by admin | jul 16, 2017 | A Sessão vai Começar, Gilda, Resiliência |
Esta sessão vai ser dedicada ao tema resiliência e o filme escolhido foi “A Promessa”. O tema resiliência foi brevemente analisado no ano passado no filme “Perdido em Marte” quando abordei a questão dos 4 Capitais Psicológicos Positivos (autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência). Conceito introduzido em 2004 por Fred Luthans, pesquisador norte-americano e especialista em comportamentos organizacionais. Resolvi então aprofundar mais o assunto da resiliência.
O filme “A Promessa” se passa às vésperas da primeira Guerra Mundial, situando-se no Império Turco-Otomano, onde ocorreu, naquele período, o terrível genocídio armênio. Na trama Michael Boghosian, um jovem estudante de medicina chega a Istambul para estudar com o propósito de terminar o curso e voltar para a sua aldeia, casar com a noiva prometida e iniciar a sua prática. Em Istambul entretanto ele se apaixona por Ana a jovem tutora das filhas do tio dele, que está com o jornalista americano Chris Myers. Myers encontra-se em Istambul para cobrir os acontecimentos políticos. Os homens se tornam rivais e apesar de um triângulo amoroso conflitante os três diante de situações perigosas e de escolhas dolorosas em situações extremas tiveram a capacidade de lidar com a adversidade e seguir em frente munidos com senso de significado.
O conceito de resiliência ganhou forças no últimos anos pois tem demonstrado que mesmo diante de cenários desfavoráveis, complexos e de mudanças, as pessoas e as empresas conseguem maximizar seu desempenho com o máximo de inteligência gerando um significado ou um sentido para aquela experiência.
O processo de resiliência contempla: avaliação da situação pelo indivíduo ou seja como ele percebe a situação, a sua mobilização de como irá empreender esforços emocionais e comportamentais para enfrentar a situação e o gerenciamento das exigências externas que seriam as ameaças que controlam e dominam a situação.
Podemos identificar alguns comportamentos na construção da resiliência como:
- Saber se antecipar e adaptar-se às mudanças e situações ambíguas.
- Não desistir diante de situações difíceis, mantendo a persistência na busca de resultados.
- Reagir com flexibilidade diante dos desafios.
- Compartilhar sentimentos e ideias com pessoas as quais mantém vínculos significativos.
- Encorajar a positividade para transformar a adversidade em algo positivo.
É fácil imaginar mesmo se você não viu o filme pela simples descrição do texto e dos itens acima a capacidade que os personagens tiveram em adotar a resiliência como uma ferramenta transformadora.
Agora duas perguntas para vocês refletirem:
- Em que situação recente você adotou um comportamento resiliente?
- Como é possível gerar uma resiliência ainda maior?
Vejo vocês mês que vem!
by admin | maio 19, 2017 | A Sessão vai Começar, Criatividade, Gilda, Poesia |
Uma das sensações do festival de Cannes do ano passado foi o filme “Paterson” que entrou em cartaz no mês passado e ainda esta em cartaz. Paterson é um motorista de ônibus na cidade de Paterson, New Jersey – eles compartilham o nome. Todos os dias, Paterson adere a uma rotina simples: ele dirige o mesmo percurso, observando a cidade e ouvindo fragmentos de conversa dentro do ônibus. Ele anda com seu cão todas as noites e vai ao mesmo bar e bebe exatamente uma cerveja. Laura sua mulher que ele ama esta sempre vivendo novos sonhos e ele apóia suas ambições recém-descobertas. A única coisa a romper as repetições diárias é a paixão do Patterson por poesia, o que o leva a escrever seus próprios poemas em um pequeno caderno que sempre carrega. Ele pensa poesia enquanto caminha de casa para a garagem de ônibus. Ele escreve em seu caderno ao volante de seu ônibus enquanto espera por seu turno para começar. Ele escreve durante sua hora de almoço enquanto está sentado em um banco. Ele escreve em sua escrivaninha apertada em seu porão, cercado por materiais de construção. Cada poesia uma criação.
