Dez prejuízos à saúde de quem trabalha em casa

Dez prejuízos à saúde de quem trabalha em casa

A pandemia popularizou o home office, mas ele traz riscos à qualidade de vida

 Com o fechamento dos escritórios em consequência da pandemia, boa parte dos funcionários de empresas seguiram trabalhando de casa. Computadores e celulares transformaram-se nos novos colegas de trabalho. A inadequação de residências para servirem como escritório em tempo integral começa a se refletir negativamente na saúde e na qualidade de vida dos colaboradores.

Abaixo, listamos 10 prejuízos à saúde de quem trabalha em casa.

1 – VISÃO: Passar o dia diante de telas pode causar fadiga ocular, olhos inflamados e ressecados. Outros sintomas são irritação, vermelhidão e visão embaçada. Com o passar do tempo, a capacidade de visão também pode ser afetada.

2 – POSTURA: Falta de exercício físico e má postura por tempo excessivo diante do computador trazem dores no pescoço, curvatura dos ombros e cifose.

3 – LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO: Digitar nos teclados do computador ou do celular por longos períodos de tempo podem levar a lesões por esforço repetitivo nas mãos e pulsos, que podem piorar significativamente com o tempo.

4 – CABELOS: A vitamina D é absorvida, basicamente, a partir da exposição ao sol. Portanto, trabalhar em ambiente fechado por todo o dia pode levar o corpo à uma deficiência de vitamina e acarretar em perda de cabelo e maior lentidão no crescimento de novos fios.

5 – OLHEIRAS: A exposição à luminosidade das telas por longas horas pode causar olheiras proeminentes, aparentando cansaço e abatimento.

6 – PESCOÇO: Trabalhar em computadores ou telefones celulares podem contribuir para um esforço excessivo na área do pescoço e irradiar para ombros e coluna.

7 – RUGAS: Rugas são parte natural do processo de envelhecimento. No entanto, certos hábitos, como apertar os olhos diante da tela repetidas vezes pode acelerar o aparecimento de linhas na superfície da pele, resultando em rugas entre as sobrancelhas e pé de galinha.

8 – OBESIDADE: Longos períodos sentados, beliscando lanches e com pouco exercício podem levar a um excesso de acumulo de gordura. O home office pode ter como consequência uma população acima do peso, especialmente com gordura abdominal, uma das mais perigosas para a saúde.

9 – PELE: A falta de vitamina D e B-12 combinada com a menor exposição ao sol, resultam em uma pele mais pálida, ressecada e sem viço. Além disso, as telas de celular e computador emitem radiação ultravioleta e eletromagnética, que prejudicam a qualidade da pele.

10 – ESTRESSE: Trabalhar sem contato humano por longos períodos de tempo podem elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse que aumenta a pressão arterial e tem efeitos prejudiciais na saúde. O excesso de trabalho resulta em estresse crônico, produzindo altos níveis de adrenalina e cortisol, associados a condições crônicas de saúde e doenças cardiovasculares.

Portanto, fique atento! Com o avanço no cronograma da flexibilização das atividades, urge que os colaboradores retomem seus postos de trabalho dentro das empresas. Precisamos retomar a vida com organização e acima de tudo, com saúde. É hora de se colocar vida na saúde das pessoas.

Como tem sido sua experiência no homeoffice? Compartilhe sua opinião.

 

Fonte: Veja Rio

Quem dirige sua vida? Revendo hábitos, crenças e costumes

Quem dirige sua vida? Revendo hábitos, crenças e costumes

Há algum tempo, lendo a introdução do livro O Futuro da Administração, me deparei com o autor, Gary Hamel, perguntando quem nós achávamos que comandava as empresas. Seria a Diretoria? O Presidente? O Conselho de administração? Não, dizia ele. As empresas estavam sendo dirigidas pelos fantasmas da administração. Quais? Os criadores da maior parte das ferramentas e técnicas de gestão, no século XIX: Frederick Taylor, Jules Fayol, Max Weber, Abraham Maslow, entre outros. Mesmo com o passar do tempo, os modelos criados continuavam habitando as mentes dos executivos e sendo colocados em prática, por exemplo, o tradicional método comando-e-controle. E os velhos pensadores se mantinham presentes.

