by admin | set 2, 2019 | Angela, Angela Vega, Escuta, Ouvir |
O ato de ouvir pode ser revolucionário. Ampliar o que ouvimos de outras pessoas aumenta nossos conhecimentos, pode nos proporcionar pensamentos inovadores, além de melhorar nossos relacionamentos. Ouvir é a base do diálogo.
Segundo Nancy Kline, existem 2 mundos do pensar. No primeiro, o Mundo da Troca, ouvimos para responder. O outro começa a falar e imediatamente nós estamos pensando na resposta, para quando chegar a nossa vez. Nesse caso, ouvimos parcialmente o que o outro está dizendo e ainda atrapalhamos seu pensamento por não dar a ele a atenção necessária. No outro mundo, o Mundo do Pensador Independente, ouvimos o outro para “acender” ou “impulsionar” seu pensamento. Completamente concentrados no que está sendo dito, e com a confiança de que, quando chegar a nossa vez, teremos a atenção necessária para elaborar nossos próprios pensamentos.
Como não estamos acostumados a esse outro Mundo, faz-se necessário exercitar. Suspender o julgamento (que é automático). Acompanhar o outro em seus pensamentos. Evitar interrupções para deixar fluir as ideias do outro. E aguardar a nossa vez para que o outro também possa exercitar o ouvir dele.
Experimente e perceba os resultados. Depois me conte!
Nancy Kline – www.timetothink.com
Imagem: Imagem de Andrew Martin por Pixabay
by admin | ago 29, 2019 | A Sessão vai Começar, Gilda, Gilda Palhares |
Em cartaz, há duas semanas, o filme “Não Mexa com Ela” traz um tema considerado “tabu” nas organizações que é a questão do Assédio Sexual e Moral. O longa-metragem, da diretora e roteirista israelense Michal Aviad, nos leva para este universo que mostra de forma progressiva como o abuso se desencadeia e até ele vai.
O filme começa com a sorridente Orna deixando uma entrevista de emprego. Ela é a mãe de três filhos e seu marido, Ofer, abriu recentemente um pequeno restaurante que ainda não gera o retorno esperado. Ofer é cético quanto ao tempo que sua esposa, recém-contratada, vai passar longe de casa. Orna, por outro lado, fica feliz em retornar ao mercado de trabalho. Com a família precisando de dinheiro, ela acredita ser realmente competente como assistente de um empreendedor imobiliário rico e poderoso. Entretanto, Orna acaba se tornando alvo de assédio de seu chefe, desde comentários sobre sua roupa e cabelo até agressivas atitudes.
Considero fundamental tratar esse assunto, primeiramente definindo Assédio Sexual e Assédio Moral.
De acordo com o artigo 216-A do Código Penal, Assédio Sexual é constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Assédio Moral é exposição dos trabalhadores a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, onde predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas, de um ou mais chefes, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-a a desistir do emprego (fonte: Guia Trabalhista).
Após as definições, nossa sessão segue com as seguintes perguntas:
- O que faz alguém continuar trabalhando com pessoas que se comportam de forma inadequada?
- Como sair de situações de abuso?
- De que maneira podemos oferecer apoio às vítimas?
- Como capacitar profissionais e líderes para enfrentar esta questão?
São perguntas que precisam ser discutidas e colocadas para reflexão. Assim, se alguém passar por um caso parecido com o de Orna poderá agir para mudar este cenário extremamente inapropriado e inaceitável.
Até o próximo mês!
by admin | ago 29, 2019 | Beth, Beth Accurso, Recursos Humanos |
Há dois anos, o presidente da Itaúsa, Alfredo Setúbal, percebeu que as pessoas que comandavam a Duratex, uma das empresas controladas pela holding, não estavam preparadas para abraçar as mudanças necessárias no “mundo novo”. “Não era culpa delas. Mas a questão é que foram treinadas para trabalhar em um ambiente diferente. Chamei uma consultora externa para iniciar um processo urgente de cultura”. O mundo novo, segundo Setúbal, demanda empresas ágeis e que tenham um “propósito (não financeiro) capaz de atrair os melhores talentos, que hoje preferem empreender ou deixar o Brasil pela conjuntura”. “Para conseguirmos, a área de recursos humanos precisa se reinventar, ser mais prática e mostrar que a agenda de pessoas pode alavancar o negócio”, disse durante painel para convidados no Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (Conarh).
A opinião foi compartilhada por Olga Colpo, conselheira do BMG e da Copel, dizendo que a área precisa evoluir, se posicionar diferente e levar o incômodo necessário para a transformação do negócio. Ela não tirou, porém, a responsabilidade do conselho em garantir que essas demandas ganhem espaço na agenda de reuniões que costumam ser dominadas, em grande parte, pelos números do trimestre ou por questões de compliance. “Se o presidente do conselho não for alguém que preze pelas pessoas, a velocidade dessas mudanças vai ser muito menor. Já ouvi conselheiros questionarem se vale a pena investir tanto dinheiro em treinamento, perguntando como podem ver o resultado desse investimento”, diz Olga.
Transformar essa reflexão em indicadores tangíveis, como KPIs de engajamento, foi uma ação realizada por Patrick Larragoiti, presidente do conselho do Grupo SulAmérica. Ex-CEO da empresa, ele criou programas para reunir presencialmente os conselheiros e os principais executivos da SulAmérica. “É como o conselho pode entender as preocupações e a visão das pessoas da organização. Em 2018, realizamos 110 reuniões informais”, disse. O resultado, afirma, é que o conselho gasta apenas 7% do tempo discutindo o balanço e 70% falando sobre estratégia futura, o que inclui a agenda de pessoas. Entender o papel do ser humano diante das mudanças tecnológicas foi o tema deste ano do Conarh, realizado pela ABRH Brasil em São Paulo.