Paterson é um filme sobre arte e criação e que me fez refletir sobre um tema que sempre despertou em mim um interesse especial: Criatividade. A criatividade seria um dom concedido a poucos? É necessário pintar, desenhar, esculpir, escrever, compor, inventar obra-prima para definirmos quem é criativo? Existe uma característica criativa padrão: adaptabilidade, dinamismo, humor, timidez, versatilidade, assertividade, curiosidade, inteligência, impulsividade, entusiasmo, perspicácia, rebeldia, flexibilidade e, até mesmo, teimosia? Conclui que qualquer combinação dessas características e muitas outras pesquisadas poderiam compor uma pessoa criativa. A questão talvez seja em relação à crença limitante quando a afirmação: “Eu não sou criativo”. Esta afirmação me parece falsa. Se nós temos algumas características dos chamados “gênios criativos”, logo nós também temos a capacidade de criar. Talvez o que nos limita seja a falta de coragem de abandonar a tal zona de conforto, onde conceitos preestabelecidos como: a criatividade não é uma coisa que se possa apreender, sou do tipo lógico, a lógica e a criatividade não formam um par perfeito ou vou correr riscos tentando mudar. Se nenhum esforço ou tentativa é feito para abandonar essa crença, como é possível saber o potencial criativo de cada um. Precisamos romper esta crença. Quando decidimos por essa alternativa, nós abrimos um espaço para utilizar a energia mental que compõe o nosso pensamento criativo aguçando a nossa percepção. Seria como se estivéssemos olhando dentro de um caleidoscópio: a cada movimento, uma imagem nova se apresenta.
O filme Paterson é uma aula sobre o processo criativo. Nos inspira a olhar mais de perto o mundo ao nosso redor e colocar em prática o nosso potencial criativo pois sempre haverá uma página em branco num caderninho para inovarmos.
Gostaria de saber mais sobre esse tema entre em contato conosco em cursos@eduvir.com.br
Nos vemos no mês que vem!
by Gilda Palhares | abr 24, 2017 | Bem-estar, Gilda, Sessão Positividade |
Pesquisas na área de stress apontam que falta de força de vontade é o maior obstáculo à mudança.
Contamos com a nossa força de vontade para fazer exercícios físicos, dieta, economizar dinheiro, parar de fumar ou beber, superar a procrastinação e, finalmente, realizar nossas metas. Ela afeta todas as áreas da nossa vida.
A maioria das pessoas tem um senso intuitivo do que é a força de vontade, mas muitas não têm o conhecimento científico que podemos utilizá-la a nosso favor. Dizem que o conhecimento é poder, neste caso o conhecimento é força de vontade.
Existem várias definições para descrever a força de vontade, algumas das mais comuns são: determinação, autodisciplina, autocontrole, autorregulação. Podemos dizer que força de vontade é a capacidade de resistir às tentações e desejos de curto prazo, a fim de alcançar metas de longo prazo.
De acordo com APA (American Psychological Association) a maioria dos pesquisadores definem a força de vontade como:
- A capacidade de retardar a gratificação, resistir às tentações de curto prazo, a fim de cumprir metas de longo prazo.
- A capacidade de substituir um pensamento indesejado, sentimento ou impulso.
Estudos apontam que a pessoa com maior força de vontade é:
- Mais feliz
- Mais saudável
- Mais satisfeita em suas relações
- Mais capaz de gerenciar o stress, lidar com o conflito e superar a adversidade.
Kelly McGonigal psicólogo da saúde, conferencista na Universidade de Stanford e autor de “The Willpower Instinct” afirma que: “dizer não” é apenas uma parte do que é a força de vontade.
A outra parte da força de vontade é o “dizer sim” às coisas que você sabe que irão levá-lo mais perto de seus objetivos.
É a capacidade de fazer o que você precisa fazer, mesmo que você não sinta vontade, ou uma parte de você não queira seguir adiante. Ela chama isso de “Eu vou poder”. No entanto, para nos capacitar a dizer não ao que nos desvia de nossos objetivos e sim para o que nos leva na direção certa, precisamos lembrar o que realmente é a nossa meta.
Gostaríamos de ouvir de você, qual estratégia você tem mais probabilidade de começar a usar em sua vida para atingir as suas metas?
Fonte: Site ”Positive Psychology Program” texto traduzido e adaptado por Gilda Palhares.
by Gilda Palhares | abr 19, 2017 | A Sessão vai Começar, Gilda |
Queria abordar este tema há algum tempo e finalmente no mês passado assistindo o filme “Negação” (Denial) lá estava a questão que eu tanto queria trazer para vocês: A CONFIANÇA. É considerada um dos conceitos mais relevantes no mundo pessoal e organizacional.