Podemos fazer uma analogia com a nossa vida. A resposta à pergunta “quem dirige sua vida hoje?” poderia ser “eu mesmo”. Da mesma forma do que acontece com as empresas, nós também recebemos um conjunto de “hábitos, normas e crenças” que formam o que podemos chamar de nosso modelo mental. O modelo mental é como uma lente a partir da qual enxergamos e vivenciamos o mundo.

Segundo os conhecimentos da biografia humana e as leis biográficas, que consideram a vida dividida em setênios (períodos de 7 anos), no segundo setênio (de 7 a 14 anos) recebemos da família e da sociedade (escola) em que vivemos, os hábitos, as normas, as crenças e os costumes que começam então a moldar nosso comportamento. Se não tomamos consciência, continuamos sendo dirigidos por eles até hoje.

E o que fazer a respeito? Recomendo os 4 passos descritos a seguir: reconhecer, identificar, analisar/avaliar e reforçar/mudar. O primeiro passo consiste em reconhecer a influência que sofremos ao receber hábitos, normas, costumes e crenças, porque podemos ter a impressão de que eles foram “escolhidos” por nós mesmos. O segundo passo é identificá-los e para isso, podemos observar as frases feitas e ditados populares que às vezes usamos, como por exemplo, “dinheiro não cresce em árvores”; “homem não chora”; “o boi só engorda com o olho do dono”; “precisa comer tudo, porque tem gente passando fome”, “não confie em estranhos”; e outros que você pode encontrar. Faça uma lista e então, siga para o terceiro passo que será analisar e avaliar. Verifique se os hábitos ainda servem, avalie se os costumes e as crenças continuam válidos e se contribuem para o seu propósito e seus objetivos de vida. Observe se as crenças te libertam ou te aprisionam. E, finalmente, o quarto passo será reforçar aqueles que ainda são adequados, e descartar ou mudar aqueles que estavam ali, simplesmente porque não tínhamos dedicado atenção a eles e, por isso, continuavam dominando nossos comportamentos e nossas decisões.

E você, já parou para rever seus hábitos, crenças e costumes?

 

Referências bibliográficas:

O Futuro da Administração. Gary Hamel. Elsevier Editora.

Harmonia e Saúde – A Biografia Humana. Gudrun Burkhard. Ed. Antroposófica.

Biografia e Doença. Angélica Alves Justo e Gudrun Burkhard. Ed. Antroposófica.

 

Imagem:

Rama Krishna Karumanchi from Pixabay

A Sessão vai Começar: Harriet

A Sessão vai Começar: Harriet

Como as salas de cinemas ainda não abriram, continuo nos serviços de streaming e canais por assinatura. Nesta sessão, escolhi o filme do gênero cinebiografia chamado Harriet. A atriz Cynthia Erivo concorreu este ano para o Oscar de melhor atriz, por sua extraordinária atuação.

O longa conta a trajetória de Harriet, nascida por volta de 1820 como escrava numa fazenda no Condado de Dorchester, no estado de Maryland. Harriet foi espancada e açoitada por seus vários mestres quando criança. Ainda muito jovem sofreu um ferimento traumático na cabeça que a deixa sofrendo de convulsões e dores pelo resto da vida. Em 1849, com base nos rumores de que estava prestes a ser vendida, movida pelo propósito de ser livre, Harriet foge da fazenda e percorre 160km a pé até a Filadélfia para obter liberdade. Não satisfeita em ser livre sem a família, em dezembro de 1850 resgata a irmã e os dois filhos. Essa jornada gerou mais de 19 incursões, cada vez mais perigosas, nas quais, durante a década seguinte, conduziram pelo menos 70 escravos fugitivos ao longo do “Underground Railroad”, uma associação antiescravista até o Canadá. Harriet continuou suas atividades antiescravidão durante a Guerra Civil, servindo como escoteira, espiã e enfermeira do Exército da União, até se tornar a primeira mulher dos EUA a liderar tropas para a batalha.

