Um olhar holístico – Seis Recursos que geram Bem-estar

Um olhar holístico – Seis Recursos que geram Bem-estar

WOHASU®Foundation é uma organização internacional, sem fins lucrativos, com foco na educação para a felicidade e o bem-estar. Sua missão é criar uma comunidade global positiva, dedicada à implementação de ferramentas práticas baseadas em evidências da ciência da felicidade.

Em 2018, tive a oportunidade de participar do “World Hapiness Summit” em Miami e, desde então, acompanho as publicações da fundação através do site www.worldhappiness.com.

Na página inicial, somos presenteados com o infográfico “Um Olhar Holístico – Seis Recursos que Geram Bem-Estar”. São eles:

  1. “Mindfulness” – estabelecer uma consciência interior, com foco no momento presente. Focar a atenção no hoje, desligando o piloto automático, reduz o stress, aumenta a criatividade e performance.
  2. Física – praticar atividades que geram bem-estar físico. Aqui, vai uma dica de atividade que pratico e é extremamente diverdita: a dança rítmica. Logo, encontre uma atividade prazerosa e desfrute de seus benefícios.
  3. Propósito – encontrar significado na vida pessoal e profissional. O próposito está relacionado a encontrar o seu porquê. Declare o seu porquê.
  4. Comunidade – contribuir para a harmonia do ecossistema. Um olhar compassivo, onde o sentir e o agir estão conectados.
  5. Financeiro – desenvolver uma conscência financeira saudável. Uma amiga especializada em educação financeira, outro dia, comentou sobre o que ela chama de “3G’s”: ganhar, guardar e gastar, sendo este último com sabedoria.
  6. Social – criar, manter e sustentar relacionamentos interpessoais positivos. Aqui, citarei dois estudos:
  • O de PhD Martin Seligman, mentor da Psicologia Positiva, onde dos 5 ingredientes que geram bem-estar um deles são “relacionamentos positivos”.
  • O de “Harvard Study of Adult Development”, com mais de 75 anos de duração, relata que a melhor maneira para garantir nossa saúde física e mental são as relações pessoais positivas.

 

É importante salientar que os seis recursos acima são independentes entre si, embora possuam o mesmo propósito que é gerar bem-estar.

Que tal levar uma vida boa colocando em prática os seis recursos acima?

 

Fonte: WOHASU®Foundation

 

Nova pesquisa do IBGE alerta sobre saúde do brasileiro

Nova pesquisa do IBGE alerta sobre saúde do brasileiro

Dados sobre obesidade, depressão e consumo de álcool são preocupantes

 

O IBGE acaba de divulgar dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em todo Brasil em 2019 e alguns números são alarmantes. O percentual de pessoas obesas em idade adulta no país mais do que dobrou em 17 anos, indo de 12,2%, entre 2002 e 2003, para 26,8%, em 2019. No mesmo período, a proporção da população adulta com excesso de peso passou de 43,3% para 61,7%, representando quase dois terços dos brasileiros.

A pesquisa também quis saber sobre os hábitos de consumo de bebidas alcóolicas da população e a conclusão também foi surpreendente: 26,4% dos brasileiros adultos afirmaram ter bebido semanalmente em 2019 contra 23,9% em 2013. A consulta do IBGE comprovou o que já observamos em nossas clínicas, um crescimento de 4,1% do consumo entre as mulheres, levando a um salto de 12,9% para 17%. É importante ressaltar que o consumo de bebida alcoólica, de forma moderada e responsável, não oferece risco grave à saúde. No entanto, se tais precauções forem extrapoladas, há o perigo iminente de doenças hepáticas, neurológicas e cardíacas.

O IBGE também coletou informações sobre a saúde mental do brasileiro: 10,2% das pessoas com mais de 18 anos receberam diagnóstico de depressão contra 7,6% em 2013. Ao todo, 16,3 milhões de pessoas têm depressão diagnosticada.

As estatísticas sobre depressão, obesidade, consumo de álcool são alarmantes se considerarmos que elas se referem a um período anterior à atual pandemia, quando muita gente passou a beber mais, se exercitar menos, padeceu de transtornos mentais e negligenciou os cuidados com a saúde. Portanto, não é exagero supor que esses números só tenham aumentado consideravelmente no último ano.

No entanto, a pesquisa revela uma boa surpresa: uma queda de 2,1% de fumantes, uma redução de 14,9% para 12,8%, o que comprova uma maior conscientização da população acerca dos malefícios do cigarro. Ainda assim, o número de fumantes é alto: 20,4 milhões de pessoas maiores de 18 anos consumiram produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional.

A pesquisa do IBGE reitera o que defendemos há 30 anos: saúde é prevenção. Manter um estilo de vida saudável com a prática de exercícios físicos regulares, consumo moderado de bebidas alcoólicas, um sono reparador, alimentação equilibrada e realização de exames preventivos é a maneira mais segura e eficiente de adquirir qualidade de vida.

 

Qual sua opinião?

