O homem é único em todas as suas dimensões. Nenhum organismo é igual a outro, portanto as mesmas doenças se manifestam de forma muito individual em cada pessoa. É inegável, por exemplo, que muitos sofrerão de estresse pós-traumático em decorrência da pandemia. Quando acabar o isolamento, metade ou mais da população estará imunizada. E é muito provável que o balanço de vítimas no pós-pandemia será maior em consequência do isolamento do que em função do vírus, se considerarmos os danos físicos e mentais.

Ninguém discorda que a Covid-19 deve ser enfrentada com seriedade e empenho. Na guerra que estamos travando contra o coronavírus, não podemos aguardar passivamente que ele se espalhe. Precisamos enfrentá-lo sem medo. Nossas armas estão bem definidas: máscaras, higiene pessoal e distanciamento social, protegendo nossos idosos com comorbidades, mas também atentos aos possíveis danos colaterais que a medida extrema trará no futuro.

 

 

 

Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/a-quarentena-e-seus-efeitos-colaterais/

Imagem: Muitos sofrerão de estresse pós-traumático em decorrência da pandemia. Pixabay/Reprodução

Quando a casa vira escritório

Quando a casa vira escritório

Os efeitos do home office na saúde dos colaboradores e das
empresas em tempos de pandemia

Toda mudança – de emprego, de cidade e até de estado civil – pede um tempo de adaptação. Segundo a Universidade de Harvard, 85% das pessoas tem muita dificuldade de mudar de hábitos. A pandemia não nos deu essa possibilidade. O isolamento social gerou uma mudança de hábitos muito brusca. Resultado: intenso estresse como reação natural do corpo. Sabemos que o estresse, por meio dos hormônios adrenalina e cortisol, é o combustível que alimenta o estilo de vida pouco saudável.

Diante de um quadro de estresse, ocorre o medo e as incertezas. É a combinação perfeita para que o emocional entre em ebulição. Isoladas em casa, as pessoas viram vários de seus hábitos mudarem repentinamente: sedentarismo, ganho de peso corporal, queda na qualidade da alimentação, usa de bebida alcoólica como fonte de relaxamento. Em seguida, a insônia se estabelece e dá início a um ciclo danoso.

Segundo Darwin, as seis emoções comuns à toda Humanidade, independente da nacionalidade ou cultura, são: a tristeza, o medo, a surpresa, o desgosto, a raiva e a alegria. O brasileiro, hoje, só não compartilha da última.

E o que fizeram as empresas, na tentativa de manter a normalidade de funcionamento? Desenvolveu com seus colaboradores o home office. Assim como todos os demais aspectos da vida, o trabalho à distância aconteceu de forma súbita e impositiva, sem preparo ou adaptação para tal desafio.

Os impactos são diversos e facilmente identificáveis: fragilidade da saúde mental, pânico e ansiedade, depressão, queda na motivação, dificuldade de concentração, falta de supervisão de um líder ou mentor, dificuldade de implementar a cultura da corporação remotamente, especialmente entre os mais jovens. Passamos o dia tentando sanar questões que seriam resolvidas rapidamente de forma presencial. Estamos vivendo um tempo em que a casa virou o centro de todas as atividades cotidianas. Para além de todos os desafios impostos, estamos todos sobrecarregados com o home office. Não é uma situação confortável para nenhuma das partes: para além de toda a fragilidade dos funcionários, as empresas arcarão com gigantescas ações trabalhistas.

Algumas empresas decidiram que seus funcionários continuarão em sistema de home office até o final de 2020. O Twitter anunciou que, depois da pandemia, os colaboradores escolherão se querem trabalhar no escritório ou de casa. Temos um longo caminho de preparação para essa nova realidade, pelo bem das empresas e da saúde dos próprios funcionários.

E você? Como está sendo esse período de home office? Compartilhe conosco sua experiência e dicas.

 

 

Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/quando-a-casa-vira-escritorio/

Imagem: O trabalho à distancia aconteceu de forma súbita e impositiva, sem preparo ou adaptação para tal desafio. Pixabay/Reprodução

Como a Covid-19 chegará ao fim?

Como a Covid-19 chegará ao fim?

O coronavírus estará fadado a ocupar o seu lugar na longa lista de pandemias superadas

pela humanidade ao longo da História.

O jornal americano The New York Times trouxe uma discussão interessante em edição recente: quando as pandemias chegam ao fim? Segundo historiadores e estudiosos, elas costumam acabar de duas formas: ou quando a enfermidade é derrotada por uma cura ou quando a população se cansa de temer a doença e passa a conviver com ela.

“Quando as pessoas perguntam ‘quando isto terminará?’, elas estão se referindo ao fim social”, afirmou o historiador de Medicina Jeremy Greene. Allan Brandt, historiador da Universidade de Harvard, endossa o discurso. “Muitas perguntas sobre o fim da epidemia são determinadas por processos sociopolíticos”, declarou.

Susan Murray, do Royal College of Surgeons de Dublin, em artigo para o prestigiado The New England Journal of Medicine, relembra do temor dos irlandeses diante dos casos de ebola no continente africano em 2014, apesar de nenhum caso ter sido registrado na Irlanda. “Se não estamos preparados para lutar contra o medo e a ignorância de modo tão ativo e racional como combatemos qualquer outro vírus, é possível que o medo cause danos terríveis a pessoa vulneráveis”, sentenciou.