O filme “Negação“ é baseado numa história real que conta a luta legal da historiadora Deborah Lipstadt (Rachel Weisz) especializada no holocausto da Segunda Guerra Mundial. Ela teve que se defender perante a corte britânica do seu acusador David Irving (Timothy Spall) também um historiador por ter descrito ele nos seus livros como um “negador do holocausto”.
Através de uma equipe renomada de advogados foi necessário provar que as afirmações feitas em relação ao historiador David Irving não foram invenções e sim fatos baseado na verdade. Para a surpresa de Lipstadt a equipe legal decide que nem ela, nem os sobreviventes ou familiares dos sobreviventes do holocausto testemunharão. Esta estratégia incomoda Lipstadt e ela passa a duvidar se a escolha é adequada. Rampton (Tom Wilkinson), o advogado da equipe que irá defendê-la, numa conversa em particular explica claramente a razão da estratégia e que vai cumprir o compromisso assumido que é o de ganhar a causa. A partir desta conversa é estabelecido um clima de confiança entre Lipstadt e a equipe legal.
Podemos afirmar que toda a relação depende da construção da confiança. Um ótimo exemplo desta questão é abordado no livro “Os 5 Desafios das Equipes” do autor americano Patrick Lencioni. Lencioni é fundador e presidente do ”The Table Group” uma empresa de consultoria gerencial especializada em desenvolvimento de líderes, equipes e saúde empresarial.
Neste livro ele apresenta as cinco disfunções das equipes utilizando o desenho de uma pirâmide. Ele coloca na base da pirâmide a ausência de confiança. As outras quatro começando da base para o topo são: medo do conflito falta de comprometimento, fuga da responsabilidade e falta de foco nos resultados. Logo estas cinco disfunções devem ser evitadas e é claro começando pela base da pirâmide.
No filme “Negação” é possível observar que com a confiança estabelecida, os conflitos passaram a ser gerenciados, a equipe toda estava comprometida, as responsabilidades foram e a atenção estava total no resultado. Gostaria de ressaltar que é um tema amplo com várias outras vertentes que não foram abordadas nesta sessão tais como: como gerar confiança e resultado das equipes que inspiram confiança.
Se tiverem um algum tema comportamental que gostariam de conversar é só mencionar que vamos procurar o filme.
Vou adorar receber a opinião de vocês.
Nos vemos mês que vem!
by Gilda Palhares | mar 27, 2017 | Gilda |
“Estrelas Além do Tempo”
A última sessão do Blog foi a “Sessão Oscar”. Conversamos sobre o filme “La La Land: Cantando Estações” e estabelecer metas para alcançarmos nossos objetivos.
Este mês escolhi um outro filme também indicado para o Oscar 2017 chamado “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures). A escolha foi feita para homenagear o dia Internacional da Mulher, que foi em 08 de março e para conversarmos sobre o tema diversidade .
Já havíamos abordado esse tema no ano passado com o filme “ZOOTOPIA – Esta cidade é um bicho” que ganhou o Oscar de melhor animação. Agora no filme “Estrelas Além do Tempo” vamos ampliar esse conceito.
O filme que é baseado em histórias reais onde a trama traz um grupo de mulheres afro-americanas que foram peça principal em algumas das maiores missões da NASA dentre elas o lançamento do astronauta John Glenn para a órbita da Terra.
Somos convidados a acompanhar a história dessas mulheres e em especial de três matemáticas talentosas: Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson. O filme apresenta com muita propriedade o cenário sóciopolítico daqueles tempos e como elas conseguiram ultrapassar a barreira relacionada à raça e gênero e serem bem–sucedidas nessa missão pioneira.
Desde a época descrita no filme já se passaram muitos anos e sem sombra de dúvida em vários países do mundo o nível de preconceito diminuiu bastante. Entretanto o ambiente de trabalho reflete o cotidiano da sociedade, o que ainda inclui preconceitos. O tópico “homens x mulheres” nas disputas sobre a igualdade de remuneração e oportunidade continuam em pauta. A permanência de desigualdades de gênero e raça atingindo especialmente as mulheres negras ainda é grande.