 

A Sessão vai Começar: O Professor Polvo

A Sessão vai Começar: O Professor Polvo

Nesta sessão, apresento mais um documentário indicado por uma amiga psicóloga com as seguintes palavras: “emocionante e sensível sobre a relação de um mergulhador e um polvo”. Fiquei muito curiosa e definitivamente encantada, após terminar de ver o filme. No dicionário, encantamento é definido como “a sensação de deslumbramento, admiração, grande prazer que se tem como reação a alguma boa qualidade do que se vê, ouve, percebe”.

O Professor Polvo (My Octopus Teacher) narra a história de Craig Foster, durante uma temporada no Oceano Atlântico, na costa da África, numa floresta subaquática. Ao filmar suas experiências, se interessou por um polvo-fêmea e, acompanhando sua rotina encontra um mundo mágico onde a vulnerabilidade é exposta ao mesmo tempo que se estabelece uma relação de confiança entre os dois.

Lembrei da obra “A Coragem de Ser Imperfeito” da Brené Brown, palestrante americana, premiada e autora de vários livros. Neste, há dois capítulos em que ela aborda a questão da vulnerabilidade.

Achei instigante trazer para esta sessão o tema do capítulo 2, “Derrubando os Mitos da Vulnerabilidade”. De acordo com Brené Brown existem 4 mitos que envolvem a vulnerabilidade:

Mito 1– “Vulnerabilidade é fraqueza”

A vulnerabilidade é o centro de todas as emoções e sensações. Sentir é ser vulnerável. Quando estamos vulneráveis é que nascem o amor, a aceitação, a alegria, a coragem, a empatia, a criatividade, a confiança e a autenticidade.

Mito 2 – “Vulnerabilidade não é comigo”

Quando fingimos que podemos evitar a vulnerabilidade, tomamos atitudes que são, muitas vezes, incompatíveis com quem nós realmente desejamos ser. Experimentar a vulnerabilidade não é uma escolha é a única escolha que temos.

Mito 3 – “Vulnerabilidade é expor completamente a minha vida”

A vulnerabilidade se baseia na reciprocidade e requer confiança e limites. Não superexposição, não é catarse, não é se desnudar indiscriminadamente. Vulnerabilidade tem a ver em compartilhar nossos sentimentos com e nossas experiências. Estar vulnerável é estar aberto para a reciprocidade e é uma parte integrante do processo de construção da confiança.

Mito 4 – “Eu me garanto sozinho’

A jornada da vulnerabilidade não foi feita para se percorrer sozinho. Nós precisamos de apoio. Precisamos de pessoas que nos ajudem na tentativa de trilhar novas maneiras de ser e não nos julguem.

Neste mesmo capítulo, a autora também apresenta respostas da sua pesquisa onde utilizou a seguinte pergunta:

“A sensação de estar vulnerável é……………………………………….”

Algumas das colocações dos participantes foram: expressar uma opinião impopular, pedir ajuda, ser promovido e não saber se terei sucesso no novo cargo, começar o meu próprio negócio, dizer “não”, esperar o resultado da biopsia, pedir perdão.

Que tal responder à pergunta e compartilhar conosco?

À título de curiosidade, o documentário recebeu oito indicações para o Jackson Wild Media Award e ganhou o prêmio de Melhor Filme no EarthxFilm Festival ambos em 2020.

 

Até a próxima sessão!

 

Fonte: filme “Professor Polvo” e livro “A Coragem de ser Imperfeito“ Brené Brown. Editora Sextante.

Novembro Azul: alerta contra o câncer de próstata

Novembro Azul: alerta contra o câncer de próstata

Doença tem grande chance de cura, mas preconceito precisa ser vencido

 

Há quase 10 anos, o mês de novembro é dedicado à prevenção de uma doença tão recorrente quanto possível de ser curada: o câncer de próstata. Segundo o INCA, 61 mil novos casos devem ser diagnosticados em 2020. Trata-se da segunda doença que mais mata homens no mundo.

Tal cenário poderia ser bem diferente se a falta de informação, o preconceito e a vergonha não afastassem o público masculino de procedimentos simples, rápidos, indolores e fundamentais para identificar a doença ainda em estágio inicial. O diagnóstico precoce permite um grande leque de opções de terapia, que pode ser desde simplesmente observar os doentes, sem precisar fazer algum tratamento. Evitando as complicações das terapias mais agressivas, até nos casos de alto risco, a cirurgia e a radioterapia que são os tratamentos indicados. O percentual de cura para quem identifica precocemente o câncer de próstata chega a 90%.

Por isso, no Novembro Azul diversas ações são intensificadas em todo o país na tentativa de conscientizar os homens quanto à importância de cuidar da própria saúde. Muitos homens ainda têm dúvida sobre qual é o exame mais eficiente para detectar a doença: se o de sangue ou o exame do toque. Se o paciente faz apenas um desses exames, a chance de falha no diagnóstico é de 20% e de 40%, respectivamente. Mas quando os dois são feitos ao mesmo tempo, o índice de falha no diagnóstico cai para 8%.