Analisando com base no livro “Character Strengths and Virtures” de Christopher Peterson e Martin Seligman observamos em Harriet a virtude da Coragem que compõe as forças de carácter da bravura, persistência, honestidade e vitalidade. Essas forças fortaleceram a estratégia utilizada para cumprir a missão de resgatar os escravos.

Conheçamos mais características dessas forças.

Bravura pode ser definida como uma força onde as pessoas não se retraem quando ameaçadas, pelo contrário, elas encaram desafios mesmo que possam trazer a dor. Ter bravura envolve posturas que podem ser impopulares, difíceis ou perigosas. A pessoa valente supera os instintos do medo, enfrentando situações difíceis e assustadoras.

Persistência é a força responsável para o sucesso relacionado aos projetos difíceis, pois são concluídos apesar dos obstáculos. Esses projetos são executados com prazer e bom-humor, gerando engajamento. A força da honestidade está associada ao modo autêntico e genuíno de agir. Está presente nas pessoas coerentes com os outros e consigo mesmas, sem fingimentos. Estas assumem a responsabilidade pelos seus sentimentos e ações.

A vitalidade está correlacionada ao entusiasmo que temos em função das atividades ou as rotinas que exercemos. Ela contagia e inspira as pessoas.

Na complexa situação atual, em função da pandemia do Covid19, despertar as forças acima descritas é de suma importância, pois elas nos fortalecem gerando bem-estar, realização e significado para as nossas vidas.

Você utilizou algumas dessas forças nos últimos meses?

Como e aonde foi?

Compartilhe conosco!

 

Aguardo sua história e até a próxima sessão.

 

 

 

 

Fonte: Filme Harriet e o livro “Character Strengths and Virtues” de Christopher Peterson e Martin Seligman.

A vacina para todos

A vacina para todos

A melhor prevenção contra a Covid-19 é o estilo de vida saudável

Na semana passada, a morte precoce do jornalista e apresentador Rodrigo Rodrigues entristeceu a todos. Músico, flamenguista, excelente comunicador, Rodrigo era conhecido como um boa-praça entre seus colegas de ofício.

Infelizmente, poucas horas depois de ser internado, ainda lúcido e se comunicando, uma trombose colocou fim à vida do querido jornalista. A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais regiões de nossa circulação sanguínea. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região comprometida.

Com 45 anos e sobrepeso, Rodrigo foi vítima de uma das poucas certezas que cercam a Covid-

19: obesos são alto grupo de risco, em qualquer idade, assim como outras comorbidades (como doenças respiratórias, cardíacas, hipertensão, baixa imunidade ou diabetes). Milhares de indivíduos ao redor do mundo também perderam suas vidas em função das comorbidades.

O país com mais casos de mortes é justamente os Estados Unidos, populoso em idosos e em pacientes obesos, diabéticos, cardíacos e portadores de doenças respiratórias. Em contraposição, o Japão, também rico em idosos porém com baixo índice de comorbidades, teve poucas mortes.

A melhor vacina contra estas doenças é o estilo de vida saudável: alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle de peso, sono reparador e check-ups periódicos. Esses hábitos devem ser mantidos durante todas as fases da vida.

A alimentação equilibrada previne doenças, retarda o envelhecimento e melhora o humor; a prática de exercícios fortalece a imunidade, participa da boa gestão do estresse, além do controle de peso, o sono reparador repõe as energias necessárias ao corpo e melhora o bem- estar geral. Check-ups médicos periódicos apontam os fatores de risco para a saúde quando dos exames preventivos. Não há razão para que alguém, nos dias de hoje, se surpreenda por qualquer doença em estágio avançado. Durante a quarentena a saúde da população foi extremamente agredida.

A Humanidade possui uma “vacina” acessível a todos: o estilo de vida saudável. Melhora a imunidade, sem dor, sem efeito colateral, na dose certa, é democrático e pode ser praticado por qualquer pessoa. Existe melhor vacina para todos os benefícios citados acima? É hora de se colocar vida na saúde das pessoas.