Fonte: Jornal Valor Econômico – 15.08.2019
by admin | ago 26, 2019 | Angela, Angela Vega, Gestão |
Tive a oportunidade de participar do evento que trouxe Tony Robbins ao Brasil, em sua primeira vez no Rio de Janeiro. Já tinha lido seus livros Poder sem Limites e Desperte o Gigante Interior, nos anos 1990 e compartilho alguns conhecimentos sobre como realizar mudanças, que foram vivenciados no evento, por meio de muito movimento e entusiasmo:
“Saiba que são suas as suas decisões, e não as suas condições que determinam o seu destino.” (Tony Robbins)
– A energia é o segredo da execução.
– O conhecimento é poder potencial. O verdadeiro poder está na execução, no fazer acontecer.
– A complexidade é a inimiga da execução. Simplicidade é a chave.
– A energia (para a execução) vem da nossa mente e do nosso coração. Comida não é fonte de energia (após comermos, experimentamos uma baixa de energia).
– Para fazermos mudanças de forma rápida, precisamos de momentum (movimento). Pessoas felizes ficam mais felizes.
– O Ciclo do Sucesso: Potencial se transforma em Ação; Ação gera Resultados; Resultados reforçam Certezas/Crenças; Crenças geram Potencial. Quando a Incerteza está presente, o Potencial não é gerado, poucas Ações acontecem e em decorrência, os Resultados não se materializam.
– Para ter resultados, precisamos trabalhar primeiro a mente e as emoções. Um estudo demonstrou que jogadores de basquete que treinaram os arremessos por meio de visualização mental apresentaram melhores resultados do que aqueles que treinaram fisicamente.
– Os fracassos não acontecem por causa dos recursos (tempo, dinheiro, tecnologia, conhecimento etc). Acontecem pela falta do recurso mais importante: as emoções.
– Emoções são o recurso definitivo (ultimate resource): criatividade, compromisso, determinação, certeza, flexibilidade, conexão, compaixão e visão.
– Duas forças influenciam nossas decisões: Estado Mental (momento a momento) e o Modelo de Mundo (longo prazo). Seu estado mental controla seu comportamento.
– Para mudar seu foco, mude suas perguntas.
Qual a mudança que você quer fazer na sua vida? Como criar momentum? Como conseguirá energia? Quais crenças precisará rever?
Referências:
Poder sem Limites. Tony Robbins. Ed. Best Seller
Desperte seu Gigante Interior. Tony Robbins. Ed. Best Seller
https://www.tonyrobbins.com/
Imagem: Gerd Altmann por Pixabay
by admin | ago 22, 2019 | Beth, Beth Accurso, Jovens, Positividade |
O que os profissionais da geração Z, nascida a partir de 1994 e a mais nova a entrar no mercado de trabalho, procuram em um emprego não é muito diferente do que é considerado mais atraente por outras gerações: uma boa remuneração, perspectivas de carreira e um ambiente organizacional agradável. Quando questionados sobre o que fará a diferença na hora de ficar no emprego, no entanto, o que mais aparece é a flexibilidade de horários. Isso não surge com a mesma importância para nenhum outro grupo de idade.
Os dados são de um levantamento da empresa de recrutamento Talenses, feito com 3.945 profissionais de diversos níveis, idades e áreas, e que buscou identificar os principais fatores que fazem os trabalhadores escolherem uma vaga ou uma empresa.
A flexibilidade apareceu como ponto mais citado entre os mais jovens quando questionados sobre o que os faria decidir ficar em uma companhia. “Não é uma questão de atração, mas é o fator mais importante para a retenção. É uma geração que efetivamente quer equilibrar mais a relação entre vida pessoal e profissional”, diz Luiz Valente, CEO da Talenses. Em segundo lugar, empataram remuneração e clima organizacional.
A flexibilidade de horários também apareceu como elemento forte de atração para profissionais mulheres, independentemente da idade. Entre elas, 72% consideram esse um fator importante ao escolher um emprego, enquanto 57% dos homens dizem o mesmo. Ambiente organizacional, remuneração e perspectivas de carreira ainda aparecem na frente, no entanto, tanto para elas quanto para eles.
De forma geral, os elementos de atração são parecidos entre todos os grupos. Para os baby boomers, geração que hoje está mais próxima da aposentadoria, os desafios profissionais e o clima organizacional foram os mais citados. Para a geração X, nascida entre meados dos anos 1960 e a década de 1980, os fatores são os mesmos, mas se invertem na ordem de importância. Já profissionais da geração Y, nascidos entre 1980 e 1994, priorizam a remuneração e as perspectivas de carreira.
Remuneração e clima organizacional são elementos que se repetem em todos os grupos de profissionais, senão como fatores de atração, como importantes para a retenção. Segundo Valente, enquanto a remuneração costuma aparecer mais na hora da decisão por um emprego novo, é o clima organizacional que faz a diferença quando o profissional considera mudar de trabalho. “Quando o profissional recebe uma proposta e ele está olhando um conjunto de informações, um dos fatores que leva em conta é quanto ele se sente bem na organização dele hoje, o quanto admira a cultura da empresa e se o clima o motiva a ir trabalhar todo dia. Cada vez mais percebo profissionais colocando essa troca na balança”, diz.
Entre os elementos menos citados por profissionais de todos os perfis como fatores importantes na hora de decidir por um emprego estão o porte e o setor de atuação da empresa, a equipe de subordinados e o local de trabalho.
Fonte: Valor Econômico, por Letícia Arcoverde