O filme também nos leva a olhar o papel do líder na questão da diversidade com foco na inclusão. Esta ideia é claramente apresentada na cena quando Al Harrison líder da equipe do projeto da NASA percebe a situação constrangedora que a Katherine Johnson um das pessoas chaves para o sucesso da missão vivencia todos os dias. Ele descobre que existe um banheiro só para negros e muito distante da mesa de trabalho da Katherine. Vai procurar o banheiro e na frente de vários funcionários derruba a placa “Banheiro Feminino de Negros”. Dali em diante o banheiro virou “Banheiro Feminino”.
Criar uma cultura de inclusão é fundamental não somente comprometendo-se com os princípios que sustentam esta cultura mas com as práticas cotidianas que a trazem à vida.
Para terminar esta sesssão escolhi duas citações de dois grandes líderes da década do filme.
“O que afeta diretamente uma pessoa, afeta a todos indiretamente.”
Martin Luther King Jr
“Se não formos capazes de acabar com as nossas diferenças, podemos pelo menos ajudar a tornar o mundo mais seguro para o êxito da diversidade”.
John F. Kennedy
Nos vemos mês que vem!
by Gilda Palhares | fev 22, 2017 | Gilda |
O Oscar 2017 acontecerá no dia 26 de fevereiro sendo esta 89ª edição. Nove filmes foram indicados na categoria de melhor filme: A Chegada, Cercas, Até o Último Homem, A Qualquer Custo, Estrelas Além do Tempo, La La Land: Cantando Estações, Lion: Uma Jornada Para Casa, Manchester à Beira-Mar, Moonlight: Sob a Luz do Luar.
Dos nove filmes o musical “La La Land: Cantando Estações” recebeu 14 indicações. Tornando-se um dos três filmes mais indicados nos 89 anos da maior premiação da indústria do cinema, junto com o Titanic (1997) e A Malvada (1950).
A minha escolha para esta sessão foi o “La La Land: Cantando Estações” que conta a história de Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling). Mia é uma aspirante a atriz que vem se candidatando a várias audições infrutíferas e trabalha numa cafeteria no estúdio Warner Bros. Sebastian um músico de jazz apaixonado pelo gênero, com a ambição de abrir um clube próprio e defender sua música favorita em extinção. Situado em Los Angeles, este musical, sobre a vida cotidiana, explora a alegria e a dor de dois jovens que se encontram, ambos perseguindo seus sonhos.
É possível perseguirmos os nossos sonhos utilizando um plano de ação? Existem modelos específicos que podemos uitlizar para facilitar o percurso?
Podemos estabelecer metas em várias áreas: profissional, afetiva, patrimonial, lazer e saúde. Como seria o planejamento dessas metas? Inicilamente devemos estabelecer uma meta final que seria de longo prazo. Quando digo longo prazo pode ser uma meta para daqui a 3 anos. O passo seguinte seria estabelecer o que o autor John Whitmore no seu livro “Coaching para Performance” chama de metas de “performance” onde você irá determinar as suas ações a médio prazo, a curto prazo e metas diárias sempre com foco na meta final.
Para dar suporte as metas de performance acima mencionadas podemos utilizar uma ferramenta chamada “ SMART” que significa:
S – Specific (específica) – Definir o que deseja atingir e detalhar como, pois quanto mais específica melhor.
M – Measurable (mensurável) – Determinar uma forma clara de medir a meta.
A – Attainable (alcançável) – Mesmo sendo uma meta ousada, é possível consegui-la.
R – Realistic (realista) – A meta precisa ter um significado que seja relevante.
T – Time (planejada por tempo) – Que tenha prazo definido não podendo ter datas em aberto.
É importante salientar que se a meta não for REALISTA, não há esperança, e se não for DESAFIADORA, não há motivação.
Bom agora chegamos ao filme “La La Land” e as perguntas são: Qual foi a meta de longo prazo ou meta final que o músico de jazz Sebastian estabeleceu ? As metas de performance do Sebastian ou seja de médio prazo, curto prazo e diárias foram cumpridas? A ferramenta “SMART” foi utilizada para dar suporte as metas? A Mia também estabeleceu uma meta final? Ela pecorreu o mesmo percurso que o Sebastian?
Então se você viu o filme vai conseguir responder as perguntas acima com muita facilidade e para quem ainda não viu não deixe de ir pois sonhar é possível e ainda mais quando tranformamos os nossos sonhos em metas realistas e desafiadoras.
Gostaria de saber mais sobre esse tema entre em contato com talentos@eduvir.com.br.
Agora vamos aguardar para a festa do Oscar domingo dia 26 de fevereiro.