 

 

Fonte: Veja Rio

Não vai ter jeito, você terá mesmo que mudar

Não vai ter jeito, você terá mesmo que mudar

Nesta edição, não quero falar da crise mundial, sanitária ou econômica. Meu tema é a crise antropológica, o jeito de viver, trabalhar, consumir, de ter e de ser. Quero falar de como fazemos o Brasil, o nosso Brasil.

Em certo momento de nossa história, ligamos o piloto automático e fomos em frente, produzindo, ganhando (ou perdendo) dinheiro, colecionando sucessos, escondendo os insucessos, impelidos por prioridades trazidas pela tecnologia, pelo “outro”, e não por nós mesmos. Fechamos os olhos para os brutais efeitos disso no meio ambiente e na desigualdade social, que a atual crise escancarou. Os que me conhecem sabem que não sou pessimista. Ao contrário, minha vida é pautada por muita esperança. Mas neste momento, temos de admitir, estamos no limite de uma ambiência fragilmente “equilibrada” do ponto de vista social.

Adicionado a tudo isso, o nível de exaustão das pessoas pode ter atravessado a fronteira do razoável. Não debite tudo ao trabalho excessivo. Outras causas existem, como a toxicidade da “quarentena” para as relações afetivas ou sociais, o medo da doença e o excesso de notícias negativas nas mídias. Sem contar a necessidade frustrada de lazer, além da multiplicidade de opções de lives que já não se consegue assistir. O que fazer para sair do espaço problema e ir para o espaço solução? Comece respirando fundo e acelerando o passo para mudar o seu fluxo natural. Como? Nós, na BTA, criamos um modelo que se aplica ao nível individual, ao organizacional e ao social.

  1. Consciência. Este é o nível da sua racionalidade. Se você não compreendeu ainda que, como todos nós, precisa mudar, sua situação é muito grave. Passaram-se quatro meses e olhe à sua volta. Veja o que acontece com os que resistem à mudança, note quão rapidamente se perde espaço.
  2. Desejo. É a voz do coração. Reconheça os poderosos estímulos vindos de todos os lados. Quem não muda, morre. Isso vale para o indivíduo, as organizações e grupos sociais ou políticos. Outro estímulo, positivo e que vem de dentro, é a forte vontade de (se) reconstruir. Permita que ela mova você.
  3. Competência. Hoje, muitos dos conhecimentos e ferramentas que usávamos com sucesso perderam função e valor. Vivemos um risco duplo. Mas isso não nos dá a “licença poética” de nada saber ou de errar o tempo todo. O risco aqui é perder o rigor da análise e da preparação individual, sob o argumento, fraco porque só parcialmente verdadeiro, de que tudo é novo e é preciso experimentar. Não é bem assim. O desafio é estar aberto sem se deixar paralisar pelo medo ou fazer do risco uma justificativa para mau resultado.
  4. Simplesmente agir. Na implementação da mudança, da sua mudança, é fundamental o equilíbrio entre colaboração, protagonismo e accountability. Os dois primeiros traços se mostraram em alta em pesquisa que realizamos com 532 executivos, publicada no Valor: para 95% dos entrevistados a colaboração está em crescimento e para 70% o protagonismo também cresce. Esses traços merecem atenção, pois não serão incorporados naturalmente à cultura. Será preciso método. O fazer coletivo é um imperativo do negócio. Cuidado para que isso não contribua para desaparecer a accountability, característica frágil na cultura brasileira.

Não se esconda no coletivo. Não faça “de qualquer jeito” sob o argumento de que o ambiente é complexo ou é preciso ser ágil. Você tem, individualmente, seu espaço de ação e de conciliação, responsabilidade, profundidade de análise, agilidade, colaboração e accountability, estruturação responsável e flexibilidade para “pivotar” sempre que necessário. A sua mudança inclui conciliar o que antes parecia inconciliável!

 

 

Fonte: Valor