No entanto, infelizmente ainda existem tabus que impedem que muitos homens se cuidem. Um dos mitos mais recorrentes é que o toque retal fere a masculinidade do paciente ou o medo de ter complicações na função sexual. São falácias que apenas prejudicam a saúde dos homens. O exame do toque, é rápido, seguro e indolor. Quanto a função sexual, ela só pode vir a sofrer algum tipo de disfunção se for necessário retirar a próstata.

O homem do século XXI precisa cuidar melhor da sua saúde e buscar boas fontes de informação. É fundamental estar atento aos riscos do tabagismo, do consumo excessivo de álcool e às principais doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão. O ideal é manter hábitos saudáveis, manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas. Prevenção é saúde!

 

 

Fonte:https://vejario.abril.com.br/blog/gilberto-ururahy/novembro-azul-alerta-contra-o-cancer-de-prostata/

Gilberto Ururahy é médico há 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. É diretor da MedRio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

Qual é a vacina que vai mesmo nos “salvar”?

Qual é a vacina que vai mesmo nos “salvar”?

A colunista Betania Tanure diz que, mais do que adivinhar quando o ‘novo normal’ chegará, profissionais precisam cultivar o autoconhecimento e avaliar as atitudes frente ao outro.

 

Dúvida zero de que a primeira resposta intuitiva à pergunta-título é “a CoronaVac”, de origem chinesa, ou “a de Oxford”, Reino Unido, ambas em fase avançada. Mas não é delas que vamos tratar. Nosso tema é outro tipo de “vacina”.

Inicio com um alerta sobre uma expressão muito usada e que me inquieta: “novo normal”. O termo revela a necessidade, muitas vezes inconsciente, de estabilidade, de algo que expulse as incertezas de nossas vidas. Receio ter de enfatizar que esse “novo normal” como símbolo de uma fantasiosa estabilidade não virá. Essa “vacina” não foi, nem será, produzida. Ao mesmo tempo, o fato de viver na incerteza absoluta e sob restrição de afeto social está enlouquecendo as pessoas. Muitas estão mais deprimidas, agressivas, irritadiças, exaustas e mais dependentes de bebidas alcoólicas e medicamentos. É o que nossas pesquisas revelam. Acostumar-se a viver só não se traduz em aprender com a solidão – e pode contribuir para o aumento do grau de egoísmo entre as pessoas.

Mas, afinal, como nos imunizar contra esses males? Com a “vacina do autoconhecimento”. Não há modo mais efetivo de aprendermos a vencer o alto nível de exaustão e a irritabilidade que vivemos hoje. O problema é sempre o outro. O chefe, o colega, o parceiro afetivo… O autoconhecimento permite a cada um de nós fazer as escolhas corretas na vida, nos mais vários âmbitos. Temos de arregaçar as mangas e reaprender a liderar a nós mesmos, para então liderar outras pessoas!

O primeiro passo é se observar criticamente, buscar a consciência e o domínio de si mesmo. Atingimos o autoconhecimento quando desenvolvemos a clara percepção dos nossos impulsos, conflitos, sentimentos e emoções. Nesse processo, é fundamental aprendermos a “descongelar” certos comportamentos e aceitar o desafio de mudar. Sem isso, não atingimos o controle da própria vida e, portanto, não temos as condições básicas para avançar.

Há uma segunda “vacina” que, como seres sociais e cidadãos, devemos tomar: a cívica. É verdade que nunca se viram no Brasil tantos atos de doação, de todo tipo, estimulados pela consciência da responsabilidade, embora, por vezes, pelo medo. Esse é um dos ingredientes da vacina cívica, mas apenas um. A pergunta: tais atos são conjunturais ou estruturais? Ainda que sejam apenas conjunturais, é certo que devemos comemorá-los, reforçando a necessidade de avançarmos em comportamento como cidadãos responsáveis. Somente com essa consciência poderemos, como sociedade, voltar o olhar para o genuíno interesse coletivo vis-à-vis aos interesses setoriais ou particulares da empresa, e mesmo das pessoas, em âmbito profissional ou individual.

A vacina cívica, que vai muito além da doação, ou do pagamento de impostos, mas os inclui, prioriza ações e comportamentos responsáveis com o outro. Isso significa estimular a busca do bem comum. Significa abrir mão da satisfação de desejos individuais em prol do bem da sociedade. No atual cenário de eleições, significa exercer seu direito de cidadão com a consciência de que sua escolha, seu voto, deve representar o bem da maioria. Significa que o ódio deve ceder lugar à esperança de construir, a partir da diversidade, um mundo mais ameno, de mais união.

Pense: seja em âmbito pessoal, familiar, profissional ou social, quantas vezes você age buscando a sua satisfação, descolando-a do efeito sobre o outro? Essa é uma pergunta que só você pode responder. Você investe o tempo necessário na criação de estratégias e alternativas para acabar com as vergonhosas diferenças sociais que a pandemia escancarou? Você estimula a união tirando o oxigênio da crítica e da raiva? Se a resposta é negativa, apresse-se. Este é o momento de tomar as duas vacinas, aqui e agora.