Especialistas listam epidemias que atravessaram a História, como a Praga de Justiniano no século VI, a medieval no século XIV, a Gripe Espanhola no século XIX e a H1N1, mais recentemente, no século XXI, para especular se a desistência social não pode ser um dos caminhos que levará a Covid-19 ao fim, já que uma vacina não está prevista para menos de um ano.

Até lá, mais gente estará imune, a ampliação de “bolhas” de convívio se tornará uma realidade em mais lugares, como já é na Noruega, por exemplo. A abertura gradual de serviços encorajará a população a retomar suas atividades, cada vez com menos medo. É importante salientar que o vírus, sem pedir licença, está invadindo nossas residências e conduzindo inúmeros idosos aos hospitais, além de provocar alterações mentais em uma grande parcela da população. Aos poucos, as peças se encaixarão novamente e o coronavírus estará fadado a ocupar o seu lugar na longa lista de pandemias superadas pela humanidade ao longo da História.

 

Imagem: Uma das formas que as pandemias chegam ao fim é quando a população se cansa e passa a conviver com a doença. Pixabay/Reprodução

Fonte: Veja Rio on-line https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/como-a-covid-19-chegara-ao-fim/

O estresse do isolamento

O estresse do isolamento

Para evitar a contaminação na rua, as pessoas estão ficando doentes em casa

Em recente coletiva à imprensa, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, apresentou informações surpreendentes sobre a contaminação do coronavírus a partir de dados coletados dos doentes no Estado americano. Ele afirmou que 66% das internações hospitalares correspondem a pacientes que estavam de quarentena em suas casas. E mais: 90% não estavam trabalhando ou o faziam de casa, sem necessidade de pegar transporte público.

Essas informações contradizem muitos argumentos dos que defendem o isolamento absoluto. A interrupção brusca da rotina compromete o funcionamento regular do sistema imunológico. Para além disso, o cérebro humano no confinamento entra em “ebulição”, tomado por medo e incertezas: estresse, ansiedade, insônia, pânico, abuso de álcool, crises hipertensivas e infartos do miocárdio. O fato concreto é que para evitar se contaminarem na rua, as pessoas estão ficando doentes em suas casas.

É inegável que muitos sofrerão de estresse pós-traumático em decorrência da pandemia, seja por perderem entes queridos em suas casas, a caminho de socorro ou internados nos próprios hospitais. O estresse pós-traumático é um distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência de o portador ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que, em geral, representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros.

Como a prevenção é o melhor aliado da saúde, temos trabalhado em nossas clínicas regularmente depois de, claro, adotar todas as medidas de segurança contra o vírus, para os nossos colaboradores e clientes. Isto nos permitiu tabular uma pesquisa feita com os 300 clientes que realizaram seus exames preventivos durante o mês passado. Alguns números chamam a atenção, se compararmos com os dados pré-pandemia: a insônia passou de 23% da população examinada para 35%; níveis estresse elevados, de 65% para 87%; ansiedade saltou de 18% para 36%; a automedicação, de 12% para 29%, hipertensão arterial, de 21% para 29%. Isso se explica pela qualidade de vida no isolamento, período em que as pessoas se tornaram muito sedentárias, têm se alimentado  mal e estão com dificuldades para dormir.

Concordo plenamente com o governador de Nova York. Tenho insistido que quando acabar o isolamento, metade ou mais da população estará imunizada. Com regularidade, tenho atendido muitas famílias que apesar de estarem em casa, apresentam os sintomas da doença. O que o governador americano aponta sobre o comportamento lá é o que pode acontecer aqui, por exemplo, com moradores de Copacabana e outros bairros muito populosos e povoados por idosos com comorbidades: de casa direto para o hospital.

Diante desse cenário, a medicina preventiva se impõe. Não há porque alguém se surpreender com uma doença que pode ser diagnosticada precocemente. Em meio à pandemia do coronavírus e em face ao isolamento, cuidar da saúde é ainda mais imprescindível, principalmente em relação a doenças crônicas, que aumentam o risco de a pessoa contaminada ter mais complicações, como diabetes e hipertensão e que atingem, respectivamente, 9,8% e 31,2% da população da cidade do Rio de Janeiro, segundo o Ministério da Saúde.

O mundo tem exigido um olhar atento à saúde. É preciso não descuidar da higiene pessoal, mas também é preciso fortalecer o corpo e a mente: incorporar à rotina hábitos saudáveis e valorizar o tempo em família. Leitura e jogos são exemplos de passatempos simples e que ajudam a ocupar a cabeça.

Estar com o check-up em dia é outro importante aliado, pois traça um perfil detalhado da saúde, indicando as necessidades específicas para cada indivíduo. O ditado “é melhor prevenir do que remediar” nunca se fez tão verdadeiro. Adotar um estilo de vida saudável é uma forma de combater a doença. Se já era uma atitude a ser perseguida em todas as fases da vida, agora ela é uma real necessidade de saúde pública.

Fonte: Vejario on-line: https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/o-estresse-do-isolamento/

Imagem: A interrupção brusca da rotina compromete o funcionamento regular do sistema imunológico.  Pixabay/Reprodução