Você já reparou quantas emoções vivemos no nosso dia a dia? Você sai de casa e encontra seu vizinho. Se você se dá bem com ele, pode ficar alegre com o encontro. Se você discutiu com esse vizinho na última reunião do Condomínio, pode ficar incomodada ou irritada com a presença dele no elevador. Ouve uma música e fica alegre. Ouve uma notícia e fica raivoso.
A caminho do trabalho, no trânsito, sua passagem é obstruída ou, na condução (ônibus, metrô, BRT…), alguém te empurra na hora de entrar no transporte… E as emoções vão surgindo…
Marshall Rosemberg nos lembra que precisamos assumir a responsabilidade por nossos sentimentos, percebendo que o que os outros dizem ou fazem pode ser um estímulo (um gatilho) mas nunca a causa dos nossos sentimentos. Basta reparar que, frente a um mesmo evento, podemos observar pessoas diferentes manifestarem diferentes reações.
Assumir a responsabilidade pelos nossos sentimentos pode nos tranquilizar ao trazer de volta o poder da escolha: eu me sinto assim porque eu… Ao mesmo tempo, exime os outros de nossas reclamações e cobranças. Porque precisamos nos ocupar conosco e não com eles.
Foi uma descoberta conhecer o Atlas das Emoções, desenvolvido por Paul Ekman (consultor para o filme Divertidamente, que recomendo) a pedido do Dalai Lama.
Apesar de ainda não estar traduzido para o português, as versões existentes (espanhol, inglês, italiano e alemão) podem nos trazem uma perspectiva do desenrolar das nossas emoções em diferentes situações, aumentando o nosso entendimento. Explorando o Atlas, podemos ainda, ampliar o repertório de palavras que usamos para dar nome ao que sentimos.
Bons mergulhos nesse mar!
Comunicação Não violenta. Marshall Rosemberg. Ed. Ágora
Imagem: Dimitris Vetsikas por Pixabay